Historiadores do mundo discutem cidades fortificadas

28/11/2011 18:40

Começa na terça (29/11), e vai até 1º de dezembro, o “7º Seminário de Cidades Fortificadas” e o “2º Encontro Técnico de Gestores de Fortificações”, que ocorrem simultaneamente em Bertioga (São Paulo). O evento reunirá historiadores, museólogs, estudiosos e palestrantes do Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina), Uruguai, Portugal, Bélgica e Holanda. Além das palestras, estão previstas duas tardes dedicadas a visitas técnicas às principais fortificações da Baixada Santista. Pela UFSC, participam Roberto Tonera, coodenador do Projeto Fortalezas Multimídia e Joi Cletison, coordenador do Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina, da SeCArte, ambos membros do comitê técnico do evento.

O objetivo, segundo Cletison, é compartilhar práticas criativas e bem-sucedidas de gestão visando-se estabelecer intercâmbios e parcerias que ajudem a melhorar e modernizar a preservação desse patrimônio. No encontro, os gestores dos fortes apresentarão um panorama das ações desenvolvidas nas fortificações sob sua administração. Os painéis vão possibilitar uma troca de experiências no que diz respeito às questões que desafiam hoje todos os gestores: auto-sustentabilidade; parcerias e projetos; captação de recursos; corpo técnico; manutenção e conservação de edifícios e acervos; pesquisa e documentação; divulgação e difusão cultural; educação patrimonial; visitação e turismo, acessibilidade; uso adequado dos espaços e promoção de atividades artístico-culturais.

Aberto ao público, o evento ocorre no SESC Bertioga, mas as inscrições devem ser realizadas por meio de formulário online disponível no website da Prefeitura Municipal: http://www.bertioga.sp.gov.br/formulario_seminario.php. O “7º Seminário de Cidades Fortificadas” e o “2º Encontro Técnico de Gestores de Fortificações” são uma realização da Prefeitura Municipal de Bertioga, Universidade Federal de Santa Catarina e Espacio Cultural Al Pie de la Muralla (Uruguai). O site oficial do evento é: http://cidadesfortificadas.ufsc.br/ que contém informações sobre a 7ª edição do Seminário e sobre todas as edições anteriores, inclusive a última que ocorreu na UFSC

 

 

Matheus Moreira Moraes

Estagiário de Jornalismo na SeCArte

matheus.moreira.moraes@gmail.com

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Informações: 37218729

 

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Raquel Wandelli

Jornalista da UFSC na SeCArte

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MUSEU EM CURSO: Antropólogo Padiglione aborda patrimônio cultural

28/11/2011 11:48

Teórico italiano e professor da Sapienza Università di Roma fala às 14h30min, no auditório do Museu Universitário, sobre patrimônio cultural nas comunidades

A décima edição do projeto “Museu em Curso” ocorrerá hoje (28/11), às 14h30, no auditório do Museu Universitário. O antropólogo Vicenzo Padiglione abordará questões relativas ao patrimônio cultural das comunidades. Com a palestra “Museu Comunitário” o teórico dará ênfase à sua experiência na Itália.

O projeto “Museu em Curso” é uma realização da Secretaria de Cultura e Arte e Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral – UFSC, em parceria com a Associação dos Amigos do Museu Universitário. Tem como objetivo promover formação e discussão sobre temas relativos aos museus. A cada mês, é realizada uma palestra voltada para as diversas áreas da teoria e da prática museológica.

Vicenzo Padiglione é  professor associado da  Sapienza Università di Roma. Leciona antropologia cultural, museologia e etnografia da comunicação. É diretor da Revista Antropologia Museale. Concebeu e realizou o Etnomuseo Monti Lepini di Roccagorga, e o Museo del Brigantaggio di Iri  e di Cellere. Entre as inúmeras pesquisas e publicações destacamos as  que refletem sobre os temas da memória, da museologia e da violência, como Storie contese e ragioni culturali.

Serviço:

O quê: Museu em curso, palestra com Vicenzo Padiglione

Quando: 28 de novembro de 2011, às 14h30

Onde: Auditório do Museu Universitário

Quanto: Entrada franca

Informações: 48 3721-8604 ou 9325

E-mail: ufsc.mu.museologia@gmail.com

Serão fornecidos certificados

Oficina ensina a preparar o Natal

25/11/2011 18:13

 

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Participantes da 4ª.Semana Ousada de Artes aprenderam a criar da argila as figuras que compõem o presépio do nascimento de Cristo

Uma das atividades que vêm movimentando a 4ª. Semana Ousada de Artes, promovida pela UFSC e Udesc, é a oficina de presépio popular, que prossegue até esta quinta-feira, dia 24, na Praça da Cidadania. Artistas plásticos, Osmarina e Paulo Vilalva trazem a experiência do ateliê mantido no bairro José Mendes, em Florianópolis, para o campus, mostrando aos alunos o processo de elaboração das pequenas peças de argila que compõem o minipresépio, cuja base é um pedaço de casca de pente de macaco, árvore existente nas matas da Ilha de Santa Catarina.

 

A maioria dos frequentadores da oficina são servidores da UFSC e professores da rede pública, que aprendem a manipular a matéria-prima para fazer miniaturas das figuras sacras do presépio, dos animais, das loucinhas e dos elementos que decoram o cenário ao redor da minúscula manjedoura. “Eles entendem como construir a peça, queimá-la e pintá-la”, informa Osmarina Vilalva. “Depois, ficam sabendo como colar essas peças na estrutura do presépio, que é uma pequena casca de planta”. Completa o conjunto um raminho de árvore arrematado com flores desidratadas.

