Mostra Cavalcanti recupera obra que reinventou a estética cinematográfica

16/04/2012 17:13


Figura emblemática de paradoxos e preconceitos centrais à história do cinema, Alberto Cavalcanti é hoje foco de um interesse crescente de alunos, professores e admiradores  do único cineasta brasileiro com experiência internacional significativa. De 23 a 27 de abril, o projeto Punctum: cinema e pensamento, do Curso de Cinema da UFSC promove a Mostra Cavalcanti, com exibição de onze filmes, apresentação de ensaios seguidos de debates por pesquisadores e profundos conhecedores da sua obra, como Rodrigo de Haro, Felipe Soares, Carmen Rial, Marina Moros, André Zacchi. A mostra visa reunir trabalhos em torno de temas relativos aos filmes e publicá-los, junto com os debates gravados, na Punctum, a revista do Curso (www.punctum.ufsc.br).

Nascido no Rio de Janeiro em 1897, Cavalcanti esteve no centro de momentos cruciais, trabalhando como diretor (de 58 filmes), roteirista, cenógrafo, diretor de som, de arte, montador, desenhista de produção, figurinista, arquivista e ator. Começou como assistente de L’Herbier em Paris, tornando-se em seguida nome central da vanguarda francesa dos anos 20 (Rien que les heures é exemplo disso e estará na Mostra). Nos anos 30 inicia, com John Grierson, no General Post Office Film Unit (GPO), a tradição do documentário inglês, hoje especialmente produtiva – Coal Face e Night Mail, do GPO, também serão exibidos. Na mesma época, torna-se um dos principais desenvolvedores da tecnologia e da estética do som no cinema, e dessa fase a Mostra inclui Went the Day Well? e Dead of Night.

Em 1949, Cavalcanti volta ao Brasil a convite de Assis Chateaubriand e, trazendo técnicos da Europa, assume a direção artística da Companhia Vera Cruz, iniciativa industrial ambiciosa que enfrenta oposição ferrenha e complexa, tanto da direita quanto da esquerda – até sua vida privada é revirada na imprensa. Nos anos 50, depois de filmar O canto do mar (filme que abre a Mostra), volta à Europa onde conhece Bertolt Brecht (e filma seu Herr Puntila, que estará na Mostra) e Joris Ivens, trabalhando também, em vários países, com teatro e televisão. Morre em 1982 em Paris.

Apesar das retrospectivas, biografias, e edições de cópias em DVD, Cavalcanti é ainda pouco conhecido do público. O interesse crescente de pesquisadores em torno dele faz ver todo um universo de conceitos e atitudes capazes de revolver e desativar muitas certezas quanto à arte, estética, história, nacionalidade, gênero etc.

Convidados

A cada dia a Mostra exibe cerca de duas horas de filmes e logo em seguida vêm as apresentações e os debates. No primeiro dia, segunda, 23 de abril, o convidado será Rodrigo de Haro, cinéfilo apaixonado que conheceu Cavalcanti e que tem em O canto do mar um embalo decisivo em sua vida de poeta e artista plástico.

Na terça, André Zacchi, mestrando em Literatura e formando em Cinema na UFSC, propõe uma leitura de filmes de Cavalcanti dos anos 30 e 40 (principalmente Night Mail, Went the Day Well? e Dead of Night) a partir de seu trabalho de Mestrado, voltado principalmente ao inumano. O debatedor será seu colega de Mestrado Lucian Chaussard, também formado em Cinema na UFSC, participante da seleção de filmes dos festivais Fam e Faça e crítico da revista Contracampo.

Na sexta-feira, último dia, a pesquisadora Marina Moros, com Mestrado e Doutorado em Literatura na UFSC, apresenta trabalho em torno de sua atual pesquisa de Pós-doutorado, também na UFSC, em torno dos documentários de Cavalcanti, em sua relação com conceitos como o de soberania – falará principalmente de Coal Face e Rien que les heures. A debatedora será sua supervisora, Carmen Rial, do Departamento de Antropologia e dos programas de pós-graduação em Antropologia e Ciências Humanas da UFSC, além de coordenadora do Núcleo de Antropologia Audiovisual (Navi), com pós-doutorado na mesma área pela École de Hautes Études em Sciences Sociales.

Na quarta e na quinta, os debates serão conduzidos pelos professores Antonio Carlos Santos, da Pós-Graduação em Ciências da Linguagem da Unisul, e Luiz Felipe Soares, do curso de Cinema e da Pós em Literatura da UFSC (ambos tendo feito também mestrado e doutorado em Literatura na UFSC).

 

Os filmes

23/4, segunda feira

  • O canto do mar (1952), 124 min: produção posterior à Vera Cruz, já para a Kino Filmes, do Rio. Experimentação no humanismo realista, enfocando a seca no Nordeste e suas consequências. Participação no roteiro de José Mauro de Vasconcelos, música de Guerra Peixe, fotografia exuberante de Cyril Arapoff e Paolo Reale. Com Luiz Andrade, Glauce Bandeira, Fernando Becker, Aurora Duarte.

24/4, terça feira

  • Night Mail (1936), 25 min: produção do General Post Office, a partir do poema de Wystan Hygh Auden, dirigido com Harry Watt e Basil Wright. Cavalcanti faz o som do filme, de desenho sofisticado. Com John Grierson.
  • Went the Day Well? (1942), 92 min: produção da inglesa Ealing (onde Cavalcanti trabalha depois de se afastar do GPO), tematizando a possível invasão da Inglaterra pelo exército alemão na Segunda Guerra. Com Leslie Banks, C. V. France, Valerie Taylor.

