Agenda Cultural
Entre os dias 4 de agosto e 26 de setembro, a Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe a exposição Franklin Cascaes: Vida e Arte em Tela no Espaço Expositivo Hall do Auditório.
>> Sobre a exposição:
A exposição apresenta a fascinante trajetória de Franklin Cascaes, um dos mais importantes artistas e historiadores de Santa Catarina. Nesta exposição, as obras revelam a riqueza da cultura local, lendas e tradições através de detalhes encantadores. Uma oportunidade única de explorar a vida e a arte de Cascaes, que eternizou a alma de sua terra em telas cheias de história e paixão. Uma experiência imperdível para amantes da arte e cultura brasileira.
A exposição conta com a curadoria de Roberta Moraes de Bem e reúne obras dos artistas: Ana Luisa Caminha Corrêa, Bruna De Araujo Dechen, Cristian Menezes Martins, Elyane Rangel, Felipe G. Malta, Fernando D’Acampora, Gisele Duro Zanini, Hélio Bastida Lopes, Maria Da Conceição Mendes, Maria Luiza De Lacerda Lima, Marilde Mafra, Marilene Ramos Varela Caldeira De Andrada, Marileti Carvalho, Narcisa Amboni, Nicole Del Mattos Vieira, Roberta Moraes de Bem, Rosane Goulart Silvestre, Smith e Vanessa Amorim.
A proposta foi realizada pela BU/UFSC Exposições com apoio do Acervo Fotográfico/Agecom/UFSC, da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC), do Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento (PPGEGC) e do Museu do Brinquedo da Ilha de Santa Catarina.
Para mais informações, acesse o Instagram do Atelier Smith.
>> Serviço:
O quê: Exposição Franklin Cascaes: Vida e Arte em Tela
Onde: Espaço Expositivo Hall do Auditório da Biblioteca Central – UFSC, Florianópolis
Quando: De 04/08/2025 a 26/09/25, de segunda a sexta-feira
Quanto: Exposição gratuita e aberta à comunidade
Informações: Instagram
De 5 de agosto a 30 de setembro, a Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe a exposição Troncos, galhos e raízes, do artista Hélio Ormeu Ribeiro. A exposição retrata o encontro do artista com a natureza da sua cidade natal. Seu trabalho é desenvolvido sobre madeiras descartadas na mata, dando uma nova “vida” a elas. A parceria com a natureza é constante, e o artista procura intervir o mínimo possível sobre o material disponibilizado. Dessa parceria surgem ETs, dançarinas, rezadeiras, mulheres, enfim, vários personagens e criaturas adormecidas nos troncos, galhos e raízes.
>> Sobre o artista:
Hélio Ormeu Ribeiro nasceu em 1961 em Urubici. O artista vive e trabalha em sua cidade natal e em Florianópolis. Com formação em Engenharia Mecânica, pela UFSC, desenvolveu seu mestrado e doutorado em Ciência e Engenharia dos Materiais na mesma Universidade. Profissionalmente, atuou como professor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Apesar de uma grande experiência de vida, no que diz respeito a artes visuais, iniciou seus primeiros passos como escultor no ano de 2021. O desenvolvimento da arte em madeira, algo totalmente novo e, pode-se dizer, improvável para alguém que passou a maior parte da vida trabalhando na área tecnológica, passou a ser uma forma de expressão das emoções e sentimentos dessa nova fase da vida do autor das obras.
Para mais informações, acesse o Instagram do artista.
>> Serviço:
O quê: Exposição Troncos, galhos e raízes
Quando: De 05/08/2025 a 30/09/2025 | segunda a sexta-feira | das 7h30 às 22h
Onde: Espaço Janela da Arte no piso térreo da Biblioteca Central | UFSC – Florianópolis
Quanto: Exposição gratuita e aberta à comunidade
Contato: (48) 98436-8791
Informações: Instagram
O Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe, de 11 de agosto a 12 de setembro, a exposição Por uma construção da vida: Arquitetura, fotografia e poesia. A mostra pretende apresentar, com a lente da poesia, as memórias da estética do processo de canteiro de obras da Casa Bambuzal, que foi levado à cabo durante a pandemia da Covid 19 no período de 2019-2022 e se localiza no bairro do Campeche, ao pé do Morro do Lampião. As imagens, desenhos e versos, tem como protagonistas, principalmente, o coletivo de trabalhadores e colaboradores, amigos/amigas, membros da família, animais e a natureza do entorno. Dialoga com o fazer e reflete sobre o trabalho.