 

Osmarina, o marido (ambos autodidatas) e o filho Paulo Andrés (que estuda artes plásticas) já expuseram suas peças de cerâmica na Sepex e em outros eventos da UFSC, e a partir de 9 de dezembro montarão um presépio em tamanho natural na frente da Reitoria da instituição. Eles trabalham com arte desde a infância e também criaram conjuntos com temas como a procissão do Senhor dos Passos, o pão-por-deus, o boi de mamão e outras manifestações culturais da Ilha de Santa Catarina.

 

Salete Clara, uma das alunas da oficina, diz que nunca havia manuseado argila, mas garante que aprovou a experiência. “Achava que era muito difícil, mas não é”, assegura. Trabalhando há 23 anos na recepção da secretaria do Centro de Ciências Biológicas (CCB), ela diz estar “adorando” a sua primeira incursão pela arte.

Durante esta semana, na Praça da Cidadania, estão sendo realizadas também as oficinas de escultura em mármore, presépio de grande formato, desenhos para crianças e cerâmica utilitária.

 

Mais informações sobre a Semana Ousada de Artes podem ser buscadas em www.semanaousada.udesc.ufsc.br e pelo telefone (48) 3721-8304.

 

Texto: Paulo Clóvis Schmitz/Jornalista na Agecom

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Semana Ousada: O invisível também se deixa fotografar

25/11/2011 18:09


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Não há inquietação maior do que aprender a dúvida, resistir ao senso comum e, mais, fotografar o que não existe. Foi com essa sugestão de objeção e não-resposta que o fotógrafo Danísio Silva com a oficina “Fotografando o In-visível a partir da Realidade?” se propôs a ensinar na 4ª Semana Ousada de Artes UFSC/Udesc.

“Buscar a dúvida e não a certeza”, Danísio resumiu a oficina dessa maneira. E haja dúvida. Inscreveram-se 41 pessoas para as dez vagas. Fato que surpreendeu o fotógrafo e o fez confirmar o que havia pensado. “As pessoas procuram a dúvida”. Uma oficina que incita observar o que não existe e procura construir a visão particular da realidade de cada participante através da foto. “A oficina é a criação da dúvida através da imagem. Ela só traz dúvida. A dúvida que faz a gente caminhar”, comentou.

Trazer o rompimento do mundo da imagem e questioná-la a partir da realidade e visão de cada um. Os participantes aprenderam a observar o que não é definitivo – o que não existe. Como exercício prático para essa concepção, foram produzidas fotos a partir do conceito da Fotografia Efêmera – foto que existe no exato momento do flash. Em cima de uma mesa foi colocado um incenso aceso, com a sala escura e um jogo de flash, os participantes tiraram fotos da fumaça que era produzida e criaram uma foto única que não poderia ser repetida.

Com a câmera em mãos, os alunos da oficina dançaram conforme o movimento da fumaça, que naquele momento, era a maior representação do invisível. A imagem que muda em relação ao tempo e que existe nos olhos, momento e desequilíbrio da realidade ou não-realidade. Enquanto interagiam com a máquina, o flash e a fumaça, os alunos eram provocados por Danísio, a cada incentivo de “começar a entrar na foto e criar uma relação íntima com a fotografia”.

Perguntado, quase ingenuamente, como era possível observar o invisível, Danísio definiu: “Todo mundo vê, mas não enxerga o invisível.” Prosseguiu ainda, ao decifrar o que muitos chamaram de loucura: “É a loucura, institucionalizada ou não”.

Após a conclusão da oficina nesta sexta-feira, dia 25, será organizada uma exposição com as fotos produzidas pelos participantes no decorrer da Semana Ousada de Artes. A ideia é que alunos do Curso de Filosofia da UFSC participem da exposição para interagir com a concepção de fotografia invisível, com conceitos filosóficos da imagem.

Por Ricardo Pessetti / Bolsista de Jornalismo da Agecom

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Última oportunidade para assistir a peça Oxigênio

25/11/2011 16:59

Elenco da peça em atuação

 

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Produção teatral movimentada e inteligente levanta o público de Florianópolis como fez com o resto do país. Drama-comédia-musical que faz refletir sobre o essencial da vida encerra hoje (25), às 19 e 21 horas, a Semana Ousada de Artes

Com duas apresentações ovacionadas de pé pelo público do Garapuvu na noite de quinta-feira (25), a peça Oxigênio, de Márcio Abreu, repete a dose hoje (25) no encerramento da 4ª Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC. O que move o fio condutor dessa narrativa que mistura várias linguagens artísticas, como drama, rock ao vivo, drama, comédia, é a pergunta: “O que é o essencial para você?”. Ou, ainda, na metáfora da respiração que o trio eletrizante de atores formado por Patrícia Kamis, Rodrigo Bolzan e Gabriel Schwartz coloca a derivar durante essa provocativa e inovadora narrativa teatral que diverte, emociona, faz pensar, dançar e voltar pra casa com a alma revirada perguntando-se: “O que é o oxigênio para mim?”.

 

Às 19 horas e às 21 horas, no auditório do Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, o espectador tem a última oportunidade de assistir gratuitamente essa peça que está alavancando elogios da crítica e do público em sua turnê pelo país. O texto do russo Ivan Viripaev, inédito no Brasil, em um espetáculo musicado que conta a história de um casal, uma história de amor e um assassinato, ganha vida e contemporaneidade na dramaturgia arrojada de Márcio Abreu indicada pelo coordenador do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Fábio Salvatti. Integrantes de uma banda de rock apresentam, em dez composições, não apenas a história de um homem, sua mulher e sua amante, mas também se deixam interpelar sobre temas como a violência, sexo, religião, consumismo e alienação. “É uma produção muito inteligente e atrativa para as pessoas abertas a pensar sobre as questões fundamentais da vida. Por isso a selecionamos para a Semana Ousada”, analisa a secretária de Cultura e Artes da UFSC, Maria de Lourdes Borges, coordenadora do evento.

