COMEÇAM AS INSCRIÇÕES PARA A IV SEMANA OUSADA DE ARTES

14/10/2011 13:34

A pesquisa, o talento e a ousadia que vêm dos laboratórios de arte das universidades e dos grupos de vanguarda no país vão ganhar de novo os palcos de Florianópolis e de 17 cidades de Santa Catarina. É a IV Semana Ousada de Artes UFSC/UDESC, que de 21 a 25 de novembro, vai proporcionar uma semana inteira com mais de cem espetáculos nas mais diversas formas de expressão artística, além de  oferecer ao público oficinas gratuitas de arte. Edital publicado hoje (13) pela Secretaria de Cultura e Arte da Universidade Federal de Santa Catarina (SeCArte), estabelece o prazo até o dia 26 de outubro para os grupos teatrais e de dança vinculados à UFSC inscreverem suas propostas de espetáculo para participar da IV Semana Ousada de Artes.

Conforme o edital assinado pela secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges, poderão se inscrever artistas individuais, grupos teatrais e de dança que tenham integrantes vinculados restritamente à universidade federal, na condição de alunos, professores ou servidores. Uma Comissão de Seleção indicada pela SeCArte fará a seleção dos proponentes e divulgará o resultado pelo site www.secarte.ufsc.br no dia 3 de novembro de 2011. Os dias, horários e locais das apresentações dos grupos e artistas selecionados serão definidos pela comissão organizadora da IV Semana Ousada, reunindo a programação das duas universidades.

No ato de inscrição das propostas, os grupos devem apresentar: DVD com imagens da apresentação do espetáculo na íntegra (com duração mínima de 20 minutos) ou do ensaio, caso o espetáculo seja inédito; ficha técnica do espetáculo com dados de contato de um representante do grupo (e-mail, telefone fixo e celular); comprovante de vínculo dos membros ligados a UFSC; uma sinopse de cinco linhas para divulgação e a discriminação dos materiais e equipamentos utilizados para o espetáculo, bem como indicação de espaço preferível. As apresentações na UFSC ocorrerão em quatro espaços: dois com estrutura cênica, que são o Teatro do DAC/UFSC (com estrutura completa) e a Sala do Curso de Artes Cênicas (com sistema de palco semi-arena, mas sem sistema de iluminação); e dois sem estrutura cênica, a Igrejinha da UFSC e o Jardins do Campus Universitário UFSC. Neste caso, a SeCArte vai oferecer equipamento de som, iluminação e vestimenta cênica necessários às apresentações.

Os interessados deverão enviar suas propostas para o endereço da SeCArte, no 2º andar do prédio da Editora da UFSC, Campus Universitário, Trindade, CEP 88010-970. Outras informações sobre responsabilidades dos grupos proponentes e da organização constam do edital.

Edital

Informações: 3721-8304 / 3721-9279
ousadaufscudesc@reitoria. ufsc.br
www.secarte.ufsc.br
www.semanaousada.udesc.ufsc.br


Divulgação: Raquel Wandelli
Jornalista da UFSC na SeCArte
raquelwandelli@yahoo.com.br

Ensaio de Clássicos ao ar livre comemora primavera

05/10/2011 14:37

Madrigal e Orquestra de Câmara realizam ensaio ao ar livre nesta quarta-feira (5/10), às 16 horas, no gramado do Centro Sócio Econômico dentro do Projeto Clássicos SeCArte

A magia da música clássica vai ecoar pelo campus universitário nesta quarta-feira (5), às 16 horas. O Madrigal e a Orquestra de Câmara da UFSC realizam um breve Ensaio Aberto, ao ar livre, no gramado próximo ao Bar do Centro Sócio Econômico (CSE) em saudação à chegada da primavera. A regente Miriam Moritz vai apresentar um repertório de música erudita internacional e brasileira. A apresentação integra o Projeto Clássicos Secarte, da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, que tem como objetivo propagar a execução e fruição de música erudita pela universidade.

O Ensaio Aberto ao ar livre é uma forma de aproximar o Madrigal e a Orquestra do cotidiano dos frequentadores do campus. É também uma maneira de mostrar à comunidade os bastidores do trabalho pedagógico no campo artístico, além de possibilitar aos cantores e instrumentistas a superação das dificuldades que fazem parte de apresentações informais fora de auditórios fechados, explica a regente Miriam Moritz.  Gratuito e aberto à comunidade, o espetáculo será adiado em caso de mau tempo.

Madrigal e orquestra investindo no clássico

Curso de gestão em museus inicia segunda turma

30/09/2011 16:06

Prazo para inscrições no curso de extensão em gestão de acervos museológicos vai até o fim desta semana

Alunos, profissionais e interessados na área de museologia têm até 7 de outubro para se inscrever no Curso de Extensão em Gestão de Acervos Museológicos, que inicia no dia 13 de outubro a sua segunda edição deste ano. Com término previsto para o dia 15 de novembro, o curso é promovido pelo Núcleo de Estudos Museológicos da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC. Tem como objetivo capacitar os participantes para o gerenciamento das informações dos suportes/objetos a serem documentados nas instituições museologicas tendo em vista a determinação legal de se adequar ao estatuto dos museus.