25/4, quarta feira

  • La P’tite Lili (1927), 15min: segundo filme de Cavalcanti, feito na França, com curiosa experimentação de texturas. Com Catherine Hessling (modelo de Auguste Renoir) e com Jean Renoir (no papel do proxeneta).
  • We Live in Two Worlds (1937), 15 min: produção do GPO (co-produção com a Suíça), com texto e voz de J. B. Priestley, sobre nacionalidade e cruzamento de fronteiras.
  • Herr Puntila und sein Knecht Matti (1960), 97 min, colorido: comédia musical, adaptação do texto de Brecht, co-produção entre Áustria e ex-Alemanha Oriental. Com Curt Bois, Heinz Engelmann e Maria Emo.

26/4, quinta feira

  • Yellow Caesar (1941), 24 min: produção da Ealing, debochando da figura de Mussolini, com montagem brincalhona de trechos de documentários e reportagens cinematográficas, alternados com desenhos (de Feliks Topolski). Marcel King, Sam Lee, Max Spiro e Jack Warrock imitam a voz de Mussolini.
  • Dead of Night (1945), 103 min: produção da Ealing. Personagens se reúnem numa casa e contam histórias estranhas. Cavalcanti dirige os segmentos Christmas Party e The Ventriloquist’s Dummy – nesse último um boneco de ventríloquo ganha vida. Parcialmente baseado em H. G. Wells. Com Mervyn Johns, Roland Culver, Mary Merrall, Googie Withers, Frederick Valk.

27/4, sexta feira

  • Capitain Fracasse (1928), 92 min: produção francesa, adaptação do romance de Téophile Gautier, em que o capitão recebe uma trupe de teatro e se apaixona por uma das atrizes. Com Pierre Blanchar, Lien Deyers, Charles Boyer.
  • Rien que les heures (1926), 35 min: produção francesa, experimentação com enquadramento, iluminação, montagem, imagens fragmentadas, como que acompanhando cenas de Paris referidas aos choques modernos. Com Blanche Bernis, Nina Chousvalowa, Philippe Hériat, Clifford McLaglen.
  • Coal Face (1936), 11 min: produção do GPO, também a partir de texto de Wystan Hygh Auden (assim como Night Mail), enfocando, com criatividade e imprevisibilidade de enquadramento e montagem, gestos de trabalhadores em minas de carvão. Com a voz do próprio Auden.

 

 

Filmografia de Alberto Cavalcanti (cf. http://www.imdb.com/name/nm0146709/):

La visite de la vieille dame (TV, 1971) / Les empaillés (TV, 1969) / Story of Israel (1967) / Yerma (1962) / The Monster of Highgate Ponds (1961) / Herr Puntila und sein Knecht Matti (1960) / La prima notte (1959) / A Rosa-dos-Ventos (segmento da Rússia) (1957) / Mulher de Verdade (1954) / O Canto do Mar (1952) / Simão o Caolho (1952) / For Them That Trespass (1949) / The First Gentleman (1948) / They Made Me a Fugitive (1947) / The Life and Adventures of Nicholas Nickleby (1947) / Dead of Night (segmentos Christmas Party e The Ventriloquist’s Dummy) (1945) / Champagne Charlie (1944) / The Halfway House (1944) / Waterlight (1943) / Went the Day Well? (1942) / Alice in Switzerland (1942) / Film and Reality (1942) / Yellow Caesar (1941) / A Midsummer Day’s Work (1939) / Men of the Alps (1939) / Four Barriers (1938) / Mony a Pickle (1938) / The Line to Tschierva Hut (1937) / We Live in Two Worlds (1937) / Who Writes to Switzerland (1937) / Message from Geneva (1936) / Coal Face (1935) / Pett and Pott: A Fairy Story of the Suburbs (1934) / New Rates (1934) / The Glorious Sixth of June (1934) / Coralie et Cie (1933) / Le mari garçon (1933) / Plaisirs défendus (1933) / En lisant le journal (1932) / Le jour du frotteur (1932) / Le truc du Brésilien (1932) / Nous ne ferons jamais le cinéma (1932) / Revue montmartroise (1932) / Tour de chant (1932) / À mi-chemin du ciel (1931) / Les vacances du diable (1931) / Dans une île perdue (1931) / A Canção do Berço (1930) / Toute sa vie (1930) / Le petit chaperon rouge (1930) / Rien que les heures (1930) / Vous verrez la semaine prochaine (1930) / Le capitaine Fracasse (1929) / La jalousie du barbouillé (1929) / En rade (1928) / Yvette (1928) / La p’tite Lili (1927) / Le train sans yeux (1927)

 

Apoio divulgação: Secretaria de cultura e Arte

 

 

Programação:

 

Filmes (18h30)

Comentador (20h30)