 

Em uma viagem reflexiva que parte do decálogo das Tábuas dos Dez Mandamentos, a peça vai arrastando pelo caminho textos da cultura clássica, pop e industrial, produzindo entretenimento com conteúdo e experimentação. Assim, humor e erudição, às vezes lirismo e leveza, muitas outras tragédia e densidade se misturam para colocar do avesso as atitudes e hábitos contemporâneos. O resultado é um profundo mergulho na existência: “A  maior reflexão que queremos provocar é sobre o que é essencial para cada um”, diz produtora da companhia Nina Ribas. Produzida pela Companhia Brasileira de Teatro, a obra estreou em dezembro de 2010 em Curitiba e concorre a dois prêmios da revista digital Questão de Crítica: melhor cenografia e melhor diretor. A companhia acaba de voltar de turnê pelo Brasil e está com mais três espetáculos: o premiado Vida, Descartes com lentes e Isso não te interessa, todos na direção da arte e da cultura essenciais.

 

 

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Espetáculo Oxigênio faz pensar o que é essencial na vida

24/11/2011 15:27

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O espetáculo mais aguardado desta quinta e sexta-feira (24 e 25), no encerramento da 4ª Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC é a peça Oxigênio, de Márcio Abreu, que faz quatro apresentações à noite no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, às 19 e às 21 horas. Marcada pela ousadia estética e a linguagem experimental, a peça enseja uma profunda reflexão sobre as necessidades do indivíduo contemporâneo no texto de um aplaudido dramaturgo e na atuação de dois expressivos atores.

Elenco da peça em atuação

As atividades de teatro, cinema, literatura, música, dança, exposições, mostras e oficinas espraiam-se por todos os dois campi, da manhã até a noite de sexta-feira nos palcos das duas universidades e de mais 16 cidades do Estado. Uma centena de espetáculos gratuitos e abertos ao público durante os três períodos está sendo oferecida gratuitamente à população, graças à união de esforços das duas universidades.  Ainda há vagas para todas as apresentações do Oxigênio, das 19 e das 21 horas na quinta e na sexta. “Para o encerramento dessa overdose de programação artística, a Semana Ousada investe nessa reconhecida produção nacional do teatro, premiada pela crítica e pelos festivais de teatro do País”, convida Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte da UFSC, que promove a Semana em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidades da UDESC.

Com a encenação de Oxigênio, a companhia brasileira de teatro lança no Brasil a obra de Ivan Viripaev, completamente inédita no país. O trabalho do dramaturgo, nascido na Sibéria, tem forte identificação com o trabalho da companhia. “A musicalidade da palavra expressa no texto, a forma de se colocar diante do público e a revisão do teatro como modo de contato com a plateia são apenas alguns dos elementos que nos conquistaram”, conta o diretor Márcio Abreu. O texto trata de assuntos contemporâneos como violência, terrorismo, racionalidade, consumismo. “Discute tudo isso investigando sobre o que é essencial na existência”, completa.

Na quinta-feira (25) às 17 horas, a atriz Ilse Körting, formanda do curso de Artes Cênicas da UFSC,  se metamorfoseia na figura de um velho para encenar o ensaio aberto O monólogo de Miguel. Dirigido por Gustavo Bieberbach e Ricardo Goulart, o espetáculo será apresentado na sala 402 do Curso de Artes Cênicas, localizadas no Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. A narrativa gira em torno de um escritor que ao tentar escrever sobre a ira descobre a dimensão de seus traumas de infância. A realidade e a ficção se entrelaçam para que ele descubra quem ele é e a profundidade da amargura que carrega. Às 20 horas de sexta, nas obras do antigo Centro de Convivência, aproveitando o cenário sinistro, a mesma atriz apresenta Os inomináveis, criação a partir das peças Play e Footfalls, de Samuel Beckett.

Paralelamente, termina na sexta (25), no Auditório da Reitoria, a Mostra de Cinema Argentino, que desde segunda-feira apresenta seis grandes realizações cinematográficas da década de 40 aos anos recentes, mostrando os percursos históricos dessa arte. O projeto 12:30 também está ocorrendo todos os dias, com uma pauta intensa de bandas e músicos e a  TV UFSC está transmitindo uma programação especial em homenagem ao poeta Cruz e Sousa, com a exibição do documentário Cruz e Sousa, a volta de um desterrado, de Cláudia Cárdenas e Rafael Schlichting e do filme  Cruz e Sousa o poeta do Desterro, do cineasta Sylvio Back, que será transmitido na quinta (24), às 23 horas.

Fazem parte desse pool de eventos de arte e cultura as cidades de Araranguá, Balneário Camboriú, Calmon, Chapecó, Curitibanos, Dionísio Cerqueira, Guarujá do Sul, Joinville, Lages, Laguna, Ibirama, Matos Costa, Palma Sola, Palmitos, Pinhalzinho e São Bento do Sul.

 

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Dentrofora e Oxigênio propõem reflexão sobre homem contemporâneo

23/11/2011 17:45

Dentrofora homenageia Samuel Beckett

As grandes atrações desta quarta, quinta e sexta-feira (23 a 25) da 4ª Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC são os espetáculos Dentrofora, peça baseada em texto de Samuel Beckett, e Oxigênio, de Márcio Abreu. Ambas fazem parte da programação noturna no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. As duas peças têm em comum a ousadia estética e a linguagem experimental, além de ensejarem uma profunda reflexão sobre as necessidades do indivíduo contemporâneo no texto de dois grandes dramaturgos. O supercircuito de eventos artísticos vai até sexta-feira à noite nos palcos das duas universidades e de mais 16 cidades do Estado, oferecendo uma centena de espetáculos gratuitos e abertos ao público durante os três períodos.

