Livros de conteúdo, beleza e preço baixo na volta às aulas

03/08/2011 12:58

Uma nova série de grandes obras e autores, que incluem Cruz e Sousa e Carl Einstein, será lançada pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina em sua Feira de Livros, na volta às aulas deste segundo semestre. De 8 de agosto a 2 de setembro, das 9 às 19 horas, na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria, a Editora vai oferecer uma diversidade de 800 títulos e dez mil exemplares de qualidade com descontos de 50 a 70% e direito a autógrafo de escritores locais e alguns autores nacionais, como Luís Costa Lima e Viveiros de Castro. A EdUFSC também vai lançar quatro novas coleções nas áreas de arquitetura, direito, artes visuais e obras de formação durante o evento, que a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC pretende tornar um acontecimento cultural marcante na vida da cidade.

Embora tradicional, a Feira de Livros da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina/Liga de Editoras Universitárias chega à Praça da Cidadania completamente repaginada e mais atrativa, com estratégias de marketing como balões flutuantes e raios lazer à noite. Aberta aos alunos, professores, funcionários e leitores em geral, a feira também vai oferecer com descontos os últimos livros publicados pelas universidades que integram a Liga de Editoras Universitárias (LEU), que incluem a USP, Unicamp, UFMG, UFPA e UFSP. Através dessa parceria, iniciada na Feira do início do primeiro semestre, a EdUFSC pode oferecer à comunidade interna e externa os melhores títulos publicados no meio científico e acadêmico do País, todos igualmente com desconto.

Entre os lançamentos de produção própria da UFSC incluem-se três obras de impacto na Coleção Geral: Escritos de véspera, reunião de ensaios críticos literários de Luiz Costa Lima, O Pinheiro Brasileiro, de João Rodrigues Neto e a obra de referência ALERAtlas lingüístico e Etnográfico da Região Sul do Brasil, contendo as Cartas Fonéticas Morfossintáticas. Organizado por Walter Koch, Cléo Wilson e Mário Kassmann, o trabalho, publicado em dois volumes, traz uma contribuição fundamental para o estudo da variação lingüística nessa região. A obra será lançada na Feira a partir do dia 22 de agosto. Já o renomado botânico brasileiro João Rodrigues de Mattos faz um apaixonado apelo à sobrevivência da auracária em O Pinheiro Brasileiro. No exaustivo estudo sobre a araucária, sustenta sua importância simbólica, ecológica e econômica para o Sul do Brasil.

Em Escritos de véspera, Luiz Costa Lima, um dos mais importantes críticos do Brasil, discute as mudanças de paradigmas críticos na área dos estudos literários, destacando, particularmente, a passagem da abordagem estruturalista para a pós-estruturalista. Um dos artigos foi escrito em colaboração com o renomado antropólogo brasileiro Eduardo Viveiros de Castro, autor de Alma Selvagem. Ambos estarão na UFSC visitando a Feira em períodos diferentes: Eduardo Viveiros de Castro virá a convite do Curso de Antropologia para participar do colóquio internacional “Antropologia de Raposa” (de 8 a 11 de agosto) e Luiz Costa Lima participará, a convite da Pós-Graduação em Literatura, do “I Seminário dos Alunos de Pós-Graduação em Literatura da UFSC” (de 16 a 18 de agosto).

CRUZ E SOUSA E CARL EINSTEIN

As novidades não terminam aí. Quatro novas coleções de produção própria serão apresentadas ao público durante a Feira de Livros da Editora da UFSC/LEU: “Visuais”, com a colossal obra Negerplastik/Escultura Negra, de Carl Einstein; “Urbanismo e Arquitetura da Cidade”, voltada para a produção de pesquisadores locais e internacionais, com o livro Arquitetura, Urbanidade e Meio Ambiente, de Almir Francisco Reis; “Direito e Saúde”, em parceria com a Fundação José Arthur Boiteux (Funjab), com o livro De Defensivos a Agrotóxicos, de Maria Leonor Paes Cavalcanti Ferreira e a esperada coleção “Repertório”. A reedição de Últimos Sonetos, de Cruz e Sousa, cuja publicação da UFSC, em 1997, estava esgotada há vários anos, inaugura esta última, Repertório, que vai publicar pequenos volumes clássicos de diferentes áreas das humanidades. “O motivo da coleção é ajudar o leitor a fazer uma biblioteca de textos básicos, a um custo bem baixo e com edição supercaprichada”, explica o diretor geral da Editora da UFSC, Sérgio Medeiros. Franklin Cascaes, Simões de Lopes Neto, Rodrigo de Haro e Michel Montaigne são os próximos dessa coleção de capa branca sobreposta e padrão gráfico elegante.

A edição brasileira inédita de Negerplastik/Escultura Negra, de Carl Einstein, traduzida por Inês Araújo e Fernando Scheibe (tradutor de Divagações, de Mallarmé), pela primeira vez em língua portuguesa, é outra contribuição aguardada no pensamento da arte. Em seu estudo clássico e paradigmático sobre a arte dos povos da África e da Oceania, o crítico alemão Carl Einstein provocou uma mudança definitiva na maneira ocidental de ver a arte dita “primeira” (ou primitiva).

Mais do que uma feira convencional, o evento servirá também para que o leitor tenha uma noção do padrão de livro universitário hoje em voga no Brasil, uma vez que títulos das melhores editoras universitárias estarão em exposição ao longo de todo o mês de agosto, lembra Medeiros. “Nosso papel como editora universitária é divulgar o melhor do conhecimento por meio da publicação de livros que possam ser comercializados a um preço bastante acessível, sem prejuízo da qualidade gráfica e editorial de cada volume”, pontua o coordenador da Feira Fernando Wolff. É overdose de novidade literária pra encher a prateleira e aquecer o espírito.
SERVIÇO

Feira de Livros da Editora da UFSC/LEU
Abertura: 8/8/2011
Encerramento: 2/9/2011
Horário de funcionamento:
segunda, terça, quinta e sexta – das 9:00 às 19 horas
quarta-feira: das 9:00 às 20h:30min
Descontos: de 50 a 70%

(Exemplos de livros com desconto:)
Anota aí – de R$ 20,00 por R$ 10,00
Anatomia sistêmica – de R$ 27,00 por R$ 13,50
Farmacognosia – de R$ 96,00 por R$ 48,00
Introdução à Engenharia – de R$ 39,60 por R$ 19,80
Estatística aplicada às ciências sociais – de R$ 42,00 por R$ 21,00
Pensar/escrever o animal – de R$ 39,00 por R$ 19,50

Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: 37219459 e 99110524

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Selecionados para II Festival de Música serão conhecidos em show de lançamento

05/07/2011 14:41

Os nomes das 20 bandas e compositores selecionados para o II Festival de Música da UFSC serão revelados em clima de música e festa no dia 13 de julho, às 20 horas, no auditório Garapuvu do Centro de Eventos. Nesse dia, além de divulgar a relação dos escolhidos que participarão do festival nos dias 27 e 28 de agosto, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC fará o lançamento da coletânea em CD e DVD com as músicas premiadas na edição do ano passado. Aberto ao público e gratuito mediante a retirada antecipada de ingressos a partir de quarta (6), o evento será embalado pelo show da Banda Sociedade Soul.

Devido ao crescimento surpreendente do número de inscritos no evento deste ano, a comissão organizadora precisou de mais tempo para selecionar as composições e divulgar o resultado, que estava previsto para o início de julho. O anúncio dos músicos classificados ser feito junto com a festa de lançamento da coletânea do I Festival de Música da UFSC – 50 anos. A coletânea, produzida em nível profissional, será distribuída aos participantes do ano passado e aos grupos que irão ao palco em agosto. “É uma mostra da qualidade, diversidade e inovação da música experimental da grande Florianópolis”, destaca o coordenador do evento, Marco Valente, que integra a comissão de seleção junto com outros quatro músicos e produtores.

