Últimos dias de atrações no “Experimenta Diversidade”

24/11/2022 12:07

O Experimenta Diversidade chega a os últimos dias de apresentações (25 a 27/11), o evento traz para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), palestra, oficinas, cortejo, lançamento de livro e produção teatral. A 7ª edição do Experimenta Diversidade reúne, de 21 a 27 de novembro, espetáculos nas mais diversas formas de expressão, promovendo a produção em arte na universidade.

Aberto ao público e gratuito, o Experimenta é realizado pela Secretaria de Cultura, Arte e Esporte da UFSC (SeCArtE) com apoio do Departamento Artístico Cultural (DAC) e do Departamento de Cultura e Eventos (DCEVEN). A programação completa com classificação indicativa das atrações está disponível em secarte.ufsc.br/experimenta.

Atrações de sexta, sábado e domingo (25, 26 e 27/11):

Cruz e Sousa para todos – Sonetos para ver e ouvir – Robson Benta. Imagem divulgação.

25/11 – 10h | Palestra – Cruz e Sousa para todos – Sonetos para ver e ouvir – Robson Benta
Onde: Sala Pitangueira | Centro de Cultura e Eventos
Mediadora: Iraci Seefeldt
Interpretes de libras: Diego Machado e Mariana Neves

Duração: 120 min
Classificação indicativa: livre

Em Santa Catarina, mais de 70 mil pessoas têm deficiência auditiva. Os dados são do último censo do IBGE. Grande parte das pessoas surdas não é alfabetizada em português e consegue se comunicar apenas por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). São milhares de pessoas que têm seu acesso limitado à leitura e literatura por falta de acessibilidade, muitas delas em idade escolar e que enfrentam dificuldades nas aulas de literatura brasileira

Considerando essa realidade, o ator e professor de teatro Robson Benta, com quase 40 anos de atuação artística e uma década de experiência em métodos de inclusão por meio da arte, desenvolveu o projeto “Cruz e Sousa para Todos – Últimos Sonetos para ver e ouvir”, que teve o lançamento da segunda edição em agosto desde ano (2022).

As duas edições (a primeira foi lançada em 2021), estão disponíveis para acesso gratuito no YouTube, no canal Robson Benta – Arte para Todos, reunindo um conjunto de 96 poemas da obra “Últimos Sonetos”, de Cruz e Sousa (1861-1898), poeta negro, catarinense e um dos mais importantes artistas do simbolismo no Brasil, traduzidos para Libras e interpretados, em vídeo, em Português e Libras e, na versão audiolivro, em Português.

Nesta segunda edição são apresentados 48 sonetos que integram o livro Últimos Sonetos, publicados em 1905, após a morte do poeta. A interpretação dos poemas em Português é feita por Robson e em Libras por Darley Goulart, ator surdo, e pela intérprete Núbia Amorim. Uma das novidades desta edição é a audiodescrição feita no videobook, possibilitando que os quase 200 mil catarinenses, segundo o último censo, cegos ou com baixa visão tenham o direito à acessibilidade garantido, além de terem acesso também a um audiobook com os sonetos gravados na voz de Benta. A audiodescrição é feita pela jornalista Fabiana Azevedo, com roteiro de Iraci Seefeldt e consultoria de Paulo Suldóvski.

O projeto “Cruz e Sousa para Todos: Últimos Sonetos para Ver e Ouvir – 2ª Edição” foi selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2021 e executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

Escrita criativa de receitas culinárias. Foto: divulgação.

25/11 – 14h – Oficina – Escrita criativa de receitas culinárias
Onde: Sala Goiabeira | Centro de Cultura e Eventos

Direção: Mariana Vogt Michaelsen
Duração: 4 horas
Classificação indicativa: livre

A oficina é fundamentada em uma pesquisa ampla sobre livros e cadernos de receitas, onde se inscreve a memória gustativa, transmitida de geração a geração. Ler receitas culinárias não somente como um registro histórico de certo tempo, mas também através do movimento da escritura. Cozinhar levantando a cabeça faz alusão à citação de Roland Barthes “ler levantando a cabeça”, quando algo se escreve com/no corpo de quem lê, assim, a leitora, o leitor continuam a escrever o texto que leem. Considerando as receitas culinárias como um modo de escrita que se refaz e, portanto, reescreve-se, a oficina propõe aos participantes que escrevam a partir de algo já escrito. Tendo como material de apoio alguns livros de receitas, poemas e romances, pretende-se aproximar a escrita culinária da escrita literária, de modo que a criatividade possa permitir outros modos de fazer e de escrever receitas culinárias.

Roda de Canto com Gestantes. Imagem: divulgação.

25/11 – 15h – Roda de Canto com Gestantes
Onde: Sala 208| Bloco D | CCE | Departamento de Artes

Duração: 90 min
Classificação indicativa: livre

Em um círculo de mulheres iremos cantar e encantar a gestação. Uniremos as nossas vozes e com a potência criativa do canto materno teceremos um espaço para o cultivo de uma amorosa conexão da gestante consigo e com o bebê no ventre.

Condução: profa. Janaina Trasel Martins – doula, musicoterapeuta, sound healer – desde 2016 focalizando as rodas do Canto de Gaia com Gestantes.