Depois de abrir com a Camerata Florianópolis estreando o grandioso espetáculo “Sinfonia Terra”, concebido pelo maestro Alberto Heller, a programação da Semana Ousada investe em duas reconhecidas produções nacionais do teatro, premiadas pela crítica e pelos festivais de teatro do País. As atividades de teatro, cinema, literatura, música, dança, exposições, mostras e oficinas espraiam-se por todos os dois campi, da manhã até a noite. Ainda há vagas para todos os espetáculos, convida Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte da UFSC, que promove a Semana em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão Cultura e Comunidades da UDESC.

Dentrofora é uma homenagem a uma das mais famosas obras de Beckett, Dias Felizes. Dirigida por Marcio Abreu, com Patrícia Kamis, Rodrigo Bolzan e Gabriel Schwartz, o Vadeco, responsável também pela música, a trama parte de um crime passional. Um homem, acusado pelo assassinato da própria mulher é condenado, juntamente com sua amante. A partir dessa fábula começa uma discussão, polêmica e poética, sobre dramas de uma geração e o que é o “oxigênio” de cada um. A peça estreou em dezembro de 2010 na sede da companhia brasileira de teatro em Curitiba.

Com a encenação de “Oxigênio”, a companhia brasileira de teatro lança no Brasil a obra de Ivan Viripaev, completamente inédita no país. O trabalho do dramaturgo, nascido na Sibéria, tem forte identificação com o trabalho da companhia. “A musicalidade da palavra expressa no texto, a forma de se colocar diante do público e a revisão do teatro como modo de contato com a plateia são apenas alguns dos elementos que nos conquistaram”, conta o diretor Márcio Abreu. O texto trata de assuntos contemporâneos como violência, terrorismo, racionalidade, consumismo. “Discute tudo isso investigando sobre o que é essencial na existência”, completa.

Oxigênio discute o essencial da vida

Às 19 horas desta quarta acontece também a peça Setembro,no Teatro da UFSC, que busca discutir a experiência humana a partir dos eventos ocorridos em 11 de setembro de 2001, que em 2011 completaram dez anos. “Esses eventos deixaram marcas visíveis no nosso dia a dia e alteraram tanto as relações geopolíticas quanto as relações interpessoais no mundo em que vivemos”, diz o diretor Fábio Salvatti. Realizada pelos formandos do curso de Artes Cênicas da UFSC, Setembro parte do pressuposto de que o teatro pode constituir um fórum poético, sensível e intelectual para a discussão de causas e conseqüências desse acontecimento mais marcante do século XXI.

Na sexta-feira (25) às 20 horas, a atriz Ilse Körting, formanda do curso de Artes Cênicas da UFSC,  se metamorfoseia na figura de um velho para encenar o ensaio aberto O monólogo de Miguel. Dirigido por Gustavo Bieberbach e Ricardo Goulart, o espetáculo será apresentado nas obras do antigo Centro de Convivência, aproveitando o cenário sinistro para fazer atuar um escritor que ao tentar escrever sobre a ira descobre a dimensão de seus traumas de infância. A realidade e a ficção se entrelaçam para que ele descubra quem ele é e a profundidade da amargura que carrega.

Paralelamente, começou no dia 21 e vai até o dia 25, no Auditório da Reitoria, a Mostra de Cinema Argentino, que apresenta seis grandes realizações cinematográficas da década de 40 aos anos recentes, mostrando os percursos históricos dessa arte. O projeto 12:30 também está ocorrendo todos os dias, com uma pauta intensa de bandas e músicos e a  TV UFSC está transmitindo uma programação especial em homenagem ao poeta Cruz e Sousa, com a exibição do documentário Cruz e Sousa, a volta de um desterrado, de Cláudia Cárdenas e Rafael Schlichting e do filme  Cruz e Sousa o poeta do Desterro, do cineasta Sylvio Back, que será transmitido no dia 24 de novembro, às 23 horas.

Fazem parte desse poolde eventos de arte e cultura as cidades de Araranguá, Balneário Camboriú, Calmon, Chapecó, Curitibanos, Dionísio Cerqueira, Guarujá do Sul, Joinville, Lages, Laguna, Ibirama, Matos Costa, Palma Sola, Palmitos, Pinhalzinho e São Bento do Sul.

Semana Ousada de Artes Do tango, à guerra e ao poético: os percursos do cinema argentino

21/11/2011 11:20

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Mostra eclética que vai do século passado às produções mais recentes e expressivas do cinema argentino traz oportunidade única de acompanhar os percursos dessa arte na América Latina

A Mostra de Cinema Argentino dá a largada, nesta segunda-feira (21), às 17h30min, no Auditório da Reitoria da UFSC, às atividades da 4ª Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC, que é fruto da união de esforços dos órgãos gestores de cultura das duas universidades. O evento terá na abertura o pronunciamento da cônsul argentina Mariana Bramano acerca do momento em que vive a produção artística e cinematográfica da América Latina. A mostra paralela vai até o dia 25, reunindo seis dos mais significativos longas-metragens do cinema argentino dos anos 40 ao terceiro milênio, todos seguidos de debates com produtores e especialistas convidados, gratuitos e abertos ao público.

 

Organizado pelo Núcleo Onetti e Curso de Cinema da UFSC, o circuito cinematográfico antecede a abertura oficial da Semana Ousada, que ocorre às 20 horas de segunda-feira, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, com a apresentação do espetáculo multiartístico “Sinfonia Terra”, da Camerata Florianópolis. Será uma oportunidade única de ver reunidos no mesmo evento realizações ecléticas e fundamentais para perceber os percursos históricos dessa estética cinematográfica, aponta o professor Raúl Antelo, que encerra a mostra na sexta-feira. “As obras selecionadas trazem inquietações culturais, éticas e filosóficas que nos permitem pensar questões importantes como os projetos de nação, de identidade cultural, luta política e de indivíduo”, complementa a diretora do Núcelo, Liliane Reales, uma das organizadora da mostra.