Existem cerca de 200 instituições museológicas em Santa Catarina, e seu principal desafio é se adequar ao estatuto da área, regulamento criado em janeiro de 2009. O estatuto determina que instituições dessa natureza só serão reconhecidas após a apresentação de um Plano Museológico assinado por um profissional formado em Museologia. No plano, deverá ser definida a missão, estrutura organizacional e áreas de atuação do museu. Até 2014 só as instituições que tiverem se adequado ao estatuto receberão recursos públicos. Todas deverão ter registrado e catalogado o seu acervo, lembra Francisco do Vale Pereira, coordenador do NEMU.

Ministrado pela professora Rosana Andrade Dias do Nascimento, doutora em museologia, o curso abordará os seguintes aspectos de documentação e pesquisa nos museus: Processamento técnico; Preservação e gestão da informação; Construção de bases de dados; Sistemas informatizados disponíveis no Brasil para tratamento de informações; Inventário e catalogação; Construção de redes de informação; Política de documentação: da aquisição ao descarte.

Profª. Dra. Rosana Andrade Dias do Nascimento – Museóloga; Professora da UFSC; Mestre em Educação/UFBA; Doutora em História Social/UFBA; Professora do Curso de Mestrado na Universidade Lusófona – Lisboa/Portugal; Atua na área da Teoria e Documentação Museológica, História da Arte.

Carga Horária: 30 horas/aula (com certificado de extensão expedido pela UFSC)

Período: 13 de outubro a 15 de dezembro de 2011 (sempre às quintas-feiras, das 09hs às 12hs.)

Informações e Inscrições: envie seu nome completo e CPF para o e-mail  fpereira@cfh.ufsc.brkikodovale@hotmail.com , ou faça um contato pelo telefone: 3721 6318 / 9114 4477.

Prazo de inscrições: até 07 de outubro de 2011.

Número de vagas: 35 alunos – haverá pré-seleção através dos apresentados na Ficha de Proposta de Inscrição: critério – atuação na área museológica.

Público alvo: profissionais de museus, alunos de museologia, interessados em documentação museológica.

Raquel Wandelli, jornalista SeCArte/UFSC

Matheus Moreira Moraes (estagiário do curso de Jornalismo na SeCArte)

(37219459, 37218329 e 991105240)

raquelwandelli@yahoo.com.br

raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

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Café Filosófico nesta sexta

30/09/2011 15:11

Com acesso público e gratuito, continua hoje (30) o ciclo de encontros do Café Filosófico deste semestre dedicado à temática Estética e Filosofia da Arte, que vai até o dia 25 de novembro, sempre às 19 horas, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Na continuidade do ciclo, o professor de Filosofia da UFSC Celso Braida falará nesta sexta, dia 30, “Sobre o sentido e o significado da expressão ‘isso é arte´”. Heidegger voltará à cena no dia 2 de outubro, com a conferência “Poesia: Fenomenologia, Hermenêutica: Heidegger, Souza, Nunes”, proferida pela professora Cláudia Drucker, do Curso de Artes Cênicas. No dia 4 de novembro, o filósofo Roberto Wu aborda “O niilismo na literatura: Dostoievski e Turgueniev”. A série encerra em 25 de novembro, com o filósofo Rodrigo Duarte falando sobre “Indústria cultural 2.0”.

Realizado desde 2009 pela Secretaria de Cultura e Arte com apoio da Pós-Graduação em Filosofia e Núcleo de Investigações Metafísicas, o ciclo promove o encontro mensal de estudantes, professores e pesquisadores com grandes filósofos da contemporaneidade para a discussão de temas atuais e emergentes abordados por renomados estudiosos, segundo a secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges. As exposições são marcadas pelo caráter introdutório e acessível ao grande público e se encerram com uma mesa de café.

Principal representante alemão da filosofia existencial, Heidegger (Meßkirch, 1889 — Friburgo, 1976)  refundou a Ontologia, com a obra Ser e tempo, que deixou inacabada e o notabilizou em todo o mundo. Pela importância que atribui ao conhecimento da tradição filosófica e cultural, influenciou muitos outros filósofos, dentre os quais o existencialista Jean-Paul Sartre. O ponto de partida do seu pensamento, inspirado pela fenomenologia de Husserl e também pela antropologia cristã, é o problema do sentido do ser.

Heidegger  percebeu que o ser do homem está obliterado por seu passado e sua relação condicionada com o mundo, sintetizada em conceitos e sentimentos de preocupação, angústia, conhecimento e complexo de culpa. Para se desenvolver e libertar seu verdadeiro “eu”, o homem deve buscar se desvencilhar dessa condição cotidiana, apontou. Apesar da grandiosa produção intelectual, Heidegger é mais conhecido pelo público geral por sua desastrosa filiação ao Partido Nazista, posteriormente desfeita e renegada por ele mesmo, e também pelo relacionamento amoroso com a aluna e depois filósofa judia Hanna Arendt.

