Bolsa Cultura tem inscrições prorrogadas até 3 de outubro

30/09/2011 15:10

Estão prorrogadas até 3 de outubro as inscrições para o edital de Bolsa Cultura, lançado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC. Serão concedidas 70 bolsas a estudantes de graduação integrados a projetos de extensão na área cultural. O objetivo é impulsionar a produção cultural na UFSC. “Com o programa, A UFSC está dando mais um grande passo no fortalecimento da cultura como dimensão indissociável do processo de ensino, pesquisa e extensão”, afirma a Secretária Maria de Lourdes Borges.

A inscrição deve ser feita na Secretaria de Cultura e Arte, mediante a entrega dos documentos solicitados no edital. Além do projeto aprovado pelo respectivo departamento de ensino ou equivalente, o professor candidato deve comprovar sua inclusão no Sistema de Registro de Ações de Extensão – SIRAEx (http://notes.ufsc.br/aplic/formext.nsf) e apresentar cópia da atualização do currículo do coordenador do projeto na plataforma Lattes.

O benefício será concedido aos estudantes por 12 meses, para o período de novembro de 2011 e outubro de 2012. Podem pleitear a Bolsa Cultura docentes do quadro de pessoal permanente da universidade, no efetivo exercício de suas atividades e que sejam coordenadores de projetos de cultura devidamente cadastrados no Sistema de Registro de Ações de Extensão (SIRAEx/Formulário Notes). Cada projeto poderá ter até dois bolsistas. O docente poderá inscrever no máximo dois projetos, mas o total de bolsas por professor será de dois.

Não poderão candidatar-se técnico-administrativos, professores efetivos que estejam afastados oficialmente de suas funções de docência, substitutos, visitantes, voluntários, aposentados, bolsistas recém-doutores. Os estudantes beneficiados devem apresentar índice de aproveitamento acumulado (IAA) igual ou superior a 6,0 (exceto calouros) e dispor de 20 horas semanais para dedicação ao projeto como atividade não obrigatória no currículo, sendo que o pagamento mensal do bolsista estará condicionado à frequência do aluno. Também não podem acumular outro tipo de bolsa da UFSC ou de quaisquer outros órgãos de fomento ou de Fundações de Apoio.

O resultado será divulgado em 15 de outubro de 2011, na página da SeCArte www.secarte.ufsc.br. Na seleção dos candidatos, uma comissão designada pela SeCArte vai elaborar e divulgar parecer classificando os projetos em ordem de prioridade.  Os critérios de avaliação previstos no edital são: evidência de que a atividade proposta no projeto é prioritariamente uma ação de Cultura e/ou Arte; característica inovadora do projeto; viabilidade do projeto e do cronograma de trabalho; participação de alunos; experiência do coordenador no desenvolvimento de ações de cultura e arte. As bolsas só serão liberadas após a assinatura do Termo de Compromisso e da entrega de documentos relacionados na página da SeCArte  http://secarte.ufsc.br).

Por Raquel Wandelli – SeCArte – Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher. – www.secarte.ufsc.br

Seminário encerra hoje com subsídios para Plano de Cultura da UFSC

27/09/2011 15:22

Um debate com teóricos e gestores de instituições públicas e não governamentais sobre Cultura e Universidade encerra hoje (27), às 22 horas, o I Seminário de Cultura e Arte da UFSC, que reúne integrantes de todos os centros de ensino e entidades representativas dos estudantes, funcionários e professores na discussão de uma política cultural para a universidade. Promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Comissão Permanente de Cultura da UFSC, o seminário abriu ontem no Centro de Cultura e Eventos com um diagnóstico das atividades culturais desenvolvidas hoje dentro da UFSC, considerando as demandas e dificuldades. À noite um debate sobre a relação da UFSC com a gestão da cultura no país, estado e município reuniu na mesma mesa o vice-reitor Carlos Alberto Justo (Paraná), o coordenador-Geral de Acompanhamentos de Política Cultural Rafael Pereira Oliveira, representando o Ministério da Cultura, o presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Joceli de Souza e o presidente da Fundação Franklin Cascaes, Rodolfo Pinto da Luz, representando o município, para discutir propostas de integração das ações culturais.

O evento recomeça hoje (27), às 14 horas, com a divisão dos participantes por grupos de trabalho em torno de cinco temas: Financiamentos dos Projetos Culturais; Discussão dos Espaços Culturais da UFSC; Comunidade, Arte e Cultura; Educação, Arte e Cultura; Tecnologia, Arte e Cultura. As propostas elaboradas pelos grupos serão apresentadas às 17 horas, em plenária, de modo a resultar em um documento conclusivo que vai dar subsídios para que a Comissão Permanente elabore um Plano de Ação em longo prazo para a área. A secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges convida todos os integrantes da UFSC sensíveis à questão da cultura a se integrarem aos grupos, que vão pensar de que maneira a cultura pode ser fomentada, disseminada, divulgada, quais os mecanismos já existem e quais devemos ser criados ou reforçados para que a UFSC seja de fato um órgão promotor de cultura em Florianópolis e no Estado.

Com início às 19 horas, nas salas “Bosque da Ilha”, do Centreven, o painel de encerramento abordará o papel da universidade como fomentadora de cultura. Participam especialistas com pesquisa teórica sobre o tema e atuação prática institucional, como Alfredo Manevi (CCE UFSC), que foi secretário geral do Ministério de Cultura do governo Lula e hoje é professor do Curso de Cinema da UFSC; Cláudio Prado (do Laboratório Brasileiro de Tecnologia Digital) e Atílio Alencar de Moura Corrêa (do Circuito Fora do Eixo). “O seminário é um instrumento decisivo para que a cultura ganhe status na UFSC e passe a ser cada vez mais encarada por todos como processo acadêmico de ensino pesquisa e extensão integrante da vida cotidiana da universidade”, avalia o coordenador do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Fábio Salvatti, que integra a Comissão Permanente de Cultura.