Para participar do pré-lançamento do dia 13, é preciso retirar os ingressos no horário das 9 às 12 horas ou das 14 às 17 horas, no prédio da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), que fica em cima do prédio da Editora da UFSC, na quarta, quinta e sexta-feira desta semana (6, 7 e 8). A Sociedade Soul faz o show de encerramento tocando composições próprias que misturam funk e soul com rock, jazz e música eletrônica, adicionadas ao tempero latino de ritmos como a salsa e o samba para criar uma sonoridade dançante e suingada. Os nomes dos músicos, bandas e composições selecionados serão publicados no site www.secarte.ufsc.br nas vésperas.  As bandas selecionadas vão se apresentar em 27 e 28 de agosto, na Praça da Cidadania, onde receberão troféu e também terão suas composições gravadas para CD e DVD.

A segunda edição do Festival de Música da UFSC bateu o recorde de participação, com um total de 135 músicos. O número de concorrentes foi praticamente o triplo do evento anterior, quando se inscreveram 47 candidatos e superou as expectativas da comissão organizadora da SeCArte. “Essa resposta mostra a força da expressão musical no público jovem e adulto de Florianópolis e a importância de um festival universitário que ajude, como nas décadas de 60 e 70, a alavancar a produção e a pesquisa musical incipiente”, afirma a secretária Maria de Lourdes Borges.

Primeiro festival de música desde a década de 80, o evento é aberto a estudantes universitários, professores e servidores técnico-administrativos dos Campi de Florianópolis, Curitibanos, Joinville e Araranguá. Também participam compositores, músicos, intérpretes e comunidade em geral da grande Florianópolis.  A comissão de organização decidiu manter o caráter regional da mostra ainda este ano, com a perspectiva de estadualizar o evento a partir do próximo.

E-mail para contato: festivaldemusica@reitoria.ufsc.br.

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

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Selecionados para II Festival de Música

serão conhecidos em show de lançamento

Evento no dia 13, às 20 horas, terá show da Sociedade Soul e lançamento do CD e DVD com as composições vencedoras do último Festival. Ingressos já podem ser retirados a partir de quarta-feira (6)

Os nomes das 20 bandas e compositores selecionados para o II Festival de Música da UFSC serão revelados em clima de música e festa no dia 13 de julho, às 20 horas, no auditório Garapuvu do Centro de Eventos. Nesse dia, além de divulgar a relação dos escolhidos que participarão do festival nos dias 27 e 28 de agosto, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC fará o lançamento da coletânea com as músicas premiadas na edição do ano passado para CD e DVD. Aberto ao público mediante a retirada antecipada de ingressos a partir de quarta (6), o evento será embalado pelo show da Banda Sociedade Soul.

Devido ao crescimento surpreendente do número de inscritos no evento deste ano, a comissão organizadora precisou de mais tempo para selecionar as composições e divulgar o resultado, que estava previsto para o início de julho. O anúncio dos músicos classificados ser feito junto com a festa de lançamento da coletânea do I Festival de Música da UFSC – 50 anos. A coletânea, produzida em nível profissional, será distribuída aos participantes do ano passado e aos grupos que irão ao palco em agosto. “É uma mostra da qualidade, diversidade e inovação da música experimental da grande Florianópolis”, destaca o coordenador do evento, Marco Valente, que integra a comissão de seleção junto com outros cinco músicos e produtores.

Para participar do pré-lançamento do dia 13, é preciso retirar os ingressos no horário das 9 às 12 horas ou das 14 às 17 horas, no prédio da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), que fica em cima do prédio da Editora da UFSC, na quarta, quinta e sexta-feira desta semana (6, 7 e 8). A Sociedade Soul faz o show de encerramento tocando composições próprias que misturam funk e soul com rock, jazz e música eletrônica, adicionadas ao tempero latino de ritmos como a salsa e o samba para criar uma sonoridade dançante e suingada.

A segunda edição do Festival de Música da UFSC bateu o recorde de participação, com um total de 135 músicos. O número de concorrentes foi praticamente o triplo do evento anterior, quando se inscreveram 47 candidatos e superou as expectativas da comissão organizadora da SeCArte. “Essa resposta mostra a força da expressão musical no público jovem e adulto de Florianópolis e a importância de um festival universitário que ajude, como nas décadas de 60 e 70, a alavancar a produção e a pesquisa musical incipiente”, afirma a secretária Maria de Lourdes Borges. Os nomes dos músicos, bandas e composições selecionados serão publicados no site www.secarte.ufsc.br. As bandas selecionadas vão se apresentar em 27 e 28 de agosto, na Praça da Cidadania, onde receberão troféu e também terão suas composições gravadas para CD e DVD.

Primeiro festival de música desde a década de 80, o evento é aberto a estudantes universitários, professores e servidores técnico-administrativos dos Campi de Florianópolis, Curitibanos, Joinville e Araranguá. Também participam compositores, músicos, intérpretes e comunidade em geral da grande Florianópolis. A comissão de organização decidiu manter o caráter regional da mostra ainda este ano, com a perspectiva de estadualizar o evento a partir do próximo.

E-mail para contato: festivaldemusica@reitoria.ufsc.br.

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No palco da palavra, Carmen Fossari lança Heresia

05/07/2011 14:37

Depois de mais de 30 anos de dramaturgia, foi paradoxalmente a Internet que em doses homeopáticas motivou a publicação dos poemas que Carmen Fossari, diretora do Teatro da UFSC, reúne agora em seu primeiro livro de poesia. Atriz e dramaturga, Carmen começou a escrever em seus próprios blogs. À medida que recebia incentivo e retorno dos leitores, passou a publicar poemas em outros blogs e em outros meios eletrônicos no Brasil e no exterior. Dessa forma fluida e dialogada foi dando pequenas asas para que as palavras em versos livres ganhassem a edição de Heresia, livro que ela lança na sexta-feira, 8 de julho, às 19 horas na Livraria Saraiva Mega Store do Shopping Iguatemi.

Em Heresia há uma gama diversificada de temas e formas do poema, que vão dos breves (“Breviário”), brevíssimos (“Ovais”), sequenciais (“Lunares” – as sete luas), extensos (“Animal Homem”, “Frida Khalo”), de recordações da infância (“Junho”, “Dia de Chuva”, “O Beija Flor” e “A Cigarra”), divertidos (“Um dia, o dia sonhou ser noite”), os amorosos (“Amorosidades”), o saboroso (“Pastéis de Belém”), o desamoroso (“Volver”), os indignados (“Liberty and Fire”, “In d(i) o”) e os ecológicos (“A Terra”, um “Planeta”), entre outros.

Publicado pela Editora Delicatta, de São Paulo, sob coordenação de Luíza Moreira, o livro foi prefaciado pelo poeta português João Marques Jacinto, autor de Recantos da lua. A diretora do Grupo Pesquisa Teatro Novo explica que sempre escreveu e sempre esteve próxima da poesia em seu trabalho dramatúrgico. Do seu enamoramento pelos versos, muitos poetas, como Pablo Neruda, García Lorca, Alcides Buss, Lindolf Bel, Cecília Meirelles, Drummond, Leminski e Cruz e Sousa, tiveram suas obras levadas ao palco pelas mãos da diretora. “O que esteve até então ausente nesse longo período foi a vontade de publicar”, explica. “Mas em paralelo à direção e atuação teatral me acompanha o ato de escrever poesias em versos livres, creio que motivada pelos versos de Bandeira: ´Aquilo que sentes… ainda não é poesia é matéria da poesia`”.

E por que o nome Heresia? “Penso que o nome é um apelo, quem sabe um tributo à liberdade do pensamento em uma sociedade e em um mundo onde cada dia mais as pessoas se repartem em guetos estéticos e religiosos”. Essa guetificação, diz ela, faz com que se perca a grande aventura de descobrir no outro a beleza da diferença e do pensamento diverso”.

Heresia:

Editora Delicatta – coordenação de Luiza Moreira,  São Paulo, 2011, 80 páginas.