Traz em seu bojo a estética das três linguagens capturadas no canteiro de obras: são quarenta e duas fotografias de caráter documental, a maioria em preto e branco e uma sequência de versos poéticos de Maurício Roberto da Silva, professor aposentado do Centro de Desportos (CDS). Assim como treze desenhos e croquis de cunho artísitico-arquitetônicos de Lucas Sabino Dias professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFSC, com curadoria de Claudete Segalin e Ronaldo Andrade. Todo esse arsenal imagético-poético, converge, no sentido de dar maior visibilidade às questões que envolvem o cotidiano do trabalho no processo de construção da arquitetura.
O conceito da Casa Bambuzal é o de “cascas”. A interna dá forma aos ambientes, tem a estrutura de madeira e paredes de pau-a-pique. A externa protege a casa das intempéries e traz a luz, importante em um terreno com muitas árvores. Para além disto, a casa foi pensada para ser parcialmente autoconstruída, o que estreita o diálogo entre o desenho e o canteiro e procura entrelaçar os saberes do arquiteto e dos trabalhadores.
O canteiro não é o lugar da atividade prática, em detrimento da atividade intelectual (tal separação não existe), é o lugar da atividade plena (RONCONI 2005).
A construção usa técnicas ancestrais adaptadas (adobe, taipa de pilão e pau a pique), estratégias de design bioclimático, que minimizam o impacto ambiental e promovem a sustentabilidade; utiliza materiais naturais e de baixo impacto, como por exemplo, terra, madeira, bambu, pedra e palha e outros, que podem ser encontrados na natureza e reduzem a necessidade de utilização de materiais industrializados e poluentes. Visa o bem-estar dos moradores que é potencializado pela redução do consumo de água e energia, além de promover o reaproveitamento dos resíduos (água da chuva e tratamento de esgoto), de utilizar materiais que não liberam substâncias tóxicas e promovendo a qualidade do ar interior.
A exposição procura valorizar as linguagens da arte no canteiro de obras, as quais são potencializadas pelas imagens capturadas pela câmera fotográfica, pelos desenhos e versos poéticos, que buscam instigar à sensibilidade dos expectadores expectadoras, no sentido de refletir sobre um outro projeto estético-ético-político e pedagógico. Em suma, a exposição visa, instaurar, outros processos de construção de caráter emancipatórios, para além dos procedimentos usuais e mercantis da construção civil, que é imbuída pela lógica destrutiva do meio ambiente imposta pelo capital especulador e rentista.
A abertura da exposição Por uma construção da vida: Arquitetura, fotografia e poesia será realizada no Espaço Expositivo do Centro de Cultura e Eventos no dia 11 de agosto, segunda-feira, às 17h30. A visitação gratuita é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. A classificação indicativa é livre.
>> Serviço
O quê: Exposição Por uma construção da vida: Arquitetura, fotografia e poesia
Quando: De 11/08 a 12/09/2025 | de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h
Onde: Hall e Espaço Expositivo | piso térreo – Centro de Cultura e Eventos – Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo
Quanto: Visitação gratuita e abeta para toda comunidade
Informações: Departamento de Cultura e Eventos – Dceven – (48) 3721-3858
De 11 de agosto a 5 de setembro, a Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe a exposição Percursos de ser, da artista Leila Peters, no Espaço Expositivo Periódicos.
>> Sobre a artista:
Leila Peters é natural de Santa Catarina, professora de Educação Física do Colégio de Aplicação, instrutora de yoga e facilitadora de Biodanza. Possui doutorado em Psicologia pela UFSC e em Educação pela Université Paris 13 (França). Foi aluna de cerâmica de Isabela Sielski e Betânia Silveira. Descobriu a cerâmica como uma forma genuína de autoexpressão e considera-se uma aprendiz desta arte milenar.
>> Sobre a exposição:
As peças propõem narrativas que dialogam com a poesia de Cecília Meireles (Renova-te) e com os conceitos de “desintegração positiva” de Dabrowski e de “autopoiesis”, de Maturana e Varela. Leila acredita que a cerâmica é barro transmutado em arte. É poesia que se concretiza em sua forma, linhas, volumes, cores e texturas. O barro serviu de matéria prima para evocar processos de desconstruir-se, de desintegrar-se e de refazer-se como seres humanos, por vezes, desencadeados em momentos de crise existencial. Cruzar os braços frente ao vazio existencial, acolher seus próprios vazios, medos e dores, permitir ou não a ebulição das emoções, são escolhas que podem fazer emergir ou negar nossos potenciais inexpressados. Estes potenciais carregam consigo novos pontos de vista sobre nós mesmos. Desestabilizam nossos frágeis equilíbrios. Desvendam lugares muitas vezes não imaginados, mas que pulsam em nós. O convite aqui é de refletirmos sobre a possibilidade de nos reintegrarmos com estes espaços vazios em nós que, em conexão com o (im)permanente ciclo autopoiético da vida, nos incitam a sermos nós mesmos e a sermos os tantos outros em nós, cada vez mais alto, cada vez mais longe.