Debatedor

23/4, segunda feira

O canto do mar (1952),
124 min

Rodrigo de Haro

Luiz Felipe Soares

24/4, terça feira

Night Mail (1936), 25 min

Went the Day Well? (1942), 92 min

André Zacchi

Lucian Chaussard

25/4, quarta feira

La P’tite Lili (1927), 15min

We Live in Two Worlds (1937), 15 min

Herr Puntila und sein Knecht Matti (1960), 97 min

Luiz Felipe Soares

26/4, quinta feira

Yellow Caesar (1941),
24 min

Dead of Night (1945) ,
103 min

Antonio Carlos Santos

27/4, sexta feira

Le Capitaine Fracasse (1928), 92 min

Rien que les heures (1926), 35 min

Coal Face (1936), 11 min

Marina Moros

Carmen Rial

 

 

Glauber Rocha volta à cena com reinvenção do romance

16/04/2012 16:28


Capa atual

No aniversário de 30 anos da morte de Glauber Rocha, a Editora da UFSC resgata a dívida do Brasil com a obra literária de um dos seus mais inovadores e criativos artistas e intelectuais, que revolucionou o cinema e reinventou a língua portuguesa. Riverão Sussuarana, o único e definitivo romance do mentor do Cinema Novo, esgotado há mais de três décadas, ganha uma nova edição, publicada pela EdUFSC em parceria com o Instituto Itaú Cultural. O lançamento da obra ocorrerá em Florianópolis, no dia 18 de abril, às 19h, na Fundação Cultural Badesc, junto com a divulgação do resultado do Concurso Rogério Sganzerla: Roteiros (Cinema e Dramaturgia), promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Editora da UFSC em 2011.

Polêmico, vociferante, ousado, erudito e transgressor, Glauber sempre será um marco na cultura brasileira. Para dar visibilidade a esse acontecimento de repercussão nacional, a Editora programou três atividades culturais no mesmo dia em homenagem ao artista, além do lançamento do livro. O evento começa com uma mesa redonda sobre a importância de Riverão Sussuarana. Os professores Jair Fonseca, do Curso de Literatura da UFSC, e a professora Dirce Waltrick do Amarante, do Curso de Artes Cênicas, vão apresentar seus estudos sobre as relações do cinema e da literatura de Glauber com James Joyce e Guimarães Rosa. Fonseca mostra a influência de Rosa sobre os “filmes sertanejos” de Glauber, a exemplo de Deus e o diabo na Terra do Sol, de 1964, enquanto Dirce fala principalmente sobre as aproximações de linguagem com Joyce.

Na sequência, um grupo de alunos de diversas disciplinas do Curso de Artes Cênicas coordenados pela professora Dirce fará a leitura da peça teatral que integra o romance da página 119 a 137, interrompendo a narrativa épica com o que o autor chama de “teatrinho sertanejo”. Como a obra de Joyce, o livro mistura narrativa, teatro, poesia, jornalismo, explica a professora de teatro e crítica teatral. Glauber extrapola as classificações de gênero, como o próprio autor explica em entrevista em 1981: “O livro é ao mesmo tempo um manifesto literário e estético. A teoria e a prática daquele livro são transferidas para a música, para o cinema, qualquer tipo de arte. […] Incorpora uma espécie de renovela, de desnovela, de recordel”. Vão compor a leitura os alunos Jacqueline Kremer, Marina Vershagem, Angélica Mahfuz, Márcio Cabral, Lourenço Lombardi, Robson Walkowski e Eduardo Stahelin.

Por fim, serão conhecidos os nomes dos dois vencedores do Concurso de Roteiros promovido pela EdUFSC, que busca incentivar o surgimento de talentos como o de Glauber e Rogério Sganzerla em Santa Catarina, conforme o diretor da Editora, Sérgio Medeiros. A presidente da Comissão Julgadora, Clélia Mello, professora do Curso de Cinema, vai divulgar os dois roteiros que, num total de 15 inscritos, receberão como prêmio a publicação de suas criações em livro.  O catarinense Sganzerla, que pertenceu ao grupo de jovens cinemanovistas liderados por Glauber e Júlio Bressane, também teve sua obra ensaística publicada pela EdUFSC e Itaú Cultural em 2010, com Edifício Rogério.

Ao seu modo tropicalista e antropofágico de criação, Glauber processa as diversas contribuições dos grandes nomes da cultura moderna e pós-moderna com gênio crítico e inventivo, inovando na trama e na linguagem, crivada de neologismos e palavras-valise (onde vários vocábulos compõem um só). A obra teve um impacto estético e cultural silencioso, mas profundo, alcançando, como o cinema premiado de Glauber, admiradores no exterior. Além de uma espécie de alucinado making off sobre o romance feito pelo próprio autor, a edição traz duas resenhas analíticas assinadas por Jair Fonseca e o crítico Mário Câmara. Em seu ensaio, Fonseca afirma que Riverão Sussuarana é marcado pelo memorialismo, pela autobiografia e pela autoficção.

Assim, a “desnovela” de Glauber chega primeiramente para o público de Santa Catarina, depois para o resto do Brasil, a partir do lançamento, em São Paulo, na sede do Itaú Cultural, em data ainda não confirmada. Depois de dois anos de negociação com a família do cineasta, Riverão… sai publicado com duas capas sobrepostas: a original, desenhada pela viúva Paula Gaettan, na publicação da Record de 1978, e a atual sobreposta, da artista gráfica catarinense Lúcia Iaczinski, de modo que é possível ler nesse palimpsesto as tendências estéticas e políticas dos dois períodos históricos da cultura brasileira.