Poemas de Carmen Fossari,

Diagramação de Ana Ribeiro

Design da capa da artista Adriele de Jesus Vicente

Raquel Wandelli (37219459 e 991105240

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assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

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Encontro prepara profissionais para cumprir Estatuto dos Museus

01/07/2011 10:17

Profissionais que atuam em instituições museológicas de Santa Catarina, estudantes ou aspirantes à área de conservação e valorização do patrimônio histórico e cultural terão em julho uma oportunidade de capacitação gratuita. Estão abertas as inscrições para o 33º Encontro Regional do Núcleo de Estudos Museológicos da UFSC (NEMU), que ocorre de 10 a 13 de julho, no município de Itajaí. Promovido pelo NEMU da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, com apoio da prefeitura de Itajaí, o evento tem como objetivo capacitar os participantes para a conservação, o conhecimento e a divulgação dos acervos dos museus de suas cidades.

Em Santa Catarina, existem cerca de 200 instituições museológicas que têm como principal desafio se adequar ao Estatuto dos Museus, criado por decreto presidencial em janeiro de 2009 e já regulamentado. O estatuto determina que toda instituição dessa natureza deverá ser reconhecida a partir da apresentação de um Plano Museológico assinado por um profissional formado em Museologia. Esse plano deverá definir sua missão, estrutura organizacional e áreas de atuação. Até 2014 só as instituições que tiverem se adequado ao estatuto receberão recursos públicos. E todas deverão ter registrado e catalogado o seu acervo, conforme lembra o coordenador do NEMU.

A preparação das instituições para o cumprimento dessas exigências é justamente o tema da conferência de abertura “Estatuto de Museus – Plano Museológico”, que um representante do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) proferirá no domingo, 10, às 19 horas, no Museu Histórico, no Centro de Itajaí.  A abertura terá ainda apresentações culturais preparadas pelo município anfitrião. Durante as sessões de comunicação, as instituições vão apresentar suas experiências na administração dos acervos e mostrar atividades que ajudam a promover a integração dos museus com as comunidades, tornando-os mais presentes no cotidiano das pessoas.

O grande diferencial do encontro são as oficinas de capacitação que oferecem noções de  Gestão e documentação de acervos museológicas; Organização e conservação de acervos fotográficos; Plano Museológico: implantação, gestão e organização de museus; Noções de conservação e restauração de documentos (suporte papel); Arqueologia do oeste catarinense; Museus e educação: ação educativa em museus e Segurança em museus. Ministrados por profissionais da área de renome nacional, esses conhecimentos podem ser aplicadas nos locais de trabalho. Cada participante escolhe uma oficina dentre as sete que estão sendo oferecidas este ano, dando preferência para sua área de atuação ou de interesse.

Realizado duas vezes por ano de forma itinerante em diferentes regiões do Estado, o Encontro do Nemu capacita os profissionais a melhorar a qualidade técnica dos acervos e a mostrar sua importância à população. Eles aprendem a realizar o inventário do seu acervo, a cuidar da sua reserva técnica, restauração e conservação em laboratórios e a promover a exposição ao público. “Quanto mais um profissional de museu conhece e administra o seu acervo, mais tem condições de transformá-lo em uma ponte de ligação e diálogo com a sociedade em torno”, lembra o coordenador.

Na segunda-feira (11/7) pela manhã, o evento inicia com um tour ao Patrimônio histórico edificado de Itajaí, seguida de uma visita técnico-cultural ao Museu Etno-arqueológico. As oficinas começam às 13h30min e a sessão de comunicações, com relato de experiências dos museus de Santa Catarina, às 17 horas, sempre no Curso de Administração da Univali. Na terça, o evento prossegue com oficinas pela manhã e à tarde. No último dia, quarta-feira, estão previstas oficinas pela manhã e sessão de comunicações à tarde. Às 16h30min, os participantes realizam um balanço unificado das oficinas e uma reunião de avaliação e encerramento do evento. As inscrições para o encontro estão abertas até o início do evento pelo site: http://www.fgml.itajai.sc.gov.br/.

Conteúdo das Oficinas

Oficina nº 01 – Gestão e documentação de acervos museológicos.

Museu, Museologia e Museografia; Importância da documentação museográfica. Documentação e pesquisa nos museus; Processamento técnico, preservação e gestão da informação; Construção de bases de dados; Sistemas informatizados disponíveis no Brasil para tratamento de informações; Inventário e catalogação; Construção de redes de informação; Política de documentação: da aquisição ao descarte.

Profa. Dra. Rosana Andrade Dias do Nascimento – Museóloga; Professora da UFSC; Mestre em Educação/UFBA; Doutora em História Social/UFBA; Professora do Curso de Mestrado na Universidade Lusófona – Lisboa/Portugal; Atua na área da Teoria e Documentação Museológica, História da Arte.

Oficina n° 02 – Organização e conservação de acervos fotográficos.

Técnicas de conservação fotográfica – higienização e estabilização; Técnicas de preservação fotográfica – acondicionamento e guarda, materiais, acessórios, embalagens, mobiliário, ambiente (parâmetros de temperatura e umidade relativa).

Denise Magda Corrêa Thomasi – Administradora do Museu da Imagem e do Som – MIS/FCC; Conservadora/Restauradora; Presidente da Associação Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais – ACCR; Representante da FCC no Conselho Estadual de Cultura.

Oficina nº 03 – Plano Museológico: implantação, gestão e organização de museus.

Conceitos de museu e museologia; Conceitos de projeto, programa e plano museológico; O plano como trabalho coletivo: importância, vantagens e limites; Metodologia para elaboração e implantação do plano museológico; Identificação da missão institucional: finalidades, valores, metas e funções; Identificação de públicos e parceiros; Critérios para avaliação do plano museológico; O diálogo entre o plano museológico e a Política Nacional de Museus; Legislação e documentos institucionais: ata de fundação, decreto de criação, estatuto e regimento interno; Códigos de ética do Conselho Internacional de Museus e do Conselho Federal de Museologia.

Profa. Dra. Maria das Graças Teixeira. Museóloga; Professora da UFBA; Mestre em Artes Visuais/UFBA; Doutora em História Social/UFBA; Desenvolve pesquisa sobre cultura lúdica no Brasil; Atua na área de Museologia, principalmente nos seguintes temas: memória, educação patrimonial, projetos expográficos de longa e curta duração, preservação e conservação de acervos museológicos.

Oficina nº 04 – Noções de conservação e restauração de documentos (suporte papel).

Embasamento teórico e prático sobre noções de conservação e restauração de acervos; Importância na preservação da memória documental da instituição.

Cada participante deverá levar um livro ou documento para ser trabalhado na oficina.

Jéferson Antonio Martins – Bacharel em Biblioteconomia/UFSC; Especialista em Organização e Administração de Arquivos/UFSC; Conservador e Restaurador desde 1988; Vice-Presidente da Associação Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais – ACCR.

Oficina nº 05 – Arqueologia do oeste catarinense.

Noções básicas sobre arqueologia de Santa Catarina e, em especial, sobre o oeste catarinense; Processos de higienização, catalogação, identificação e acondicionamento de acervos arqueológicos. Os participantes devem levar suas dúvidas ou artefatos arqueológicos que necessitem de orientação para enriquecer as atividades práticas.

Profª Dra. Ana Lucia Herberts – Historiadora; Arqueóloga; Doutora em História/PUCRS, com bolsa sanduíche na Université François Rabelais em Tours, França; Gestora da Unidade Florianópolis da Scientia Consultoria Científica; Coordenadora do Programa “Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico” da UHE – Foz do Chapecó; Bolsista do CNPq.

Oficina nº 06 – Museus e educação: ação educativa em museus.

A dimensão educativa e o diálogo com outras áreas de ação da instituição: a pesquisa, a comunicação, a preservação, etc.; Discussões a partir de abordagens relacionadas à teoria e à prática da ação educativa em museus; Qual a natureza da experiência museal; Como se dá a relação museu-escola; Por que fazer pesquisa de público.

Profª. Bárbara Mara Pereira Harduim – Professora de Artes; Arte-educadora; Coordenadora do Setor Educativo do Museu de História e Artes do Estado do Rio de Janeiro/FUNARJ; Vinculada à Secretaria de Estado de Cultura; Integrante do Comitê Gestor da Rede de Educadores em Museus e Centros Culturais – REM/RJ.