Como a universidade pública pode impulsionar a cultura no âmbito da sua comunidade, cidade, Estado ou País? A questão norteou o debate de ontem à noite com os gestores culturais em nível nacional, estadual e municipal que foram interpelados pelos participantes, entre eles integrantes de diversas categorias artísticas, como a cineasta Cláudia Cárdenas, da recém-formada Federação Catarinense de Cineclubistas, a diretora de teatro Carmen Fossari, os estudantes que encabeçam o movimento Cardume Cultural, que promove o Ufstock e diversos membros do Conselho Estadual de Cultura. Os gestores apresentaram um relatório das ações que estão desenvolvendo na área a curto e médio prazo e discutiram propostas de parcerias com a universidade.

Em sua exposição, Rafael Pereira apresentou as metas para os próximos dez anos do Plano Nacional de Cultura do Minc, que prevê a adesão de estados, municípios e instituições públicas. Até o dia 20 de outubro está aberto o prazo para envio de projetos pela sociedade. Uma das metas previstas é que até 2020 o número de cursos superiores na área de artes oferecidos no País seja dobrado. “Foi uma discussão de fundamental importância para compreendermos o ponto de articulação entre a política cultural da UFSC, a política nacional, estadual e municipal da área”, avaliou a secretária Maria de Lourdes, que coordenou a mesa.

Instalada em 8 de junho pelo reitor Álvaro Prata, a Comissão Permanente de Cultura é um órgão de representação democrático composto por 27 representantes indicados por suas bases com a função de acompanhar, compartilhar e fomentar as ações na área. Além da realização do seminário, a comissão já tem como principal resultado as articulações entre seus membros para que diversas atividades culturais centralizadas hoje no Campus de Florianópolis sejam levadas para os novos campi em Araranguá, Joinville e Joaçaba. Já começam a movimentar a vida dessas cidades apresentações da peça Setembro, montagem da primeira turma de formandos do Curso de Artes Cênicas da UFSC; do longa-metragem A Antropóloga, de Zeca Nunes Pires e do Dia da Dança, organizado pela professora Janaína Martins, além de outras iniciativas na área de música, teatro e literatura.

Assessoria de Comunicação da SeCArte

Raquel Wandelli

Colaborou: Matheus Moreira Moraes

raquelwandelli@yahoo.com.br

99110524 e 37219459

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Começa sexta no Sul do Estado, maior Festa da Cultura Açoriana do Brasil

19/09/2011 17:21

Representantes de 34 municípios de colonização açoriana de Santa Catarina se reúnem no final de semana para homenagear as raízes culturais

A cidade de Sombrio, no sul do Estado, foi escolhida para sediar a 18ª Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina (AÇOR), que acontece esta semana, entre os dias 23 e 25 (de sexta-feira a domingo). Apresentações folclóricas, shows musicais, exposições, mostra de vídeos, lançamentos de livros, oficinas e comida típica estão entre as atrações do evento, que a cada ano acontece num município diferente do litoral de Santa Catarina.

Realizada pelo Núcleo de Estudos Açorianos da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, em parceria com a Casa da Cultura de Sombrio e prefeitura local, a festa mostrará o que há de mais autêntico e original no folclore, no artesanato, nas danças, na gastronomia e na religiosidade das comunidades em que estão presentes o legado e a cultura de base açoriana no Estado. O Açor é, segundo o coordenador do NEA, Joi Cletison, o maior evento de promoção da cultur açoriana realizado hoje no Brasil.

Sob um grande pavilhão, 34 municípios e instituições vão apresentar e comercializar em estandes culturais o seu artesanato de referência regional açoriana. Um dos pontos altos da programação será a missa do Encontro das Bandeiras do Divino Espírito Santo, às 9h de domingo, na igreja Santo Antônio, centro de Sombrio, com a participação de seis cantorias e 15 bandeiras do Divino de diferentes municípios litorâneos.

Reunindo uma mostra das danças e cantigas típicas trazidas por grupos das Ilha dos Açores, o 18o. Açor recebe o apoio cultural do Governo dos Açores, Funcultural e governo do Estado. As sedes anteriores do evento foram Itajaí, Imaruí, Imbituba, Penha, Içara, Porto Belo, Garopaba, São José, Araquari, Tijucas, São Francisco do Sul, Barra Velha, Laguna, Palhoça e Governador Celso Ramos.

Fotografias para divulgação poderão ser baixadas no endereçohttp://ftp.identidade.ufsc.br/18_ACOR.zip

PROGRAMAÇÃO

23/09 – Sexta-feira
18h – Abertura da praça da gastronomia típica de base açoriana
18h30 – Abertura dos estandes culturais, exposições temáticas
19h – Apresentações folclóricas
19h30 – Abertura oficial do 18º AÇOR, com pronunciamentos oficiais
20h30 – Visita das autoridades aos estandes culturais
21h – Apresentações folclóricas
23h45 – Show musical com o grupo Gente da Terra (Florianópolis)
24h – Encerramento das visitas aos estandes culturais e exposições

24/09 – Sábado
10h – Desfile com grupos folclóricos, municípios e instituições que participam da 18ª. Festa da Cultura Açoriana de SC. Local: avenida Getulio Vargas – Sombrio
11h30 – Abertura da praça de alimentação (café açoriano a partir das 8h)
12h – Abertura dos estandes culturais e exposições
12h às 23h30 – Apresentações folclóricas
16h – Lançamentos de livros (pavilhão dos estandes)
23h45 – Show musical com a banda Tarrafa Elétrica (Itajaí)
24h – Encerramento das visitas aos estandes culturais e exposições

25/09 – Domingo
9h – Missa do Encontro das Bandeiras e Folias do Divino Espírito Santo. Local: igreja Santo Antonio – Centro
11h – Mastro de São Sebastião – Grupo Itapocorói/Penha
11h30 – Abertura da praça de alimentação (café açoriano a partir das 8h)
12h – Abertura dos estandes culturais e exposições
12h às 20h – Apresentações folclóricas
18h – Encerramento das visitas aos estandes culturais

GASTRONOMIA
Comida típica de base açoriana: almoço, jantar e café açoriano e outros quitutes.
23/09, sexta-feira – Jantar e café açoriano, das 18h às 24h
24/09, sábado – Café açoriano, das 8h às 24 h; almoço e jantar, das 11h30 às 23h
25/09, domingo – Café açoriano, das 8h às 24h; almoço e jantar, das 11h30 às 23h

ESTANDES CULTURAIS
Exposições dos municípios e instituições mostrando as referências da cultura de base açoriana do litoral catarinense (artesanato, utensílios, etc).