Professor de Filosofia da UFSC e doutor pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, na área de Linguagem e ontologia contemporâneas. Luiz Hebeche é estudioso de longa data de Wittgenstein, Heidegger, Gadamer, Ryle, Rorty, Davidson e Dennett. Atualmente desenvolve a linha de pesquisa em Metafísica com o projeto intitulado “O homem pluridimensional”.  É autor de várias obras e artigos sobre o pensamento do filósofo alemão: “O Escândalo de Cristo: Ensaio sobre Heidegger” (2005); “O escândalo da cruz – da fenomenologia existencial à gramática da faticidade” (2004); “A proclamação do Anticristo” (2003); “Desmitologizando Heidegger” (2003) e “Heidegger e os indícios formais” (2001).

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte) / Contatos: (48) 99110524 – 37219459  / www.secarte.ufsc.br

Bolsa Cultura tem inscrições prorrogadas até 3 de outubro

30/09/2011 15:10

Estão prorrogadas até 3 de outubro as inscrições para o edital de Bolsa Cultura, lançado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC. Serão concedidas 70 bolsas a estudantes de graduação integrados a projetos de extensão na área cultural. O objetivo é impulsionar a produção cultural na UFSC. “Com o programa, A UFSC está dando mais um grande passo no fortalecimento da cultura como dimensão indissociável do processo de ensino, pesquisa e extensão”, afirma a Secretária Maria de Lourdes Borges.

A inscrição deve ser feita na Secretaria de Cultura e Arte, mediante a entrega dos documentos solicitados no edital. Além do projeto aprovado pelo respectivo departamento de ensino ou equivalente, o professor candidato deve comprovar sua inclusão no Sistema de Registro de Ações de Extensão – SIRAEx (http://notes.ufsc.br/aplic/formext.nsf) e apresentar cópia da atualização do currículo do coordenador do projeto na plataforma Lattes.

O benefício será concedido aos estudantes por 12 meses, para o período de novembro de 2011 e outubro de 2012. Podem pleitear a Bolsa Cultura docentes do quadro de pessoal permanente da universidade, no efetivo exercício de suas atividades e que sejam coordenadores de projetos de cultura devidamente cadastrados no Sistema de Registro de Ações de Extensão (SIRAEx/Formulário Notes). Cada projeto poderá ter até dois bolsistas. O docente poderá inscrever no máximo dois projetos, mas o total de bolsas por professor será de dois.

Não poderão candidatar-se técnico-administrativos, professores efetivos que estejam afastados oficialmente de suas funções de docência, substitutos, visitantes, voluntários, aposentados, bolsistas recém-doutores. Os estudantes beneficiados devem apresentar índice de aproveitamento acumulado (IAA) igual ou superior a 6,0 (exceto calouros) e dispor de 20 horas semanais para dedicação ao projeto como atividade não obrigatória no currículo, sendo que o pagamento mensal do bolsista estará condicionado à frequência do aluno. Também não podem acumular outro tipo de bolsa da UFSC ou de quaisquer outros órgãos de fomento ou de Fundações de Apoio.

O resultado será divulgado em 15 de outubro de 2011, na página da SeCArte www.secarte.ufsc.br. Na seleção dos candidatos, uma comissão designada pela SeCArte vai elaborar e divulgar parecer classificando os projetos em ordem de prioridade.  Os critérios de avaliação previstos no edital são: evidência de que a atividade proposta no projeto é prioritariamente uma ação de Cultura e/ou Arte; característica inovadora do projeto; viabilidade do projeto e do cronograma de trabalho; participação de alunos; experiência do coordenador no desenvolvimento de ações de cultura e arte. As bolsas só serão liberadas após a assinatura do Termo de Compromisso e da entrega de documentos relacionados na página da SeCArte  http://secarte.ufsc.br).

Por Raquel Wandelli – SeCArte – Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher. – www.secarte.ufsc.br

Seminário encerra hoje com subsídios para Plano de Cultura da UFSC

27/09/2011 15:22

Um debate com teóricos e gestores de instituições públicas e não governamentais sobre Cultura e Universidade encerra hoje (27), às 22 horas, o I Seminário de Cultura e Arte da UFSC, que reúne integrantes de todos os centros de ensino e entidades representativas dos estudantes, funcionários e professores na discussão de uma política cultural para a universidade. Promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Comissão Permanente de Cultura da UFSC, o seminário abriu ontem no Centro de Cultura e Eventos com um diagnóstico das atividades culturais desenvolvidas hoje dentro da UFSC, considerando as demandas e dificuldades. À noite um debate sobre a relação da UFSC com a gestão da cultura no país, estado e município reuniu na mesma mesa o vice-reitor Carlos Alberto Justo (Paraná), o coordenador-Geral de Acompanhamentos de Política Cultural Rafael Pereira Oliveira, representando o Ministério da Cultura, o presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Joceli de Souza e o presidente da Fundação Franklin Cascaes, Rodolfo Pinto da Luz, representando o município, para discutir propostas de integração das ações culturais.

O evento recomeça hoje (27), às 14 horas, com a divisão dos participantes por grupos de trabalho em torno de cinco temas: Financiamentos dos Projetos Culturais; Discussão dos Espaços Culturais da UFSC; Comunidade, Arte e Cultura; Educação, Arte e Cultura; Tecnologia, Arte e Cultura. As propostas elaboradas pelos grupos serão apresentadas às 17 horas, em plenária, de modo a resultar em um documento conclusivo que vai dar subsídios para que a Comissão Permanente elabore um Plano de Ação em longo prazo para a área. A secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges convida todos os integrantes da UFSC sensíveis à questão da cultura a se integrarem aos grupos, que vão pensar de que maneira a cultura pode ser fomentada, disseminada, divulgada, quais os mecanismos já existem e quais devemos ser criados ou reforçados para que a UFSC seja de fato um órgão promotor de cultura em Florianópolis e no Estado.

