UFSC divulga resultado da seleção do Bolsa Cultura

21/10/2011 15:45

Um total de 70 alunos de graduação vinculados a projetos de arte e cultura na UFSC será beneficiado pela bolsa a partir de novembro pelo período de um ano. Iniciativa da SeCArte vai impulsionar vida cultural na universidade

O resultado do edital da Bolsa Cultura, que vai incrementar a vida cultural dos campi da UFSC com o investimento em 39 projetos culturais, foi divulgado na quinta, 20, pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC. Grafite e poesia eletrônica, inclusão digital, oficinas estéticas com jovens da cidade, teatro, capoeira, acervo fotográfico, orquestra, memória histórica e cultural, folclore, dança afro, webrádio: são projetos de extensão nas mais diversas áreas e linguagens da cultura que a partir de novembro passam a receber reforço humano com a concessão de 70 bolsas a estudantes de graduação integrados no seu desenvolvimento.

O Bolsa Cultura faz parte do Programa de Bolsas de Extensão vinculada às Ações de Arte e Cultura (BEAC), que têm como objetivo impulsionar a produção cultural na UFSC. Do total de  projetos inscritos por seus professores coordenadores, 39 foram selecionados para receber de uma a duas bolsas destinadas aos alunos extensionistas. No valor mensal de R$ 420,00 as bolsas serão concedias pelo período de um ano, que vai de novembro de 2011 a outubro de 2012. Somente puderam pleitear o Bolsa Cultura docentes do quadro de pessoal permanente da universidade, no efetivo exercício de suas atividades e que sejam coordenadores de projetos de cultura devidamente cadastrados no Sistema de Registro de Ações de Extensão (SIRAEx/FormulárioNotes).

Os estudantes beneficiados apresentam índice de aproveitamento acumulado (IAA) igual ou superior a 6,0 (exceto calouros), como forma de premiar o bom desempenho acadêmico. Eles vão cumprir 20 horas semanais para dedicação ao projeto como atividade não obrigatória no currículo. A secretária de Cultura e Arte da UFSC Maria de Lourdes alerta ainda que o pagamento mensal do bolsista estará condicionado à frequência do aluno. Uma comissão designada pela SeCArte selecionou e classificou os projetos candidatos por ordem de prioridade segundo os critérios de avaliação previstos no edital: evidência de que a atividade proposta é prioritariamente uma ação de Cultura e/ou Arte; característica inovadora; viabilidade do projeto e do cronograma de trabalho; participação de alunos e experiência do coordenador no desenvolvimento de ações de cultura e arte. As bolsas só serão liberadas após a assinatura do Termo de Compromisso e da entrega de documentos relacionados napágina da SeCArte.

O Programa de Bolsas de Extensão foi estabelecido pela Resolução Normativa nº 09 do Conselho Universitário de 7 de dezembro de 2010, republicada com alterações em 26 de abril deste ano. Seu objetivo é incentivar a participação de estudantes de graduação da UFSC no processo de criação artístico-cultural e nos projetos de Cultura e Arte desenvolvidos pela instituição, bem como proporcionar o envolvimento de estudantes, servidores técnicos administrativos e professores em atividades artístico-culturais. “Com a seleção dos bolsistas, a UFSC está dando mais um grande passo para colocar a cultura ao lado da ciência como dimensões indissociáveis do processo de ensino, pesquisa e extensão”, afirma a secretária Maria de Lourdes Borges.