Para mais informações, acesse o Instagram da artista.
>> Serviço:
O quê: Exposição Percursos de ser
Quando: De 11/08/2025 a 05/09/2025 | segunda a sexta-feira | das 7h30 às 22h
Onde: Espaço Expositivo Periódicos da Biblioteca Central | UFSC – Florianópolis
Quanto: Exposição gratuita e aberta à comunidade
Informações: Instagram
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE), convida a comunidade para a abertura da exposição Salim Miguel – 100 Anos. O evento será realizado na próxima segunda-feira, 18 de agosto de 2025, às 19h, no piso térreo do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.
A mostra é um tributo ao centenário de nascimento de Salim Miguel (1924-2016), figura ímpar da literatura brasileira e catarinense contemporâneas. Reconhecido com o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras e agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela própria UFSC, Miguel foi um multifacetado escritor, editor, jornalista, roteirista e gestor cultural, cujo legado transcende gerações.
A exposição promete uma imersão na vida e na vasta obra deste intelectual, que dedicou sua vida à cultura. O objetivo é preservar a memória cultural de Santa Catarina, dando visibilidade à sua inestimável contribuição e proporcionando acesso gratuito à história da sua obra e percurso. Esta iniciativa integra o Programa de Extensão Centenário de Salim Miguel, o qual organiza diversas ações acadêmicas e culturais em torno do seu legado, instigando debates, estudos e pesquisas.
A SeCArtE convida a todos os docentes, discentes, técnicos administrativos e a comunidade em geral para prestigiar este momento único de celebração da cultura e da literatura catarinense.
A mostra permanecerá aberta para visitação gratuita de 18 de agosto 12 de setembro, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, no piso térreo do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.
>> Serviço
O quê: Exposição Salim Miguel – 100 Anos
Quando: Abertura – 18/08/2025 – segunda-feira – 19h | Visitação – 18/08 até 12/02/2025 – segunda a sexta-feira das 8h às 18h
Onde: piso térreo – Centro de Cultura e Eventos – Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo
Quanto: Exposição gratuita e abera a comunidade
Informações: salimmiguel100anos.com.br
O Hall da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe, de 27 de agosto a 18 de setembro de 2025, a exposição Mirabilis – irmã, prima e padroeira das vidas secas, de autoria e curadoria de Juliana Bleides. A abertura acontece no dia 27 de agosto, quarta-feira, às 16h, com entrada gratuita e classificação indicativa livre.
Inspirada na Welwitschia mirabilis, planta ancestral do deserto da Namíbia que resiste ao tempo, à aridez e ao isolamento, a mostra toma essa metáfora como ponto de partida para refletir sobre a resistência silenciosa e transformadora de quem habita os desertos sociais.
O projeto se constrói como um gesto político e poético, trazendo para o centro da universidade corpos e narrativas queer, muitas vezes silenciados ou invisibilizados nos espaços institucionais. Assim como a Mirabilis desafia a lógica botânica, os corpos dissidentes florescem onde se dizia impossível: presenças resistentes, múltiplas e orgânicas, que revelam outras formas de existir e reinventar a vida.
A exposição reúne obras de quatro artistas queer – Alma Passos, Buba Benjamim, Hugo Seraphin e Thiago Müller Hartmann – em um exercício de autoinscrição, subjetividade e criação. Entre o digital, a arte têxtil, a pintura, a instalação e as intervenções urbanas, cada trabalho revela desertos íntimos e caminhos de resistência, fazendo do íntimo denúncia, do corpo arquivo e da arte refúgio
Ao ocupar o Hall da Reitoria da UFSC, Mirabilis propõe deslocar a arte queer para o espaço institucional, tornando visíveis existências que, como a planta que a inspira, persistem e se reinventam mesmo sob condições adversas.
