Crítico destaca contribuição da Editora

08/04/2011 16:20

Em artigo sobre o papel das editoras universitárias, publicado no jornal O Globo do dia 2 de abril, o crítico literário Luiz Costa Lima, um dos principais intelectuais brasileiros da atualidade, destacou a contribuição das novas publicações da Editora da UFSC para o engrandecimento da pesquisa nacional. No artigo intitulado “Crescendo sem educação”, em que se refere à importância das editoras universitárias nos Estados Unidos, Lima inclui a EdUFSC no rol das editoras universitárias de peso que participam do desenvolvimento da inteligência nacional com publicações de qualidade.

“O número é tão pequeno que foi ante meu próprio espanto que recentemente descobri que àquelas poucas deveria se reunir pelo menos mais uma, a da Universidade de Santa Catarina, por onde saíram em 2010 uma excelente coletânea de textos em prosa de um autor difícil como Mallarmé (Divagações, tradução e apresentação de Fernando Scheibe) e, já neste começo de ano, um livro que combina um ensaio pouco conhecido de Giorgio Agamben sobre o poeta italiano Giorgio Camproni, com uma antologia bilíngue de Camproni, em obra organizada e traduzida por Aurora Fornoni Bernardini”, escreve o crítico. Nesta sexta-feira, 8, a Editora lança Uma teoria da adaptação, obra inédita de Linda Hutcheon, teórica literária canadense reconhecida como uma das maiores especialistas em literatura na pós-modernidade, traduzida por André Cechinel, recém-doutor em literatura pela UFSC. Veja o artigo de Luiz da Costa Lima na íntegra:

|Crescendo sem educação’, por Luiz Costa Lima (publicado por O Globo em 2/4/2011)
Há muitos anos o Brasil foi chamado de terra de contrastes. Seria retórica barata perguntar se isso continua verdadeiro. É claro que sim, e mais: ao contraste antigo — a extrema diversidade da riqueza de uns poucos e a miséria de milhões — acrescentaram-se muitos outros.

Não me proponho tratar senão de um: ao passo que se fala na melhoria da condição financeira de parcelas até então miseráveis da população e da balança de pagamentos do Estado nacional, correlatas ao incremento do parque industrial e ao aumento das possibilidades de emprego, ressalta-se menos que nosso sistema educacional passa de mal a pior, desde o nível mais elementar até o acadêmico. (E como poderia ser diferente, considerando a má remuneração dos professores, suas condições de trabalho, seu consequente baixo status na sociedade e a carência das bibliotecas?) Pergunta que surge de imediato: como sustentar o leque ampliado de empregos sem que haja melhoria do nível de profissionalização? A resposta convincente não pode ser outra: o maior número de empregos é preenchido no plano que exige pequena ou ínfima profissionalização.

E como se fará com as tarefas que necessitem de profissionais bastante especializados? Há de se fazer de conta que são atividades que não interessam ao desenvolvimento do país — que são elitistas(!), ociosas ou necessárias apenas nos países que já resolveram seus problemas básicos — ou, se for inevitável, contratam-se técnicos estrangeiros (na verdade, embora disso pouco se fale, as duas estratégias já são bastante praticadas).
No entanto, mesmo que esse seja tão só umas das faces dos nossos novos contrastes, ele é muito vasto para o espaço de um artigo, tivesse o tamanho duplicado. Procuro ajustá-lo a meu tamanho, tratando do nível da questão que mais bem conheço: o do ensino universitário. Para que possa ser mais incisivo, condensando-o em uma questão: como a universidade pode cumprir sua tarefa sem que, em seu conjunto nacional, disponha de um número adequado de editoras de qualidade? Será preciso explicar o porquê da pergunta?

Na dúvida, em lugar de um raciocínio abstrato, recorro a um caso concreto. Não vejo outro melhor do que o do país por excelência do capitalismo liberal: os Estados Unidos. Qualquer pessoa que tenha de lidar com revistas e livros especializados, sabe da absoluta importância assumida pelas editoras universitárias norte-americanas. Não há nenhum mistério em que seja assim. Em um regime capitalista, a exigência da mais-valia pesa de igual sobre suas instituições e, assim, também sobre suas editoras comerciais. Os Estados Unidos contrariariam o espírito do capitalismo e sua tradição pragmática se suas editoras universitárias estivessem isentas de se preocupar com as respectivas receitas; ou se fossem instituições “benevolentes”, apenas colaboradoras dos amigos dos chefões, adeptas do nosso compadrio. É o próprio raio da extensão dos cursos, laboratórios e centros de pesquisa que as universidades acolhem que delas exige um número qualitativamente elevado de publicações; assim como bibliotecas extremamente bem aparelhadas.

Ora, se usarmos entre nós o mesmo raciocínio chegaremos a um resultado que pareceria impensável: embora eu não saiba quantas universidades temos, sei bem do número ínfimo de editoras universitárias de peso. Mesmo sob o risco de esquecer alguma ou, certamente, de não poder fazer justiça ao esforço de uns poucos — como é o caso da atual direção da Editora da Uerj, contra a inércia dominante — recordaria as editoras da Universidade Federal de Minas Gerais, da USP, da Unicamp, da Unesp. (É possível que não haja outras mais?!) O número é tão pequeno que foi ante meu próprio espanto que recentemente descobri que àquelas poucas deveria se reunir pelo menos mais uma, a da Universidade de Santa Catarina, por onde saíram em 2010 uma excelente coletânea de textos em prosa de um autor difícil como Mallarmé (“Divagações”, tradução e apresentação de Fernando Scheibe) e, já neste começo de ano, um livro que combina um ensaio pouco conhecido de Giorgio Agamben sobre o poeta italiano Giorgio Camproni, com uma antologia bilíngue de Camproni, em obra organizada e traduzida por Aurora Fornoni Bernardini.