PROJETO COORDENADOR CENTRO BOLSAS CONCEDIDAS
ENTRE-IMAGENS AGLAIR MARIA BERNARDO CCE – UFSC 2
CINEMA E DIREITO AIRTON LISLE CERQUEIRA LEITE SEELAENDER CCJ – UFSC 2
CRIAÇÃO POÉTICO-DIGITAL ALCKMAR LUIZ DOS SANTOS CCE – UFSC 2
ARTE NO MURO ALESSANDRA MARA ROTTA DE OLIVEIRA CED – UFSC 2
ARTE/URBE II: OFICINAS ESTÉTICAS COM JOVENS DA/NA CIDADE ANDREA VIEIRA ZANELLA CFH – UFSC 2
SANTA AFRO CATARINA BEATRIZ GALLOTTI MAMIGONIAN CFH – UFSC 2
TREINAMENTO DA EQUIPE DE RUGBY MASCULINO DA UFSC CARLOS LUIZ CARDOSO CDS – UFSC 1
GALERIA DA PONTE E MOSTRA DE DOCUMENTÁRIOS CARMEN SILVA RIAL CFH – UFSC 2
CINE PAREDÃO CLÉLIA Mª  LIMA DE MELLO E CAMPIGOTTO CCE – UFSC 2
FESTIVAL UFSCTOCK ELOISE HELENA L. DELLAGNELO CSE-UFSC 2
TOTEM DIGITAL EUGÊNIO SIMÃO CAMPUS ARARANGUÁ 2
DARWIN FÁBIO GUILHERME SALVATTI CCE – UFSC 2
CAPOEIRA DA ILHA: NA VOLTA QUE O MUNDO DÁ FABIO MACHADO PINTO CED – UFSC 2
ESPAÇO ESTÉTICO CA/UFSC FABIOLA CIRIMBELLI BÚRIGO COSTA COLÉGIO APLICAÇÃO 1
CRIATIVIDADE DIGITAL E INCLUSÃO CULTURAL GIOVANI MENDONÇA LUNARDI CAMPUS ARARANGUÁ 2
IMAGENS DA MUDANÇA – VISIBILIDADE PARA O ACERVO FOTOGRÁFICO DO TMT – UFSC JACQUES MICK CFH – UFSC 2
CINECLUBE ROGERIO SGANZERLA JAIR TADEU DA FONSECA CCE – UFSC 2
MONTAGEM E APRESENTAÇÃO DA PEÇA TEATRAL “IEMANJÁ” JANAINA TRASEL MARTINS CCE – UFSC 2
SCAM: GRUPO DE RECRIAÇÃO HISTÓRICA E CULTURAL JOÃO KLUG CFH – UFSC 2
CONJUNTURA ECONÔMICA E GEOPOLÍTICA INTERNACIONAL JOSÉ ANTÔNIO MARTINS CSE-UFSC 2
ORQUESTRA ELETROACÚSTICA DA UFSC JOSÉ CLÁUDIO SIQUEIRA CASTANHEIRA CCE – UFSC 1
PUNCTUM: CINEMA E PENSAMENTO LUIZ FELIPE GUIMARÃES SOARES CCE – UFSC 2
PROGRAMA DE WEB RÁDIO: “PAPO CULTURAL” MÁRCIO VIEIRA DE SOUZA CAMPUS ARARANGUÁ 2
GRUPO DE PESQUISA EM DANÇA E MUSICA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA ABAYOMI MARCOS EDUARDO ROCHA LIMA CFH – UFSC 2
TEATRO DE ANIMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL MARIA DE FÁTIMA DE SOUZA MORETTI CCE-UFSC 2
MÚSICA E CULTURA MARIA EUGENIA DOMINGUEZ CFH – UFSC 2
CINEWEBCAFÉ: ARTE E CULTURA COMO DIÁLOGO ENTRE CIÊNCIA E ÉTICA MAURÍCIO GIRARDI CAMPUS ARARANGUÁ 2
CAPTAÇÃO DE RECURSOS VIA RENÚNCIA FISCAL – PESSOA FÍSICA MAURO EDUARDO POMMER CCE – UFSC 1
DIGITALIZAÇÃO DO ACERVO DO ARQUIVO HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE ARARANGUÁ PAULO CESAR LEITE ESTEVES CAMPUS ARARANGUÁ 2
OFICINA DE DRAMATURGIA 1 PAULO RICARDO BERTON CCE – UFSC 1
MAPEAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO E EXIBIÇÃO DE CINEMA BRASILEIRO INDEPENDENTE EM SANTA CATARINA RANULFO A. MANEVY DE PEREIRA MENDES CCE – UFSC 2
VIDEO DOCUMENTÁRIO: BOI-DE-MAMÃO RICARDO ALEXANDRE R. DE MORAES CAMPUS ARARANGUÁ 2
A MANDRÁGORA: TEATRO E POLÍTICA COMO INSTRUMENTO DE FORMAÇÃO CULTURAL RICARDO GASPAR MULLER CFH – UFSC 2
CURSO DE HISTÓRIA DA ARTE ABERTO À COMUNIDADE RODRIGO ALMEIDA BASTOS CTC – UFSC 1
A ARTE NA UFSC: MAPEAMENTO E DIAGNÓSTICO ROSANA ANDRADE DIAS DO NASCIMENTO CCE – UFSC 2
ARTE E CULTURA NO ENTRELAÇAMENTO TÉCNOLÓGICO: IDENTIFICAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO ARTISTA ANÔNIMO NA REGIÃO DA AMESC E AMREC SÉRGIO PETERS CAMPUS ARARANGUÁ 2
O DICIONÁRIO DE MÚSICA POPULAR AFRO-LATINO-AMERICANA SUSAN APARECIDA DE OLIVEIRA CCE – UFSC 2
HUMANIZARTE WALTER FERREIRA DE OLIVEIRA CCS – UFSC 1
TERAPEUTAS DA ALEGRIA WALTER FERREIRA DE OLIVEIRA CCS – UFSC 1

TOTAL DE BOLSAS CONCEDIDAS = 70

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Seminário encerra hoje com subsídios para Plano de Cultura da UFSC

27/09/2011 15:22

Um debate com teóricos e gestores de instituições públicas e não governamentais sobre Cultura e Universidade encerra hoje (27), às 22 horas, o I Seminário de Cultura e Arte da UFSC, que reúne integrantes de todos os centros de ensino e entidades representativas dos estudantes, funcionários e professores na discussão de uma política cultural para a universidade. Promovido pela Secretaria de Cultura e Arte e Comissão Permanente de Cultura da UFSC, o seminário abriu ontem no Centro de Cultura e Eventos com um diagnóstico das atividades culturais desenvolvidas hoje dentro da UFSC, considerando as demandas e dificuldades. À noite um debate sobre a relação da UFSC com a gestão da cultura no país, estado e município reuniu na mesma mesa o vice-reitor Carlos Alberto Justo (Paraná), o coordenador-Geral de Acompanhamentos de Política Cultural Rafael Pereira Oliveira, representando o Ministério da Cultura, o presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Joceli de Souza e o presidente da Fundação Franklin Cascaes, Rodolfo Pinto da Luz, representando o município, para discutir propostas de integração das ações culturais.

O evento recomeça hoje (27), às 14 horas, com a divisão dos participantes por grupos de trabalho em torno de cinco temas: Financiamentos dos Projetos Culturais; Discussão dos Espaços Culturais da UFSC; Comunidade, Arte e Cultura; Educação, Arte e Cultura; Tecnologia, Arte e Cultura. As propostas elaboradas pelos grupos serão apresentadas às 17 horas, em plenária, de modo a resultar em um documento conclusivo que vai dar subsídios para que a Comissão Permanente elabore um Plano de Ação em longo prazo para a área. A secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges convida todos os integrantes da UFSC sensíveis à questão da cultura a se integrarem aos grupos, que vão pensar de que maneira a cultura pode ser fomentada, disseminada, divulgada, quais os mecanismos já existem e quais devemos ser criados ou reforçados para que a UFSC seja de fato um órgão promotor de cultura em Florianópolis e no Estado.

Com início às 19 horas, nas salas “Bosque da Ilha”, do Centreven, o painel de encerramento abordará o papel da universidade como fomentadora de cultura. Participam especialistas com pesquisa teórica sobre o tema e atuação prática institucional, como Alfredo Manevi (CCE UFSC), que foi secretário geral do Ministério de Cultura do governo Lula e hoje é professor do Curso de Cinema da UFSC; Cláudio Prado (do Laboratório Brasileiro de Tecnologia Digital) e Atílio Alencar de Moura Corrêa (do Circuito Fora do Eixo). “O seminário é um instrumento decisivo para que a cultura ganhe status na UFSC e passe a ser cada vez mais encarada por todos como processo acadêmico de ensino pesquisa e extensão integrante da vida cotidiana da universidade”, avalia o coordenador do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Fábio Salvatti, que integra a Comissão Permanente de Cultura.