>> Sobre os artistas:
Alma Passos
Nascida em Florianópolis (SC), a artista é formada em Museologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Tem a base de sua poética ligada a autorretratos, produzidos através de desenhos e fotografias. Sua narrativa gira em torno das percepções de si mesma, reflete referências no mundo da maquiagem artística, teatro e moda, conversando com as possibilidades de criar identidade usando elementos pontuais, utiliza de modo recorrente o rosto branco, desproporções corporais e cabelos longos, representando: o vazio, o inevitável e uma escolha. Possui outras produções que expressam caráter existencial, sem focar na aparência do corpo físico, ainda dialogando com as sensações causadas pelo mundo.
Buba Benjamim
Buba é natural de Porto Alegre(RS), graduando em museologia na UFSC e oficineiro do coletivo Barriga do Monstro. Participou da coleção “Cenas Urbanas” em 2019 pela oficina de gravuras do Centro Integrado de Cultura/FCC. Tem como base experimentações com técnicas de xilogravura e serigrafia transitando entre linguagens de fotografia, arte digital, colagens, lambes e intervenções urbanas para compor processos artísticos.
Hugo Seraphin
Hugo nasceu em Florianópolis (SC). Atualmente é estudante de Museologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Suas artes trabalham a permanência da renúncia, tal como a impermanência da presença; questões que transitam entre si, formam significados concretos ilusórios, uma linguística humana mental e biológica, tão crua e visceral na forma de se ver e sentir, tão completa ao ponto de ser oca e passageira. Desenhando corpos que lutam e agonizam com o mundo que o abandona e com eles próprios; corpos que lutam para preservar o resquício do sopro de vida que lhes resta. Contudo, intrínseco ao contorcimento do âmago está a sensualidade, satisfação e beleza do que é agora e o que um dia já foi.
Thiago Müller Hartmann
Nascido em Curitiba, em 1999, Thiago é formado em Design de Moda e atualmente também é estudante de Museologia na UFSC. Atua nas artes visuais e performáticas, conciliando pinturas, figurinos e a teatralidade. Com experiência no teatro Lala Schneider, produziu o desfile do 24º Festival de Teatro do Lala. Participou da Bienal Virtual de Arte Contemporânea de Curitiba de 2021 com a videoarte Absolutamente Tudo Chega ao Fim. Em 2024 realizou a primeira edição da exposição individual Paixão, Morte, Ressurreição, Sacrilégio na Galeria da UFSC, exposição essa que teve sua versão ampliada com mais obras e uma instalação que percorria todo o espaço expositivo na Galeria de Arte Municipal do Mercado Público de Florianópolis. Trabalhou com figurinos em Curitiba, tanto no teatro quanto para videoartes e fotografias e integrou exposições independentes em bares da cidade. Seu trabalho também inclui performances em teatros, festas e vídeo-performances.
Sobre a curadora:
Juliana Bleides
Juliana é graduanda em Museologia pela UFSC e formada como Agente de Turismo pelo Centro de Tecnologia do Amazonas. Com experiência em curadoria, produção e mediação cultural, atua com foco na democratização do acesso aos espaços museais, integrando inclusão, acessibilidade e diversidade em seus projetos. Participou de projetos como Fazendo Cruzos (2022/2023), A Alquimia do Detalhe: Explorando o Estúdio Naturalista (2023), exposição curricular Ruas, Lares & Laços (2024) e o Festival Urbanidades: A Rua é Delas (2025). Atua como figurinista e projetista da CIA Amazônia em Cena. Possui formação complementar em curadoria, economia criativa e planejamento museológico, além de ter atuado em instituições como o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC e o Espaço Cultural BRDE Gov. Celso Ramos, onde atualmente estagia.
>> Serviço
O quê: Exposição Mirabilis – irmã, prima e padroeira das vidas secas
Quando: Abertura – 27/08/2025 – quarta-feira – às 16h | Visitação – 27/08 a 18/09/2025 – de segunda a sexta-feira | das 7h às 19h
Onde: Hall da Reitoria | Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Florianópolis
Quanto: Exposição gratuita e aberta a todos os públicos
Informações: Departamento Artístico Cultural | dac@contato.ufsc.br | 48 3721-3853
De 1 a 30 de setembro, a Biblioteca Central, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recebe a exposição Invisibilidades eletivas, da artista Andrea V Zanella.