 

A exibição do filme de estreia da mostra, Mercado de abasto (1948), começa às 18h30min e será seguida de um debate com a cônsul argentina, mediado pelo professor Felipe Soares, professor do Curso de Cinema da UFSC. Dirigido por Lucas Demare, o musical relata a disputa de dois homens, Lorenzo Miraglia (Pepe Arias) e Jacinto Medina (Juan José Miguez), um  comerciante e o outro envolvido em atividades clandestinas. Ambos se digladiam pelo amor de Paulina (Tita Merello), feirante empregada em uma banca do Mercado de Abasto, que gosta de Lorenzo, mas se apaixona por Jacinto, em um confronto com a lei e o poder. Tita Merello, cantora de tangos, atuou no primeiro filme sonoro, justamente Tango, de 1933, e interpretou clássicos do gênero, como Filomena Marturano, é uma atriz melodramaticamente notável, segundo Antelo.

 

Na terça-feira (22), às 18 horas, o Grupo de estudos Onetti exibe outro filme marcante na estética cinematografia latino-americana:Luz de invierno (2005), dirigido por Alejandro Arroz. Um dos cineastas mais aclamados da atualidade, Arroz inspira-se nos contos de Carlos Hugo Aparício para compor três histórias independentes. Os personagens compartilham uma situação social similar nos assentamentos periféricos da cidade de Salta, além de um mesmo olhar sobre a vida e o valor do êxito na sociedade latino-americana de fim de século. O jornalista e crítico de arte Rubens da Cunha começa o debate às 19h45min.

 

A mostra prossegue na quarta-feira (23), às 18 horas, com o filme Juan Moreira (1973), dirigido por Leonardo Fávio. Do folhetim a pantomima, do sainete ao cinema, a obra narra a transformação do gaucho bueno, que depois de passar por diversas humilhações em mãos da policia e dos governantes se transforma em gaucho matrero e ícone popular. O filme será debatido com o público por Valdir Olivo Junior.

 

Histórias mínimas (2002), dirigido por Carlos Sorín, outro expoente de uma espécie de novo realismo no cinema, brinda os espectadores na sessão de quinta-feira (24), às 17h30min, com uma produção ambientada no gélido e belo cenário da Patagônia que busca os pontos de intersecção cultural nas fronteiras Brasil e Argentina. Entre Fitz Roy e San Julián, dois povoados comunicados por uma ferrovia no passado, hoje reduzido a uma estrada pouco transitada, resiste uma comunidade para a qual a televisão é o único vínculo com o resto do mundo e cujo principal expoente é o Brasil. Nesse cenário se articulam fragmentos das histórias de três personagens, em diferentes estágios de sua vida, que partem de Fitz Roy para San Julian com objetivos diversos.

 

A programação de quinta continua às 19 horas, com a exibição de Iluminados por el fuego (2005), do igualmente celebrado cineasta Tristán Bauer. Inspirado no livro homônimo de um ex-combatente da Guerra das Malvinas, conta a história de um jovem de 18 anos enviado às Ilhas Malvinas para se enfileirar na luta contra um dos exércitos mais poderosos do mundo. Os dois filmes serão debatidos a partir das 20h30min por Mariana Stasi e Byron Velez.

 

Detrás del sol, más cielo (Atrás sol, mais céu, 2007), marcante produção do cineasta Gastón Gularte, encerra a mostra na sexta-feira (25) com debate conduzido pelo professor de literatura da UFSC Raúl Antelo. A narrativa se desdobra em torno de Antonio, um jovem pobre de 17 anos que vive com sua mãe, trabalhadora na plantação de erva mate na província de Missiones, na tríplice fronteira, ou seja, no lado de lá da fronteira catarinense. O grande sonho de Antonio é viajar para o Paraguai para reencontrar-se com seu pai, pois está convencido de que somente isso mudará o seu destino. “Esse filme dialoga com toda uma tradição poética e literária (Madariaga, Juan L. Ortiz, Horácio Quieroga) de representar a região, discutir o conceito de região e evocar a filmografia que toma como eixo o rio Paraná”, comenta Antelo, acrescentando que o inscreveria naquilo que o crítico Edgardo Gutierrez, em seu livro Cinema e percepção do real chama cinema poético.

 

MOSTRA DE CINEMA ARGENTINO

Data: 21 a 25 de novembro, segunda-feira a sexta-feira, a partir das 18h

Local: Auditório da Reitoria – UFSC

Segunda (21/11):

17:30: Abertura com a cônsul argentina Mariana Bramano.

18: 30: Exibição do filme Mercado de abasto (1995) dirigida por Lucas Demare.

20:00 Debatedor: Prof. Dr. Felipe Soares

Terça (22/11):

18:00 Exibição do filme Luz de invierno (2005) dirigida por Alejandro Arroz.

19:45 Debatedor: Rubens da Cunha

Quarta (23/11):

18:00 Exibição do filme Juan Moreira (1973) dirigida por Leonardo Fávio.

19:45 Debatedor: Valdir Olivo Junior

Quinta (24/11)

17:30 Exibição do filme Histórias mínimas (2002) dirigida por Carlos Sorín.

19:00 Exibição do filme Iluminados por el fuego (2005) dirigida por Tristán Bauer.

20:30 Debatedores: Mariana Stasi e Byron Velez

Sexta (25/11):

18:00 Exibição do filme Detrás del sol, más cielo (2007) dirigida por Gastón Gularte.

