Secretaria de Cultura, Arte e Esporte | SeCArtE

Se não fosse a dança, Oscar Ssenyonga poderia ter percorrido um caminho mais violento. O ugandense, de 25 anos, cresceu em Kasubi, subúrbio de Kampala, na África Oriental. Desde menino investiga o corpo, se interessa e pratica as danças culturais. “A maioria das pessoas com quem cresci em Kasubi está na prisão, morta ou louca. Portanto, sou grato à minha mãe que me incentivou a dançar porque me manteve produtivamente engajado”, comenta.

Seu espetáculo “Dictatorship Democracy” analisa a situação política do país dos últimos 30 anos, do desenvolvimento social à democracia, passando pelos regimes ditatoriais. Ao mesmo tempo, o bailarino propõe a reflexão acerca da história, das marcas deixadas pelas lideranças do passado, das lideranças de hoje e do papel da juventude como fator decisivo para a construção de um futuro. De qual futuro se trata? O trabalho será apresentado nesta sexta-feira, 20 de novembro, às 20h, no canal da 6ª  Semana da Dança UFSC no Youtube.
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William Sorceress – Foto: divulgação

Modalidade de dança criada em 1940 será tema de conversa e prática artística proposta na sexta Semana da Dança UFSC, que ocorre até 22 de novembro em formato digital. Inscrições são limitadas e gratuitas 

“Strike a pose”! Quem nunca dançou a música da cantora Madonna em frente ao espelho nos anos 1990? Década que o estilo “Vogue” ficou conhecido no mundo todo, pipocou nas referências de moda, nas poses performadas, no universo das supermodelos e na gestualidade gay. Sucesso à parte, a dança vem de muitos anos antes e tem sua origem creditada a uma cultura de resistência chamada de BallRoom.

Foi em 1940 que a expressão corporal surgiu dentro do presídio Rikers Island, uma penitenciária do Harlem, localizada em Nova York (EUA). “O único entretenimento disponível voltado para o público LGBTQIA+ eram as revistas Vogue, assim se inspirando nas imagens, imitar as poses tornou-se o lazer daquelas pessoas. A cultura e a dança evoluíram ao longo dos anos e cada década tem sua marca”, conta William Sorceress, um dos fundadores do projeto House of Sorceress de Florianópolis(SC), confirmado na 6ª Semana da Dança UFSC, que ocorre de 16 a 22 de novembro em formato digital.
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Elke Siedler – Foto: Paludo

Contar uma história com uma boa conversa. A série de lives “Arquivos Móveis: Histórias da Dança em SC” é iniciativa do projeto Midiateca da Dança, criado há um ano com o objetivo de documentar e compartilhar a produção artística catarinense. Durante a  6ª Semana da Dança UFSC, que ocorre virtualmente de 16 a 22 de novembro, serão realizadas entrevistas com artistas convidadas/os.

Quem participa da primeira rodada no dia 17 de novembro, às 18h, sobre o tema “Oportunidades Poéticas e Pedagógicas de Artistas Catarinenses em contextos internacionais” são as/os bailarinas/os Ana Carolina Leimann, Maria Carolina Vieira e Volmir Cordeiro. Com mediação da pesquisadora Sandra Meyer, também idealizadora do projeto junto com Jussara Xavier e Vera Torres, o papo irá abordar desde criação e atuação até condições de trabalho e políticas públicas no Brasil, França, Bélgica e Alemanha.
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Denise Stutz – Foto: Renato Mangolin

Totalmente digital a 6ª edição da Semana da Dança UFSC inaugura novo formato de evento à distância, mas sem perder a conexão e o contato com o público. Um desafio e tanto para a organização do projeto, que teve que repensar como fazer dança sem o corpo presente fisicamente, apenas com a interface de uma tela. A edição estreia no dia 16 de novembro, com espetáculos online e atividades gratuitas que seguem até dia 22 de novembro.

“A dança é uma linguagem importante para arte, para a cultura, também como formação na universidade. Por meio do projeto, é um objetivo nosso criar as condições para a formatação de um curso de dança na UFSC. Este ano, foi difícil imaginar como fazer isso virtualmente. Afinal, o que é a dança sem a presença física? Como fazer dança se dança é o corpo?”, destaca a professora Maria de Lourdes Alves Borges, secretária de Cultura e Arte da UFSC (SecArte), e uma das coordenadoras do evento.
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A Semana da Dança UFSC chega à sexta edição com formato totalmente online. O evento nos últimos cinco anos ocorria no Campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis (SC), mas teve que se adaptar aos novos tempos pandêmicos e interações corporais/digitais por conta do isolamento social. E repensado a partir da experiência humana à distância, na possível troca de conhecimentos, movimentos e espetáculos por meio das janelas virtuais.

Esta edição, confirmada para acontecer de 16 a 22 de novembro, é desafiadora e também enriquecedora para as organizadoras Débora Zamarioli e Vera Torres, responsáveis pela curadoria e coordenação geral do evento junto com a professora Maria de Lourdes Alves Borges, secretária de Cultura e Arte da UFSC (SeCArte). O palco dos espetáculos e entrevistas será o canal oficial do projeto no YouTube, principal mídia de exibição do programa que conta com a participação de bailarinas/os de várias partes do País e outros continentes.
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Alê Gutierrez

A diversidade de corpos, dos contextos que habitam e são afetados. A produção em dança a partir da experiência social, artística e cultural brasileira marcam a 6ª Semana da Dança UFSC, que nesta edição – devido à pandemia – será realizada totalmente em formato digital, de 16 a 22 de novembro. As inscrições gratuitas e limitadas para as imersões artísticas, oficinas, debates podem ser feitas até 8 de novembro, no site oficial www.semanadadancaufsc.com.

“Algumas questões, reflexões e desejos nos moveram na escolha de obras e artistas. Buscamos realizar uma Semana com diferentes focos na produção de dança, na maneira de se fazer dança e de se pensar a dança. Os temas surgem desta diversidade”, explicam Débora Zamarioli e Vera Torres, responsáveis pela curadoria e organização do evento.

Na programação duas imersões artísticas estão confirmadas. “Corpo em risco”, trabalho conduzido pelo bailarino Rubens Oliveira, é dividido em sete encontros com duração de duas horas cada, de 16 a 21 de novembro, das 10 às 12h. A proposta é desenvolver uma experiência em dança a partir de reflexões sobre narrativas do cotidiano, quebrar de certa forma a reatividade do movimento e condicionamento do corpo para assim dar espaço à construção de novas narrativas. A criação coreográfica será produzida em grupo de até 20 participantes com apresentação do espetáculo ao vivo marcado para 22 de novembro.
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