Datas e horários de funcionamento
23/09, sexta-feira – das 18h às 24h
24/09, sábado – das 12h às 24h
25/09, domingo – das 12h às 18h

EXPOSIÇÕES
“Açores”, com fotos de Joi Cletison que mostram as várias ilhas do arquipélago açoriano, enfocando arquitetura, costumes e belezas naturais; “Os Açores”, exposição do fotógrafo português Mauricio de Abreu que apresenta imagens das freguesias rurais e tradições culturais no arquipélago dos Açores.
Local: pavilhão do evento, no horário de funcionamento dos estandes.

LANÇAMENTOS DE LIVROS
“Boi de Mamão, Folguedo Folclórico da Ilha de Santa Catarina”, de Nereu do Vale Pereira; “Cultura Açoriana – Identidade do Povo Gancheiro”, Secretaria de Educação de Governador Celso Ramos, trabalho produzido durante a realização do 17 º AÇOR; “A Canoa Baleeira dos Açores e da Ilha de Santa Catarina”, de Joel Pacheco.
Dia 24, sábado, às 16h, no palco do Pavilhão dos Estandes.

OFICINAS
O projeto Saber Fazer tem como proposta estimular as práticas artesanais tradicionais desenvolvidas pelos descendentes de açorianos no litoral catarinense, buscando elevar a auto-estima desses habitantes, reafirmando o indivíduo e a coletividade. No AÇOR haverá mostra da produção da renda de crivo, tecelagem, cerâmica figurativa, cestaria e renda de bilro. Em vários estandes das instituições participantes os artesãos vão exibir suas técnicas de produção e também comercializar seus produtos.

MOSTRA DE VÍDEOS
Projeção de vídeos temáticos filmados no litoral de Santa Catarina e no arquipélago dos Açores, tendo como temas a religiosidade, as festas populares, as touradas a corda, o artesanato, as danças folclóricas e outros.

Mais informações pelos fones (48) 3721-8605 e (48) 3533-1958 ou no sitewww.nea.ufsc.br.

O FUTEBOL DOS HERMANOS

19/09/2011 16:33

Exposição de murais e grafites mostra relação entre cultura e violência na Argentina

A Galeria da Ponte, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, recebe a exposição fotográfica Marcas na cidade: conflitos, idolatria e territorialidade – Murais e grafites sobre futebol na Argentina, de Santiago Uliana, Sebastián Sustas e Matias Godio. A exposição permanecerá até o dia 28 de outubro.

“Futebol na Argentina tem uma forte raiz local. Um clube de futebol também é uma área geográfica, normalmente um bairro”, diz o sociólogo argentino Santiago Uliana, referindo às grafitagens de emblemas de clubes que podem ser vistos desde o famoso bairro La Boca até em bairros de classe alta, como o Bajo Belgrano. “Muitas vezes, os emblemas do clube de um determinado bairro aparecem em outro, como provocação e atualização de conflitos”, complementa. Longe de ser uma expressão da irracionalidade, a violência é uma forma de relação possível na cultura de futebol. Morte expressa violência extrema e brutal como um elo de ligação entre os torcedores. Na mesma estética, o caixão é usado para ameaçar matar o rival. Isso fica evidente na foto em que torcedores do Ferro Carril Oeste prometem morte aos Argentinos Juniors – “Bicho”.

Em outra imagem, a “22” e o “Lobo”, dois símbolos do clube Gimnasia são ameaçados de morte por torcedores do Estudiantes, que os colocam em um caixão ao lado da sigla utilizada nos anúncios de obituário nos jornais RIP (descanse em paz ). Essa grafitagem foi encontrada em uma cortina de uma loja na cidade de La Plata. Como não poderia deixar de ser, Diego Maradona também é figura recorrente nos muros da Argentina.  Na cidade de La Plata há um grande mural que lembra o mítico gol à seleção inglesa para a Copa do Mundo do México ’86.

A Exposição Marcas na cidade: conflitos, idolatria e territorialidade – Murais e grafites sobre futebol na Argentina é promovida pelo Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem/Navi, pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFSC.

A Galeria da Ponte, localizada no segundo andar do prédio do CFH, é um espaço destinado a exposições fotográficas provenientes do trabalho de campo de pesquisadores.

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Serviço:

Exposição fotográfica Marcas na cidade: conflitos, idolatrias e territorialidade – Murais e grafites sobre futebol na Argentina

Local: Galeria da Ponte – CFH/UFSC

Visitação: de 16 de setembro a 17 de outubro

Maiores informações: Matias Godio: matiasgodio@gmail.com

A literatura catarinense está no ar

16/09/2011 17:26

UFSC lança, no dia 7 de outubro, o Portal Catarina, maior banco de dados e acervo digital da literatura catarinense. Trabalho de alunos e professores do Nupill concretiza sonho acalentado há mais de uma década por pesquisadores da área

Quando o Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística da UFSC iniciou, em 1995, o que viria a ser a maior biblioteca digital de literatura brasileira do País, a grande discussão era se o meio eletrônico desbancaria o papel do livro impresso. Passados 16 anos, essa oposição entre velhas e novas tecnologias de leitura saiu de foco. O Portal Catarina, que a UFSC, através do NuPILL, lança no dia 7 de outubro, aposta no reforço que o meio digital pode dar à leitura e à própria expansão da literatura. Com acesso livre e gratuito, o banco de dados reúne informações e obras de 311 autores, representando o mais completo catálogo da literatura catarinense já publicado em qualquer meio. “A web é hoje uma importante aliada na democratização do acesso à leitura”, diz o coordenador e fundador do Núcleo, Alckmar Luiz dos Santos, professor do Curso de Pós-Graduação em literatura da UFSC.