Como a universidade pública pode impulsionar a cultura no âmbito da sua comunidade, cidade, Estado ou País? A questão norteou o debate de ontem à noite com os gestores culturais em nível nacional, estadual e municipal que foram interpelados pelos participantes, entre eles integrantes de diversas categorias artísticas, como a cineasta Cláudia Cárdenas, da recém-formada Federação Catarinense de Cineclubistas, a diretora de teatro Carmen Fossari, os estudantes que encabeçam o movimento Cardume Cultural, que promove o Ufstock e diversos membros do Conselho Estadual de Cultura. Os gestores apresentaram um relatório das ações que estão desenvolvendo na área a curto e médio prazo e discutiram propostas de parcerias com a universidade.

Em sua exposição, Rafael Pereira apresentou as metas para os próximos dez anos do Plano Nacional de Cultura do Minc, que prevê a adesão de estados, municípios e instituições públicas. Até o dia 20 de outubro está aberto o prazo para envio de projetos pela sociedade. Uma das metas previstas é que até 2020 o número de cursos superiores na área de artes oferecidos no País seja dobrado. “Foi uma discussão de fundamental importância para compreendermos o ponto de articulação entre a política cultural da UFSC, a política nacional, estadual e municipal da área”, avaliou a secretária Maria de Lourdes, que coordenou a mesa.

Instalada em 8 de junho pelo reitor Álvaro Prata, a Comissão Permanente de Cultura é um órgão de representação democrático composto por 27 representantes indicados por suas bases com a função de acompanhar, compartilhar e fomentar as ações na área. Além da realização do seminário, a comissão já tem como principal resultado as articulações entre seus membros para que diversas atividades culturais centralizadas hoje no Campus de Florianópolis sejam levadas para os novos campi em Araranguá, Joinville e Joaçaba. Já começam a movimentar a vida dessas cidades apresentações da peça Setembro, montagem da primeira turma de formandos do Curso de Artes Cênicas da UFSC; do longa-metragem A Antropóloga, de Zeca Nunes Pires e do Dia da Dança, organizado pela professora Janaína Martins, além de outras iniciativas na área de música, teatro e literatura.

Assessoria de Comunicação da SeCArte

Raquel Wandelli

Colaborou: Matheus Moreira Moraes

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Último final de semana para ver Setembro

23/09/2011 11:09
Primeira grande montagem do Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Catarina, Setembro é uma tentativa de compreender no espaço da arte as consequências do acontecimento que impactou a vida no Planeta: a explosão das Torres Gêmeas e a política antiterrorismo que se instaurou depois do ataque. A peça permanecerá em cartaz somente neste final de semana, de sexta a domingo, sempre às 20 horas, no Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha. Sustenta-se na ideia de que a arte pode ajudar a compreender o que ocorreu à humanidade depois do 11 de Setembro e que o sentido da guerra não está no momento da explosão, mas na espessa nuvem de poeira da biopolítica que pairou sobre o mundo depois de as torres desabarem.

http://www.flickr.com/photos/artescenicasufsc/sets/72157627073619840/

Seminário discute ações para impulsionar política cultural

23/09/2011 11:02

Como a universidade pública pode impulsionar a cultura no âmbito da sua comunidade, cidade, Estado ou País? Essa e outras questões relacionadas à política cultural universitária serão debatidas nos dias 26 e 27, no Centro de Cultura e Eventos, durante o I Seminário de Cultura da Universidade Federal de Santa Catarina, que vai reunir representantes de todos os centros de ensino, entidades representativas e gestores culturais em nível nacional, estadual e municipal. Realizado pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e Comissão Permanente de Cultura, o Seminário vai dar subsídios para a elaboração de um plano institucional de fomento ao setor.

A secretária de Cultura e Arte, Maria de Lourdes Borges, convida a participarem do seminário todos os professores, estudantes e funcionários da UFSC que compreendem a importância da cultura e da arte caminharem integradas à ciência em uma universidade. O evento abre na segunda-feira (26) nas salas do Bosque da Ilha com o painel “A cultura na UFSC”. Participam integrantes da SeCArte, Apufsc, Sintufsc, Centros de Ensino, Diretório Central dos Estudantes e Comissão Permanente de Cultura, órgão de representação democrática instalado no dia 8 de junho pela Secretaria para fomentar as ações na área. Das 14h30 às 17h30, os seminaristas farão um diagnóstico do que se realiza de política cultural hoje na UFSC e o que se entente como cultura dentro da universidade.

Na noite do dia 26, às 18 horas, a discussão se amplia a partir da realização do debate sobre Culturas Públicas, que terá o pronunciamento do Ministério da Cultura, Fundação Catarinense de Cultura e Fundação Franklin Cascaes. “Vamos fazer uma discussão de fundamental importância para compreendermos o ponto de articulação entre a política cultural da UFSC, a política nacional, estadual e municipal da área”, salienta a secretária. Pelo Ministério da Cultura virá o coordenador-Geral de Acompanhamentos de Política Cultural Rafael Pereira Oliveira; o Governo do Estado será representado pelo presidente da FCC Joceli de Souza e o presidente da Fundação Franklin Cascaes e secretário da Educação de Florianópolis Rodolfo Joaquim Pinto da Luz falará pelo município.
Na terça-feira (27), o seminário prossegue com a realização dos Grupos de Trabalho das 14 às 16 horas sobre cinco temas mais emergentes: Financiamentos dos Projetos Culturais; Discussão dos Espaços Culturais da UFSC; Comunidade, Arte e Cultura; Educação, Arte e Cultura; Tecnologia, Arte e Cultura. As propostas elaboradas pelos grupos serão apresentadas às 17 horas, em Plenária. “Vamos pensar de que maneira a cultura pode ser fomentada, disseminada, divulgada, quais os mecanismos já temos e quais devemos criar para que UFSC seja de fato um espaço promotor de cultura em Florianópolis e no Estado”, explica o coordenador do Curso de Artes Cênicas da UFSC, Fábio Salvatti, que integra a Comissão Permanente de Cultura.
Assessoria de Comunicação da SeCArte