Encerramento: Prof. Dr. Raúl Antelo

 

Organização: Núcleo Onetti e Curso de Cinema – CCE – UFSC

 

Texto e divulgação:

Raquel Wandelli

Jornalista da UFSC na SeCArte

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4ª Semana Ousada de Artes começa na segunda com uma semana de espetáculos gratuitos

18/11/2011 16:53

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São mais de cem atrações de qualidade abertas ao público: dança, música, teatro, cinema, moda, além de exposições, palestras e 25 oficinas das mais variadas áreas artísticas, todas ainda com vagas

Florianópolis será a capital da arte na última semana de novembro. Abre na segunda-feira, 21, e vai até o dia 25, a 4ª

Camerata e Polyphonia com Sinfonia Terra

Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC, que vai concentrar na Capital um turbilhão de espetáculos e atividades artísticas gratuitas e de qualidade estendidas a mais 17 cidades de Santa Catarina. A abertura oficial acontece às 20 horas, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, com a apresentação do grandioso espetáculo Sinfonia Terra, criação do maestro Alberto Heller da Camerata Florianópolis. Outras três grandes produções fazem parte da Semana Ousada: o Recital com o pianista André Pires, um dos mais celebrados músicos e compositores do país, e as peças Oxigênio e Dentro Fora, que alcançaram grande sucesso de público e crítica pelo arrojo estético.

Um supercircuito de arte e cultura marcado pela ousadia vai tomar conta de diversos espaços culturais de Florianópolis e

Recital André Pires

das cidades de Araranguá, Balneário Camboriú, Calmon, Chapecó, Curitibanos, Dionísio Cerqueira, Guarujá do Sul, Joinville, Lages, Laguna, Ibirama, Matos Costa, Palma Sola, Palmitos, Pinhalzinho e São Bento do Sul. São mais de cem espetáculos gratuitos e abertos ao público, sendo sete de dança, 13 de música, 25 de teatro, oito de cinema, um de

Cena do espetáculo Dentro Fora

moda, além de 13 exposições, seis palestras e 25 oficinas das mais variadas áreas artísticas, todas ainda com vagas, exceto a de fotografia (Fotografando o In-visível). As apresentações estão descentralizadas em mais de 40 espaços culturais pelo Estado, a maioria concentrada em Florianópolis.

Antes da abertura oficial, no dia 21, às 17h30min, começa no Auditório da Reitoria a Mostra de Cinema Argentino, que terá na abertura o pronunciamento do cineasta Ezequiel Juarez e a cônsul argentina Mariana Bramano. Às 18 horas, haverá a exibição do longa-metragem Mercado de abasto, dirigido por Lucas Demare, seguido de debate mediado pelo professor Dr. Felipe Soares, coordenador do Curso de Pós-graduação em Literatura. Até o dia 25 a mostra vai apresentar seis grandes realizações cinematográficas.

Concentrados no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Evento, os quatro maiores espetáculos tiveram seus ingressos distribuídos antecipadamente na quinta e sexta-feira. Além do espetáculo de abertura Sinfonia Terra, na terça, 22, às 21 horas, ocorre o Recital André Pires. A peça Oxigênioterá quatro apresentações, nos dias 24 e 25, as 19 e às 21

Oxigênio, peça de repercussão nacional

horas, enquanto a peça Dentro Fora está marcada para o dia 23 de novembro, às 21 horas. A secretária de Cultura e Arte da UFSC Maria Borges aconselha o público que quiser assistir essas quatro apresentações mais concorridas a chegar um pouco antes do horário marcado para conseguir os ingressos que sobraram da distribuição antecipada. Para os demais eventos da programação não será necessário retirar bilhetes de entrada. “Será um tributo à arte e à ousadia, com uma programação inteiramente gratuita que dá acesso ao grande público a espetáculos de qualidade”, convida a secretária.

Principais espetáculos – ainda com vagas

Sinfonia Terra – Abertura – 21 de novembro, às 20 horas

Sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca e do compositor/pianista/maestro Alberto Andrés Heller, a Camerata Florianópolis estreia pela segunda vez o comovente espetáculo Sinfonia Terra, recém criado pelo compositor Alberto Heller, com a participação do Polyphonia Khoros e solos da soprano Masami Ganev e do barítono Douglas Hahn. O espetáculo inclui Tzigane para violino e orquestra, de Ravel (com solo de WaleskaSieczkowska) e o Concerto para violoncelo e orquestra, de Elgar (com solo de Anderson Fiorelli), obras que exigem grande virtuosidade por parte do violinista e da orquestra.

O título “Terra” faz referência à questão ambiental, presente nos textos e poemas que integram a obra, que reverencia Goethe, William Blake, Alphonse de Lamartine, Dante, Issa, Basho, Shiki e Buson, cantados em seus idiomas originais (alemão, inglês, francês, italiano e japonês). Heller procura traduzir em sons a experiência de uma ecologia profunda, onde humano e não-humano, matéria e espírito, natureza e cultura se mesclam quase que indistintamente, de tal forma que a sustentabilidade do planeta aparece indissociavelmente ligada à nossa capacidade de entrar em harmonia e equilíbrio com os inúmeros sistemas que compõem o complexo vida. Segundo Heller, a obra é resultado de uma grande procura literária e musical de textos que levam ao cerne dessas questões da vida em torno das quais a contemporaneidade se debruça.

 

            Oxigênio – 24 e 25 de novembro, das 19 às 21horas.

Com a encenação de “Oxigênio”, a companhia brasileira de teatro lança no Brasil a obra de Ivan Viripaev, completamente inédita no país. O trabalho do dramaturgo, nascido na Sibéria, tem forte identificação com o trabalho da companhia. “A musicalidade da palavra expressa no texto, a forma de se colocar diante do público e a revisão do teatro como forma de contato com a plateia são apenas alguns dos elementos que nos conquistaram”, conta o diretor Márcio Abreu. O texto trata de assuntos contemporâneos como violência, terrorismo, racionalidade, consumismo. “Discute tudo isso investigando sobre o que é essencial na existência”, completa.