 

SERVIÇO:

Riverão Sussuarana, Glauber Rocha

Editora da UFSC

Lançamento: 18 de abril, às 19h

Local: Fundação Cultural Badesc, Centro de Florianópolis

De R$ 39,00, por R$ 28,00 – com desconto de 30% (no lançamento)

 

Texto: Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 – 37219459

raquelwandelli@yahoo.com.br

raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

www.secarte.ufsc.br

 

 

 

 

Café Philo discute relações entre poder e sociedade

13/04/2012 11:54

Os estudos do historiador francês Marc Bloch sobre as relações entre poder, psicologia coletiva e crenças na sociedade contemporânea são o foco do segundo Café Philo de 2012. O professor do Curso de História da UFSC, Rogério Luiz de Souza, será o palestrante da 37ª edição do projeto. A palestra, seguida de debate, acontece nesta quarta feira, 18 de abril, às 19h na sede da Aliança Francesa.

Gratuito e aberto ao público, o projeto Café Philo ocorre a partir deste ano, quinzenalmente às quartas-feiras, sempre com a apresentação de um intelectual da atualidade abordando obras de pensadores franceses clássicos ou contemporâneos. “O objetivo é reunir a comunidade para discutir temas que tocam a experiência de viver juntos em uma mesma cidade”, explica o idealizador do evento, Pedro de Souza, professor da Pós-Graduação em Literatura da UFSC, que coordena o evento ao lado do professor Rogério Luiz de Souza. Os temas podem ser de ordem filosófica, política, religiosa, literária, entre outros.

 

O historiador

 

Marc Bloch notabilizou-se como um dos fundadores da Escola dos Annales. É considerado o maior medievalista contemporâneo e um dos maiores historiadores do século XX. Seus trabalhos e pesquisas reformularam os paradigmas nos estudos sobre o feudalismo. Foi responsável por importantes inovações no pensamento histórico, estimulando reflexões sobre a relação entre homem, sociedade e tempo na construção da História. “História é a ciência dos homens no transcurso tempo”, cunhou o autor.

Entre suas principais obras estão: La société féodale (1939); e Les rois thaumaturges: Étude sur le caractère surnaturel attribué à la puissance royale particulièrement en France et en Angleterre (1924) – traduzido para o português sob o título Os reis taumaturgos.(1993). Sua última obra, L’étrange défaite (Derrota Estranha, 1946), traz uma avaliação da derrota francesa na invasão alemã de 1940. Na fase final da vida, escreveu Apologia da História, obra que deixou inacabada ao morrer, em 16 de junho de 1944, fuzilado por agentes da Gestapo.

Nas próximas edições do Café Philo estão previstas conferências sobre Pierre Bourdieu e o sistema escolar, Foucault, Emmanuel Levinas e Henri Bergson . Em edições anteriores foram discutidas as ideias de autores como Foucault, Paul Ricoeur, Blanchot, Rousseau, Deleuze, Felix Guattari, Albert Camus, Derrida, entre outros. O ciclo é realizado em parceria entre a UFSC e a Aliança Francesa, organizado pelos professores Pedro de Souza (Literatura e Linguística) e Rogério Luiz de Souza (História), com apoio na divulgação da Secretaria de Cultura e Arte.

 

SERVIÇO:

O que: 37º Café Phillo

Quando: 18 de abril, às 19h

Onde: Sede da Aliança Francesa, Rua Visconde de Ouro Preto, 282 – Centro – Florianópolis/SC

Quanto: Gratuito, aberto ao público.

 

Próximas edições do Café Philo:

02 de maio – palestrante Norberto Dallabrida, sociólogo – tema: Pierre Bourdieu e o sistema escolar

16 de maio – palestrante Kléber Prado Filho – tema: Foucault

30 de maio – palestrante Wladimir Antônio da Costa Garcia – tema: Emmanuel Levinas

13 de junho – palestrante Marcos Montysuma – tema: Henri Bergson e a questão da memória

 

Matheus Moreira Moraes

Estagiário de Jornalismo da SeCArte/UFSC

3721-8729 / passaportecultural2@gmail.com

 

Informações para mídia:

99110524 e 37218729

www.secarte.ufsc.br

 

Informações para o público:

Pedro de Souza

tucosanda@gmail.com

DIA DA DANÇA VIROU SEMANA DA DANÇA NA UFSC!

12/04/2012 10:01

Em alusão ao Dia da Dança, comemorado em 29 de abril por todos os países, a UFSC decidiu promover não mais um dia dedicado a essa arte, mas uma semana inteira. De 22 a 29 de abril o campus universitário será palco de mostras, performances, palestras com dançarinos internacionais sobre a história da dança, mesas redondas, exposições de videodança e oficinas gratuitas. A semana vai oferecer um mosaico de todos os tipos e ritmos de dança, do clássico ao contemporâneo, do étnico ao experimental.