O evento encerra na noite do dia 27, com um debate das 19 às 22 horas sobre Cultura e Universidade, em que se abordará o conceito da universidade como fomentadora de cultura. Participam especialistas com pesquisa teórica sobre o tema e atuação prática institucional: Alfredo Manevi (CCE UFSC), que foi secretário geral do Ministério de Cultura do governo Lula e hoje é professor do Curso de Cinema da UFSC; Cláudio Prado (do Laboratório Brasileiro de Tecnologia Digital) e Atílio Alencar de Moura Corrêa (do Circuito Fora do Eixo). A ideia é que na conclusão do seminário a Comissão de Cultura esteja plenamente subsidiada para pensar em um plano de Ação mais permanente para a UFSC. “Para que cultura não seja refém de ações muito temporárias e que seja encarada como processo acadêmico de ensino pesquisa e extensão integrante da pratica diária da universidade”, complementa a secretária.

Raquel Wandelli 9911-0524 e 3721-9459

raquelwandelli@yahoo.com.br

Performance celebra chegada da primavera

23/09/2011 10:51
A chegada da primavera será celebrada na Universidade Federal de Santa Catarina com uma performance artística ao ar livre que mistura diversas formas de expressão em saudação aos deuses da natureza. O recital de poesias, música clássica e dança contemporânea ocorrerá na sexta-feira, 23 de setembro, ao meio dia, na concha acústica do campus universitário da UFSC. Desenvolvida com a participação de vários alunos e profissionais de arte, a apresentação multiartística faz parte da pesquisa sobre performances de Betinho Chaves, da última fase do curso de Artes Cênicas.Dedicado ao deus grego da fertilidade e da colheita, Príapo, filho de Afrodite e Dionísio, o ato deverá ter duas horas de duração. ”Ó Primavera adorada,/ Inspiradora de amores/ Ó Primavera idolatrada,/Sublime estação das flores”, diz a ode que será declamada, ao som de canções de Villa-Lobos interpretada por Renata Oliveira ao violoncelo. Fará parceria com Herlene Mattos, também no violoncelo, na execução de músicas do compositor norte-americano Phillip Glass. 
Betinho participará de danças alusivas à mudança de estação com Renata e Guilherme Oliveira, Tainá Orsi e Thierry Motta. Seu corpo será coberto por ilustrações inspiradas nas obras do pintor Alex Grey em um trabalho de body-painting a ser realizado por Tainá Orsi. “Vamos cantar a vitória das pétalas sobre os espinhos, do amor sobre a dor, do arco-íris emanando aos humanos bichinhos a força das cores, dos aromas e das flores”, anuncia o performista.

 
 

 
 

Assessoria de Comunicação da SeCArte

Matheus Moraes Moreira (estagiário de Jornalismo na SeCArte)

Contatos:

A Antropóloga disputa vaga brasileira no Oscar

13/09/2011 15:03

Bruxas, curandeiras e a cultura popular de Florianópolis podem parar na maior festa do cinema mundial, em Los Angeles. A Antropóloga, filme catarinense de maior repercussão de todos os tempos, está entre os 15 finalistas brasileiros inscritos para representar o país na disputa por uma vaga entre os indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2012. O longa do cineasta Zeca Pires, diretor do Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC, estreou em abril nos cinemas da Capital e atualmente está em exibição no Beiramar Shopping.  O anúncio do filme selecionado está marcado para o dia 20.

É a primeira vez que uma produção catarinense fica entre as finalistas para representar o Brasil no maior prêmio do cinema mundial.

Além de A Antropóloga, na lista divulgada na tarde desta segunda-feira (12) pelo Ministério da Cultura estão filmes como As mães de Chico Xavier, de Glauber Filho e Halder Gomes, Assalto ao Banco Central, de Marcos Paulo, e Tropa de Elite 2, de José Padilha.

Veja  os horários de A Antropóloga no Beiramar Shopping: http://www.shoppingbeiramar.com.br/index.asp?dep=48

A Antropóloga

No enredo do longa, a protagonista Malu (Larissa Bracher), antropóloga açoriana, revive em clima de suspense os mistérios da cultura popular da Ilha. Através do olhar de Malu, a Costa da Lagoa se transforma em cenário de experiências iniciáticas emocionantes, que revelam um mundo oculto do sagrado e da magia. O enredo de A Antropóloga é também uma homenagem às tradições populares de Florianópolis.

A obra do artista plástico, historiador e pesquisador Franklin Cascaes, abrigada no Museu Universitário Osvaldo Rodrigues Cabral, inspira o eixo central da trama que envolve Malu em surpreendentes descobertas. Giba Assis Brasil, da Casa de Cinema de Porto Alegre assina a montagem, Silvia Beraldo responde pela criação da música original e Maria Emília de Azevedo a Produção Executiva. O roteiro foi criado por Tânia Lamarca e Sandra Nebelung, a partir de um argumento de Tabajara Ruas.

Confira a lista dos longas inscritos:

“A Antropóloga”, de Zeca Nunes Pires
“As mães de Chico Xavier”, de Glauber Filho e Halder Gomes
“Assalto ao Banco Central”, de Marcos Paulo
“Bruna Surfistinha”, de Marcus Baldini
“Estamos Juntos”, de Toni Venturi
“Família Vende Tudo”, de Alain Fresnot
“Federal”, de Erik de Castro
“Filme Vips”, de Toniko Melo
“Histórias Reais de um Mentiroso VIPS”, de Mariana Caltabiano
“Lope”, de Andrucha Waddington
“Malu de Bicicleta”, de Flávio Ramos Tambellini
“Mulatas! Um Tufão nos Quadris”, de Walmor Pamplona
“Quebrando o Tabu”, de Fernando Grostein Andrade
“Trabalhar Cansa”, de Juliana Rojas e Marco Dutra
“Tropa de Elite 2”, de José Padilha

Fonte: Rafael Gomes – Acadêmico de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do Departamento Artístico Cultural (DAC): SECARTE: UFSC