Oficina nº 07 – Segurança em Museus.

Conceitos de segurança: patrimonial, empresarial e mecânica; Ações preventivas: roubo, furtos, incêndio e vandalismo; Diagnósticos e mapeamento das áreas de risco dos museus; Treinamento e sensibilização dos funcionários; Prevenção e combate a incêndio; Monitoramento eletrônico; Controle de acesso de público às áreas restritas; Segurança nas áreas expositivas e nas reservas técnicas; A documentação como segurança: inventário, catalogação e registro fotográfico; Segurança das pessoas; Laboratório: plano de segurança.

Solange Rocha – Bacharel em História pela Universidade Santa Úrsula/RJ; Especialista em Restauração e Conservação de Bens Culturais/UFRJ; Atuou no Arquivo Nacional, Museu Nacional de Belas Artes e, atualmente, no Museu de Astronomia e Ciências Afins – MAST/MCT.

Informações: (48) 3721-6318 / Francisco do Vale Pereira / Coordenador executivo do NEMU/UFSC E-mail: kikodovale@hotmail.com e nemu@itajai.sc.gov.br (com Robson)

Fonte: Raquel Wandelli, jornalista SeCArte/UFSC

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16 de JUNHO Bloomsday em Florianópolis terá leitura performática de Ulisses

13/06/2011 16:19

Celebrado em cidades de todo mundo, sempre no dia 16 de junho, o “Bloomsday”  é uma festa-performance em homenagem a Leopold Bloom, o protagonista do romance Ulisses, do irlandês James Joyce. Cidades como Dublin, Nova York e também Florianópolis vão comemorar o advento do romance mais revolucionário do século XX, lançado em 1922. Para rememorar essa grandiosa aventura livresca, os amantes de Joyce promovem na quinta, 16, às 17 horas, no Museu Victor Meirelles, uma leitura simultânea dos capítulos de Ulisses em várias línguas: inglês, português, alemão, espanhol.

Participarão desse culto literário alunos do Curso de Artes Cênicas da UFSC, professores e alunos do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, além de admiradores da obra de Joyce. Com a leitura performática, o Bloomsday 2011 de Florianópolis recriará a metáfora joyciana maior: quanto mais espesso o caldo do enredo, melhor o romance, melhor a Odisséia. A organização é do casal de pesquisadores Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros, professores do curso de Artes Cênicas e de Pós-Graduação em Literatura da UFSC, respectivamente.

Leopold Bloom é o “judeu errante” que leva e traz mensagens, e que, após um dia e uma noite perambulando por Dublin, “reencontra” o filho já falecido e se reconcilia com a mulher que o trai.  Trata-se de uma versão paródica da poesia épica homérica, ou seja, da “Odisséia” (considerada a mãe de todas as narrativas ocidentais), que descreve as aventuras de um herói sofrendo de aguda crise de identidade e que, por isso, precisa regressar para casa e reencontrar a mulher e o filho, explica Dirce, autora da obra Para ler Finnegans Wake de James Joyce. Nesse aspecto, Odisseu, ou Ulisses, o herói da Odisseia, é o oposto de Aquiles, o herói da Ilíada. Aquiles só sabe ir para a frente, Ulisses, para trás, para casa.

Para tratar desse tema clássico, situando-o porém no contexto moderno e dessacralizando-o, Joyce descreve minuciosamente a prolixidade do real e do delírio. “Ele o faz criando novas técnicas narrativas e cunhando novas palavras que possam dar conta da balbúrdia ou do caos contemporâneos”, completa Sérgio Medeiros, que é também diretor da Editora da UFSC e autor de vários ensaios acerca do romancista que reinventou a arte narrativa.

Informações: Dirce Waltrick do Amarante e Sérgio Medeiros, organizadores do Bloomsday panambi@matrix.com.br; dwa@matrix.com.br

Raquel Wandelli

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Instalada Comissão de Cultura da UFSC

09/06/2011 16:37

Democratizar a discussão sobre a política pública cultural e fomentar os processos de produção de arte e cultura em todos os centros e campi da Universidade Federal de Santa Catarina. Com esse objetivo, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC instalou a Comissão Permanente de Cultura, que realizou ontem, 8 de junho, na Sala dos Conselhos, no prédio da Reitoria, sua segunda reunião mensal. O órgão reúne representantes de todos os Centros, dos quatro Campi, dos departamentos ligados à cultura e das entidades de classe dos estudantes, professores e servidores. A realização de um Seminário de Cultura com data marcada para os dias 26 e 27 de setembro no Centro de Eventos foi uma das principais deliberações da reunião.

O seminário terá como objetivo discutir e propor linhas político-culturais para a universidade, incluindo o próprio debate sobre um conceito contemporâneo de cultura a partir das diferentes visões sobre o tema. Incluirá em sua programação um painel sobre o papel da universidade na produção da cultura e outro sobre as políticas culturais em nível municipal, estadual e nacional, seguido de trabalhos em grupo para discussões propositivas. Terá a participação de pessoas com experiência prática e teórica na área que sejam referência dentro e fora do Estado. “O seminário vai instrumentalizar teoricamente o trabalho da comissão”, explica a presidente da Comissão, Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte.

Segundo proposta do coordenador do Curso de Artes Cênicas, Fábio Salvatti, os painéis específicos e trabalhos de grupo deverão girar em torno de interfaces como Cultura e Educação, Cultura e Comunidades, que considere a confluência das mídias e expressões artísticas própria da contemporaneidade. Em vez de fixar-se na divisão clássica e isolada das linguagens, o evento vai se desenvolver na perspectiva da transdisciplinaridade do Teatro, Cinema, Artes plásticas, Literatura, Arte digital etc. As representantes do Centro Tecnológico, Maristela Almeida e do Centro de Desporto, Vera Lúcia Amaral, reforçaram a necessidade de uma discussão conceitual sobre o tema cultura, que vai do erudito ao popular e passa também pela noção antropológica de cultura como todo modo de ser e de viver. O formato e a programação do evento serão definidos na próxima reunião da Comissão, marcada para a primeira quarta–feira de julho.

Composta por 27 membros, a comissão é integrada por lideranças do Diretório Central dos Estudantes, Associação dos Professores da UFSC, Sindicato dos Trabalhadores da UFSC e representantes do Campus de Florianópolis, dos Campi de Araranguá, Joinville e Curitibanos, indicados por sua base. Conforme o relato dos representantes dos Campi de Araranguá e de Joinville ficou patente a necessidade de descentralizar as atividades culturais para essas novas unidades e fomentar a realização de iniciativas próprias. Vários eventos culturais já programados devem ser estendidos para esses locais, bem como para o Centro de Ciências Agrárias, que fica no Itacorubi, para onde a SeCArte deverá levar o Projeto 12:30.

A segunda reunião foi marcada pela participação decisiva do DCE, que tem quatro representantes no Conselho e propôs o levantamento das atividades culturais já desenvolvidas na universidade pela SeCArte. A partir desse levantamento, que dará origem a um banco informatizado descentralizado e atualizável via on-line em sistema colaborativo, a comissão vai atuar para desenvolver e fortalecer as iniciativas culturais, promovendo parcerias e articulações entre as diferentes instâncias que a compõe.

“Queremos, com a comissão criar um espaço permanente de fomento à vida cultural na universidade e aos processos culturais que se irradiam para todo Estado”, destacou a secretária.

Os representantes destacaram a existência de três projetos do DCE vinculados à UFSC. Um deles é o UFSCtock, um festival musical, que na próxima edição, prevista para os dias 1 e 2 de outubro, passará a  integrar várias modalidades de artes para os dias 1 e 2 de outubro.  O outro é a mostra de cultura comunitária que começa no dia 19 de junho, com o objetivo trazer a cultura das comunidades para dentro da universidade. O terceiro projeto é a Calourada, evento que acontece em todo início de semestre desde 2009, incluindo na programação oficinas e festivais como o Grito do Rock.