Com início às 19 horas, nas salas “Bosque da Ilha”, do Centreven, o painel de encerramento abordará o papel da universidade como fomentadora de cultura. Participam especialistas com pesquisa teórica sobre o tema e atuação prática institucional, como Alfredo Manevi (CCE UFSC), que foi secretário geral do Ministério de Cultura do governo Lula e hoje é professor do Curso de Cinema da UFSC; Cláudio Prado (do Laboratório Brasileiro de Tecnologia Digital) e Atílio Alencar de Moura Corrêa (do Circuito Fora do Eixo). “O seminário é um instrumento decisivo para que a cultura ganhe status na UFSC e passe a ser cada vez mais encarada por todos como processo acadêmico de ensino pesquisa e extensão integrante da vida cotidiana da universidade”, avalia o coordenador do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Fábio Salvatti, que integra a Comissão Permanente de Cultura.

Como a universidade pública pode impulsionar a cultura no âmbito da sua comunidade, cidade, Estado ou País? A questão norteou o debate de ontem à noite com os gestores culturais em nível nacional, estadual e municipal que foram interpelados pelos participantes, entre eles integrantes de diversas categorias artísticas, como a cineasta Cláudia Cárdenas, da recém-formada Federação Catarinense de Cineclubistas, a diretora de teatro Carmen Fossari, os estudantes que encabeçam o movimento Cardume Cultural, que promove o Ufstock e diversos membros do Conselho Estadual de Cultura. Os gestores apresentaram um relatório das ações que estão desenvolvendo na área a curto e médio prazo e discutiram propostas de parcerias com a universidade.

Em sua exposição, Rafael Pereira apresentou as metas para os próximos dez anos do Plano Nacional de Cultura do Minc, que prevê a adesão de estados, municípios e instituições públicas. Até o dia 20 de outubro está aberto o prazo para envio de projetos pela sociedade. Uma das metas previstas é que até 2020 o número de cursos superiores na área de artes oferecidos no País seja dobrado. “Foi uma discussão de fundamental importância para compreendermos o ponto de articulação entre a política cultural da UFSC, a política nacional, estadual e municipal da área”, avaliou a secretária Maria de Lourdes, que coordenou a mesa.

Instalada em 8 de junho pelo reitor Álvaro Prata, a Comissão Permanente de Cultura é um órgão de representação democrático composto por 27 representantes indicados por suas bases com a função de acompanhar, compartilhar e fomentar as ações na área. Além da realização do seminário, a comissão já tem como principal resultado as articulações entre seus membros para que diversas atividades culturais centralizadas hoje no Campus de Florianópolis sejam levadas para os novos campi em Araranguá, Joinville e Joaçaba. Já começam a movimentar a vida dessas cidades apresentações da peça Setembro, montagem da primeira turma de formandos do Curso de Artes Cênicas da UFSC; do longa-metragem A Antropóloga, de Zeca Nunes Pires e do Dia da Dança, organizado pela professora Janaína Martins, além de outras iniciativas na área de música, teatro e literatura.

Assessoria de Comunicação da SeCArte

Raquel Wandelli

Colaborou: Matheus Moreira Moraes

raquelwandelli@yahoo.com.br

99110524 e 37219459

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Começa sexta no Sul do Estado, maior Festa da Cultura Açoriana do Brasil

19/09/2011 17:21

Representantes de 34 municípios de colonização açoriana de Santa Catarina se reúnem no final de semana para homenagear as raízes culturais

A cidade de Sombrio, no sul do Estado, foi escolhida para sediar a 18ª Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina (AÇOR), que acontece esta semana, entre os dias 23 e 25 (de sexta-feira a domingo). Apresentações folclóricas, shows musicais, exposições, mostra de vídeos, lançamentos de livros, oficinas e comida típica estão entre as atrações do evento, que a cada ano acontece num município diferente do litoral de Santa Catarina.

Realizada pelo Núcleo de Estudos Açorianos da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, em parceria com a Casa da Cultura de Sombrio e prefeitura local, a festa mostrará o que há de mais autêntico e original no folclore, no artesanato, nas danças, na gastronomia e na religiosidade das comunidades em que estão presentes o legado e a cultura de base açoriana no Estado. O Açor é, segundo o coordenador do NEA, Joi Cletison, o maior evento de promoção da cultur açoriana realizado hoje no Brasil.

Sob um grande pavilhão, 34 municípios e instituições vão apresentar e comercializar em estandes culturais o seu artesanato de referência regional açoriana. Um dos pontos altos da programação será a missa do Encontro das Bandeiras do Divino Espírito Santo, às 9h de domingo, na igreja Santo Antônio, centro de Sombrio, com a participação de seis cantorias e 15 bandeiras do Divino de diferentes municípios litorâneos.