Rafael Gomes
Jornalismo – UFSC
DAC – Departamento Artístico Cultural

(48)9910-2924

Últimos dias para visitar Feira de livros da Editora da UFSC

06/09/2011 16:37

Estudantes, professores, funcionários e pessoas da comunidade em geral têm só até sexta-feira para aproveitar os livros de qualidade com preços vantajosos que a Feira de Livros da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina e Liga de Editoras Universitárias está oferecendo. Prorrogada em uma semana, a Feira, prossegue até o dia 9 de setembro, em horário estendido, das 9 às 20 horas, na Praça da Cidadania da UFSC. Em um pavilhão coberto e protegido da chuva, a Feira está oferecendo uma diversidade de 800 títulos e dez mil exemplares com descontos de 50 a 70%, entre lançamentos e livros do acervo da EdUFSC e das melhores editoras universitárias do País, que incluem obras de uso didático, ciência, poesia, ficção e ensaio.

Aberta aos alunos, professores, funcionários e leitores em geral, a feira também está comercializando os últimos livros publicados pelas universidades integrantes da Liga de Editoras Universitárias (LEU), que incluem a USP, Unicamp, UFMG, UFPA e UFSP. “Graças a essa parceria, iniciada na Feira da abertura do primeiro semestre, a EdUFSC está oferecendo à comunidade interna e externa os melhores títulos publicados no meio científico e acadêmico do País, todos igualmente com desconto”, pontua o diretor geral. Um dos exemplos é a belíssima edição comentada, ilustrada e em capa dura que a Editora da Unicamp lançou de A Divina Comédia, de Dante Alighieri, com desenhos de Sandro Botticelli. Outros exemplos são Economia da Inovação, de Chris Freemann, também da Unicamp, e Física 1 – Mecânica, da Edusp.

Como em todas as feiras de volta às aulas, os livros da Série Didática da EduFSC lideram as vendas, com Estatísticas Aplicadas às Ciências Sociais e Anatomia Sistêmica em primeiríssimo lugar, segundo Arminda Maria Mota, responsável pela feira.  Entre os títulos de maior saída estão os lançamentos Mamãe África, cheguei ao Brasil, que fala sobre os direitos das crianças e adolescentes sob a perspectiva da igualdade racial e As relações entre a União Europeia, de Karine de Souza Silva.  Outros campeões são os também lançamentos O Pinheiro Brasileiro, de João Rodrigues Mattos; Escritos de véspera, de Luiz Costa Lima e as reedições de Negerplastik/Escultura Negra, de Carl Eisntein e Últimos Sonetos, de Cruz e Sousa.

Durante a Feira, a EdUFSC lançou quatro novas coleções nas áreas de arquitetura, direito, artes visuais e obras de formação. Fazem parte desses lançamentos a coleção “Visuais”, com a colossal obra Negerplastik/Escultura Negra, de Carl Einstein; “Urbanismo e Arquitetura da Cidade”, voltada para a produção de pesquisadores locais e internacionais, com o livro Arquitetura, Urbanidade e Meio Ambiente, de Almir Francisco Reis; “Direito e Saúde”, em parceria com a Fundação José Arthur Boiteux (Funjab), com o livro De Defensivos a Agrotóxicos, de Maria Leonor Paes Cavalcanti Ferreira e a esperada coleção “Repertório”. A reedição de Últimos Sonetos, de Cruz e Sousa, cuja publicação da UFSC, em 1997, estava esgotada há vários anos, inaugura esta última, Repertório, que vai publicar pequenos volumes clássicos de diferentes áreas das humanidades. “O motivo da coleção é ajudar o leitor a fazer uma biblioteca de textos básicos, a um custo bem baixo e com edição supercaprichada”, explica o diretor geral, Ségio Medeiros.

Entre os lançamentos de produção própria da UFSC incluem-se ainda três obras de impacto na Coleção Geral: Escritos de véspera, O Pinheiro Brasileiro, de João Rodrigues Neto e a obra de referência ALERAtlas lingüístico e Etnográfico da Região Sul do Brasil, contendo as Cartas Fonéticas Morfossintáticas, que chega nesta terça (23) da gráfica para lançamento durante a Feira. Organizado por Walter Koch, Cléo Wilson e Mário Kassmann, o trabalho, publicado em dois volumes, traz uma contribuição fundamental para o estudo da variação lingüística nessa região. Já o renomado botânico brasileiro João Rodrigues de Mattos faz um apaixonado apelo à sobrevivência da auracária em O Pinheiro Brasileiro. No exaustivo estudo sobre a araucária, sustenta sua importância simbólica, ecológica e econômica para o Sul do Brasil. Em Escritos de véspera, Luiz Costa Lima, um dos mais importantes críticos do Brasil, discute as mudanças de paradigmas críticos na área dos estudos literários desde os anos 70.

SERVIÇO

Feira de Livros da Editora da UFSC/LEU

Encerramento: 9/9/2011
Horário de funcionamento:
das 9:00 às 20 horas
Descontos: de 50 a 70%

(Exemplos de livros com desconto:)
Anota aí – de R$ 20,00 por R$ 10,00
Anatomia sistêmica – de R$ 27,00 por R$ 13,50
Farmacognosia – de R$ 96,00 por R$ 48,00
Introdução à Engenharia – de R$ 39,60 por R$ 19,80
Estatística aplicada às ciências sociais – de R$ 42,00 por R$ 21,00
Pensar/escrever o animal – de R$ 39,00 por R$ 19,50

Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: 37219459 e 99110524

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UFSC entrega troféu Açorianidade a 12 personalidades e instituições

30/08/2011 16:28

Doze personalidades e instituições catarinenses receberão este ano o Troféu Açorianidade 2011 da Universidade Federal de Santa Catarina. A cerimônia ocorrerá no dia 9 de setembro, às 19h30min, no Sombrio Tênis Clube, na cidade de Sombrio, quando serão conhecidos os nomes das pessoas, instituições e empresas homenageadas por seu esforço e atuação em prol do desenvolvimento da pesquisa, preservação e divulgação da cultura açoriana em Santa Catarina. Além da entrega do troféu, o Núcleo de Estudos Açorianos da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC promove neste dia o lançamento da 18ª AÇOR, maior Festa da Cultura Açoriana no Brasil, que se realiza a cada ano em um município diferente do Estado.