parte da equipe do NuPILL ao lado do escritor e multiartista Rodrigo de Haro, um dos autores catarinenses catalogados

Integrantes do Nupill com o escritor catarinense Rodrigo de Haro (de branco), cuja obra foi catalogada pelo Portal Catarina

O Portal entrará em completo funcionamento no endereço www.portalcatarina.ufsc.br, durante o I Seminário de Literatura e Meio Digital da UFSC, promovido pelo NuPILL nos dias 6 e 7 de outubro, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte e como parte das comemorações do aniversário de 40 anos dos Cursos de Pós-graduação em Letras (Literatura Brasileira, Inglês e Linguística). Construído com recursos do Pronex no valor de R$ 400 mil, o Portal é fruto do trabalho de quatro anos de mais de 25 alunos de graduação e pós-graduação dos Cursos de Letras e Computação da UFSC, através de uma parceria entre o NuPILL, o NuLIME (Núcleo de Literatura e Memória), coordenado pela Professora Tânia Ramos, da PG em Literatura e o Lapesd (Laboratório de Pesquisas em Sistemas Distribuídos), coordenado pelo professor Roberto Willrich, do Curso de Computação.

Portal Catarina reúne informações sobre 1.399 obras e 311 autores cadastrados de todos os tempos, escolas literárias e estilos, incluindo referência bibliográfica, local e ano da edição, editora, gênero, dados biográficos do escritor, profissão, gêneros que publicou e produção bibliográfica. São ainda 95 obras literárias digitalizadas que já estão sob domínio público. Um grande diferencial é a reunião de 2.937 documentos digitalizados de acervos pessoais dos escritores, dando testemunho de sua vida intelectual. O navegador poderá entrar direto pelo Portal Catarina ou ter acesso ao banco catarinense pelo banco de dados geral do NuPILL (www.nupill.org), que mantém hoje o mais completo acervo digital de literatura brasileira, com informações sobre mais de 71 mil obras de mais de 16.500 autores, além de trazer 3.364 arquivos de obras digitalizadas que já se encontram em domínio público. Os usuários não precisam se inscrever nem pagar qualquer taxa e podem ler os arquivos on line, fazerdownload ou inclusive imprimir as obras caso prefiram a leitura no papel.

Entre os catarinenses com obras digitalizadas, as prateleiras virtuais do Portal Catarina vão oferecer os livros dos mais representativos autores: Duarte Schutel, Horácio Nunes Pires, Araújo Figueredo, Virgílio Várzea, Cruz e Sousa (obra completa), Delminda Silveira, Maura Senna Pereira, Luiz Delfino e Ernani Rosas (obra poética) são alguns exemplos. A obra de Marcos Konder Reis já está toda digitalizada, só dependendo de autorização da família para entrar na rede. Fotos, correspondências, diplomas, convites, recortes de jornal, lembranças, manuscritos e até contas de luz integram os acervos digitalizados de autores como Cruz e Sousa, Ernani Rosas, Delminda Silveira e Maura Senna. O acervo de Harry Laus será o próximo a ser digitalizado para proporcionar, além do aspecto documentário, estudos sobre a vida intelectual desses escritores. Um documento significativo, por exemplo, é a carta do poeta Carlos Drummond elogiando um poema de Maura. Antes de ir para a rede, os acervos passam pelas mãos de Thaís Angélica Mendes dos Santos, que é responsável pelo trabalho de restauração do Portal.

Como uma obra inacabada, o Portal Catarina está aberto à atualização permanente e à inclusão de críticas e resenhas literárias sobre os autores em questão, que serão selecionadas e publicadas. “À medida que todos os dias nascem e morrem novos autores, torna-se um trabalho interminável”, lembra o coordenador. Pra chegar a essa grande obra de referência e de consulta, o grupo incorporou os dados de todos os indicadores impressos existentes e acrescentou muitos outros a partir de um minucioso trabalho de pesquisa. Mesmo sendo o maior até agora, todo trabalho enciclopédico tem lacunas, ressalva Alckmar.

A ideia de uma grande biblioteca virtual da literatura catarinense foi sonhada e acalentada durante muitos anos pelo já falecido professor de Literatura Lauro Junkes, ex-presidente da Academia Catarinense de Letras, lembra Alckmar. Mas o projeto só começou a sair do papel em 2007, quando venceu o Edital do CNPq pra financiar grupos de pesquisa de excelência de todo o Brasil. Em vias de renovação do financiamento, o projeto do NuPILL foi o único na área de ciências humanas de Santa Catarina aprovado no edital (todos os outros são das áreas de exatas e biomédicas). A profícua parceria do universo acadêmico das letras com o curso de computação já vai para dez anos e resultou no desenvolvimento de bancos de dados literários, ferramentas de leitura e de pesquisa automatizada de textos.

Alckmar Luiz dos Santos: mutirão de quatro anos para pôr Portal em funcionamento

O coquetel de lançamento do Portal Catarina ocorrerá no dia 7, às 18 horas, na sala Aroeira do Centro de Eventos da UFSC, após a mesa-redonda de encerramento do I Seminário de Literatura e Meio Digital. A mesa que abrirá o seminário, no dia 6, reunirá grandes especialistas do Brasil em literatura digital e congêneres que vão acompanhar o relato das pesquisas de cerca de 20 alunos de graduação, mestrado e doutorado, além de pesquisadores já formados acerca das relações entre informática e literatura. Estarão presentes Saulo Brandão (Federal do Piauí), Alamir Aquino Corrêa (UEL), Wilton Azevedo (do Makenzie), Regina Corrêa (UEL), Carlos Maciel (Université de Nantes) e o próprio Alckmar, que, além de ter várias obras publicadas em meio digital, foi o vencedor do Concurso Salim Miguel de Romance. Uma mostra de que a outrora valorizada rivalidade entre o computador, o raciocínio lógico e o mundo literário ficou mesmo para trás.