Dirigida por Marcio Abreu, com Patrícia Kamis, Rodrigo Bolzan e Gabriel Schwartz, o Vadeco, responsável também pela música, a trama parte de um crime passional. Um homem, acusado pelo assassinato da própria mulher é condenado, juntamente com sua amante. A partir dessa fábula começa uma discussão, polêmica e poética, sobre dramas de uma geração e o que é o “oxigênio” de cada um. A peça estreou em dezembro de 2010 na sede da companhia brasileira de teatro em Curitiba.

Recital André Pires – 22 de novembro, às 21 horas

O pianista, maestro, professor e pesquisador (arconte) André Pires apresenta o espetáculo musical Presciliano Silva e Francisco Valle: ousando a tradição, no qual toca (ao piano) e comenta peças desses dois compositores mineiros do século XIX que ele resgatou em sua tese de doutorado, defendida em junho último na Unirio. André Pires propõe associações entre as peculiaridades das duas obras e as diferentes tradições musicais em que ambos mergulharam. Ambos os compositores tiveram parte de sua formação no Rio de Janeiro, mas Silva estudou depois em Milão, e Valle em Paris.

Na abertura da tese, André comenta: “A música de Presciliano, operística ao gosto franco-italiano, perdeu espaço para a música romântica de viés germânico, quando da substituição do Império pela República em 1889; e a músicainternacionalista de Valle caiu no ostracismo após a instalação da hegemonia do pensamento nacional-modernista pós-1922”. Professor do Curso de Música da Universidade Federal de Juiz de Fora, André Pires é premiado como pianista e como regente de coros – tendo conquistado o título de melhor regente no Concurso Sudamericano de Interpretación Coral, na Argentina, em 2004.

No mesmo dia – às 10h da manhã, também no auditório Garapuvu, entrada franca – André oferece uma Oficina de Performance Musical a cantores e instrumentistas. Na primeira parte da Oficina (também ao piano) ele fala sobre a questão da exegese do texto musical, da relação partitura/performance. Na segunda parte, ouvirá e comentará performances de participantes, individuais ou em grupo. Com relação aos pianistas ele poderá abordar questões de ordem técnico-instrumental específicas.

Dentro Fora – 23 de novembro, às 21 horas.

A peça Dentro Fora é uma homenagem a uma das mais famosas obras de Samuel Beckett, Dias Felizes. O espetáculo é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Conta o momento de duas personagens chamadas apenas Homem e Mulher, que se encontram presas dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida.

ATENÇÃO:

Para mais informações e fotos sobre as peças acesse o site da IV Semana Ousada de Artes.

http://www.semanaousada.udesc.ufsc.br/

Principais locais de apresentação:

Cinema

Hall do Centro de Cultura e Eventos/UFSC.

Auditório da Reitoria – UFSC

Dança:

Hall do Centro de Cultura e Eventos/UFSC

Cearte/UDESC

Teatro:

Igrejinha da UFSC.

Concha Acústica/UFSC.

Auditório Garapuvu – Centro de Cultura e Eventos/UFSC

Música:

Auditório Garapuvu Centro de Cultura e Eventos/UFSC

Concha Acústica/UFSC – atividades todos os dias

Centro Cultural de Laguna.

Exposições:

Hall do Centro de Cultura e Eventos/UFSC

Sala Pitangueira Centro de Cultura e Eventos / UFSC.

Balneário Camboriú – CESFI – Centro de Convivência.

Oficinas:

Sala Laranjeira, Centro de Cultura e Eventos / UFSC.

Praça da Cidadania/UFSC.

Moda:

Pachá

Palestras

Auditório Garapuvu – Centro de Cultura e Eventos/UFSC

Sala Goiabeira – Centro de Cultura e Eventos / UFSC

Auditório do Bloco Amarelo/UDESC

 

Divulgação:

Raquel Wandelli

Jornalista da UFSC na SeCArte

raquelwandelli@yahoo.com.br

Informações: 37218304

 

Matheus Moreira Moraes

Estagiário de Jornalismo na SeCArte

Matheus.moreira.moraes@gmail.com

ousadaufscudesc@reitoria. ufsc.br

www.secarte.ufsc.br

www.semanaousada.ufsc.udesc.br

Começa distribuição gratuita de ingressos para principais atrações da Semana Ousada

11/11/2011 16:01

A Secretaria de Cultura e Arte da UFSC fará, já na próxima semana, a entrega antecipada dos  ingressos para os principais espetáculos da IV Semana Ousada de Artes UFSC/Udesc. O evento vai promover, de 21 a 25 de novembro, um supercircuito de arte e cultura em Florianópolis e em mais 17 cidades de Santa Catarina, com mais de cem espetáculos gratuitos e abertos ao público de dança, música, teatro, cinema, moda, além de oficinas, mostras, exposições e oficinas.

Na quinta-feira, 17, e na sexta, 18, das 9 às 13 horas, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC (SeCArte) distribui ingressos para as apresentações dos espetáculos Sinfonia Terra e Recital com André Pires e para as peças Oxigênio e Dentro Fora. Os bilhetes são gratuitos e poderão ser retirados no hall do Centro de Cultura e Eventos, ao lado do banco Santander, na UFSC.Todas essas apresentações com distribuição antecipada de ingressos ocorrerão no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Para os demais eventos não será necessário retirar bilhetes de entrada.