A primeira edição do evento ocorreu no ano passado, quando a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, em parceria com professores do Curso de Artes Cênicas e Educação Física, convocou uma comissão interdisciplinar para realizar o Dia da Dança na UFSC. A proposta foi tão bem recebida que neste ano a coordenação do evento decidiu ampliar a programação e realizar a Semana de Dança na UFSC, conta a secretária Maria de Lourdes Borges.
Promovido anualmente pelo Conselho Internacional da Dança (CID), o Dia Internacional da Dança  foi criado em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO. A data é uma homenagem ao nascimento do bailarino e mestre francês Jean-Georges Noverre (1727 – 1810), responsável pela introdução de novos paradigmas de criação coreográfica.
As inscrições para apresentações artísticas e proposição de oficinas abriram no dia 29 de março e vão até o dia 13 de abril. São três modalidades: Mostra (no palco do teatro Garapuvu), Performances em dança (em espaços alternativos no campus) e Videodança. Os interessados em atuar como ministrantes devem preencher o formulário de inscrição disponibilizado no site: www.secarte.ufsc.br e enviar por email para: dia.da.danca.ufsc@gmail.com. Poderão se inscrever, em todas as categorias, estudantes, artistas e grupos profissionais ou amadores residentes em Santa Catarina.
Para maiores informações, escreva para: dia.da.danca.ufsc@gmail.com
Janaína Santos janainasantos@reitoria.ufsc.br (Preg – 37218307)
Por Raquel Wandelli / Assessora de Comunicação da SeCArte / / www.secarte.ufsc.br / 3721-9459 / 9911-0524
Semana da Dança na UFSC: 
Realização: Secretaria de Cultura e Arte (SecArte)
e Comissão organizadora:
prof. Vera Torres/ Educação Fisica – UFSC
prof. Janaina Trasel Martins/ Artes Cênicas – UFSC
prof. Débora Zamariolli/ Artes Cênicas – UFSC
Janaina Santos/ Dançarina e Servidora Tecnico Administrativa – UFSC

FEIRA TERMINA QUARTA COM PÚBLICO DE 20 MIL PESSOAS E 8 MIL LIVROS VENDIDOS

04/04/2012 10:37

Arminda Motta, administradora da Feira

Com a apresentação de Riverão Sussuarana, único e definitivo romance do cineasta Glauber Rocha, a Editora da UFSC encerra nesta quarta-feira (4), na Praça da Cidadania, sua Feira de Livros de volta às aulas. Em 30 dias de funcionamento, o evento registrou uma passagem de pelo menos 20 mil pessoas. Foram comercializados aproximadamente oito mil livros, entre lançamentos da EdUFSC, da Liga das Editoras Universitárias e de outras editoras comerciais. O sucesso das vendas permitirá que a Editora invista em novas publicações, como a reedição da obra de Franklin Cascaes e de um livro inédito no mundo do teórico francês Jacques Derrida.

Esgotado há mais de 30 anos, Riverão coroa uma série de 21 lançamentos de impacto nacional realizados durante o evento. Na quinta (5) pela manhã, enquanto os livros da mostra começarem a ser recolhidos e antes de as tendas da feira começarem a ser desarmadas, a Editora ainda atenderá o público, que poderá adquirir este e outros dos 1.800 títulos integrantes da mostra oferecidos com desconto entre 30 a 70%. O romance de Glauber será vendido na feira antes mesmo de seu lançamento (marcado para 18 de abril, na Fundação Cultural Badesc, em Florianópolis) e antes mesmo de chegar ao mercado nacional.

As vendas superaram a da feira anterior, em agosto do ano passado, mas o grande salto, na avaliação do diretor da Editora, Sérgio Medeiros, foi qualitativo. “Conseguimos superar aquela imagem de que feira é um depósito de livros velhos, onde as editoras liquidam seu estoque. Em vez disso, procuramos realizar um evento cultural atrativo, com o lançamento diário de obras especialmente preparadas para a mostra”, salienta ele.  A presença do público também tornou a Feira o principal laboratório de teste da eficácia de capas e de títulos. “A partir das demandas levantadas, podemos atuar com mais cientificidade nas decisões gráficas e nas escolhas editoriais”, destaca Medeiros.

Para provocar essa mudança de conceito, a Editora investiu no marketing da feira, melhorando o espaço de exposição dos livros, a aclimatação do ambiente e os atrativos. Um dos principais incrementos foi a criação de um lounge junto ao pavilhão coberto da feira, com uma sala mobiliada para o público poder assistir apresentações musicais ao vivo e vídeos sobre os lançamentos, além de sentar para folhear os livros.  O lounge ou Tenda dos Autores permitiu que os escritores discursassem, autografassem seus livros e principalmente conversassem com os leitores durante os lançamentos.

Nesse espaço, a Editora realizou, durante quatro semanas seguidas, todas as quartas-feiras a partir das 17 horas, a Tarde de Encontro com Leitores, instituída pela primeira vez no evento. A série de encontros começou com o lançamento de A Gralha azul, da agricultora e professora Leonilda Pereira, no dia de março. Prestigiada por técnicos e professores de diversos departamentos e instituições públicos que atuaram com ela no projeto ambiental e social Gralha Azul, nos anos 90, Leonilda leu alguns poemas ao microfone. Na quarta-feira do dia 14, Rodrigo de Haro sensibilizou o público com a leitura dos poemas de “Folias do Ornitorrinco” e “Espelho dos Melodramas”, intercalada pela apresentação do duo Arirama, em um momento de raro lirismo. No mesmo dia, o professor Alberto Cupani lançou “Filosofia da Tecnologia” na presença de alunos e professores.

Na semana seguinte, Alckmar Santos, autor de Ao que minha vida veio, vencedor do Prêmio Salim Miguel de Romance; Rosvitha Blume e Markus Weininger, autores de Seis décadas de poesia alemã, reuniram uma pequena e persistente confraria de leitores e especialistas da área para discutir sobre literatura em volta da Feira.