Raquel Wandelli

Jornalista da SeCArte/UFSC

99110524, 37218729 e 37219459

www.secarte.ufsc.br

NuPILL – 37219656

alckmar@cce.ufsc.br

Teatro ajuda a compreender impacto do 11 de Setembro sobre a política da vida

06/09/2011 14:57

Um milhão talvez seja um chute muito distante para o número de vezes em que a cena do ataque às Torres Gêmeas foi transmitida pelas câmeras de TV no mundo todo. Mas a repetição exaustiva dessas imagens de terror não ajuda a compreender o que ocorreu à humanidade em torno desse dia, nem a biopolítica que as potências do eixo ocidental instalaram após o 11 de Setembro. O sentido da guerra não está no momento da explosão, ou no espetáculo das bombas, mas no longo silêncio ou na espessa nuvem de poeira que pairou sobre o mundo depois de as torres desabarem.  Setembro, primeira montagem do Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de SC, que volta ao palco do Teatro da UFSC neste final de semana, é uma tentativa de compreender no espaço da arte as consequências desse acontecimento que impactou a vida no Planeta.

Setembro reestreia no dia 9, às 20 horas, e permanecerá em cartaz de sexta a domingo, sempre no mesmo horário, até o dia 25 de setembro, ao lado da Igrejinha da UFSC.  Resultado do Projeto Primeiro Ato, patrocinado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, a peça estreou em julho com casa cheia, trazendo a história da guerra entre o mundo islâmico e os Estados Unidos para o plano do sensível, do poético e da reflexão intelectual. Em sua nova temporada, além de coincidir com o aniversário de dez anos do ataque, a peça acumula a experiência de novas apresentações, incluindo a participação na I Mostra Universitária de Teatro do Espaço Elevador, em São Paulo, na última semana de agosto.

Com direção geral de Fábio Salvatti, co-direção de Gerson Praxedes e direção de arte de Luiz Fernando Pereira, a peça é fruto de quatro meses de pesquisa e trabalho de alunos de sétima fase da disciplina Projeto de Montagem que no final deste ano vão compor a primeira turma de artes cênicas formada pela UFSC. Expressa o esforço dessa juventude de refletir sobre as repercussões biopolíticas do evento mais marcante do terceiro milênio, atravessadas por memórias individuais e políticas dos personagens.  O projeto partiu da ideia de constituir um fórum artístico e intelectual que propiciasse a discussão desses episódios entre atores e público, conta o diretor geral, que é também coordenador do curso de Cênicas, criado em 2008.

A Guerra contra o Terror que se seguiu a partir daí tem pautado as relações interpessoais, internacionais e interculturais dos indivíduos e nações, inaugurando um novo sistema geopolítico no século XXI. “Ficaram marcas visíveis na vida cotidiana, com a normalização dos instrumentos de vigilância da sociedade de controle e a suspensão dos direitos civis ou mesmo a invasão militar e execução sumária de acusados de terrorismo em inúmeros países”, anota Fábio Salvatti. Estabeleceu-se um verdadeiro estado de exceção transnacional, no qual se ignoram as soberanias nacionais ou as convenções humanitárias. “Campanhas de delação afixadas em cartazes nos principais centros urbanos dos países desenvolvidos, flagrantes abusos contra os direitos humanos, intolerância religiosa, disseminação da xenofobia: o mundo deste novo milênio está, decididamente, marcado pelas cicatrizes de um conflito biopolítico”, diz o argumento da peça.

Integrada por 22 alunos, sendo 21 em cena,  a equipe iniciou os ensaios no dia 14 de março. O espetáculo potencializa diversas linguagens e mídias em favor de uma encenação interativa com o público, como sublinha Salvatti. Para alcançar essa dramaturgia em processo, o grupo arrisca o desapego a um texto ou a uma tese estabelecida de antemão e busca construir uma enunciação dramática no tempo presente, provocando respostas no elenco a partir de estímulos dados pela direção. Alguns deles são conceituais, inspirados em pensadores como Eric Hobsbawm, Noam Chomsky, Sam Harris e Antonio Negri. Outros são recortes de jornais, discursos de autoridades, documentos oficiais, etc. Além dos fragmentos textuais, a peça explora obras audiovisuais alusivas ao acontecimento, como os documentários Farenheit 911, Zeitgeist, Loose Change, e também várias referências musicais como Eumir Deodato, Nick Drake, Zbigniew Preisner, dentre outras.

Na avaliação da secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges, Setembro, é uma das grandes produções artísticas da universidade deste ano, que aponta um caminho para fortalecer o entrelaçamento entre arte e saber acadêmico. Aberta ao público, a peça foi produzida pela Expresso Produções, com recursos da SeCArte e apoio do Departamento Artístico Cultural, Departamento de Libras e Centro de Comunicação e Expressão. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados no Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, uma hora antes do espetáculo.

Setembro

Direção: Fabio Salvatti (37216801)

Codireção: Gerson Praxedes

Direção de arte: Luiz Fernando Pereira (LF)

Elenco: Araeliz, Bárbara Danielli, Betinho Chaves, Carlos Silva, Célio Alves, Claudinei Sevignani, Elise Schmiegelow, Emanuelle Antoniollo, Gabriel Guedert, Gustavo Bieberbach, Ilze Körting, Janine Fritzen, Malu Leite, Paula Dias, Rafaela Samartino, Ricardo Goulart, Rodrigo Carrazoni, Tainá Orsi, Tamara Hass, Thaís Penteado, Vera Lúcia de Azevedo Ferreira, Wellington Bauer

Iluminação: Gabriel Guedert

Cenário e figurino: Malu Leite

Cenotécnico: Edson

Costureira: Iraci

Vídeos: Fabiane de Souza

Fotografia: Larissa Nowak

Pesquisa de trilha sonora: Fabio Salvatti

Programação visual: Fabio Salvatti e Wellington Bauer

Realização: alunos da 8ª fase do curso de Artes Cênicas da UFSC

Patrocínio: SeCArte/UFSC (Secretaria de Cultura e Artes da UFSC)