Como é possível tamanha carência? Explicação possível: nas chamadas ciências “duras”, seus especialistas empenham-se em escrever pesquisas ou recém-acabadas ou em andamento, ao passo que os livros, identificados com os “manuais”, têm pouca importância. Mais ainda: tais pesquisas cabem em artigos que, segundo os critérios dos nossos conselhos de pesquisa, devem preferencialmente estar em inglês e serem publicados em revistas de prestígio reconhecido. Ora, essas não são nossas. Portanto não faz falta que não haja editoras nacionais. Mas e as humanidades? Nessas, os livros continuam decisivos. Devemos publicá-los também em inglês? Mas não compliquemos. Os que se dedicam a elas devem considerar o nível não especializado de nosso público. Portanto seus livros ou cabem em uma editora comercial ou são dispensáveis. Não sei se a explicação é correta, mas pelo menos faz sentido.
LUIZ COSTA LIMA é crítico literário, autor de “O controle do imaginário e afirmação do romance”, entre outros
Raquel Wandelli (37219459 e 991105240 – assessora de Comunicação
raquelwandelli@yahoo.com.br raquelwandelli@reitoria.ufsc.br

É tudo uma questão de adaptação: obra põe em xeque autoria na pós-modernidade

08/04/2011 16:20

A questão da adaptação da literatura para o teatro ou para o cinema e vice-versa já rendeu vasta bibliografia sobre as transformações sofridas pelas obras de arte quando transpostas para linguagens diferentes. “O meio é a mensagem”, cunhou McLuhan. Não se diz a mesma coisa em veículos diferentes. Notorizada pelos livros em que desenvolve os conceitos de paródia, ironia e intertextualidade, a teórica canadense Linda Hutcheon foi muita além das discussões sobre a fidelidade aos originais e encontrou na adaptação um emblema do próprio modo de criação na pós-modernidade. Em Uma teoria da adaptação, sua última obra, publicada pela Editora da UFSC, Hutcheon demonstra que com o advento das novas tecnologias de comunicação e a convergência das mídias, toda autoria passa obrigatoriamente pela adaptação.

Entre uma safra de lançamentos de autores contemporâneos de repercussão internacional, a EdUFSC escolheu Uma teoria da adaptação para encerrar na sexta-feira, 8, a Feira de Livros que promove desde o dia 13 de março na Praça da Cidadania, em parceria com a Liga das Editoras Universitárias. Considerada referência nos estudos sobre literatura pós-moderna Linda Hutcheon é fundadora do conceito de metaficção-historiográfica como marca dessa literatura que se alimenta dela mesma e da história enquanto discurso também literário. Foi traduzida por André Cechinel, recém titulado doutor em Teoria Literária pela UFSC com uma tese sobre o poeta T.S. Eliot, ele mesmo um grande adaptador criativo.

Por essa tese, autoria na pós-modernidade não pode escapar à adaptação. Estamos sempre adaptando ainda que de forma não consciente. “Adaptar é um pouco como redecorar”, diz o pensamento de Alfred Uhry na epígrafe do livro. Valendo-se de muitos exemplos ilustrativos que vão desde as tradicionais artes impressas e performativas como cinema, literatura, teatro, ópera e televisão até as mais contemporâneas, como videogames, obras digitais, parques temáticos, covers de músicas, Hutcheon leva esse conceito às últimas conseqüências, a ponto de caracterizá-lo como um modo de criar o novo a partir do velho próprio deste tempo. Revela que esse processo ocorre não só quando as obras derivam de uma adaptação propriamente dita, como no exemplo clássico de um romance que é levado às telas do cinema, mas sempre que alguém (re)cria, (re)escreve e sobretudo quando lê está condenado a fazer adaptações de textos e obras anteriores. Ou seja, adaptação não é exceção, é regra.

A teoria da adaptação permite perceber que a globalização e as novas tecnologias, sobretudo as mídias digitais, estão potencializando esse processo de colagem a ponto de levar à reformulação radical da questão da originalidade e de confundir o que é roubo e plágio. E ainda que as forças capitalistas tentem conter o controle sobre quem é o dono da obra através da lei de direitos autorais, as novas mídias colocam definitivamente em xeque a autoria nos termos românticos que a compreendiam como obra de gênio, original, única e propriedade privada. Sobretudo porque com os novos meios radicaliza-se um terceiro modo de engajamento com as histórias, que não é mais apenas contar e mostrar, mas interagir. E aí, o mais importante, é que Hutcheon considera a intervenção do leitor no mesmo plano da autoria como uma nova adaptação.

Efetuando ela mesma a adaptação de teorias anteriores sobre a intertextualidade e sem a pretensão de inventar a roda, Hutcheon afirma que todas as obras, nesse sentido, são secundárias e que toda arte deriva de outra arte. “As adaptações apenas são as próximas da fila”. Nesse caminho, a despreconceituosa epígrafe do escritor beat William Burroughs já nos anos 60, sustenta a tese da teórica, salvando as adaptações da depreciação como arte secundária recorrentes no senso comum e no meio acadêmico: “No fim das contas, a obra de outros escritores é uma das principais fontes de input para o escritor, então não hesite em utilizá-la; não é porque alguém teve uma ideia que você não pode se apropriar dela e lhe dar um novo desdobramento. As adaptações podem se tornar adoções bem legítimas”.