Calendário unificado de cultura

Mês Algumas atividades previstas para este semestre
Junho FITA (Festival Internacional de Teatro de Animação – 12 a 19
Junho/julho FAM (Florianópolis Audiovisual do Mercosul– 24 de junho a 1 de julho
Julho Maça – II Mostra de Artes Cênicas – 1 a 8 de julho
Julho Lançamento do CD/DVD – I Festival de Música da UFSC – 13 de julho
Agosto II Festival de Música – 27 e 28
Agosto Lançamento da Coleção Repertório
Setembro Seminário de Cultura – 26 e 27
Outubro UFSTOCK – 1 e 2 de outubro
Novembro Semana Ousada de Artes – 21 a 25 de novembro
Novembro Projeto Shakespeare no Bosque
Dezembro Arte nas Fortalezas – Festival de Jazz nas Fortalezas

Assessoria de Comunicação da SeCArte

Raquel Wandelli

Colaboração: Marcela Borges

99110524 e 37219459

www.secarte.ufsc.br

Exposições culturais marcam o Dia de Portugal

07/06/2011 12:03

 


O povo português cultua os seus poetas mais do que as glórias militares e os conflitos bélicos. Por causa disso e porque a data de fundação do país é bastante controversa, os portugueses escolheram comemorar o Dia de Portugal em 10 de junho, data da morte de sua maior expressão literária, Luiz de Camões. Para marcar esse dia, o Núcleo de Estudos Açorianos e o Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina, ligados à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, realizam duas exposições: Os Portugueses da Ilha de Santa Catarina e Fortificações da Ilha de Santa Catarina.

As duas mostras abrem no próximo dia 10, no Museu Histórico de Santa Catarina, localizado junto ao Palácio Cruz e Sousa. Na primeira exposição, o fotógrafo Joi Cletison, coordenador do NEA, reúne 18 imagens no tamanho 80X100 cm, que mostram a presença portuguesa na Ilha de Santa Catarina. São fotos ampliadas em papel fotográfico brilhante que flagram vários aspectos do legado do povoamento português na arquitetura, na religiosidade, no folclore e no artesanato catarinenses.

Embora a cultura deixada pelos portugueses tenha incorporado outros elementos, mas conserva traços de autenticidade, explica Cletison, que atua como fotógrafo há mais de 25 anos e tem várias dezenas de exposições realizadas no Brasil e no exterior. A exposição destaca essa arquitetura luso-brasileira com suas técnicas construtivas e apresenta o artesanato com as rendas de bilro, cerâmica utilitária e tapeçaria. No folclore, mostra as danças folclóricas, os ternos de reis e na religiosidade, as festas de igreja e romarias.

A segunda exposição que comemora o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é composta por várias fotografias das fortalezas, trajes de época, réplicas de um canhão e maquetes das fortificações de São Jose da Ponta Grossa (Ilha de Santa Catarina/Praia do Forte), Santa Cruz (Ilha de Anhatomirim) e Santo Antonio (Ilha de Ratones Grande).  Com visitação de terça a sexta das 10 às 18 horas, a mostra é organizada pelo Projeto Fortalezas, que atua para promover o estudo, a preservação, a divulgação e a valorização das fortificações históricas da Baía Norte da Ilha, onde a UFSC administra três monumentos abertos à visitação pública que são verdadeiros museus ao ar livre.

O ano de 2011 é um marco histórico nessa luta pela preservação das fortalezas. A história comemora os 272 anos do início da construção do Sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina, idealizado pelo brigadeiro José da Silva (1739); 31 anos que a UFSC assumiu a tutela da primeira fortaleza, Santa Cruz de Anhatomirim (1979); 26 anos da abertura da Fortaleza de Anhatomirim à visitação pública (1984); 21 anos do início do Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina/UFSC (1989), que em parceria com o IPHAN e com o apoio da Fundação Banco do Brasil concluiu a restauração de Anhatomirim, e realizou a restauração completa das fortalezas de Ratones (1990) e São José Ponta Grossa (1991), que passaram também a ser administradas pela Universidade Federal.

Maiores Informações: telefone 48 3028.8090 ou 37218605 ou também via E mail joi@nea.ufsc.br

Fotos para divulgação: http://ftp.identidade.ufsc.br/Expo_OsPortugueses.zip

Raquel Wandelli: jornalista na SeCArte/UFSC

99110534 e 37219459

raquelwandelli@yahoo.com.br

www.secarte.ufsc.br

Exposição “Fortalezas da Ilha de Santa Catarina”

Local: Museu Histórico de Santa Catarina

Período: 10/06 a 10/07/2009

Terça a Sexta das 10 as 18 e Sábados e Domingos das 10 às 16 horas.

Promoção: Universidade Federal de santa Catarina/SECARTE

Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esportes/FCC

Fundação Catarinense de Cultura

Realização: Núcleo de Estudos Açorianos

Museu Histórico de Santa Catarina

Exposição “Fortalezas da Ilha de Santa Catarina”

LOCAL: Palácio Cruz e Sousa – Museu Histórico de Santa Catarina.
Praça XV de Novembro – Florianópolis/SC

DATA: 10/06 a 10/07/2011(3ª a 6ª feiras das 10 às 18h e nos sábados e domingos das 10 às 16 horas)

Maiores Informações: telefone  48 3721.8302 c/ Joi ou 3028.8090

Fotos para divulgação: http://ftp.identidade.ufsc.br/Fortalezas.zip

Para conhecer mais sobre essas fortificações mantidas pela UFSC, acesse na Internet o endereço: www.fortalezas.ufsc.br
Para conhecer sobre essas fortalezas e todas as demais fortificações da Ilha de Santa Catarina acesse na Internet o endereço: www.fortalezasmultimidia.com.br/santa_catarina

Promoção:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA/ Secretaria de Arte e Cultura

SECRETARIA DO ESTADO DE TURISMO, CULTUARA  E ESPORTES

FUNDAÇÃO CATARINENSE DE CULTURA

Realização:

Projeto Fortalezas da Ilha de Santa Catarina/UFSC

Museu Histórico de Santa Catarina

Apoio:
Agência de Comunicação da UFSC – AGECOM

Texto de apresentação da Exposição Os portugueses na Ilha de Santa Catarina:

 

“Nem tudo o que se vê em Florianópolis é português, mas de quase tudo o que é português se  veem e escutam traços e reminiscências na Ilha de Santa Catarina. Um exemplo está nas vivências religiosas: faltam algumas importantes devoções, mas duas das manifestações mais notáveis estão  presentes: a Festa do Divino Espírito Santo e a Procissão do Senhor  dos Passos. A fotografia de Joi Cletison exprime tão bem a presença  portuguesa que parece falar e mover-se, e em poucas imagens evidencia  até algumas diferenças: a arquitetura portuguesa comum das fortalezas,  igrejas e prédios públicos, e a particularidade dos sinais açorianos,  mais sutis, nas rendas, nas danças e nos ofícios manuais, culminando com as notas de atualidade que sobre esse fundo compõem esta pequena  sinfonia luso-brasileira.”

Profº João Lupi

Cônsul Honorário de Portugal em Florianópolis

 

 

Vencedor do Concurso Salim Miguel mistura história grande e miúda em Ao que minha vida veio…

17/05/2011 17:17

 

Em uma cerimônia marcada pelo encontro entre velhos e novos escritores catarinenses, a Secretaria de Cultura e Arte e a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina divulgaram na segunda-feira à noite o resultado do concurso Salim Miguel de Romance. Ao que minha vida veio, terceiro romance do poeta, contista, ensaísta, escritor, pesquisador e professor de literatura da UFSC Alckmar Santos, foi o vencedor. Das mãos do homenageado, o laureado Salim Miguel, de 87 anos, Alckmar, 52 anos, recebeu o primeiro cumprimento pela vitória, que agradeceu com uma mensagem literária de Michel Montaigne: “Um leitor competente com frequência descobre nos escritos dos outros belezas e perfeições que eles mesmos não colocaram ou de que não eram conscientes”. 

