Técnicas salvam as obras de arte do tempo

08/04/2011 16:20

A conservação do patrimônio cultural desafia os museólogos a encontrarem técnicas que evitem a deterioração dos acervos artísticos e a necessidade de passarem por processos de restauração que são mais onerosos e requerem maior especialização. Na próxima segunda-feira, 11 de abril, a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e Museu Universitário Prof. Oswaldo Rodrigues Cabral realizam duas palestras com o objetivo de difundir técnicas atuais capazes de estender a durabilidade das obras de arte. Aberto ao público e gratuito, o evento ocorre no Auditório do Museu, a partir das 17h e fornecerá certificados.
A partir das 17h, a mestranda Vanilde Rohling Ghizoni, do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da UFSC, aborda o tema “Conservação de acervos museológicos: estudo sobre as esculturas em argila de Franklin Joaquim Cascaes”. O curso se baseia nos resultados obtidos em análises da composição da argila não estabilizada e a tinta utilizada na policromia, características das esculturas desse artista ilhéu. As experiências foram realizadas no laboratório de materiais do departamento de Engenharia Mecânica da UFSC. “Se não compreendermos como os materiais se modificam com o tempo, terão que ser restaurados em breve”, adverte Vanilde.
Os alunos também serão iniciados em métodos que possam atender às necessidades de profissionais da área de conservação, restauração e arqueologia. A palestra seguinte abordará ensaios realizados pelo Laboratório de Física Nuclear Aplicada da Universidade Estadual de Londrina (UEL) sobre o assunto Fluorescência de Raios e Espectroscopia Raman X Aplicada a Estudos de Bens Culturais. As técnicas que garantem a integridade das obras de arte serão apresentadas pelo Prof. Dr. Paulo Sérgio Parreira, físico do Laboratório de Física Nuclear Aplicada e professor adjunto e pelo mestrando Eduardo Inocente Jussiani, do Programa de Pós-Graduação em Física, ambos da UEL.
A conservação de uma obra de arte está associada às técnicas e procedimentos destinados a proteger um objeto contra os fatores de diferentes naturezas – físicos, químicos, biológicos e humanos – que possam agir sobre ele, ameaçando ou até destruindo sua integridade, conforme explica Vanilde Rohling Ghizoni. “Tais procedimentos visam preservar o bem da ação desgastante do tempo, de modo a prolongar ao máximo a sua durabilidade, com um mínimo de intervenção direta sobre o mesmo”, acrescenta.

Texto: Marcela Borges – estagiária na assessoria de Comunicação da SeCArte/UFSC
Raquel Wandelli (37219459 e 991105240 – assessora de Comunicação
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