MORRE O AUTOR, NASCE O ADAPTADOR

Na obra escrita especialmente para a edição brasileira e prefaciada por Anelise Corseuil e Rosana Kamita, ambas professoras da UFSC, Hutcheon teoriza sobre a passagem “transcultural” que ocorre quando uma história é adaptada para outras mídias, gêneros, línguas e culturas. Detém-se a analisar aí um processo que chama de indigenização (indigenization), traduzido como nativização ou aculturação, que faz a obra necessariamente assumir diferentes significados quando apropriada por diferentes sujeitos em seus contextos históricos. “Nós não apenas contamos, como também recontamos nossas histórias. E recontar quase sempre significa adaptar – ‘ajustar’ as histórias para que agradem ao seu novo público. Mesmo antes do advento do mundo globalizado atual, todas as culturas estiveram envolvidas com traduções interlinguais e adaptações interculturais”, escreve a autora no prefácio, distanciando-se assim das gastas discussões sobre a ilegitimidade das adaptações.

Esse autor que adapta as histórias e tem na internet seu meio ideal de recontar e propagar histórias com um simples forward seria o protótipo do narrador da pós-modernidade. Um tipo de narrador, aliás, profeticamente já exercitado por Walter Benjamin – autor de ensaio definitivo sobre a discussão arqueológica do ofício do narrador – em Passagens, obra-prima com mais de mil páginas de citações selecionadas e comentários sobre leituras feitas na Biblioteca de Paris. Nunca é demais lembrar a interminável sequência de adaptações feitas pelos célebres pintores impressionistas e modernos do quadro “As banhistas”, de Renoir, que aliás, originalmente já nem lhe pertence, se considerarmos toda a história da arte que representa mulheres em banho, como o Nascimento de Vênus de Botricelli, que por sua vez remonta a arte trusca e os afrescos de Pompeia.

Uma Teoria da Adaptação pode ser vista, na avaliação do editor Sérgio Medeiros, como uma ponte entre a teoria da intertextualidade, segundo a qual toda obra é transformação de outra, e a recente teoria do texto encontrado, cuja semente já estava também no velho Benjamin. Essa ideia passaria de sugestão à concretização no meio digital, onde os textos são literalmente encontrados e colocados em novos formatos, passando a gerar novos textos. “E os autores desses textos encontrados não são ao pé da letra autores no sentido clássico, mas adaptadores”, explica Medeiros. “Cai por terra a relação de causa e efeito entre criador e criatura, como se o autor fosse anterior à obra, ou se a tirasse de si mesmo”. Na teoria da adaptação afirma-se a ideia já sugerida por Roland Barthes em “A morte do autor” de que toda autoria é coletiva.

Em diálogo com todos esses textos, Linda Hutcheon aponta, na metáfora e no funcionamento da adaptação, o emblema para compreender as mudanças estéticas que caracterizam a passagem do século XX para o século XXI. A autoria na era digital parece se estabelecer não na arte de redigir textos, mas de encontrá-los e adaptá-los e a internet torna-se, como o palco do teatro, um lugar bem menos ortodoxo do que aqueles que fiscalizam a sua pureza, segundo Philip Pullman. “O palco sempre recebeu com alegria quaisquer boas histórias”.

Lançamento: Uma teoria da adaptação
Editora da UFSC
Autora: Linda Hutcheon
Tradução: André Cechinel
Local: Feira de Livros da EdUFSC/LEU
Data: 8/4, das 9 às 19 horas.

Raquel Wandelli, jornalista na SeCarte/UFSC
(048) 37219459 e 99110524
Professora de Jornalismo da Unisul,
doutoranda em Literatura/UFSC
raquelwandelli@yahoo.com.br
raquelwandelli@ufsc.br

Núcleo de Estudos Açorianos realiza exposição “Imagens dos Açores” na Casa de Cultura de Sombrio

05/04/2011 15:54

   Imagens dos Açores é uma Exposição composta por 30 imagens ampliadas (tamanho 40X50cm) em papel fotográfico em cores. Os retratos, feitos no arquipélago dos Açores, mostram arquitetura, festas populares, costumes tradicionais, as freguesias rurais, artesanato, o folclore e também as belezas naturais do arquipélago.
Como proposta, a Exposição mostra aos descendentes de Açorianos que moram em Santa Catarina as semelhanças encontradas entre a vida nos Açores e o cotidiano dos moradores do litoral catarinense.
O evento é o primeiro de uma série que o Núcleo da UFSC (NEA) realizará em Sombrio, e será uma preparação para 18º AÇOR – Festa da Cultura Açoriana de Santa Catarina. O 18º AÇOR é uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Sombrio e a UFSC que ocorrerá de 23 a 25 de setembro de 2011.

SERVIÇOS:
Abertura: 6 de abril de 2010, às 19h
Local: Casa da Cultura de Sombrio – Centro
Período: 7 a 29 de abril de 2011
(segunda à sexta-feira das 13h30 às 22h)
Realização: Casa da Cultura de Sombrio / NEA – UFSC
Mais informações: ($*) 3533-1958 com Clair ou 3721-8605 / joi@nea.ufsc.br

Joi Cletison Alves, natural do estado de Santa Catarina/Brasil, é historiador e especialista em história de Santa Catarina. Atualmente exerce a função de Diretor do Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC. Atuou na direção do Departamento Artístico Cultural da UFSC onde implantou a Galeria de Arte desta Universidade, também dirigiu várias Instituições culturais no Estado de Santa Catarina. Atua como fotógrafo há mais de 30 anos com dezenas de exposições realizadas no Brasil e outros países.