Criada em 1996 pelo Núcleo de Estudos Açorianos, a distinção reverencia todos os anos 10 personalidades, cada uma com um troféu alusivo ao nome de uma Ilha do Arquipélago Açoriano: São Miguel, Pico, Terceira, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Faial, Corvo, Flores. O último troféu leva o nome da Ilha de Santa Catarina, chamada carinhosamente de 10ª Ilha Açoriana. Neste ano, uma 11ª condecoração será conferida, o “Troféu Açorianidade Especial”, proposto e aprovado pelo Conselho Deliberativo do NEA, que indica e escolhe por votação os ganhadores do Troféu, segundo o coordenador do Núcleo, Joi Cletison. OEleito por concurso público, o design da estátua é de criação do artista plástico João Aurino Dias (Dão). O 12º troféu será dado, como de costume, ao município sede da Festa Açoriana, no caso, Sombrio.

Integrado por 58 instituições (prefeituras, universidades e fundações culturais) com sede no litoral de Santa Catarina que têm a preocupação de preservar os traços da cultura açoriana, o Conselho do NEA aprovou as seguintes condecorações: como grupo folclórico, o Boi de Mamão de São Paulinho, do município de Itapema; como artista plástico, Plínio Verani, de São José; como Instituição de Ensino Superior ou cultural, a UFSC – 50 Anos; como veículo de comuni ca ção a RIC Record – Jornal Noticias do Dia; como administração municipal, a Prefeitura Municipal de Barra Velha; como personalidade, Paulo Ri ca rdo Caminha; como pesquisador, Rosane Luchtemberg, de Bombinhas; como Empresa de Patrocínio, a Santa Catarina Turismo (Santur); como artesão, Vilson de Oliveira, de Gravatal; como Escola de Ensino Fundamental ou Médio a Escola Modelo, de Palhoça e como Troféu Especial, a festa a Marejada – 25 Anos.

A cerimônia culmina com o lançamento oficial do 18ª AÇOR – Festa da Cultura Açoriana do Estado de Santa Catarina, que este ano ocorrerá no município de Sombrio, de 23 a 25 de setembro. O objetivo do evento é mostrar o que há de mais autêntico e original de cultura açoriana no folclore, artesanato, danças, gastronomia e religiosidade, explica Cletison. Já foram sede do Açor os municípios de Itajaí, Imaruí, Imbituba, Penha, Içara, Porto Belo, Garopaba, São José, Araquari, Tijucas, São Francisco do Sul, Barra Velha, Laguna, Palhoça e Governador Celso Ramos.

Sob um grande pavilhão, 34 municípios e Instituições do litoral de Santa Catarina vão apresentar e comercializar em estandes culturais o seu artesanato de referência regional açoriana. Estandes, gastronomia, exposições fotográficas, mostra de vídeos, apresentações culturais, palestras e lançamentos de livros fazem do Açor a maior e mais diversificada festa da cultura açoriana no País. Nos três dias de festa serão mais de 50 apresentações folclóri ca s e três shows musi ca is no encerramento das noites.

A festa abre na sexta-feira, dia 23, às 19 horas, e no sábado, às 10 horas, na avenida Central da cidade de Sombrio, ocorrerá o esperado Desfile Folclórico dos Grupos participantes da festa. No domingo dia 26, às 9h30min, na Igreja Santo Antonio, será realizada a Missa do Encontro das Bandeiras do Divino Espírito Santo, com a participação de seis ca ntorias e 15 bandeiras do Divino Espírito Santo de vários municípios. Nos três dias uma praça de alimentação oferecerá ao público a oportunidade de saborear os quitutes e pratos típicos da culinária do litoral catarinense enquanto assiste às apresentações folclóricas e aos shows das bandas.

Realizada pelo NEA em conjunto com a Casa da Cultura de Sombrio, a Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina é promovida pela Universidade Federal de Santa Catarina e Prefeitura Municipal de Sombrio, com apoio cultural do Governo do Açores, Funcultural e Governo do Estado de Santa Catarina.

Mais informações pelos fones: 48 3721-8605 ou 48 35331958 ou www.nea.ufsc.br

Divulgação: Raquel Wandelli

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Obra que redescobre manuscrito com história das Fortalezas será lançada em 6 de setembro

30/08/2011 15:51

Santa Catarina já teve 26 Fortificações de Defesa no século XVIII e o Rio Grande do Sul chegou a erguer 42, das quais sobram oito na Grande Florianópolis e uma em São Francisco do Sul e as ruínas de apenas duas no estado vizinho. Em alguns momentos mais tensos na história das invasões e das disputas territoriais entre Portu gal e Espanha, praticamente toda a população da antiga Desterro e do Rio Grande de São Pedro viveu protegido pelas Fortalezas. Examinando-se mapas demarcados dessa época, observa-se que se enfileiravam uma ao lado da outra, formando extensos cordões nas ilhotas e ao longo do litoral. O início dessas construções de defesa coincide com a própria data de fundação dos dois estados, tamanha foi sua importância no desenvolvimento dos povoados. As possibilidades de se conhecer a vida dentro dessas cidades fortificadas e o seu funcionamento esteve por três séculos encerrada dentro de um manuscrito original de 1786 que só agora vem à luz da história com a publicação de uma grande obra que une os esforços da iniciativa individual, pública e privada.

A publicação tardia desse documento inédito pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina e Prefeitura de Florianópolis, com apoio cultural da Unimed, devolve aos pesquisadores e curiosos em geral a chance de conhecer melhor esse capítulo decisivo e ainda obscuro da história do Brasil. O mérito maior cabe à determinação de dois pesquisadores que inscreveram o projeto de publicação explicada, complementada e ilustrada do chamado Códice de Santa Catarina na Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Fundação Franklin Cascaes: Roberto Tonera, arquiteto da UFSC, responsável pelas obras de restauração e conservação das fortalezas da Ilha de Santa Catarina mantidas pela universidade, e Mário Mendonça de Oliveira, professor de arquitetura da Universidade Federal da Bahia, condecorado pelo Exército por sua obra de reconstituição da memória militar do Brasil e restauro das fortificações.