Mas o maior público foi registrado no dia 28, quando Silveira de Souza compareceu à Feira para falar sobre Ecos no Porão 2. Incluído na lista do Vestibular da UFSC de 2013, o autor retribuiu a presença dos estudantes de ensino médio e de admiradores como o escritor Amílcar Neves fazendo a leitura dramática de um conto do livro. Durante mais de uma hora dialogou sobre a obra, respondendo perguntas dos alunos de Língua Portuguesa do Curso Incentivo, que compareceram em peso.

À noite do mesmo dia, o jovem filósofo Lincoln Frias formou uma espécie de ágora espontânea na Tenda dos Autores, reunindo a sua volta dezenas de alunos e professores do curso de Filosofia para debater seu polêmico lançamento “A ética do uso e da seleção de embriões”. A próxima feira da Editora da UFSC terá uma nova bateria de lançamentos e já tem data marcada: volta às aulas em agosto.

 

Preços de livros na Feira (podem ser adquiridos até quinta-feira, 5 de abril pela manhã):

Riverão Sussuarana, romance de Glauber Rocha (De R$ 39,00 por 28,00)

Poemas, de Rodrigo de Haro, com os volumes “Folias do Ornitorrinco” e “Espelho dos Melodramas” (de R$ 58,00 por R$ 40,00)

Homo Academicus, de Pierre Bourdieu (de R$ 56,00 por R$ 40,00);

O Espelho da América: de Thomas More a Jorge Luis Borges, de Rafael Ruiz (de R$ 31,00 por R$ 16,00);

Ecos no Porão II, coletânea de contos Silveira de Souza (relacionado na lista do Vestibular 2013 da UFSC) (R$ 15,00);

Filosofia da Tecnologia, de Alberto Cupani (de R$ 34,00 por R$ 17,00);

Gralha azul; nas asas da esperança, poemas de Leonilda Antunes Pereira (de R$ 12,00 por R$ 5,00)

Ao que minha vida veio, de Alckmar dos Santos, vencedor do Concurso Romance Salim Miguel (de R$ 29,00 por R$ 15,00);

Ongs e políticas neoliberais no Brasil, de Joana Aparecida Coutinho (de R$ 26,00 por R$ 13,00);

Bioética, do filósofo José Heck (Série Ethica de R$ 26,00 por R$ 13,00);

A ética do uso e da seleção de embriõesLincoln Frias (Série Ethica, de R$ 36,00)

 

Percursos em teoria da Gramática, de Roberta Pires de Oliveira e Carlos Mioto; (de R$ 29,00 por R$ 15,00)

Matrizes e sistemas de equações lineares, de Nilo Kühlkamp (Série Didática – de R$ 26,00 por R$ 13,00);

Introdução à engenharia; conceitos, ferramentas e comportamentos, de Walter Antonio Bazzo e Luiz Teixeira do Valle Pereira (Série Didática – de R$ 26,00 por R$ 13,00);

Tecnologia da fabricação de revestimentos cerâmicos – Antônio Pedro (de R$ 22,00 por R$ 11,00)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Raquel Wandelli

Assessora de Comunicação da SeCArte

raquelwandelli@yaho..com.br

www.secarte.ufsc.br

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Informações: 37218729 e 99110524

Pensamento de Durkheim abre Café Philo deste ano

03/04/2012 13:57

As concepções do sociólogo, antropólogo e filósofo Émile Durkheim sobre o direito internacional no entre guerras são o tema da conferência da primeira edição de 2012 do Café Phillo. O professor do curso de direito Arno Dal Ri Júnior é o convidado da 35ª edição do projeto para falar sobre as ideias do pensador francês, conhecido pela obra O suicídio (1897) e pela estruturação das chamadas Ciências Humanas. A palestra, seguida de debate, acontece nesta quinta feira, 4 de abril, na sede da Aliança Francesa.

 

Gratuito e aberto ao público, o projeto Café Phillo ocorre na primeira quinta feira de cada mês, trazendo sempre um intelectual da atualidade para abordar obras de pensadores franceses clássicos ou contemporâneos. Em edições anteriores foram discutidas as ideias de autores como Foucault, Paul Ricoeur, Blanchot, Rousseau, Deleuze, Albert Camus, Derrida, entre outros. O ciclo é realizado em parceria entre a UFSC e a Aliança Francesa, organizado pelos professores Pedro de Souza (Literatura e Linguística) e Rogério Luiz de Souza (História), com apoio na divulgação da Secretaria de Cultura e Arte.

 

O pensador


Émile Durkheim é um dos pais da sociologia moderna e um dos fundadores da escola francesa. Considerado um dos melhores teóricos do conceito da coesão social, baseou seus estudos na afirmação de que “fatos sociais devem ser tratados como coisas”. Em sua obra concluiu que os fatos sociais atingem toda a sociedade, o que só é possível se admitirmos a sociedade como um todo integrado, que funciona de modo semelhante ao de um organismo biológico, onde opera o normal e o patológico. Por tentar estender ao estudo das humanidades a mesma cientificidade das ciências naturais, foi criticado por empreender uma visão funcionalista e acrítica sobre a história e sobre a sociedade. Entre suas principais obras estão: Da divisão do trabalho social (1893); As regras do método sociológico (1895) e As formas elementares de vida religiosa (1912).