Filósofo Rolf-Peter Horstmann defende atualidade do idealismo alemão

01/04/2011 08:55

O curso de Filosofia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas conheceu na manhã de quinta-feira (31) o pensamento de Rolf-Peter Horstmann, um dos maiores especialistas no idealismo alemão. Professor do Instituto de Filosofia da Humboldt University of Berlin, na Alemanha, Horstmann proferiu em inglês a palestra “O significado filosófico do idealismo alemão”, em que defendeu a relevância e a atualidade dessa corrente que tem entre seus principais expoentes Kant, Fichte, Schelling e Hegel.  “Considero o idealismo alemão um dos mais interessantes projetos no campo da filosofia occidental”, afirmou Horstmann.

Em curta missão de intercâmbio no Brasil pela DAAD/Capes, o professor e filósofo está há um mês em Florianópolis, atuando na orientação de alunos de filosofia da UFSC dentro de um projeto de pesquisa com a professora Maria de Lourdes Borges, secretária de Cultura e Arte, tambem especialista em Kant e autora de Atualidade em Hegel, recentemente lançado pela Editora da UFSC. “Hortsman nos mostra que o idealismo ainda é um conceito atual, que pode ajudar a filosofia em suas questões essenciais da racionalidade”, acrescenta a professora. Durante a conferência a alunos e professors do Curso de Pós-graduação, o autor de Kant Und Die Berliner Aufklarung: Akten Des Ix. Internationalen Kant-Kongresses (German Edition), entre outras obras, argumentou que o idealismo não pode ser considerado como um fenômeno isolado na estrutura da história da filosofia, mas deveria também ser abordado no contexto maior das questões da filosofia em geral.

Autor ainda de Nietzsche: Beyond Good and Evil (Cambridge Texts in the History of Philosophy), Horstman relativizou as críticas dirigidas ao chamado „Monismo idealista“, lembrando que a impossibilidade de encontrar uma definição não-controversa e não-trivial para o que de fato constitui a tarefa e os objetivos da filosofia nessa concepção resulta da sua própria constituição. “Isso se nós entendemos que o idealismo proporciona ao homem uma orientacão racional no mundo, um mundo que é caracterizado pela dificuldade de se chegar a uma síntese não-conflitante entre racionalidade e orientação”. E chamou a atenção para uma releitura mais atenta desses filósofos: “Nós estaremos fechando nossos olhos para a realidade se nós não nos dermos conta de que a filosofia é uma disciplina ameaçada em muitos aspectos, ameçada não só através de tudo que se configura em oposição e tenta tomar posse das intenções que eram as suas prerrogativas originais, mas acima de tudo apesar de seus próprios antagonismos”.

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Última semana da Feira de livros da UFSC prevê mais lançamentos

31/03/2011 16:04

Prossegue até o final da próxima semana (8/4), na Praça da Cidadania da UFSC, a Feira de Livros da Editora da UFSC/LEU que oferece com descontos muito vantajosos 8.200 mil volumes de suas antigas e novas coleções. Para a última semana estão previstos os lançamentos de livros de autores de projeção internacional, como Linda Hutcheon, Paul Claval e Shakespeare. Aberta no dia 15 de março, a Feira está oferecendo com descontos vantajosos à comunidade obras fundamentais como o clássico “Farmacognosia”, de diversos pesquisadores brasileiros e estrangeiros, e “A Coisa Perdida: Agamben comenta Caproni”, organizado e traduzido do italiano por Aurora Bernardini.

Funcionando das 9 às 19 horas, exceto aos sábados e domingos, em uma tenda climatizada na Praça da Cidadania, a exposição comercializa livros com descontos entre 15 e 70% para a comunidade universitária e público em geral. Os títulos cobrem diversos campos do conhecimento, da cultura e da arte. Fazem parte das prateleiras os melhores títulos e lançamentos de algumas das editoras universitárias de destaque do país que integram a LEU, como a EdUSP, Ed. da UFMG e da Unicamp.

Na próxima semana, a EdUFSC lançará na feira “Epistemologia da Geografia”, uma obra definitiva de um dos maiores geógrafos da atualidade, o francês Paul Claval. A mostra será encerrada com o aguardado estudo “Uma Teoria da Adaptação”, da ensaísta canadense Linda Hutcheon, uma das maiores especialistas da atualidade em cultura globalizada e pós-modernismo. Entre outras grandes novidades da Editora da UFSC estão “Do jeito que Você Gosta”, de Shakespeare, e “Corpo e Performances”, de Stephan Arnulf Baumgärtel, um estudo sobre as montagens dessa mesma peça, um clássico do século XX.  Todas essas obras são inéditas e de edição própria.

Um dos destaques da nova safra de títulos da UFSC é o segundo volume da antologia do mestre catarinense do conto Silveira de Souza, sob o título “Ecos no Porão II”, que foi lançado no dia 22 de março como parte das comemorações do aniversário da cidade e está sendo inscrito nos Prêmios Jabuti e Brasil Telecom de Literatura como o melhor livro de contos do ano.  “A feira não é mais uma queima de estoque, mas uma oportunidade de adquirir obras fundamentais com preços muito abaixo do mercado”, explica o diretor da EdUFSC, Sérgio Medeiros. Além dessas obras, a Editora está colocando à disposição do leitor, nesse espaço, praticamente todos os títulos do seu catálogo.