Ambos são responsáveis pela organização do livro “As defesas da Ilha de Santa Catarina e do Rio Grande de São Pedro em 1786”, que será lançado em uma data histórica em um lugar também histórico, na véspera do aniversário da Independência do Brasil, em 6 de setembro, às 19 horas, no Palácio Cruz e Sousa. Com uma tiragem de mil exemplares, a obra será distribuída gratuitamente às escolas públicas, meios de comunicação e instituições ligadas à memória e patrimônio. A edição inclui textos introdutórios e explicativos sobre o contexto histórico, mapas, iconografias, plantas das fortalezas da época complementadas com fotografias das fortificações ainda existentes, e um glossário ilustrado que busca auxiliar na compreensão dos termos técnicos do manuscrito, reproduzido em forma de fac-símile, ao lado da transcrição em ortografia atualizada. A obra acompanha ainda um CD–ROM com o conteúdo do material impresso em linguagem multimídia, com recursos de animação tridimensional e links hipertextuais. O lançamento terá a presença do diretor do Arquivo Histórico Militar de Lisboa, Aniceto Afonso, que cedeu os direitos de publicação e assina a apresentação do livro, exaltando-o como “um acontecimento cultural de grande relevo”.

Mas há um primeiro autor que deu início a tudo, quando a forma de registro recorrente da história no Brasil ainda era a dos calígrafos medievais: o engenheiro militar José Correia Rangel. De nacionalidade indefinida, Rangel escreveu de próprio punho o Códice de Santa Catarina do qual seus seguidores partem para compor as 223 páginas do dossiê moderno. Em letra cursiva esmeradamente talhada a pena e no português do século XVIII, Rangel compôs o documento duas partes: a primeira contém o levantamento das fortificações, que na época chegaram a ter uma população de quase mil habitantes, e dos uniformes das tropas da Ilha de Santa Catarina (atual Florianópolis) e do Rio Grande de São Pedro (primeira cidade do estado vizinho). Apresenta ainda relações com quantidades precisas das guarnições militares existentes e dos armamentos e demais petrechos de artilharia, todos quantificados e discriminados com minúcia e precisão. A parte final do documento redescoberto traz um detalhado inventário de todos os mantimentos existentes nos armazéns das vilas gaúchas de Rio Grande, Porto Alegre e Rio Pardo. Extensas listagens de armas, munições, ferramentas, utensílios, móveis, tecidos, vestimentas, medicamentos; objetos de uso pessoal, religioso e militar; acessórios de montaria e veículos de transporte, instrumentos musicais (mostrando que a vida nas fortalezas não era tão dura) entre outros artefatos e equipamentos diversos oferecem matéria prima para historiadores da vida privada e pública.

Em 76 páginas de manuscrito, o autor entremeia 29 estampas coloridas, com desenhos aquarelados dos uniformes, das plantas das fortificações e dos mapas gerais de levantamento dos lugares fortificados das duas povoações. O bom gosto e talento na elaboração do incunábulo revelam a provável formação do autor em escolas jesuítas do Rio de janeiro, biografado no início do livro, conforme mostra sua biografia no início da obra. Pinçados na tropa entre os mais capazes intelectualmente e habilidosos nas artes dos desenhos, os engenheiros se destacavam dos oficiais comuns e da massa inculta dos exércitos coloniais, relegada ao analfabetismo. “Eles foram nossos primeiros urbanistas e projetistas de fortificações, igrejas, palácios, edifícios administrativos e outras obras civis e militares, muitas ainda presentes nos centros históricos das nossas cidades”, explicam os organizadores no prefácio.

Como viviam, como sobreviviam, como se organizavam, como se vestiam, o que comiam, o que consumiam, como casavam e constituíam família, como se divertiam, o que faziam os moradores das cidades fortificadas? Sem saber, o futuro capitão deixou um dos documentos mais antigos e importantes da história das fortificações dos dois estados, uma fonte para historiadores pesquisarem o cotidiano da vida militar, o estudo das fortificações portuguesas no Brasil e para a compreensão das origens históricas dos dois estados. Antes de ser incorporado ao acervo do Arquivo Histórico Militar de Lisboa, o relatório técnico pertenceu no século XIX ao general de Divisão do Exército Português, Jaime Agnelo dos Santos Couvrer, grande colecionador de manuscritos e foi adquirido em 1919 pela Livraria dos Paulistas, de Lisboa.

Ao tomar conhecimento da existência do documento, em 2006, Tonera, que é também coordenador do Projeto Fortalezas Multimídia da UFSC, enviou projeto ao diretor da instituição portuguesa, Aniceto Afonso, solicitando permissão para que a universidade o publicasse na íntegra com as devidas complementações, transcrições e contextualizações sem os quais seria incompreensível para o grande público. O produto que chegará às mãos do leitor que comparecer ao lançamento é resultado, portanto, de um sonho acalentado durante cinco anos por essa rede de investigadores que começou a escrever, já no século XVIII, o grande Códice das Fortalezas.

SERVIÇO

Lançamento: “As Defesas da Ilha de Santa Catarina e do Rio Grande de São Pedro em 1786 – de José Correia Rangel”.

Organizadores: Roberto Tonera e Mário Mendonça de Oliveira.

Data: 6 de setembro de 2011 – terça-feira

Horário: 19 horas

Local: Museu Histórico de Santa Catarina – Palácio Cruz e Sousa

Praça XV de Novembro – Florianópolis/SC

Publicação: Editora da UFSC

Patrocínio: Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Florianópolis/Fundação Cultural Franklin Cascaes

Apoio cultural: Unimed Grande Florianópolis

Apoio para o lançamento: Universidade Federal de Santa Catarina; Projeto Fortalezas da Ilha/ Secarte-UFSC, Projeto Fortalezas Multimídia – UFSC; Museu Histórico de Santa Catarina.