Mantido em sigilo absoluto até o instante da solenidade, o resultado foi divulgado pelo presidente da comissão julgadora, o professor de Literatura Carlos Eduardo Capella, que é também presidente do Conselho Editorial da EdUFSC e abriu o envelope onde constava apenas o nome da narrativa vencedora. Escolhido por unanimidade pelo júri formado pelos teóricos da literatura e professores Donaldo Schüller e Ana Luíza de Andrade, além do tradutor e ensaísta Marcelo Tápia, Alckmar concorreu entre outros 25 romances, entre eles autores já consagrados em Santa Catarina. Sua obra será publicada pela EdUFSC no próximo semeste, com tiragem estimada de 500 exemplares. 

O romancista eleito foi saudado pelo reitor Álvaro Prata, que perdeu o pai no final de semana mas fez questão de prestigiar o evento, o vice-reitor Carlos Alberto Justus, a pró-reitora de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges, o diretor da Editora da UFSC Sérgio Medeiros e uma torcida de alunos seus integrantes do Núcleo de Pesquisa em Informática, Linguística e Literatura (Nupill), do qual é fundador e coordenador. No ano passado o Nupill comemorou 15 anos como o maior banco virtual de textos literários do Brasil. Ao cumprimentá-lo, Salim, revelou que também sua carreira foi impulsionada por um prêmio literário.   

Apesar – ou além – da primeira formação em engenharia eletrônica pela Unicamp, em 1983, Alckmar Luiz dos Santos sempre atuou no campo das artes e da literatura. Mestre em Teoria Literária na Unicamp, é doutor em Etudes Littéraires, com orientação de Julia Kristeva, em Paris. Realizou um trabalho com Gilbertto Prado de poesia visual, com quem recebeu uma Menção especial, em 2000, no 7º Premio Nacional de Poesía Visual Joan Brossa. Em 2006, também na Espanha, num trabalho em equipe, coordenado por Francisco Marinho, ganhou o prêmio 2º Internacional “Ciutat de Vinaròs” de Literatura Digital na categoria de poesia digital, com a obra Palavrador

Em poesia, publicou Retrato e percurso, pela EdUFSC; Meu tipo inesquecível, pela Editora Athanor; o poema digital publicado pelo Itaú Cultural intitulado Dos desconcertos da vida, filosoficamente considerada. É Autor de Rios imprestáveis, obra que lhe rendeu a premiação na categoria poesia do 1º Prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira, da Revista Cult, que teve como júri o os poetas Cláudio Willer, Wally Salomão e Nelson Ascher, e de Circenses, publicado pela Sete Letras.  Inaugurou-se na prosa com o romance São Lourenço, publicado pela editora digital RBL. Escreveu também o volume de ensaios intitulado Leituras de nós; Ciberespaço e literatura, publicado pelo Itaú Cultural, e foi co-organizador da obra Caminhos cruzados; Informática e Literatura, publicado pela EDUFSC em 2005. Como organizador publicou ainda Lugares textuais do romance, resultado de colóquio que inaugurou o primeiro ano do doutorado em Literatura da UFSC, em 1997. Nascido em Silveiras, no interior de São Paulo, Alckmar fala nesta entrevista como misturou memórias que compõem o que chama de sua “vida miúda”, como o testemunho do suicídio de um garoto de 17 anos e as histórias do avô, com fatos históricos que perfazem a “vida grande”, como a Segunda Guerra Mundial, cruzando as linhas da vida nas linhas da literatura. 

  

1. Fale um pouco sobre o enredo, temática ou proposta do romance Ao que minha vida veio…:  

Meu primeiro romance, São Lourenço (cidade de Minas Gerais) nasceu de uma frase que eu me disse: “Se eu pudesse, eu voltaria a São Lourenço”. Inventei um personagem; para isso, inspirei-me um pouco na música de João Bosco, “As vitrines”, e comecei. Ao que minha vida veio… nasceu há dois anos de um fato muito estranho: eu estava em BH na casa de um amigo e ouvi um estrondo. Era um adolescente que tinha se jogado no vão do 12º andar. A primeira cena do livro descreve a imagem do corpo caindo de uma pessoa. A partir dessa cena inicial, comecei a pensar na minha história e na história da minha região. O ritmo desse romance, o vocabulário, as imagens, tem tudo a ver com Silveiras, minha cidade natal que aparece na narrativa. Ao escrever, procurei reencontrar minha mãe terra e o meu pai país natal, em uma metonímia da própria história vivida no romance por um personagem-narrador que empreende uma saga para reconstruir sua história e descobrir quem é seu pai e sua mãe, porque sabe que escondem isso dele. Em meio à ficção enredei conhecimentos de alquimia que estudei quando fiz minha dissertação de mestrado sobre Guimarães Rosa. A alquimia está já no jogo com o nome do romance e inclusive por trás dessa ideia do deus limitado, que cria o mundo, mas não sabe o que vai fazer dele, numa espécie de magia limitada. O protagonista é, então, alguém que tem uma capacidade mágica de saber quase tudo dos outros, mas não nada de si mesmo. Junto à tentativa do narrador de reconstrução de sua história pessoal, há o esforço de reconstrução de fatos da história do Brasil, de modo que os eventos individuais se entrelaçam com os eventos históricos e gerais. Por exemplo, há uma passagem do cometa Halley, contada pelo meu avô, que ficou muito espantado ao ver voar aquela bolona com rabo no céu. É um evento individual, mas se emaranha a casos importantes para a minha região, como a revolução de 1932, quanto trago a cena dos aviões cariocas das forças federais, que bombardeavam Silveiras e eram chamados de vermelhinhos pelos habitantes. É historia que ouço ainda hoje de minha mãe. Ninguém conhecia avião, mas todos sabiam que dele se jogavam bombas. A história perpassa a segunda guerra mundial, quando o personagem desiludido, vai, como voluntário da FEB, lutar na Itália e usa imagens que tenho de memória desde criança, de ouvir sobre pessoas que perderam amigos na guerra ou de jovens que regressaram loucos.  O romance passa pelo  suicídio de Getúlio, em 54 e segue sempre cruzando a história miúda com a história grande, que é uma forma de dizer que uma é tão importante quanto a outra. 

2. Há no romance algo da sua experiência com cibercultura ou com a linguagem hipertextual?  

A narrativa dá muito salto, vai e volta, temporalmente falando. Utilizo um único recurso tecnológico, para borrar a leitura de uma frase enigmática que o personagem lê. Ao lê-la, ele está emocionado, chora e as lágrimas borram a tinta. Pra simular esse efeito sobre o papel, escrevi a frase no fotoshop e fiz o efeito de água turvando essa imagem, de modo que o leitor não consegue ler, a menos que tenha conhecimento de magia e de alquimia e possa mais ou menos adivinhar. De fato, o narrador está escrevendo e chorando em cima dessas letras tempo todo, é uma constante ao longo de toda a narrativa. Ao lado desses recursos, fiz uma pesquisa danada, inclusive “de campo”. Empreendi uma viagem a essa região de Minas Gerais e São Paulo, pelo Google Maps, atrás do personagem e do contexto onde ele viveu, examinando estradinhas, nomes dos bairros, de cidades, para nominar tudo com exatidão. E também fiz uma pesquisa histórica para poder descrever a parte em que ele vai para a Segunda Guerra. Fiz questão de descobri o nome do navio que levou os pracinhas para a Itália, bem como as cidades por onde passaram, onde combateram e outros elementos históricos que aparecem no romance. 