Lançamentos da EdUFSC à venda na Feira:

  • Ética das virtudes – JOÃO HOBUSS (ORGANIZADOR)
  • A coisa perdida – AURORA FORNONI BERNARDINI (ORGANIZAÇÃO E TRADUÇÃO)
  • A decadência de Santa Catarina – HENRIQUE LUIZ PEREIRA OLIVEIRA • MARLON SALOMON
  • Fundamentação filosófica – GIOVANI LUNARDI • MÁRCIO SECCO
  • Redes locais – MARCELO RICARDO STEMMER
  • Georges Bataille – FRANCO RELLA • SUSANNA MATI
  • Desgostos; novas tendências estéticas – MARIO PERNIOLA
  • 4 poetas da Catalúnia – LUIS SOLER (ORG.)
  • 28 desaforismos –  FRANZ KAFKA –  SILVEIRA DE SOUZA (TRADUÇÃO)
  • Ecos do porão vol 1 – SILVEIRA DE SOUZA
  • Educação do corpo em ambientes educacionais – FÁBIO MACHADO PINTO • ALEXANDRE FERNANDEZ VAZ • DEBORAH THOMÉ SAYÃO  (ORGANIZADORES)
  • Discussão de novos paradigmas –  JAIME COFRE • KAY SAALFELD (ORGANIZADORES)
  • Uma adaptação – LINDA HUTCHEON

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ANTROPÓLOGO MASSIMO CANEVACCI FALA SOBRE MUSEU NO SÉCULO XXI

30/03/2011 15:11

O antropólogo italiano Massimo Canevacci abre, na terça-feira, 29, o primeiro evento do ciclo de debates O Pensamento no Século XXI e da série Museu em Curso deste ano. A conferência “O Museu no Século XXI” ocorrerá das 16 às 18 horas, no auditório do Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, na UFSC, em parceria com a Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, Pró-Reitora de Pós-Graduação e Associação dos Amigos do Museu. Professor da Facultade Scienze della Comunicazione “La Sapienza”, de Roma, e professor visitante da UFSC, Canevacci abordará as possibilidades de apropriação das tecnologias digitais na representação da cultura urbana e na arquitetura contemporânea, Referência internacional na área de comunicação museal, Canevacci atua desde 1984 no Brasil como pesquisador convidado para desenvolver pesquisas, conferências e cursos em universidades. Sua pesquisa, orientação didática e publicações se desenvolvem em torno da comunicação visual, arte digital, etnografia urbana e indígena, culturas da juventude, antropologia teórica e trocas entre antropologia e outras áreas do conhecimento. Atualmente coordena o projeto Carpe-Code, sobre metrópole comunicacional, design expandido, etnografia ubíqua e realidade aumentada.

Autor de A cidade polifônica, da Studio Nobel (1993), considerada uma obra fundamental para compreender a antropologia urbana através da mídia e da arquitetura, Canevacci dirigiu até 2001 a revista Avatar de etnografia, comunicação e arte visuais. Também publicou Comunicação Visual, pela Brasiliense, Fetichismos Visuais, da Ed. Atelier, Sincretismos; uma exploração das hibridações culturais, da Studio Nobel e Culturas Extremas, da DpA. Em processo de tradução no Brasil pela editora Annablume, escreveu La linea di polvere, publicado em Roma pela Meltemi (2007), como fruto de pesquisa que realizou sobre a cultura dos índios Bororo.

Os projetos O Ciclo Pensamento no Século XXI e Museu em Curso foram concentrados em torno dessa conferência para evidenciar os desafios das instituições museológicas hoje. Vivemos um tempo em que as mídias e as identidades se multiplicam e modificam o espaço urbano, de modo que os registros de memória e de cultura precisam levar em conta processos de identidade cada vez mais sazonais e fragmentados, lembra a secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges. Na continuidade do projeto Museu em Curso, a cada mês, será realizada uma palestra voltada para as diversas áreas da teoria e da prática museológica.

Serviço:

O quê: Museu em curso, palestra com Massimo Canevacci

Quando: 29 de março, das 16h às 18h

Onde: Auditório do Museu Universitário da UFSC

Quanto: Entrada franca

Informações: 48 3721-8604 ou 9325

e-mail: ufsc.mu.museologia@gmail.com

Serão fornecidos certificados

Divisão de Museologia

Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral – UFSC

Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima – Trindade – CEP 88.040-900 – Florianópolis – Santa Catarina – Brasil
Telefones: 48 3721-8604 / 6473 / 9325

Raquel Wandelli, jornalista na SeCArte

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Oficinas de Teatro do Departamento Artístico Cultural abrem inscrições