Camerata abre com Sinfonia Terra

A Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC abre no dia 21 de novembro, às 20 horas, com a Camerata Florianópolis estreando pela segunda vez em Florinópolis o grante espetáculo Sinfonia Terra. No dia seguinte, 22, às 21 horas, ocorre o Recital André Pires. A peça Oxigênio terá duas apresentações: nos dias 24 e 25, das 19 às 21horas, enquanto a peça Dentro Fora está marcada para o dia 23 de novembro, às 21 horas, todos no Auditório Garapuvu.

Espetáculos com distribuição antecipada de ingressos

Sinfonia Terra – Abertura – 21 de novembro, às 20 horas

Sob a regência do maestro Jeferson Della Rocca e do compositor/pianista/maestro Alberto Andrés Heller, a Camerata Florianópolis estreia pela segunda vez o comovente espetáculo Sinfonia Terra, recém criado pelo compositor Alberto Heller, com a participação do Polyphonia Khoros e solos da soprano Masami Ganev e do barítono Douglas Hahn. O espetáculo inclui Tzigane para violino e orquestra, de Ravel (com solo de WaleskaSieczkowska) e o Concerto para violoncelo e orquestra,de Elgar (com solo de Anderson Fiorelli), obras que exigem grande virtuosidade por parte do violinista e da orquestra.

Musico e compositor Alberto Heller

O título “Terra” faz referência à questão ambiental, presente nos textos e poemas que integram a obra, que reverencia Goethe, William Blake, Alphonse de Lamartine, Dante, Issa, Basho, Shiki e Buson, cantados em seus idiomas originais (alemão, inglês, francês, italiano e japonês). Heller procura traduzir em sons a experiência de uma ecologia profunda, onde humano e não-humano, matéria e espírito, natureza e cultura se mesclam quase que indistintamente, de tal forma que a sustentabilidade do planeta aparece indissociavelmente ligada à nossa capacidade de entrar em harmonia e equilíbrio com os inúmeros sistemas que compõem o complexo vida. Segundo Heller, a obra é resultado de uma grande procura literária e musical de textos que levam ao cerne dessas questões da vida em torno das quais a contemporaneidade se debruça.

 

Oxigênio – 24 e 25 de novembro, das 19 às 21horas.

Com a encenação de “Oxigênio”, a companhia brasileira de teatro lança no Brasil a obra de Ivan Viripaev, completamente inédita no país. O trabalho do dramaturgo, nascido na Sibéria, tem forte identificação com o trabalho da companhia. “A musicalidade da palavra expressa no texto, a forma de se colocar diante do público e a revisão do teatro como forma de contato com a plateia são apenas alguns dos elementos que nos conquistaram”, conta o diretor Márcio Abreu. O texto trata de assuntos contemporâneos como violência, terrorismo, racionalidade, consumismo. “Discute tudo isso investigando sobre o que é essencial na existência”, completa.Elenco de Oxigênio em cena

Dirigida por Marcio Abreu, com Patrícia Kamis, Rodrigo Bolzan e Gabriel Schwartz, o Vadeco, responsável também pela música, a trama parte de um crime passional. Um homem, acusado pelo assassinato da própria mulher é condenado, juntamente com sua amante. A partir dessa fábula começa uma discussão, polêmica e poética, sobre dramas de uma geração e o que é o “oxigênio” de cada um. A peça estreou em dezembro de 2010 na sede da companhia brasileira de teatro em Curitiba.

Recital André Pires – 22 de novembro, às 21 horas

O pianista, maestro, professor e pesquisador (arconte) André Pires apresenta o espetáculo musical Presciliano Silva e Francisco Valle: ousando a tradição, no qual toca (ao piano) e comenta peças desses dois compositores mineiros do século XIX que ele resgatou em sua tese de doutorado, defendida em junho último na Unirio. André Pires propõe associações entre as peculiaridades das duas obras e as diferentes tradições musicais em que ambos mergulharam. Ambos os compositores tiveram parte de sua formação no Rio de Janeiro, mas Silva estudou depois em Milão, e Valle em Paris.

André Pires ao piano

Na abertura da tese, André comenta: “A música de Presciliano, operística ao gosto franco-italiano, perdeu espaço para a música romântica de viés germânico, quando da substituição do Império pela República em 1889; e a músicainternacionalista de Valle caiu no ostracismo após a instalação da hegemonia do pensamento nacional-modernista pós-1922”. Professor do Curso de Música da Universidade Federal de Juiz de Fora, André Pires é premiado como pianista e como regente de coros – tendo conquistado o título de melhor regente no Concurso Sudamericano de Interpretación Coral, na Argentina, em 2004.

No mesmo dia – às 10h da manhã, também no auditório Garapuvu, entrada franca – André oferece uma Oficina de Performance Musical a cantores e instrumentistas. Na primeira parte da Oficina (também ao piano) ele fala sobre a questão da exegese do texto musical, da relação partitura/performance. Na segunda parte, ouvirá e comentará performances de participantes, individuais ou em grupo. Com relação aos pianistas ele poderá abordar questões de ordem técnico-instrumental específicas.

Dentro Fora – 23 de novembro, às 21 horas.

A peça Dentro Fora é uma homenagem a uma das mais famosas obras de Samuel Beckett, Dias Felizes. O espetáculo é uma metáfora sobre o ser humano contemporâneo. Conta o momento de duas personagens chamadas apenas Homem e Mulher, que se encontram presas dentro de duas caixas. A peça explicita a imobilidade do ser humano perante a vida.

Dentro Fora encena Samuel Becket

 

Para mais informações e fotos sobre as peças acesse o site da IV Semana Ousada de Artes.

http://www.semanaousada.udesc.ufsc.br/

 

Divulgação:

Raquel Wandelli

Jornalista da UFSC na SeCArte

raquelwandelli@yahoo.com.br

Informações: 37218304

 

Matheus Moreira Moraes

Estagiário de Jornalismo na SeCArte

Matheus.moreira.moraes@gmail.com

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