3. Por que você preferiu o formato tradicional para este seu romance?  

A grande bobagem dos entusiastas das novidades tecnológicas é achar que estamos inventando um mundo novo a partir do nada; e a grande bobagem dos catastrofistas é achar que há um passado glorioso que não pode ser tocado (aquele sujeito que diz adorar cheiro de bolor dos sebos). O fato é que a cultura envelhece como a gente envelhece. Eu tenho todas as idades que eu já tive. Todas estão comigo, não abro mão de nenhum dia dos meus 52 anos de vida. A cultura tem que ser assim também: não podemos abrir mão de um grama da cultura dos assírios, babilônios, jônios, sumérios, mesopotâmicos, gregos, romanos, bizantinos, galego-portugueses etc. Abrir mão disso é abrir mão da humanidade. Para sermos contemporâneos, não podemos esquecer os passos anteriores da humanidade. Uma atual etapa da tecnologia incorpora todas as outras. É assim que, como disse, acho, a Fernanda Montenegro, cada ruga é uma medalha que eu ganhei na minha vida. Não quero  jogar fora. Da mesma forma, cada momento cultural da civilização é precioso. Agora estou estudando trovadorismo pra orientar a dissertação de um aluno, lendo coisas sobre Idade Média, filologia do latim ao português. E é claro que, mesmo indiretamente, isso pode ajudar na criação digital: se pensarmos, por exemplo, que Bacon, ao pintar um papa também pintado por Velásquez, mostra como este pode ser contemporâneo. O novo necessariamente incorpora o antigo, senão, não é novo, é só gaiatice. 

4. Mas seu primeiro romance foi publicado em meio digital…  

  

Sim, por uma editora de livros digitais, a RBL, do Luís Filipe Ribeiro, do Rio de Janeiro; mas foi em PDF. Não visava especificamente o meio eletrônico, mas, se coloco uma escrita verbal tradicional (que não tem porque ser jogada fora) na internet, posso usar vantagens das duas maneiras de publicar. 

5. Diz-se que dificilmente um autor se desenvolve plenamente em gêneros distintos. No seu caso, você faz poesia e prosa. Como é conciliar isso?  

O que faço no romance não é radicalmente distinto do que faço em poesia, nem pode ser. Escrevendo romance trabalho muito ritmo e uso artifícios da poesia. Tento pegar um ritmo de frase quando estou escrevendo e isso é tão importante quanto a história. Claro!, na minha poesia é um ritmo mais construído, mais de pedreiro que vai medindo, pesando, arquitetando. Na prosa, vai mais do modo como eu quero que seja ouvido aquilo que penso, é, digamos, uma fluidez com mais percalços, como rio cujo fluxo se agita com pedra no meio dele.  Quando escrevo romance, não planejo totalmente a história; nos poemas eu sempre penso na totalidade da obra, seja digital, seja em papel. Claro que muita coisa vai mudando. Nos três romances, eu saía navegando e não tinha ideia certa de aonde chegar. De um lado, gosto de brincar de me sentir um deus, de criar um universo, pessoas, relações entre elas, acontecimentos de toda ordem, mas começo com uma imagem, uma frase, daí associo um assunto e um problema de vida humana, mas não sei aonde vai acabar. O romancista constroi o mundo que ele quer com as relações que deseja. Porém, ignorando onde se vai chegar, ele fica como um deus muito mais grego que cristão, mais humano; assim, a gente fica mais próximo das pessoas, como as  que se criam na narrativa. 

6. O que significa ganhar o premio Salim Miguel Romance da sua universidade?  

  

Gosto muito do Salim como intelectual. Não é qualquer um que ganha o Juca Pato. Aqui, como Silveiras, eu conheço muito bem, há certo provincianismo que impede de ver quem está de perto. Quando estive na mostra Cem anos de Pintura brasileira, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, vi cinco quadros do Martinho de Haro e dois do Rodrigo de Haro. No entanto, aqui ninguém registrou esse fato. Vejo pessoas falarem do Salim lá fora, mas não o vejo receber o mesmo destaque aqui. Li Nur na escuridão e gostei muito. Então, ganhar um prêmio com o nome dele foi muita alegria e um estímulo. De outro lado, eu já fiz parte de júri de concurso e todos eles têm um pouco de lotérico. Este romance, por exemplo, já havia submetido a um ou dois concursos e deu em nada. Outra coisa: queria deixar registrado que o pseudônimo Nacer Adjas homenageia o nome de um grande amigo cabil (etnia argelina), um fotógrafo talentoso, sensível, que falava árabe, francês, português, foi casado com uma brasileira, era amante e profundo conhecedor do futebol brasileiro… acima de tudo, um artista sensível e um ser humano magnífico; ele morreu há 11 anos, de um câncer fulminante, pouco antes de que eu chegasse a Paris para visitá-lo com goiabada de presente e tudo. Ele faz falta não só a mim, mas a todas as pessoas. 

7. Você acumula várias funções: professor, pesquisador, coordenador do Nupill. Como você encontra espaço e concentração para escrever romance e poesia? Como é seu processo de criação?  

Você se esqueceu de dizer aí que não abro mão de cultivar o ócio, ver jogo de futebol… Como eu disse na divulgação do resultado, não é que eu tenho que escrever. O fato é que eu não conseguiria não escrever. É essencial para mim. É verdade que eu tenho um ritmo muito rápido. Acho que tenho um problema neurológico, congênito, faço tudo rápido demais. Sempre fui expulso de roda de samba em mesa de botequim porque adianto o canto, não consigo batucar e cantar ao mesmo tempo, tenho um ritmo rápido demais e descontrolado. E estou sempre querendo concluir uma obra para começar a próxima. O que eu procuro fazer é me organizar, fazer agenda e delegar competências. Planejando bem o tempo, a gente consegue fazer tudo, ou quase tudo. Na criação, percebo ou provoco o impulso inicial de escrever, planejo a realização dessa escrita e fico de modo disciplinado seguindo o esquema que faço. 

8. Você tem outras obras em andamento?  

Tenho seis obras concluídas. A atual, ainda sendo escrita, eu chamo de romance, mas é feita de versos rigorosamente medidos, com ritmo mais modulado em que os versos variam de tamanho, de melodia. É, na verdade, um poema narrativo, em seis episódios. O personagem está velho e a família espera que morra pra pegar a herança. Então ele tenta recuperar os anos e voltar ao começo da vida. E aí a história é uma tentativa desse personagem de recontar sua história para mudá-la. Também estou procurando um programador para concluir outra obra, Máquina de escancarar janelas: são poemas verbais acompanharão um dispositivo que bolei para o Windows, para gerar interferências dos poemas (sempre curtos) na leitura dos usuários, de modo a se mesclar ao que o leitor está lendo. Uma parte são hai kais alegres, como: “Copacabana: / a lua tricota a chuva / e brota um ikebana” e há parte mais dolorosas, em que falo da morte do meu pai.  Tenho ainda um livro de poemas digitais para ser lido em HTML que chamo de Pequeno jornal das notícias diárias desimportantes. Está pronto, falta acabar pouca coisa da programação. Mas minha decisão é colocar tudo que produzi em um sítio (site) na internet, que é o meio que garante muito mais a circulação e a leitura, do que o circuito da literatura em papel. 

Texto e entrevista: Raquel Wandelli 

Assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC                                                      

Alckmar Luiz dos Santos, autor premiado de Ao que minha vida veio

 

 

raquelwandelli@reitoria.ufsc.br 

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fones: 99110524 e 37219459

A Antropóloga estreia nesta sexta, 29, depois de uma pré-estreia de sucesso

28/04/2011 17:50

Obra que coloca em cena a magia e a cultura popular da gente açoriana, A Antropóloga estréia nesta sexta-feira (29), em todos os cinemas da Capital, com a torcida da UFSC, que deu suporte humano e logístico para trazer ao público a obra maior do cineasta catarinense e diretor do Departamento Artístico-Cultural, Zeca Nunes Pires Bruxos. Aplaudidíssimo pelo público e pela mídia na pré-estreia, Zeca Pires conta com uma boa repercussão do filme no Estado para projetá-lo para fora. A Antropóloga inscreve o universo mágico ilhéu na onda mística sem ceder às fórmulas fáceis do mercado. Com o cuidado científico de um antropólogo e a delicadeza poética de um cineasta, realiza um filme de mistério. Vencedora do Edital da Fundação Catarinense de Cultura de 2003, a obra preserva, pela ambiguidade e sutileza, o silêncio respeitoso pelo mundo inapreensível do sagrado.