Apoio: CCE – DALi – DAC/UFSC

Produção: Expresso Produções

Contatos: 37216801

SERVIÇO

Estreia: 9 de setembro

Apresentações: 10 a 25 de setembro (sextas, sábados e domingos)

Horário: 20 horas

Local: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha)

Entrada franca – retirar ingresso uma hora antes do espetáculo

Raquel Wandelli

Jornalista da SeCArte/UFSC

99110524 e 37219459

Lançado edital da Bolsa Cultura da UFSC

01/09/2011 18:17

 A Secretaria de Cultura e Arte da UFSC lança hoje (1° de setembro), o edital para a criação da Bolsa Cultura, que vai conceder 70 bolsas a estudantes de graduação integrados a projetos de extensão na área cultural. A Bolsa de Extensão vinculada às Ações de Arte e Cultura (BEAC), tem como objetivo impulsionar a produção cultural na UFSC. “Com o programa, A UFSC está dando mais um grande passo no fortalecimento da cultura como dimensão indissociável do processo de ensino, pesquisa e extensão”, afirma a Secretária Maria de Lourdes Borges.

De hoje a 30 de setembro, professores já podem inscrever seus projetos de extensão para participar da seleção das bolsas, que serão concedidas aos alunos por 12 meses, para o período de novembro de 2011 e outubro de 2012. Podem pleitear a Bolsa Cultura docentes do quadro de pessoal permanente da universidade, no efetivo exercício de suas atividades e que sejam coordenadores de projetos de cultura devidamente cadastrados no Sistema de Registro de Ações de Extensão (SIRAEx/Formulário Notes). Cada projeto poderá ter até dois bolsistas. O docente poderá inscrever no máximo dois projetos, mas o total de bolsas por professor será de dois.  

Não poderão candidatar-se servidores técnico-administrativos, professores efetivos que estejam afastados oficialmente de suas funções de docência, substitutos, visitantes, voluntários, aposentados, bolsistas recém-doutores. Os estudantes beneficiados devem apresentar índice de aproveitamento acumulado (IAA) igual ou superior a 6,0 (exceto calouros) e dispor de 20 horas semanais para dedicação ao projeto como atividade não obrigatória no currículo, sendo que o pagamento mensal do bolsista estará condicionado à frequência do aluno. Também não podem acumular outro tipo de bolsa da UFSC ou de quaisquer outros órgãos de fomento ou de Fundações de Apoio.

O resultado será divulgado em 15 de outubro de 2011, na página da SeCArte www.secarte.ufsc.br. Na seleção dos candidatos, uma comissão designada pela SeCArte vai elaborar e divulgar parecer classificando os projetos em ordem de prioridade.  Os critérios de avaliação previstos no edital são: evidência de que a atividade proposta no projeto é prioritariamente uma ação de Cultura e/ou Arte; característica inovadora do projeto; viabilidade do projeto e do cronograma de trabalho; participação de alunos; experiência do coordenador no desenvolvimento de ações de cultura e arte. As bolsas só serão liberadas após a assinatura do Termo de Compromisso e da entrega de documentos relacionados na página da SeCArte  http://secarte.ufsc.br).

A inscrição dos projetos para pleitear a Bolsa Cultura deverá ser feita na Secretaria de Cultura e Arte, mediante a entrega dos documentos solicitados no edital. Além do projeto aprovado pelo respectivo departamento de ensino ou equivalente, o professor candidato deve comprovar sua inclusão no Sistema de Registro de Ações de Extensão – SIRAEx (http://notes.ufsc.br/aplic/formext.nsf) e apresentar cópia da atualização do currículo do coordenador do projeto na plataforma Lattes.

A Bolsa de Extensão vinculada as ações de Arte e Cultura (BEAC) foi estabelecida pela Resolução Normativa nº 09 do Conselho Universitário de 7 de dezembro de 2010, republicada com alterações em 26 de abril deste ano. Seu objetivo é incentivar a participação de estudantes de graduação da UFSC no processo de criação artístico-cultural e nos projetos de Cultura e Arte desenvolvidos pela instituição, bem como proporcionar o envolvimento de estudantes, servidores técnicos administrativos e professores em atividades artístico-culturais.

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Festival de Música termina com tributo à arte e ao idealismo

29/08/2011 12:23

O II Festival de Música da UFSC encerrou na noite domingo mostrando que a música é a bandeira da juventude no Terceiro Milênio, por onde ela pode ecoar seus lamentos, desejos e gritos de liberdade. Dois dias de festival na Praça da Cidadania da UFSC deixaram como saldo 20 novas composições e a insurgência de igual número de bandas que revelaram, sobretudo, criatividade na mistura de ritmos antigos com modernos e de elementos da cultura regional com a cultura global. O emocionante show de encerramento do Grupo Engenho, criado e fomentado dentro dos palcos da UFSC, fez um tributo à volta dos festivais universitários e ao mesmo tempo lavrou o retorno da banda após 28 anos de inatividade.

Todas as composições – selecionadas entre 136 – vão compor um CD/DVD ao vivo que a Secretaria de Cultura e Arte e o Departamento Artístico Cultural da UFSC já começaram a produzir. A Praça da Cidadania já não estava tão lotada como na noite anterior, quando se reuniram cerca de oito mil pessoas. Mas o público que perdeu o clássico Avaí/Figueirense para curtir as bandas selecionadas para o segundo dia foi premiado com um espetáculo ainda melhor em qualidade técnica e artística. Violinos, violões, guitarras, instrumentos de sopro, percussão, teclado, cravo, pandeiro. As equipes subiram ao palco com estrada e preparo técnico. Foram dez apresentações de alto nível do ponto de vista da melodia, harmonia e letra e, embora a mostra não fosse mais competitiva, três conjuntos apontaram como francamente favoritos do público: as bandas Cravo da Terra (MPB), Top Groove (rock instrumental) e Cultivo (reggae), que consagraram os três ritmos dominantes no festival.