Reunindo uma mostra das danças e cantigas típicas trazidas por grupos das Ilha dos Açores, o 18o. Açor recebe o apoio cultural do Governo dos Açores, Funcultural e governo do Estado. As sedes anteriores do evento foram Itajaí, Imaruí, Imbituba, Penha, Içara, Porto Belo, Garopaba, São José, Araquari, Tijucas, São Francisco do Sul, Barra Velha, Laguna, Palhoça e Governador Celso Ramos.

Fotografias para divulgação poderão ser baixadas no endereçohttp://ftp.identidade.ufsc.br/18_ACOR.zip

PROGRAMAÇÃO

23/09 – Sexta-feira
18h – Abertura da praça da gastronomia típica de base açoriana
18h30 – Abertura dos estandes culturais, exposições temáticas
19h – Apresentações folclóricas
19h30 – Abertura oficial do 18º AÇOR, com pronunciamentos oficiais
20h30 – Visita das autoridades aos estandes culturais
21h – Apresentações folclóricas
23h45 – Show musical com o grupo Gente da Terra (Florianópolis)
24h – Encerramento das visitas aos estandes culturais e exposições

24/09 – Sábado
10h – Desfile com grupos folclóricos, municípios e instituições que participam da 18ª. Festa da Cultura Açoriana de SC. Local: avenida Getulio Vargas – Sombrio
11h30 – Abertura da praça de alimentação (café açoriano a partir das 8h)
12h – Abertura dos estandes culturais e exposições
12h às 23h30 – Apresentações folclóricas
16h – Lançamentos de livros (pavilhão dos estandes)
23h45 – Show musical com a banda Tarrafa Elétrica (Itajaí)
24h – Encerramento das visitas aos estandes culturais e exposições

25/09 – Domingo
9h – Missa do Encontro das Bandeiras e Folias do Divino Espírito Santo. Local: igreja Santo Antonio – Centro
11h – Mastro de São Sebastião – Grupo Itapocorói/Penha
11h30 – Abertura da praça de alimentação (café açoriano a partir das 8h)
12h – Abertura dos estandes culturais e exposições
12h às 20h – Apresentações folclóricas
18h – Encerramento das visitas aos estandes culturais

GASTRONOMIA
Comida típica de base açoriana: almoço, jantar e café açoriano e outros quitutes.
23/09, sexta-feira – Jantar e café açoriano, das 18h às 24h
24/09, sábado – Café açoriano, das 8h às 24 h; almoço e jantar, das 11h30 às 23h
25/09, domingo – Café açoriano, das 8h às 24h; almoço e jantar, das 11h30 às 23h

ESTANDES CULTURAIS
Exposições dos municípios e instituições mostrando as referências da cultura de base açoriana do litoral catarinense (artesanato, utensílios, etc).

Datas e horários de funcionamento
23/09, sexta-feira – das 18h às 24h
24/09, sábado – das 12h às 24h
25/09, domingo – das 12h às 18h

EXPOSIÇÕES
“Açores”, com fotos de Joi Cletison que mostram as várias ilhas do arquipélago açoriano, enfocando arquitetura, costumes e belezas naturais; “Os Açores”, exposição do fotógrafo português Mauricio de Abreu que apresenta imagens das freguesias rurais e tradições culturais no arquipélago dos Açores.
Local: pavilhão do evento, no horário de funcionamento dos estandes.

LANÇAMENTOS DE LIVROS
“Boi de Mamão, Folguedo Folclórico da Ilha de Santa Catarina”, de Nereu do Vale Pereira; “Cultura Açoriana – Identidade do Povo Gancheiro”, Secretaria de Educação de Governador Celso Ramos, trabalho produzido durante a realização do 17 º AÇOR; “A Canoa Baleeira dos Açores e da Ilha de Santa Catarina”, de Joel Pacheco.
Dia 24, sábado, às 16h, no palco do Pavilhão dos Estandes.

OFICINAS
O projeto Saber Fazer tem como proposta estimular as práticas artesanais tradicionais desenvolvidas pelos descendentes de açorianos no litoral catarinense, buscando elevar a auto-estima desses habitantes, reafirmando o indivíduo e a coletividade. No AÇOR haverá mostra da produção da renda de crivo, tecelagem, cerâmica figurativa, cestaria e renda de bilro. Em vários estandes das instituições participantes os artesãos vão exibir suas técnicas de produção e também comercializar seus produtos.

MOSTRA DE VÍDEOS
Projeção de vídeos temáticos filmados no litoral de Santa Catarina e no arquipélago dos Açores, tendo como temas a religiosidade, as festas populares, as touradas a corda, o artesanato, as danças folclóricas e outros.

Mais informações pelos fones (48) 3721-8605 e (48) 3533-1958 ou no sitewww.nea.ufsc.br.

O FUTEBOL DOS HERMANOS

19/09/2011 16:33

Exposição de murais e grafites mostra relação entre cultura e violência na Argentina

A Galeria da Ponte, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, recebe a exposição fotográfica Marcas na cidade: conflitos, idolatria e territorialidade – Murais e grafites sobre futebol na Argentina, de Santiago Uliana, Sebastián Sustas e Matias Godio. A exposição permanecerá até o dia 28 de outubro.