 

Matheus Moreira Moraes

Estagiário de Jornalismo da SeCArte/UFSC

3721-8729 / passaportecultural2@gmail.com

Raquel Wandelli

Coordenadora de Comunicação Social da SeCArte/UFSC

raquelwandelli@yahoo.com.br

99110524 e 37218729

www.secarte.ufsc.br

 

SERVIÇO:

O que: 35º Café Phillo

Quando: 4 de abril, às 19h

Onde: Sede da Aliança Francesa, Rua Visconde de Ouro Preto, 282 – Centro – Florianópolis/SC

Quanto: Gratuito, aberto ao público.

Romance esgotado de Glauber Rocha encerra Feira de Livros da UFSC

03/04/2012 09:41

No ano em que o Brasil comemora 30 anos da morte de Glauber Rocha, a obra literária do cineasta, intelectual e escritor ganha uma nova edição, publicada pela Editora da UFSC em parceria com o Instituto Itaú Cultural. Riverão Sussuarana, o grande e único romance do cineasta tropicalista, esgotado há mais de três décadas, chega da gráfica nesta terça-feira (3 de abril) diretamente para a Feira de Livros da Editora da UFSC, que encerra na quarta-feira. O lançamento em Florianópolis ocorrerá no dia 18 de abril, às 19h, na Fundação Cultural Badesc, junto com a divulgação do resultado do Concurso Rogério Sganzerla de Roteiros (Cinema e Dramaturgia), promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Editora da UFSC em 2011.

Muito aguardada pelo mercado editorial brasileiro e pelos admiradores do artista, Riverão Sussuarana chega encerrando uma série de 21 lançamentos de impacto nacional. O livro será apresentado e comercializado (com desconto) primeiramente para o público de Santa Catarina, depois para o resto do Brasil, em lançamento em São Paulo, na sede do Itaú Cultural, em data ainda não confirmada. Depois de dois anos de negociação com a família do cineasta, Riverão será publicado com duas capas sobrepostas: a original, elaborada pela viúva Paula Gaettan, na publicação da Record de 1978, e outra sobreposta, da artista gráfica catarinense Lúcia Iaczinski, na versão atualizada.

Em Florianópolis, o lançamento de Riverão Sussuarana será aproveitado para discutir o impacto estético e cultural desse romance, considerado um dos textos mais inventivos e controversos da literatura brasileira pós-moderna. Com o objetivo de marcar o resgate dessa dívida com o Glauber romancista, a Editora da UFSC organizou uma mesa-redonda para analisar a importância da obra: os especialistas Dirce Waltrick do Amarante (do Curso de Artes Cênicas) e Jair Fonseca (do Curso de Cinema da UFSC) vão explanar sobre as relações do cinema e da literatura de Glauber com James Joyce e Guimarães Rosa.

No romance, Glauber reinventa a língua portuguesa, criando novos vocabulários e nova sintaxe, a fim de pôr em ação a onça ou jaguar. Admirado e temido pelas culturas ameríndias, o animal, passeia majestoso pela história e pela ficção, propondo uma nova visão da cultura do continente americano. Riverão… dialoga com a obra dos dois escritores, fazendo uma releitura da onça mítica, até hoje conhecida em todo o continente, do México à Argentina.

Com a publicação, a Editora da UFSC leva adiante o projeto de divulgação do que a arte brasileira fez de melhor e mais radical no século XX. Dentro do mesmo projeto lançou, já em parceria com o Itaú Cutural em 2010, dois volumes com os ensaios críticos do cineasta e ensaísta catarinense Rogério Sganzerla, reunidos em torno da publicação Edifício Rogério. “Agora estamos debruçados sobre a herança literária de Glauber Rocha, outro gênio que mudou para sempre a face da cultura nacional”, anuncia o editor Sérgio Medeiros.

 

SERVIÇO:

Riverão Sussuarana, Glauber Rocha

Editora da UFSC

Lançamento: 18 de abril, às 19h

Local: Fundação Cultural Badesc, Centro de Florianópolis

 

Venda na Feira de Livros da Editora da UFSC – 3 e 4 de abril

Praça da Cidadania da UFSC

De R$ 39,00, por R$ 28,00 – com desconto de 30% (somente na Feira)

 

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 – 37219459

raquelwandelli@yahoo.com.br

raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

www.secarte.ufsc.br

�� i ���¥a e Arte da UFSC / PRAE / DAC

 

Produção e Realização Cia. Teatro L.A. CHAMA & APATOTADOTEATRO

 

Mais informações:
Apatotadoteatro
www.apatotadoteatro.blogspot.com
Cia. Teatro L.A. CHAMA
www.teatrolachama.blogspot.com

 

 

Raquel Wandelli

Assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

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Teatro latino parte no trem para a memória

03/04/2012 09:39

Uma viúva que poderia ter sido a assassina de seu esposo. Um vagabundo demente, convencido de ser um anarquista, que tem a missão de fazer voar um trem onde viaja ninguém menos que Adolf Hitler. Com esse enredo, baseado em Canción de cuna para un anarquista, do dramaturgo chileno Jorge Díaz, as companhias Apatotadoteatro e Cia. Teatro L.A. CHAMA estão fazendo quatro apresentações do espetáculo “… In Memoriam”,  no Festival de Teatro de Curitiba. O grupo se apresenta de 1 a 4 de abril, no auditório Carteiro Osvaldo Teixeira.