29/03/2011 15:53
Duas oficinas de Teatro para adultos, oferecidas pelo Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC, abrem inscrições para receber novos candidatos.
Para a “Oficina Permanente de Teatro” (OPT), os interessados deverão comparecer para entrevista de seleção na terça-feira, 29/03, às 20 horas, no Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha. Após ser confirmado pela coordenação, o candidato deverá recolher no banco a taxa de inscrição semestral de R$ 50,00.
Para a oficina “Projeto Experimentos Cênicos em Teatro”, os interessados devem se dirigir ao Departamento Artístico Cultural (DAC), no Teatro da UFSC, e fazerem a sua inscrição. A taxa de inscrição semestral, a ser recolhida no banco, é de R$ 50,00.
Nos moldes do ano passado, a UFSC está com edital aberto para oferecer mais oficinas de Arte para toda à comunidade, ampliando as áreas de linguagens artísticas. Fique atento à divulgação das notícias em www.dac.ufsc.br e www.ufsc.br. Sobre o edital veja www.ufsc.br/cpl
OFICINA PERMANENTE DE TEATRO – OPT
Inscrição mediante entrevista no dia 29 de março, terça-feira, às 20:00 horas, no Teatro da UFSC. Taxa: R$ 50,00, após confirmação na entrevista.
A Oficina Permanente de Teatro – OPT, vinculada ao Departamento Artístico Cultural da UFSC, vem sendo realizada há mais de três décadas e tem por objetivo uma vivência na área das Artes Cênicas compreendendo o estudo teórico e a vivência teatral. Possui uma grade disciplinar básica em que se desenvolve a metodologia “de como ser para representar ou ser”. A cada turma, dependendo da vocação do grupo aí formado, ela realiza o processo de montagem seguindo a tendência natural do grupo. Esta vivência poderá ser de Teatro de Rua, de Mímica, de montagem dos Clássicos. Depois desta etapa, os alunos, que de fato sintonizam sua vocação, podem integrar o elenco do Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC. A oficina e o grupo são coordenados por Camen Fossari.
A Oficina Permanente de Teatro realiza suas atividades na formação do ator/cidadão e possibilita o registro do ator/atriz.
Horário:
A OPT acontece à noite. A turma com integrantes antigos se reúne nas segundas e quartas-feiras; a turma com alunos novos, nas terças e quintas-feiras.
Sobre a coordenadora:
Carmen Fossari é Mestre em Literatura Brasileira, pela UFSC, com opção em Teatro. Diretora de Espetáculos do DAC – Departamento Artístico Cultural da UFSC. Coordenadora e professora da Oficina Permanente de Teatro da UFSC. Diretora e fundadora do Grupo Pesquisa Teatro Novo/UFSC. Nessa categoria, recebeu inúmeros prêmios estaduais e nacionais, bem como representou o Brasil com espetáculos que dirigiu, escreveu e atuou nos seguintes países: Porto Rico, México, Paraguai, Argentina, Chile,Colômbia e Portugal. Esteve com espetáculos no Chile por sete vezes, onde mantém convênio através do GPTN/UFSC com a “Cia. La Carreta” que coordena, naquele país, o ENTEPOLA – Encontro de Teatro Popular Latino Americano. Participou de três Projetos “Mambembão”, no Rio de Janeiro e em São Paulo, com os espetáculos “Mesa Grande” e “Terra de Terrara”, obras que dirigiu e atuou, numa promoção do Serviço Nacional de Teatro, RJ (duas temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, e um Curso de Direção Teatral, integrante do Projeto, ministrado pelos melhores diretores de Teatro do Brasil). Coordenou o 1º ENTEPOLA do Brasil, na cidade de Florianópolis, em 1996, com a participação de 280 artistas das Américas e de outros Continentes. Dramaturga, recebeu prêmios nacionais pelos textos “Terra de Terrara” e “Engenho Engendrado” (ambos de pesquisa lingüística e cultural das Comunidades Açorianas). Dirigiu e produziu mais de 60 peças teatrais nas categorias de Teatro Adulto, Infantil de Títeres e de Rua.
OFICINA PROJETO EXPERIMENTOS CÊNICOS EM TEATRO
Coordenação: Profa. Dra. Biange Cabral, profissional do DAC/SECARTE/UFSC.
Oficina: Construção dos seres ficcionais no contexto do Drama.
Ministrante: Wagner Monthero / PPGT – UDESC
Ementa:
Esta oficina está centrada nos processos de criação de seres ficcionais no
contexto do Drama. O trabalho de interpretação dos participantes terá como
base a identificação e escolha de imagens que, associadas ao seu repertório
pessoal, favorecerá a expressividade individual em detrimento da
representação. A articulação entre as criações individuais delimitadas pelos
elementos do Drama conduzirá à significação e edição das ações criadas.
Objetivos:
– Explorar formas de criação de seres ficcionais;
– Criar partituras de ações centradas na articulação de imagens e
fotografias;
– Promover a interação das partituras no contexto do drama.
Metodologia:
– Construção de Seres Ficcionais através de partituras físicas de ações
criadas a partir de fotografias e outras imagens visuais;
– Expansão e ampliação das partituras de ações a partir de elementos
estruturais do Drama tais como: contexto ficcional, ambientação cênica,
tensão dramática e professor-personagem.
Período de Realização:
De: 04 de abril a 06 de junho de 2011 sempre às segundas-feiras.
Horário: 19 às 21h.
Local: DAC – Igrejinha da UFSC
Sobre a coordenadora:
Biange Cabral é Diretora de Artes Cênicas (DAC/UFSC) e professora da graduação e pós-graduação em Teatro do Ceart/UDESC. Mestre em Teatro pela USP e PhD em Drama pela UCE/Inglaterra. Coordenou intercâmbio de pesquisa entre a UFSC, a UDESC e a University of Exeter/UK (programa de intercâmbios CAPES/Conselho Britânico), de 1997 a 2001. Foi tesoureira da ABRACE (Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Teatro) na gestão 2002-2004. Publica nas áreas de Pedagogia do teatro e Recepção teatral.
Sobre o ministrante: Wagner Monthero é graduado em Odontologia e atua na área de Teatro e Vídeo desde o ano de 2005, trabalhando como ator e participando de oficinas, seminários e grupos de pesquisa. Reingressou na Universidade no Curso de Bacharelado e Licenciatura em Teatro da UDESC e atualmente faz mestrado no Programa de Pós-Graduação em Teatro da mesma instituição.
Essas Oficinas de Teatro são projetos permanentes realizados pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
SERVIÇO:
O QUÊ: Inscrições para Oficinas de Teatro para adultos no Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC
QUANDO: Para a OPT: entrevista dia 29/03, terça-feira, às 20 horas. Para Projeto Experimentos Cênicos em Teatro, inscrição na Secretaria do DAC, das 10 às 18 horas.
ONDE: Departamento Artístico Cultural (DAC), Teatro da UFSC, ao lado da Igrejinha. Praça Santos Dumont, Trindade, Florianópolis-SC.
QUANTO: Taxa de inscrição semestral a R$ 50,00
CONTATO: (48) 3721-9348 e 3721-9447 – www.dac.ufsc.br
Veja a relação de cursos e oficinas de arte do DAC, para este semestre, em http://www.dac.ufsc.br/destaques_cursos_oficinas.php#topo
Fonte: [CW] DAC: SECARTE: UFSC, com material institucional.