“Futebol na Argentina tem uma forte raiz local. Um clube de futebol também é uma área geográfica, normalmente um bairro”, diz o sociólogo argentino Santiago Uliana, referindo às grafitagens de emblemas de clubes que podem ser vistos desde o famoso bairro La Boca até em bairros de classe alta, como o Bajo Belgrano. “Muitas vezes, os emblemas do clube de um determinado bairro aparecem em outro, como provocação e atualização de conflitos”, complementa. Longe de ser uma expressão da irracionalidade, a violência é uma forma de relação possível na cultura de futebol. Morte expressa violência extrema e brutal como um elo de ligação entre os torcedores. Na mesma estética, o caixão é usado para ameaçar matar o rival. Isso fica evidente na foto em que torcedores do Ferro Carril Oeste prometem morte aos Argentinos Juniors – “Bicho”.

Em outra imagem, a “22” e o “Lobo”, dois símbolos do clube Gimnasia são ameaçados de morte por torcedores do Estudiantes, que os colocam em um caixão ao lado da sigla utilizada nos anúncios de obituário nos jornais RIP (descanse em paz ). Essa grafitagem foi encontrada em uma cortina de uma loja na cidade de La Plata. Como não poderia deixar de ser, Diego Maradona também é figura recorrente nos muros da Argentina.  Na cidade de La Plata há um grande mural que lembra o mítico gol à seleção inglesa para a Copa do Mundo do México ’86.

A Exposição Marcas na cidade: conflitos, idolatria e territorialidade – Murais e grafites sobre futebol na Argentina é promovida pelo Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem/Navi, pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/UFSC.

A Galeria da Ponte, localizada no segundo andar do prédio do CFH, é um espaço destinado a exposições fotográficas provenientes do trabalho de campo de pesquisadores.

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Serviço:

Exposição fotográfica Marcas na cidade: conflitos, idolatrias e territorialidade – Murais e grafites sobre futebol na Argentina

Local: Galeria da Ponte – CFH/UFSC

Visitação: de 16 de setembro a 17 de outubro

Maiores informações: Matias Godio: matiasgodio@gmail.com

A literatura catarinense está no ar

16/09/2011 17:26

UFSC lança, no dia 7 de outubro, o Portal Catarina, maior banco de dados e acervo digital da literatura catarinense. Trabalho de alunos e professores do Nupill concretiza sonho acalentado há mais de uma década por pesquisadores da área

Quando o Núcleo de Pesquisas em Informática, Literatura e Linguística da UFSC iniciou, em 1995, o que viria a ser a maior biblioteca digital de literatura brasileira do País, a grande discussão era se o meio eletrônico desbancaria o papel do livro impresso. Passados 16 anos, essa oposição entre velhas e novas tecnologias de leitura saiu de foco. O Portal Catarina, que a UFSC, através do NuPILL, lança no dia 7 de outubro, aposta no reforço que o meio digital pode dar à leitura e à própria expansão da literatura. Com acesso livre e gratuito, o banco de dados reúne informações e obras de 311 autores, representando o mais completo catálogo da literatura catarinense já publicado em qualquer meio. “A web é hoje uma importante aliada na democratização do acesso à leitura”, diz o coordenador e fundador do Núcleo, Alckmar Luiz dos Santos, professor do Curso de Pós-Graduação em literatura da UFSC.

parte da equipe do NuPILL ao lado do escritor e multiartista Rodrigo de Haro, um dos autores catarinenses catalogados

Integrantes do Nupill com o escritor catarinense Rodrigo de Haro (de branco), cuja obra foi catalogada pelo Portal Catarina

O Portal entrará em completo funcionamento no endereço www.portalcatarina.ufsc.br, durante o I Seminário de Literatura e Meio Digital da UFSC, promovido pelo NuPILL nos dias 6 e 7 de outubro, com apoio da Secretaria de Cultura e Arte e como parte das comemorações do aniversário de 40 anos dos Cursos de Pós-graduação em Letras (Literatura Brasileira, Inglês e Linguística). Construído com recursos do Pronex no valor de R$ 400 mil, o Portal é fruto do trabalho de quatro anos de mais de 25 alunos de graduação e pós-graduação dos Cursos de Letras e Computação da UFSC, através de uma parceria entre o NuPILL, o NuLIME (Núcleo de Literatura e Memória), coordenado pela Professora Tânia Ramos, da PG em Literatura e o Lapesd (Laboratório de Pesquisas em Sistemas Distribuídos), coordenado pelo professor Roberto Willrich, do Curso de Computação.

Portal Catarina reúne informações sobre 1.399 obras e 311 autores cadastrados de todos os tempos, escolas literárias e estilos, incluindo referência bibliográfica, local e ano da edição, editora, gênero, dados biográficos do escritor, profissão, gêneros que publicou e produção bibliográfica. São ainda 95 obras literárias digitalizadas que já estão sob domínio público. Um grande diferencial é a reunião de 2.937 documentos digitalizados de acervos pessoais dos escritores, dando testemunho de sua vida intelectual. O navegador poderá entrar direto pelo Portal Catarina ou ter acesso ao banco catarinense pelo banco de dados geral do NuPILL (www.nupill.org), que mantém hoje o mais completo acervo digital de literatura brasileira, com informações sobre mais de 71 mil obras de mais de 16.500 autores, além de trazer 3.364 arquivos de obras digitalizadas que já se encontram em domínio público. Os usuários não precisam se inscrever nem pagar qualquer taxa e podem ler os arquivos on line, fazerdownload ou inclusive imprimir as obras caso prefiram a leitura no papel.