No elenco da peça, atuam os alunos da graduação em Artes Cênicas e Letras da UFSC, Vanessa Grande e Tobias Nunes. Dirigida por Carlos Silva e Gustavo Bieberbach, ambos alunos especiais do Programa de Pós-Graduação em Teatro (PPGT) do Centro de Artes (CEART) da Udesc, In Memorian encena uma longa discussão entre dois fantasmas sobre a solidão, os sonhos, o passado, os ideais e as ilusões. O espetáculo, patrocinado pela Secretaria de cultura e Arte da UFSC, será encenado em Florianópolis ainda neste semestre.

A ação se desenvolve na atualidade e num lugar onde a mulher pretende instalar-se após ter sido expulsa da própria casa porque seu esposo dilapidou até o último centavo do casal. Uma vez passado o susto inicial do primeiro contato entre o vagabundo e a mulher, iniciam uma longa conversação que muito revelará sobre o passado de ambos. Porém, toda a problemática pressupostamente vivida pelos personagens parece tão artificiosa e inconsistente quanto possível e verdadeira.

Fundado em 2010, o Grupo Teatro Latino-Americano CHAMA, ou apenas Teatro L.A. CHAMA, é uma entidade dedicada a divulgar, promover, pesquisar, experimentar e encenar o teatro e a cultura do continente. Seus associados são artistas, atualmente vinculados ao curso de Artes Cênicas da UFSC e ao Programa de Pós-Graduação em Teatro da Udesc.

Em frente a frente Argentina, obra teatral que deu origem ao grupo, percorreu vários palcos de Florianópolis e Campo Grande em 2010. Com menos de dez meses de existência, o L.A. CHAMA tem mais quatro peças em processo de montagem, todas dedicadas a autores latino-americanos. Para o segundo semestre 2012, está finalizando a produção de Os pássaros se vão com a morte, do venezuelano Edílio Peña e Ignácio & Maria, da cubana Nara Mansur.

Ficha Técnica:
“…In memoriam”, baseado em Canción de cuna, para un anarquista, de Jorge Díaz.

Elenco: Vanessa Grando e Tobias Nunes.
Projeto Gráfico: Ricardo Goulart.

Assistente de Produção: Carolina Boabaid e Valéria Binatti

Direção: Carlos Silva e Gustavo Bieberbach.
Patrocínio: SECARTE – Secretaria de Cultura e Arte da UFSC / PRAE / DAC

Produção e Realização Cia. Teatro L.A. CHAMA & APATOTADOTEATRO

 

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Cia. Teatro L.A. CHAMA
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Revista traça mapa sociocultural da prática da capoeira na Ilha

28/03/2012 10:13

A capoeira é considerada hoje a expressão cultural e política que melhor sintetiza o legado da língua, da tradição, da oralidade e da história da escravidão no Brasil. Os antigos mestres capoeiristas, que são os grandes guardiões deste tesouro histórico, estão desaparecendo. Em Florianópolis, apenas seis sobrevivem hoje do ensino dessa luta-arte, em situação quase de miséria, segundo mostra o novo número da revista Nova cartografia social brasileira – Capoeira da Ilha. O Fascículo 18 da revista será lançado nesta quarta-feira, 28, às 19h, no ginásio de Capoeira do Centro de Desportos da UFSC (bloco 6).

 
O objetivo da Central Catarinense de Capoeira de Angola com a publicação é valorizar a capoeira e incentivar o trabalho desses mestres para que a prática não desapareça. Durante o lançamento, os adeptos à capoeira de Angola farão a Roda de Abertura 2012, também chamada “roda da revolta”, onde os praticantes dão uma demonstração do significado político e histórico dessa arte, que quer ser entendida, sim, como resistência e luta por igualdade de direitos, conforme o coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Sociedade Contemporânea, segundo, Fábio Machado Pinto, professor do Centro de Educação da UFSC.
Produzida por alunos e professores de diversos departamentos, a revista é um dos primeiros resultados da Bolsa Cultura, programa de fomento a projetos na área implementado no ano passado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, que remunerou os bolsistas e pagou a impressão. Quem pratica capoeira em Florianópolis? Quem são os mestres? Como vivem? Como sobrevivem? Qual o sentido histórico da capoeira? Essas questões são respondidas pela revista, que foca no testemunho dos antigos mestres capoeiristas e traz um mapa com a localização das rodas de capoeira e projetos socioculturais. A venda do fascículo, a R$ 5,00, será revertida na compra de materiais necessários para o ensino da prática nas comunidades, como forma de ajudar na sobrevivência desses mestres e preservar a capoeira de Angola em Florianópolis, que tem hoje cerca de 600 praticantes, segundo o professor.
Para essas entidades em torno da preservação da capoeira, o conhecimento é a melhor forma de não deixar que se esvazie seu significado político, religioso e cultural pelas tendências atuais a transformá-la em uma técnica desportiva com interesses meramente comerciais ou para a prática da violência. O projeto Nova cartografia social faz parte de uma parceria da UFSC com a Universidade do Estado do Amazonas. Um novo lançamento será feito no dia 7 de abril, na roda de capoeira do Mercado Público.
Raquel Wandelli
Jornalista na SeCArte (UFSC)
99110524 3 37218729 – raquelwandelli@yahoo.com.br
Mais Informações:
Fábio Pinto (coordenador do Núcleo Educação e Sociedade Contemporânea)
91020461