Projeto 12:30 recebe a música do Trio Karibu

29/03/2011 15:12
No início de 2010, três artistas de linguagens bastante distintas se juntaram para produzir um som que falasse sobre as influências que a cidade pode trazer às pessoas e suas relações: o trio Karibu é formado por François Muleka (violão e voz), Max Tommasi (bateria) e Trovão Rocha (baixo fretless).
Karibu é um termo que em Swahili (língua africana) expressa votos de boas vindas, denotando a vontade dos integrantes de apresentar músicas simples em arranjos complexos, porém acessíveis e interessantes para músicos e “não-músicos”. Em março de 2011, o grupo estreia o show Baile Perfumado, totalmente autoral, com parcerias e participações de amigos, como Amado João, parceiro na composição que dá nome ao espetáculo. O show, bem como o Trio, tem um clima bastante urbano e transpira as influências do rock, do jazz, dos ritmos do congo e do Brasil.
Em seu pouco tempo de existência, Karibu já se apresentou para diversas plateias. Os primeiros dois ensaios abertos aconteceram no Centro de Artes da UDESC, assim como o primeiro show, que aconteceu durante a Semana do Calouro, promovida pelo Diretório Acadêmico.
Durante o verão de 2010/2011, o trio se apresentou algumas vezes nas festas da Casa da Música, república estudantil que promove festas que reúnem cerca de 500 pessoas para conhecer novas bandas de Florianópolis.
Em março de 2011, Karibu apresentou pela primeira vez o Baile Perfumado, no teatro do SESC.
Os músicos
François Muleka é filho de congoleses e cresceu numa atmosfera artística extremamente rica em que desde cedo conviveu com o universo do folclore, da pintura, música, danças e literaturas de várias regiões do Brasil e da África. Atua profissionalmente como músico desde 2002 em shows pelo Brasil, Argentina e França.
Max Tommasi toca bateria com várias bandas em Florianópolis. Já acompanhou os Stereo Tipos e Rafa Brasileiro (compositor de Canção da Bailarina e Meu Nego). Graduando em Artes Visuais na UDESC, divide suas habilidades artísticas entre a pintura e a música. É famoso por seus grooves, de funk e black music.
Trovão Rocha começou a estudar contrabaixo aos 14 anos com o contra-baixista Renato Valério. Dos 14 aos 17 participou de bandas de diversos estilos, tocando na noite de Florianópolis, até o ano de 2006 onde ingressa no curso de licenciatura em música da Universidade do Estado de Santa Catarina. Nesse curso teve a oportunidade de estudar harmonia e arranjo com Sérgio Freitas, arranjo e improvisação com Leonardo Garcia, análise com Guilherme Sauer Bronn e composição com Acácio Tadeu Piedade. Fora de sua vida acadêmica participou de diversas oficinas e workshops, onde teve a oportunidade de estudar e tocar com diversos músicos importantes do cenário instrumental brasileiro como: Ronaldo Saggiorato, André Neiva, Daniel Santiago, Gabriel Grossi, André Vasconcelos, André Marques, Paulo Braga, Genil Castro, Thiago do Espírito Santo, Arismar do Espírito Santo, Endrigo Betega e Jorge Helder.
Projeto 12:30
O Projeto 12:30 é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da UFSC e apresenta semanalmente atrações de cunho cultural, grupos de música, dança e teatro, nas versões ao ar livre na Concha Acústica e na versão acústico, quinzenalmente, no Teatro da UFSC.
Criado em 1986, foi a partir de 1993 que os shows passaram a ser realizados semanalmente na praça central do campus, a Praça da Cidadania, onde estão a Concha Acústica da UFSC e o Varandão do CCE. A cada ano, em cerca de 60 shows, mais de 300 artistas se apresentam para um público estimado em 20 mil pessoas.
Inscrições Abertas
Artistas interessados em se apresentar no projeto dentro do campus da UFSC devem entrar em contato com o DAC através dos telefones (48) 3721-9348 / 3721-9447 ou por e-mail, enviando mensagem para projeto1230@dac.ufsc.br. Mais informações, sobre como participar do projeto, estão disponíveis no site www.dac.ufsc.br. As inscrições estão abertas.
SERVIÇO:
O QUÊ: Apresentação musical com Trio Karibu
QUANDO: Dia 30 de março de 2011, quarta-feira, às 12h30
ONDE: Projeto 12:30, na Concha Acústica da UFSC, Praça da Cidadania, área central do campus da UFSC, Trindade, Florianópolis-SC
QUANTO: Gratuito e aberto à comunidade.
CONTATO: Nina Bamberg – Produtora executiva: (48) 8833-3224 e 9650-2035.
No Myspace: myspace.com/triokaribu – No Facebook, como Trio Karibu.
Fonte: Patrícia Siqueira – Acadêmica de Jornalismo, Assessoria de Imprensa do DAC: SECARTE: UFSC, com texto e foto do grupo.