Entre os catarinenses com obras digitalizadas, as prateleiras virtuais do Portal Catarina vão oferecer os livros dos mais representativos autores: Duarte Schutel, Horácio Nunes Pires, Araújo Figueredo, Virgílio Várzea, Cruz e Sousa (obra completa), Delminda Silveira, Maura Senna Pereira, Luiz Delfino e Ernani Rosas (obra poética) são alguns exemplos. A obra de Marcos Konder Reis já está toda digitalizada, só dependendo de autorização da família para entrar na rede. Fotos, correspondências, diplomas, convites, recortes de jornal, lembranças, manuscritos e até contas de luz integram os acervos digitalizados de autores como Cruz e Sousa, Ernani Rosas, Delminda Silveira e Maura Senna. O acervo de Harry Laus será o próximo a ser digitalizado para proporcionar, além do aspecto documentário, estudos sobre a vida intelectual desses escritores. Um documento significativo, por exemplo, é a carta do poeta Carlos Drummond elogiando um poema de Maura. Antes de ir para a rede, os acervos passam pelas mãos de Thaís Angélica Mendes dos Santos, que é responsável pelo trabalho de restauração do Portal.

Como uma obra inacabada, o Portal Catarina está aberto à atualização permanente e à inclusão de críticas e resenhas literárias sobre os autores em questão, que serão selecionadas e publicadas. “À medida que todos os dias nascem e morrem novos autores, torna-se um trabalho interminável”, lembra o coordenador. Pra chegar a essa grande obra de referência e de consulta, o grupo incorporou os dados de todos os indicadores impressos existentes e acrescentou muitos outros a partir de um minucioso trabalho de pesquisa. Mesmo sendo o maior até agora, todo trabalho enciclopédico tem lacunas, ressalva Alckmar.

A ideia de uma grande biblioteca virtual da literatura catarinense foi sonhada e acalentada durante muitos anos pelo já falecido professor de Literatura Lauro Junkes, ex-presidente da Academia Catarinense de Letras, lembra Alckmar. Mas o projeto só começou a sair do papel em 2007, quando venceu o Edital do CNPq pra financiar grupos de pesquisa de excelência de todo o Brasil. Em vias de renovação do financiamento, o projeto do NuPILL foi o único na área de ciências humanas de Santa Catarina aprovado no edital (todos os outros são das áreas de exatas e biomédicas). A profícua parceria do universo acadêmico das letras com o curso de computação já vai para dez anos e resultou no desenvolvimento de bancos de dados literários, ferramentas de leitura e de pesquisa automatizada de textos.

Alckmar Luiz dos Santos: mutirão de quatro anos para pôr Portal em funcionamento

O coquetel de lançamento do Portal Catarina ocorrerá no dia 7, às 18 horas, na sala Aroeira do Centro de Eventos da UFSC, após a mesa-redonda de encerramento do I Seminário de Literatura e Meio Digital. A mesa que abrirá o seminário, no dia 6, reunirá grandes especialistas do Brasil em literatura digital e congêneres que vão acompanhar o relato das pesquisas de cerca de 20 alunos de graduação, mestrado e doutorado, além de pesquisadores já formados acerca das relações entre informática e literatura. Estarão presentes Saulo Brandão (Federal do Piauí), Alamir Aquino Corrêa (UEL), Wilton Azevedo (do Makenzie), Regina Corrêa (UEL), Carlos Maciel (Université de Nantes) e o próprio Alckmar, que, além de ter várias obras publicadas em meio digital, foi o vencedor do Concurso Salim Miguel de Romance. Uma mostra de que a outrora valorizada rivalidade entre o computador, o raciocínio lógico e o mundo literário ficou mesmo para trás.

Raquel Wandelli

Jornalista da SeCArte/UFSC

99110524, 37218729 e 37219459

www.secarte.ufsc.br

NuPILL – 37219656

alckmar@cce.ufsc.br

Teatro ajuda a compreender impacto do 11 de Setembro sobre a política da vida

06/09/2011 14:57

Um milhão talvez seja um chute muito distante para o número de vezes em que a cena do ataque às Torres Gêmeas foi transmitida pelas câmeras de TV no mundo todo. Mas a repetição exaustiva dessas imagens de terror não ajuda a compreender o que ocorreu à humanidade em torno desse dia, nem a biopolítica que as potências do eixo ocidental instalaram após o 11 de Setembro. O sentido da guerra não está no momento da explosão, ou no espetáculo das bombas, mas no longo silêncio ou na espessa nuvem de poeira que pairou sobre o mundo depois de as torres desabarem.  Setembro, primeira montagem do Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de SC, que volta ao palco do Teatro da UFSC neste final de semana, é uma tentativa de compreender no espaço da arte as consequências desse acontecimento que impactou a vida no Planeta.