Com apoio institucional da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, da RTP dos Açores, a consultoria a diversos departamentos de ensino da universidade e a participação de professores e alunos do Curso de Cinema no processo de filmagem, Zeca Pires levou nove anos para viabilizar financeiramente o segundo longa de sua carreira e chegar a essa síntese de tratamento artístico e antropológico da cultura popular. O respeito ao mistério tira A Antropóloga do lugar-comum das ficções que tratam o universo simbólico como espelho da realidade, onde as entidades sobrenaturais servem de mera caricaturas para a reencenação maniqueísta da luta entre o bem e o mal.

No enredo do longa, a protagonista Malu (Larissa Bracher), antropóloga açoriana, revive em clima de suspense os mistérios da cultura popular da Ilha. Através do olhar de Malu a Costa da Lagoa se transforma em cenário de experiências iniciáticas emocionantes, que revelam um mundo oculto do sagrado e da magia. O enredo de A Antropóloga é também uma homenagem às tradições populares de Florianópolis. A obra do artista plástico, historiador e pesquisador Franklin Cascaes, abrigada no Museu Universitário Osvaldo Rodrigues Cabral, inspira o eixo central da trama que envolve Malu em surpreendentes descobertas. Giba Assis Brasil, da Casa de Cinema de Porto Alegre assina a montagem, Silvia Beraldo responde pela criação da música original e Maria Emília de Azevedo a Produção Executiva. O roteiro foi criado por Tânia Lamarca e Sandra Nebelung, a partir de um argumento de Tabajara Ruas.

O enredo transita sutilmente entre a explicação científica para o desenlace dos fatos e a abertura para o campo do inexplicável, que abala o ceticismo cientificista inicial da pesquisadora portuguesa. Em seu trabalho de campo na Costa da Lagoa, Malu se depara com uma miríade de indícios e relatos de magia que acaba associando aos registros de Cascaes e ao drama da menina. Como o pai Adriano (Luige Cútulo), que apesar de médico recorre à magia para salvar a filha, o abismo da morte desinstala a cientista das convenções acadêmicas.

Mas o que faz do filme uma obra emblemática deste tempo e deste lugar onde continua a se proliferar o imaginário místico de herança celta-açoriana é a forma como atualiza enigmas milenares. A religiosidade ilhoa, que já é um amálgama de crenças pagãs com teologias de diferentes origens, é mergulhada no sincretismo contemporâneo que entrecruza catolicismo, espiritismo, umbanda, mesa branca, magia, xamanismo, protestantismo. Enquanto a mística Ritinha tenta curar Carolina do embruxamento, um grupo de adolescentes com tendências góticas aporta na Ilha atrás das convenções bruxólicas.

Na atualização da lenda, seria fácil escorregar para uma caricatura da cidade vendendo a imagem sedutora da paradisíaca Ilha das Bruxas. Mas Zeca preferiu o filtro diáfano das nuvens em um dia de pouca luz para dar visibilidade ao mistério da sua terra. Além da curiosidade cultural e do espírito de pesquisador que circundam a obra, dois outros recursos concorrem para produzir esse cuidado. Em primeiro lugar, a direção fotográfica, de Charles Cesconetto, foge ao clichê das imagens publicitárias e anestesiantes das belezas turísticas.

A câmera adentra o interior das matas litorâneas, revelando o sertão do mar, menos colorido, mas não menos fascinante. “Optamos por uma dessaturização da cor para produzir um efeito quase monocromático das imagens e fazer o público se concentrar na narrativa”, conta Zeca. Com um orçamento de R$ 1 milhão e 600 mil, baixo para os padrões brasileiros, Zeca economizou a viagem para Açores produzindo a terra da pesquisadora na própria Ilha de Santa Catarina. O filme contou com o patrocínio da Petrobrás, Ancine, Fábio Perini, Tractebel Energia, Banco Bonsucesso, Eletrosul, Celesc, Fundação Badesc, Furnas, Angeloni e RBS. A distribuição é da Imagem Filmes, que preferiu adiar a estreia prevista para 8 de abril para não coincidir com outro lançamento nacional.

O segundo recurso inovador é a intercalação da linguagem de documentário com a linguagem de ficção. Durante nove meses antes de iniciar as filmagens propriamente ditas, Zeca, que tem formação de documentarista e diversos títulos do gênero em sua filmografia, morou na Costa da Lagoa para preparar o cenário do filme e acabou aproveitando na trama as cenas documentais. Em seu trabalho de campo, a pesquisadora entrevista estudiosos da cultura local, como Gelci Coelho, o Peninha, herdeiro do patrimônio intelectual de Cascaes, e Alésio dos Passos Santos, que foi seu guia nas expedições pelo interior da Ilha. E entrevista principalmente pescadores, moradores das comunidades, curandeiras, benzedeiras muito idosas (uma delas já faleceu), enfim, esses habitantes que se escondem atrás das faixas de areia e encantam o filme com sua ingênua malinagem.

Como as inserções dos entrevistados são integradas ao contexto da narrativa e a entrevistadora é também a protagonista da história, a solução acaba por derrubar as fronteiras entre documentário e ficção, assim como o discurso da ciência e da cultura popular ficam no mesmo plano da poética da linguagem.

Raquel Wandelli, assessora de Comunicação da SeCArte/UFSC

raquelwandelli@yahoo.com.br

raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

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Abrem quarta inscrições para o II Festival de Música da UFSC

18/04/2011 13:54

Festival de Música da UFSC - Edição 2010

O Festival de Música da UFSC “colou” em Florianópolis e vai para a sua segunda edição. Abrem no dia 20 (quarta-feira) e vão até o dia 31 de maio as inscrições para o evento, promovido pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) e Departamento Artístico-Cultural da UFSC. Como na primeira edição, 20 composições serão selecionadas entre os inscritos e apresentadas ao público em dois grandes shows nos dias 27 e 28 de agosto, no horário das 18 às 22 horas, na Praça da Cidadania. Os músicos vencedores receberão troféu e terão suas composições gravadas em um CD e DVD.

Primeiro festival de música desde a década de 80, o evento é aberto à participação de estudantes universitários, professores e servidores técnico-administrativos dos Campi de Florianópolis, Curitibanos, Joinville e Araranguá. Também podem participar compositores, músicos, intérpretes e comunidade em geral da grande Florianópolis.  A comissão de organização decidiu manter o caráter regional da mostra ainda este ano, com a perspectiva de estadualizar o evento a partir do próximo. “Pretendemos aperfeiçoar e ampliar o festival cada vez mais para que seja um laboratório referencial no Estado de experimentação e produção de música”, salienta Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte.

Presidida pelo músico Marco Valente, coordenador do Projeto 12:30, do Departamento Artístico-Cultural, a Comissão de Organização já está se reunindo para preparar o evento, cujo caráter não-competitivo foi muito elogiado pelo público. “O objetivo do festival é incentivar a pesquisa e a produção musical com excelência”, lembra Valente. Cada proponente poderá inscrever até três músicas de composição própria, sem nenhuma restrição de estilo. Dentre as três apenas uma será selecionada e vai ao palco do festival. A seleção ocorrerá de 1 a 17 de junho. Para fazer a inscrição é preciso entregar preenchido o formulário que se encontra disponível para download no site www.secarte.ufsc.br; um CD contendo a gravação de até três composições. Neste site serão divulgados os nomes dos eleitos pela comissão de seleção.

Nos dias da mostra, a apresentação dos grupos escolhidos será encerrada pelo show de duas bandas consagradas de Florianópolis: no dia 27, a banda John Bala Jones (pop) e no dia 28, o Grupo Engenho (rock regional que fez muito sucesso nos anos 70 e 80). Valente aposta na qualidade e ousadia estética, pontos marcantes da edição anterior, que teve saldo de público de 15 mil pessoas. Um mês antes da realização do II Festival, a SeCArte e o DAC farão um show de lançamento e distribuição para as bandas participantes do Cd e DVD que está sendo concluído com a gravação do primeiro evento.

O material de inscrição deve ser entregue no horário das 14 às 18 horas, na SeCarte, que fica no prédio da Editora – 2º andar ou pelo endereço: Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, Prédio da Editora Universitária, 2° andar, Florianópolis, SC, CEP: 88040970. E-mail para contato: festivaldemusica@reitoria.ufsc.br.

Raquel Wandelli (jornalista, SeCArte)

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