Massimo Canevacci abre nesta terça-feira série “Museu em Curso”

29/03/2011 11:00

Foto: Overmundo

O antropólogo italiano Massimo Canevacci abre, nesta terça-feira, 29 de março, o primeiro evento do ciclo de debates  ´O Pensamento no Século XXI` e da série ´Museu em Curso` deste ano. A conferência “O Museu no Século XXI” ocorrerá das 16 às 18 horas, no auditório do Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, na UFSC, em parceria com a Secretaria de Cultura e Arte (SecArte), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) e Associação dos Amigos do Museu. Professor da Facultade Scienze della Comunicazione “La Sapienza”, de Roma, e professor visitante da UFSC, Canevacci abordará as possibilidades de apropriação das tecnologias digitais na representação da cultura urbana e na arquitetura contemporânea.

Referência internacional na área de comunicação museal, Canevacci atua desde 1984 no Brasil como pesquisador convidado para desenvolver pesquisas, conferências e cursos em universidades. Sua pesquisa, orientação didática e publicações se desenvolvem em torno da comunicação visual, arte digital, etnografia urbana e indígena, culturas da juventude, antropologia teórica e trocas entre antropologia e outras áreas do conhecimento. Atualmente coordena o projeto Carpe-Code, sobre metrópole comunicacional, design expandido, etnografia ubíqua e realidade aumentada.

Autor de A cidade polifônica, da Studio Nobel (1993), considerada uma obra fundamental para compreender a antropologia urbana através da mídia e da arquitetura, Canevacci dirigiu até 2001 a revista Avatar de etnografia, comunicação e arte visuais. Também publicou Comunicação Visual, pela Brasiliense, Fetichismos Visuais, da Ed. Atelier; Sincretismos, uma exploração das hibridações culturais, da Studio Nobel e Culturas Extremas, da DpA. Em processo de tradução no Brasil pela editora Annablume, escreveu La linea di polvere, publicado em Roma pela Meltemi (2007), como fruto de pesquisa que realizou sobre a cultura dos índios Bororo.

Os projetos ´O Ciclo Pensamento no Século XXI` e ´Museu em Curso` foram concentrados em torno dessa conferência para evidenciar os desafios das instituições museológicas hoje. “Vivemos um tempo em que as mídias e as identidades se multiplicam e modificam o espaço urbano, de modo que os registros de memória e de cultura precisam levar em conta processos de identidade cada vez mais sazonais e fragmentados”, lembra a secretária de Cultura e Arte Maria de Lourdes Borges. Na continuidade do projeto Museu em Curso, a cada mês, será realizada uma palestra voltada para as diversas áreas da teoria e da prática museológica.

Serviço:

O quê: Museu em curso, palestra com Massimo Canevacci
Quando: 29 de março, das 16h às 18h
Onde: Auditório do Museu Universitário da UFSC
Quanto: Entrada franca
Informações: 48 3721-8604 ou 9325
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Serão fornecidos certificados

Divisão de Museologia
Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral – UFSC
Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima – Trindade – CEP 88.040-900 – Florianópolis – Santa Catarina – Brasil
Telefones: 48 3721-8604 / 6473 / 9325

Por Raquel Wandelli/  Jornalista na SeCarte
(048) 37219459 e 99110524
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Neri Andrade pinta memórias do engenho

24/03/2011 14:43

As obras de Neri Andrade não impressionam somente pelo cromatismo, mas principalmente pelo desenho poético dos casarios, os engenhos, festas religiosas, cenas rurais, lidas da roça e o trabalho da pesca. Suas pinturas naif lançam luzes para a herança cultural deixada pelos casais açorianos na hoje simbolicamente denominada “Décima Ilha do arquipélago dos Açores”. Com a exposição “Memórias do Engenho Andrade”, o espaço Cultural do Núcleo de Estudos Açorianos da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC abre, de 15 de março a 15 de maio, o calendário de exposições de 2011 em homenagem ao artista.

Através das obras dessa exposição, Neri convida a uma viagem fascinante pelos corredores da memória de sua infância no engenho e no casarão Andrade, onde nasceu e viveu grande parte de sua vida. As telas estão expostas de segunda a sexta feira, das 9 às 12 e das 14 às 17 horas no espaço cultural do NEA, que fica ao lado do Museu Universitário. O evento tem apoio da Agência de Comunicação da UFSC e da Direção Regional do Governo dos Açores.

Com mais de 30 anos de carreira, o artista foi escolhido em 2004 para representar o Brasil no Catálogo Internacional da CFM The Power of Flinght, da General Eletric, produtora de turbinas para aeronaves. Em 2006 foi premiado na Bienal Naif de Piracicaba/SP, com as obras “Pescaria Noturna” e “Interior de Engenho”. O critico de arte Oscar D’Ambrosio escreveu sobre sua obra: “O segredo está em não oferecer o óbvio, mas criar uma visão pessoal de um universo no qual se sente à vontade por conviver com ele desde criança. A localidade que pinta não existe mais da maneira que Neri Andrade a retrata, mas é preservada pela sua memória, pela forma como transforma suas lembranças em obras bem elaboradas.”

Local: Espaço Cultural NEA – Núcleo de Estudos Açorianos – Universidade Federal de Santa Catarina

Período: 15 de março a 15 de maio de 2011.

Visitação: 2ª a 6ª feira das 9 às 12 e das 14 às 17 horas

Informações: (48) 3721.8605 ou (48) 3235.2572 ou Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.

Fotografias para divulgação: http://www.nea.ufsc.br/ExposicaoEngenho_NeriAndrade_2011.zip
Promoção:

Universidade Federal de Santa Catarina

Secretaria de Cultura e Arte

Realização:
Núcleo de Estudos Açorianos da UFSC

Apoio:
AGECOM/UFSC

Direção Regional dos Açores/Governo dos Açores

Por Raquel Wandelli / 48 99110524Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.