Setembro reestreia no dia 9, às 20 horas, e permanecerá em cartaz de sexta a domingo, sempre no mesmo horário, até o dia 25 de setembro, ao lado da Igrejinha da UFSC.  Resultado do Projeto Primeiro Ato, patrocinado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, a peça estreou em julho com casa cheia, trazendo a história da guerra entre o mundo islâmico e os Estados Unidos para o plano do sensível, do poético e da reflexão intelectual. Em sua nova temporada, além de coincidir com o aniversário de dez anos do ataque, a peça acumula a experiência de novas apresentações, incluindo a participação na I Mostra Universitária de Teatro do Espaço Elevador, em São Paulo, na última semana de agosto.

Com direção geral de Fábio Salvatti, co-direção de Gerson Praxedes e direção de arte de Luiz Fernando Pereira, a peça é fruto de quatro meses de pesquisa e trabalho de alunos de sétima fase da disciplina Projeto de Montagem que no final deste ano vão compor a primeira turma de artes cênicas formada pela UFSC. Expressa o esforço dessa juventude de refletir sobre as repercussões biopolíticas do evento mais marcante do terceiro milênio, atravessadas por memórias individuais e políticas dos personagens.  O projeto partiu da ideia de constituir um fórum artístico e intelectual que propiciasse a discussão desses episódios entre atores e público, conta o diretor geral, que é também coordenador do curso de Cênicas, criado em 2008.

A Guerra contra o Terror que se seguiu a partir daí tem pautado as relações interpessoais, internacionais e interculturais dos indivíduos e nações, inaugurando um novo sistema geopolítico no século XXI. “Ficaram marcas visíveis na vida cotidiana, com a normalização dos instrumentos de vigilância da sociedade de controle e a suspensão dos direitos civis ou mesmo a invasão militar e execução sumária de acusados de terrorismo em inúmeros países”, anota Fábio Salvatti. Estabeleceu-se um verdadeiro estado de exceção transnacional, no qual se ignoram as soberanias nacionais ou as convenções humanitárias. “Campanhas de delação afixadas em cartazes nos principais centros urbanos dos países desenvolvidos, flagrantes abusos contra os direitos humanos, intolerância religiosa, disseminação da xenofobia: o mundo deste novo milênio está, decididamente, marcado pelas cicatrizes de um conflito biopolítico”, diz o argumento da peça.

Integrada por 22 alunos, sendo 21 em cena,  a equipe iniciou os ensaios no dia 14 de março. O espetáculo potencializa diversas linguagens e mídias em favor de uma encenação interativa com o público, como sublinha Salvatti. Para alcançar essa dramaturgia em processo, o grupo arrisca o desapego a um texto ou a uma tese estabelecida de antemão e busca construir uma enunciação dramática no tempo presente, provocando respostas no elenco a partir de estímulos dados pela direção. Alguns deles são conceituais, inspirados em pensadores como Eric Hobsbawm, Noam Chomsky, Sam Harris e Antonio Negri. Outros são recortes de jornais, discursos de autoridades, documentos oficiais, etc. Além dos fragmentos textuais, a peça explora obras audiovisuais alusivas ao acontecimento, como os documentários Farenheit 911, Zeitgeist, Loose Change, e também várias referências musicais como Eumir Deodato, Nick Drake, Zbigniew Preisner, dentre outras.

Na avaliação da secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges, Setembro, é uma das grandes produções artísticas da universidade deste ano, que aponta um caminho para fortalecer o entrelaçamento entre arte e saber acadêmico. Aberta ao público, a peça foi produzida pela Expresso Produções, com recursos da SeCArte e apoio do Departamento Artístico Cultural, Departamento de Libras e Centro de Comunicação e Expressão. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados no Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha, uma hora antes do espetáculo.

Setembro

Direção: Fabio Salvatti (37216801)

Codireção: Gerson Praxedes

Direção de arte: Luiz Fernando Pereira (LF)

Elenco: Araeliz, Bárbara Danielli, Betinho Chaves, Carlos Silva, Célio Alves, Claudinei Sevignani, Elise Schmiegelow, Emanuelle Antoniollo, Gabriel Guedert, Gustavo Bieberbach, Ilze Körting, Janine Fritzen, Malu Leite, Paula Dias, Rafaela Samartino, Ricardo Goulart, Rodrigo Carrazoni, Tainá Orsi, Tamara Hass, Thaís Penteado, Vera Lúcia de Azevedo Ferreira, Wellington Bauer

Iluminação: Gabriel Guedert

Cenário e figurino: Malu Leite

Cenotécnico: Edson

Costureira: Iraci

Vídeos: Fabiane de Souza

Fotografia: Larissa Nowak

Pesquisa de trilha sonora: Fabio Salvatti

Programação visual: Fabio Salvatti e Wellington Bauer

Realização: alunos da 8ª fase do curso de Artes Cênicas da UFSC

Patrocínio: SeCArte/UFSC (Secretaria de Cultura e Artes da UFSC)

Apoio: CCE – DALi – DAC/UFSC

Produção: Expresso Produções

Contatos: 37216801

SERVIÇO

Estreia: 9 de setembro

Apresentações: 10 a 25 de setembro (sextas, sábados e domingos)

Horário: 20 horas

Local: Teatro da UFSC (ao lado da Igrejinha)

Entrada franca – retirar ingresso uma hora antes do espetáculo

Raquel Wandelli

Jornalista da SeCArte/UFSC

99110524 e 37219459