Entrevistas: Roberto Tonera 99636324 projeto@fortalezasmultimidia.com.br

Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte)

Contatos: (48) 99110524 – 37219459

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Domingo de festival une nova e velha guarda da música em Florianópolis!

28/08/2011 15:17
Fotos em: 

François Muleka, da Banda Karibu abre Festival

 Do alto do palco da Praça da Cidadania, não se via o final da multidão concentrada no campus universitário na noite de sábado (27) para participar da abertura do II Festival de Música da UFSC. Quando a jovem Natalhia Britos subiu ao palco encerrando com seu vozeirão as apresentações do primeiro dia, oito mil pessoas já aplaudiam e vibravam como nos tempos dos grandes festivais. A banda John Bala Jones subiu ao palco para o arremate final, sacudindo a juventude com as composições do seu terceiro disco e um cover de bandas regionais. O Festival recomeça neste domingo, às 18 horas, com mais dez músicos selecionados e a apresentação histórica final do Grupo Engenho, que promete arrastar a juventude e a velha guarda com seu rock regional dos anos 80.

Natalhia, paixão e técnica

Quatro horas e meia ininterruptas de música foram marcadas pela diversidade de ritmos e também pela paz no campus universitário. Nem o frio, nem a chuva fininha desestimularam os participantes, que além de toda área ao ar livre, tinham duas amplas estruturas cobertas para se abrigar. Os estudantes concentrados no campus desde às 14 horas para o Trote Universitário do Centro Tecnológico se uniram aos amigos e parentes que vieram torcer pelos novos músicos, formando uma só multidão. Os manifestantes que ocupavam o prédio da Reitoria também participaram. “Arte e música são universais e aqui uniram todas as pessoas, independente das idades e das diferenças”, anunciou a secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Borges ao abrir o evento. A expectativa da Secretaria era atrair 10 mil pessoas nos dois dias de festival, mas praticamente alcançou esse público só no primeiro dia. 

O público começou tímido para em seguida tomar conta do campus universitário

 Chamada ao palco pelo apresentador Guina (Aguinaldo Soares), divertidamente vestido de chapeleiro louco, a banda Karibu começou as apresentações pouco depois das 18 horas, com a canção “Entrando no país das maravilhas”. E já começou em alto nível, mostrando a ousadia melódica e o talento poético do músico François Muleka e sua banda, que misturam ritmos afros, clássicos e modernos, que resultam em uma bossa inclassificável e original. Karibu foi sucedida pela Banda Aislado, que apresentou o rock canção “Não Esbarra”. Mas os dois momentos mais comoventes foram protagonizados pelas duas cantoras e compositoras da noite, Taoma Padilha, 20 anos, com a MPB “Kama” e Natalhia, 23 anos, ao final, com “Esse novo disfraz”, ambas canções de amor. A despeito de seus 20 e poucos anos, as duas fizeram interpretações de grande intensidade dramática. O grupo Dominó, formado por dois jovens estudantes de Física e Aquicultura e o vocalista da John Bala Jones, arriscou uma experiência instrumental com samba e bossa nova. A já experiente Banda Somato, conhecida dos palcos do 12:30, parecia em casa orquestrando seu empolgante rock Irish “La Feu d´Amour”, que eletrizou a multidão. A banda Bergos trouxe Skalpelado, liquidificando hord core, rock punk, reggae e grunge e as bandas Menino do Gueto e Zazueira investiram na mistura de rap e rock-samba. 

Mais de oito mil prestigiaram o primeiro dia do Festival

Ao lado dos novos músicos, o coordenador do festival, o músico Marco Valente, foi o grande homenageado da noite por ter pilotado os bastidores do evento com profissionalismo e competência para que tudo saísse perfeito. A qualidade técnica dos 

Marco Valente e Banda Somato, ensaiando o script

 

equipamentos, a estrutura física e a organização foram elogiadas com entusiasmo pelos produtores e músicos. Conhecido por seu senso crítico e rigor, Valente considerou razoável a qualidade técnica das apresentações, a despeito da empolgação do público, e considerou a banda Karibu, a Somato e a cantora Natalhia as grandes estrelas da noite. Para ele, a excelente performance da banda âncora da primeira noite, a John Bala Jones, mostra a importância de os jovens músicos receberem esse tipo de incentivo para evoluírem no seu trabalho. 

Equipe da SeCArte - fotos: Raquel Wandelli

 

Responsável pela direção da gravação ao vivo do CD/DVD com as composições selecionadas, o cineasta Zeca Pires resumiu assim sua impressão do Festival: “o evento recuperou a força e a criatividade cultural estudantil que eu julgava terem desaparecido”.  O Festival oferece, neste domingo, das 18 às 22 horas, mais uma oportunidade de conferir a emergência do talento da grande Florianópolis e da potencialidade da juventude formar multidões  em torno da música. 

Apresentador Guina

 

II FESTIVAL DE MÚSICA DA UFSC – Programação 

  

Apresentações do dia 27/08/2011 – Sábado

Ordem Músico / Banda
1 Entrando no País das Maravilhas – Banda Karibu
2 Não Esbarra – Banda Aislados
3 Kama – Taoana Padilha
4 Dominó – André Pacheco Henrique
5 Le Feu d’Amour – Banda Somato
6 Skalpelado – Banda Bergos
7 Discos do Roberto – Banda Supergrandes
8 Menino do Gueto – Banda Menino do Gueto
9 Ousada – Banda Zazueira
10 Esse Novo Disfraz – Nathalia Britos Gasparini

  

Apresentações do dia 28/08/2011 – Domingo

Ordem Músico / Banda
1 Tereza – Darlan Freitas
2 Cecília – Roberto Tonera
3 Voz do Coração – Banda Habitantes de Zion
4 Vaga-Lumes – Luciano Arnold
5 Inquietude – Caren Martins
6 Menino – Lucas Quirino
7 O Alguidar de Aguiar – Banda Cravo da Terra
8 Jazmim – Marcos Baltar
9 Groove Zone – Banda Top Groove
10 Impermanência – Banda Cultivo

  

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Raquel Wandelli (jornalista, SeCarte) 

Contatos: (48) 99110524 – 37219459 

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