Inscrições: Formulário – Inscrções – Roda de Canto com Gestantes

Informações: www.cantosdegaia.com | instagram.com/cantosdegaia

Cortejo Coletivo Afro-Floripa e Apresentação do Maracatu Arrasta Ilha. Foto: divulgação.

25/11 – 18h | Cortejo Coletivo Afro-Floripa e Apresentação do Maracatu Arrasta Ilha
Onde: Auditório Garapuvu – Centro de Cultura e Eventos

Proponente: Alexandra Eliza Vieira Alencar
Professora | Antropologia | Departamento de Antropologia | Centro de Filosofia e Ciências Humanas  (CFH) | UFSC Florianópolis
Grupo: Coletivo Afro Floripa e Maracatu Arrasta Ilha
Direção: Coletivo Afro Floripa e Maracatu Arrasta Ilha
Duração: 90 min
Classificação indicativa: livre

O Coletivo Afro-Floripa surge da necessidade de ações de reconhecimento, visibilidade e valorização da população e cultura negra, principalmente porque surge a partir de um contexto de invisibilidade histórica desta parcela da população existente no sul do país e dentro da universidade.

Tal Coletivo é composto pelos grupos Maracatu Arrasta Ilha (fundado em 2002), Abayomi dança e percussão Afro (2010), Capoeira Angola Angoleiro Sim Sinhô (2003) e Capoeira Angola Ginga Erê (2017). Tais grupos têm suas práticas e pesquisas voltadas à cultura afro-brasileira e africana, e com estas desenvolvem e compartilham conhecimentos acerca das práticas da capoeira, ritmos populares, maracatu de baque virado ou maracatu nação, dança e percussão africana.

Nesta edição do Experimenta o grupo estará realizando na sexta-feira dia 25 de novembro, a partir das 18h um cortejo com os/as integrantes do coletivo saindo do espaço de ocupação Aruanda, localizado dentro do Centro de Convivência e segue até o Centro de Eventos da UFSC onde haverá a apresentação de palco no auditório Garapuvu do

Maracatu Arrasta Ilha que nesse ano de 2022 completa 20 anos de ações vinculadas a essa prática ancestral negra do maracatu nação de baque virado.

Livro “Para dar a conhecer as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa para infância publicadas no Brasil”. Imagem: divulgação.

19h30 | Lançamento do livro “Para dar a conhecer as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa para infância publicadas no Brasil”
Organizadoras: Eliane Debus, Zâmbia Osório dos Santos e Tatiana Valentin Nina Bernardes
Onde: Auditório Elke Hering – Biblioteca Universitária

O livro Para dar a conhecer as Literaturas Africanas de Língua Portuguesa para infância publicadas no Brasil: resenhas dialoga com a pesquisa “De lá para cá: as Literaturas Africanas de língua portuguesa para infância publicadas no Brasil no período de 2013 a 2018”, acolhida na chamada pública do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, edital Chamada Universal MCTIC/CNPq nº 28/2018, que teve como objetivo geral analisar os livros de literaturas africanas de língua portuguesa para infância publicados pelo mercado editorial brasileiro, no período citado, a fim de estudar a sua produção (principais gêneros, recursos lexicais e semânticos), a circulação (principais editoras e entrada nos espaços escolares e não escolares) e recepção (ação pedagógica em dois espaços institucionais públicos: Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental).

As resenhas fazem parte de um exercício de escrita das/os membras/os do “Literalise: Grupo de pesquisa em Literatura Infantil e Juvenil e Práticas de mediação Literária” (UFSC/CNPq).

Encontram-se resenhados o total de 36 livros, sendo 18 de Angola, 16 de Moçambique, 1 de Cabo Verde e 1 de Guiné-Bissau, identificados no quadro na ordem de apresentação.

O Círculo de Giz Caucasiano. Foto: divulgação.

25, 26 e 27/11 | 20h – Espetáculo – O Círculo de Giz Caucasiano
Onde: Teatro Carmen Fossari

Grupo: Grupo Pesquisa Teatro Novo (GPTN)
Direção: Ivana Fossari
Duração: 60 min
Classificação indicativa: 14 anos

Adaptação da obra de Bertolt Brecht “O Círculo de Giz Caucasiano”

Brecht escreveu “O Círculo de Giz Caucasiano” durante seu período de exilio nos EUA, ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1944. O texto revolucionário e poético perpassa temas como a disputa pela terra, a saga da criada heroína, o jogo de interesses envolvendo a eleição de um Juiz, um casamento por conveniência, herança e maternidade entre outros, que pela extrema sutileza e críticas sociais o fazem necessário e urgente. Duas comunidades que viviam em regime de cooperativas têm suas terras devastadas pelo exército de Hitler e ao final da guerra, ambas querem tomar posse de um vale produtivo para reconstruírem suas vidas, surge a questão que permeia a obra: Quem por direito deve possuir a terra?

A entrada é gratuita, e os ingressos serão limitados. O público deverá retirar os ingressos no local, uma hora antes do início do espetáculo.

Serviço:

O quê: Experimenta Diversidade | 7ª edição
Quando: de 21 a 27/11/2022
Programação: secarte.ufsc.br/experimenta
Redes sociais:
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Informações: experimenta.secarte@contato.ufsc.br | telefone: 48 3721-2376

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