A noite começou embalada por duas canções típicas de MPB homenageando mulheres: “Tereza”, com Darlan Freitas, e “Cecília”, composição de Roberto Tonera dedicada à filha Cecília, de quatro anos, que estava na plateia para recebê-la.  Ambos mereceram torcida e aplausos, mas quem levantou o público de verdade foi “Voz do Coração”, canção dançante da Banda Habitantes de Zion, que se apresentou com toda a gestualidade e textualidade do reggae, dupla de dançarinas back vocal ao estilo Wailers e cantor com cabelo rastafári. “Vaga-lumes”, de Luciano Arnold, apresentou uma bonita canção romântica ao estilo anos 80 e “Inquietude”, com Caren Martins, apostou em um samba refinado. Lucas Quirino, ao violão, entrou em palco com orquestra de violino, violão, guitarra e percussão para cantar “Menino”, ao estilo MPB, com forte influência dos vencedores dos grandes festivais da década de 70.

Protesto amoroso

Ive Luna, cantora premiada da Banda Cravo da Terra, entrou com a poética “O Alguidar de Aguiar” e uma orquestra diversificada de instrumentos de sopro, corda e percussão. Já aclamada em outros concursos e nos palcos do Projeto 12:30, da UFSC, a Cravo da Terra fundamenta seu trabalho na pesquisa de ritmos tradicionais do sul sudeste e nordeste brasileiros com uma batida contemporânea. De calça branca, camisa vermelha e boné, ao estilo sambista carioca, Marcos Baltar também cantou sua musa D. Flor, no samba-canção “Jazmin”. A banda Top Groove, de Lages, apresentou a eletrizante “Groove Zone”, com Tiago Barte na guitarra provando que o rock ainda pode ser reinventado. O público dançou e ovacionou e a banda mostrou que há espaço sim para a música experimental.

“Impermanência”, da Banda Cultivo, que se originou no estado paulista em 2004 e há três anos ganhou os palcos da Ilha, foi incentivada por um público cativo que implorou pra ganhar o CD do grupo sorteado pela Secretaria de Cultura e Arte. Ângela Beatriz ficou e repetiu a canção, que pede um mundo mais norteado pela vida e menos pelo dinheiro. A letra, um protesto amoroso contra a arrogância do homem e a destruição da natureza, trouxe a nostalgia dos festivais em que a juventude não escondia seu desejo de mudança. Com uma dose de ousadia e talento, a inocência de quem busca valores mais verdadeiros e recusa a massificação da indústria cultural continuam tendo seu charme.

A Volta do Grupo Engenho

Mesmo aos 40, 50 anos, como é o caso da velha guarda do Grupo Engenho, essa chama de insatisfação e idealismo pode ser revivida. Foi com o espírito mergulhado em nostalgia e afeto histórico, que uma plateia de duas mil pessoas viu entrar no palco Marcelo Muniz (baixo, piano, bandolim, violão e voz); Chico Thives (bateria, percussão, violão, baixo e voz); Cláudio Frazê (percussão e voz), Cristaldo (sanfona e voz); Álisson Mota (violão, violão de 12 cordas, cavabandorango e voz), e em acréscimo, Rogério Guilherme e Manoela, no back vocal.

Antes de o grupo tocar pela primeira vez pra valer desde que a banda se separou, em 1984, Álisson, 57 anos, analista de sistemas, falou do propósito da banda de retornar com a mesma proposta que partiu: “Queremos cantar a cultura, a gente e a terra açorianas, contrapondo instrumentos modernos e arcaicos”. Para o grupo, que se formou nas festas e congressos estudantis, recebeu uma bolsa-cultura do DAC no final dos anos 70 para realizar seu trabalho de pesquisa musical, e se projetou a partir dos festivais universitários, voltar a tocar depois de duas décadas em um palco da UFSC assumiu um significado duplamente especial.

Com seu rock-baião ao mesmo tempo folclórico e universal, o velho Grupo Engenho fez a famosíssima canção “Barra da Lagoa” transformar a Praça da Cidadania em um grande forró. “Lua mansa” foi ouvida de olhos fechados pelos roqueiros coroas, para que o grupo está associado as suas lembranças mais afetivas dos tempos de universidade. A oportunidade de ver a banda original unida novamente e de ouvir Marcelo Muniz de cabelos brancos, fechando os olhos para segurar as lágrimas, ao cantar “Vejo teus olhos brilhando em cada estrela/ Flor da noite, espelho d’água, traços de iemanjá”, pareceu um milagre.  Como teria dito o poetinha, se estivesse vivo, todo “samba” universitário é uma forma de oração.

Fotos: http://facebook.com/festivaldemusicaufsc

Por:  Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 – 37219459

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MUSEU EM CURSO: Historiador Fernando Boppré conversa sobre produção cultural

27/08/2011 15:12

A oitava edição do Projeto Museu em Curso deste ano trará o historiador Fernando Boppré para conversar com o público sobre pesquisa nos museus e sua difusão na comunidade por meio de projetos culturais. No dia 31 de agosto, das 16 às 18 horas, no auditório do Museu Universitário, o cineasta, diretor de museu, produtor cultural e crítico de artes profere a palestra “Museu, Pesquisa e Produção Cultural”, com participação gratuita e aberta à comunidade.

Mestre em História Cultural pela Universidade Federal de Santa Catarina, Boppré é chefe de Serviço do Museu Victor Meirelles/IBRAM/MinC. Desde 2007, coordena o Projeto Agenda Cultural da mesma instituição. Atualmente, exerce a presidência do Fundo Municipal de Cinema de Florianópolis (FUNCINE) e da Associação dos Amigos do Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, além de ser membro do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Florianópolis. Assina como diretor e roteirista os filmes: “Tem Drama na União” (2004), “Pequenos Desencontros” (2011) e do documentário “Ovonovelo” (em fase de finalização). É crítico e curador de artes visuais e mantém o blog Arte por Extenso desde 2006 (www.fernandoboppre.net/blog). Foi diretor do Museu Hassis, de Florianópolis (2005-2006) e integra o ICOM – Conselho Internacional de Museus.

Promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, em parceria com a Associação dos Amigos do M.U., o projeto “Museu em Curso” tem como objetivo promover a formação e discussão sobre temas relativos à memória e arquivos. A cada mês o projeto realizada uma palestra voltada para as diversas áreas da teoria e da prática museológica.  Os participantes receberão certificados.

Serviço:

O quê: Museu em curso, palestra com Fernando Boppré

Quando: 31 de agosto de 2011, das 16h às 18h

Onde: Auditório do Museu Universitário

Entrada franca

Informações: 48 3721-8604 begin_of_the_skype_highlighting 48 3721-8604 end_of_the_skype_highlighting ou 9325

e-mail: ufsc.mu.museologia@gmail.com

Final de semana tem II Festival de Música da UFSC!

26/08/2011 01:55

Foto do I Festival de Música A produção musical da Grande Florianópolis vai reinar neste final de semana no palco do campus universitário com a realização do II Festival de Música da UFSC. Aberto ao público e gratuito, o festival vai fazer ecoar na Praça da Cidadania a diversidade de ritmos e batidas de 20 composições próprias classificadas. Realizado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, o Festival abre às 18 horas do sábado (27), com a apresentação de dez bandas selecionadas e ao final show da John Bala Jones. O evento prossegue no dia 28, novamente a partir das 18 horas, com mais dez músicos selecionados e apresentação histórica do Grupo Engenho.

 São quatro horas diárias de MPB, reggae, rock e samba. Desta vez os músicos investiram mais em ritmos atuais e populares entre a juventude e bem menos em experimentações com música instrumental, clássica ou medieval, que predominaram no festival passado. “Teremos uma mostra animadora da qualidade e diversidade da produção local”, anuncia a secretária de Cultura e Arte da UFSC Maria de Lourdes Borges. Várias bandas que participaram do evento anterior foram novamente classificadas pela qualidade e originalidade das composições. O coordenador do festival, o músico Marco Valente, que coordena também o Projeto 12:30, do Departamento Artístico Cultural da UFSC, destaca os trabalhos das banda Karibu, Somato, Cravo da Terra e Cultivo pela riqueza poética, construção harmônica, melódica e rítmica, criatividade e originalidade. Mas também espera ser surpreendido por outras bandas novas, cujo trabalho ainda não conhece. “A performance no palco faz muita diferença”, lembra o coordenador.

A segunda edição do Festival de Música da UFSC chega ampliada e melhorada. O número de inscritos que participou da seleção praticamente quadriplicou, qualificando ainda mais a seleção das músicas por uma comissão de cinco especialistas entre um total de 135 inscritas. Tecnicamente, a estrutura física e sonora também foi melhorada. Houve uma grande evolução técnica na qualidade dos equipamentos de sonorização, informa Valente. “Teremos o que existe de melhor em termos de estrutura e equipamentos, com telão de LED de alta definição e sistema flying PA (Public Áudio)”.

O palco para as bandas terá uma estrutura bem maior do que a de 2010, com uma área coberta de oito metros de largura. E o público, além da ampla área livre do campus, também poderá assistir ais show em uma área coberta de 12 metros de profundidade e 20 de largura em caso de chuvaForam alocados equipamentos de última geração tanto para transmissão quanto para captação de som e imagem visando à gravação de um CD e um DVD de qualidade profissional, como o lançado no dia 13 de julho com as composições classificadas no I Festival.

 Além da gravação, os músicos receberão troféus ao final do evento, que terá a apresentação e animação do locutor Guina. Na segunda, 22, o coordenador do evento e a equipe da SeCArte reuniram-se para acertar os detalhes técnicos com as duas bandas âncoras, que deverão tocar estritamente até as 22 horas, em respeito à legislação regulamentar de shows em áreas residenciais. A John Bala Jones, criada no final dos anos 90, que toca som pop, e o Grupo Engenho, que ficou famoso nos anos 70 e 80 com a produção de rock regional, foram escolhidas para valorizar o trabalho de música autoral na Grande Florianópolis, explica Valente. Vale dizer que pela primeira vez o grupo leva ao palco todos os integrantes desde a separação da banda.

 Em um novo contexto e de modo não competitivo, o evento recria o ambiente dos grandes festivais universitários que se projetaram como um espaço fundamental para o incentivo à produção musical e meio de contato entre o público e os artistas. “Queremos promover a formação de um público apreciador da música local e impulsionar o trabalho de novos músicos”, explica a secretária Maria de Lourdes Borges.

Acompanhe as informações sobre o festival no site www.secarte.ufsc.br ou pelo festivaldemúsica@facebook.com

 

II FESTIVAL DE MÚSICA DA UFSC – Programação

 

Apresentações do dia 27/08/2011 – Sábado

Ordem Músico / Banda
1 Entrando no País das Maravilhas – Banda Karibu
2 Não Esbarra – Banda Aislados
3 Kama – Taoana Padilha
4 Dominó – André Pacheco Henrique
5 Le Feu d’Amour – Banda Somato
6 Skalpelado – Banda Bergos
7 Discos do Roberto – Banda Supergrandes
8 Menino do Gueto – Banda Menino do Gueto
9 Ousada – Banda Zazueira
10 Esse Novo Disfraz – Nathalia Britos Gasparini

 

Apresentações do dia 28/08/2011 – Domingo

Ordem Músico / Banda
1 Tereza – Darlan Freitas
2 Cecília – Roberto Tonera
3 Voz do Coração – Banda Habitantes de Zion
4 Vaga-Lumes – Luciano Arnold
5 Inquietude – Caren Martins
6 Menino – Lucas Quirino
7 O Alguidar de Aguiar – Banda Cravo da Terra
8 Jazmim – Marcos Baltar
9 Groove Zone – Banda Top Groove
10 Impermanência – Banda Cultivo

 

http://facebook.com/festivaldemusicaufsc

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 – 37219459

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