>> Sobre a exposição:
O Brasil foi o último país das Américas a assinar uma lei proibindo a escravização de pessoas, e os ecos da política de exploração e morte do período colonial continuam soando fortes. Somos todos/as herdeiros dessa cultura escravocrata, seja na condição de integrantes de famílias que se beneficiaram de algum modo dessa necropolítica, seja como descendentes de pessoas escravizadas ou seus mercadores. Nossa história – a minha, a sua, a de cada um/a de nós – é marcada pela violência da colonialidade e da branquitude que, tal como fantasma eletivamente invisibilizado, segue objetificando vidas e se inscrevendo em nossos corpos. Esta exposição reúne obras que apresentam, como fio condutor, a problematização dessas questões. São pinturas realizadas com tinta e massa acrílica sobre telas de duas séries de trabalhos: “Filhas de criação” e “Violência da Branquitude”. Expressão comum no sul do Brasil, “filhas de criação” faz referência à prática de “adoção” informal de crianças que ficam sob os “cuidados” de uma família que não a originária. Aparentemente uma boa ação, trata-se de cordialidade perversa: em troca desse “cuidado”, de ser tratada “quase” como um membro da família, essas “filhas” executam tarefas domésticas sem acesso a direitos trabalhistas e à herança. “Violência da branquitude”, por sua vez, reúne trabalhos que apresentam o fantasma da colonialidade, sem rosto e não racializado, tensionando o silenciamento histórico em relação a hierarquias raciais, a privilégios e à preservação de um ideário escravagista que se atualiza constantemente no Brasil. A apresentação ao público dessas obras, em sua maioria inéditas, traduz o desconforto e o compromisso da artista, mulher branca, cisgênero, com as lutas antirracistas e contra a desigualdade social. Uma luta contra práticas de subjugação de vidas que, consciente ou inconscientemente, intencionalmente ou não, continuamos a reproduzir, a partir de nossos lugares sociais e condições de classe, de gênero e raça, constituídos sob a égide dos privilégios da branquitude.
>> Sobre a artista:
Andrea V Zanella é artista visual, professora titular da UFSC (1994-2019), docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia. A partir de insignificâncias, de rastros e restos de experiências que lhes são significativas, a artista problematiza, por meio de linguagens e materiais variados, questões relativas à produção social de memórias e esquecimentos e aos processos de subjetivação. Vem realizando exposições individuais e participando de exposições coletivas desde 2018. Dentre seus escritos no campo das artes, destacam-se: Pesquisa, arte e vida: encontros, questões, inquietações (Pedro & João Editores, 2024); Poemias (Cais Editora, 2020); entre outros.
>> Sobre o curador:
Lucas Figueiredo Lopes realizou graduação (2010) e mestrado (2015) em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Atuou entre janeiro de 2010 e junho de 2014 como museólogo no Museu de Arte Moderna Murilo (UFJF) com ênfase na catalogação de acervos museológicos. A partir de agosto de 2014 atua no Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral, no cargo de Museólogo com ênfase em exposições museológicas. Desenvolveu trabalho como curador nas seguintes exposições: “Cascaes no MArquE -2016”, “Rendas de Bilro – Coleção MArquE” – 2017 , participou do processo de Curadoria Compartilhada da exposição “Tecendo Saberes pelos Caminhos Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng”- 2018, “Franklin Cascaes: Artista” 2022-2024” e no processo de Curadoria Compartilhada da exposição “Terras e Águas” inaugurada em março de 2024, na condição de curador e produtor.
Para mais informações, acesse o site e o Instagram da artista.
>> Serviço:
O quê: Exposição Invisibilidade eletivas
Onde: Espaço expositivo Hall da Circulação na Biblioteca Central
Quando: De 01/09/25 a 30/09/25 | segunda a sexta-feira | das 7h30 às 22h
Quanto: Exposição gratuita e aberta à comunidade
Informações: Instagram | Site
Em celebração ao centenário de nascimento de Salim Miguel (1924-2024), um dos mais proeminentes escritores, editores, jornalistas, roteiristas e gestores culturais brasileiros e catarinenses, a Secretaria de Cultura, Arte e Esporte da Universidade Federal de Santa Catarina (SeCArtE/UFSC), por meio do Programa de Extensão Centenário de Salim Miguel apresenta a Mostra Fílmica Salim Miguel – 100 Anos. A mostra consistirá em quatro sessões audiovisuais, apresentadas no Teatro Carmen Fossari nas quintas-feiras, de 4 a 25 de setembro sempre às 19h.
A sessão desta quinta-feira, 4 de setembro, exibe o filme Salim, na Intimidade. Após o filme haverá bate-papo com o diretor Zeca Pires. A atividade é livre e gratuita para toda comunidade.
>> Sobre o filme
Salim, na Intimidade é um documentário dirigido por Zeca Pires, que aborda a vida e a obra do escritor Salim Miguel. O filme, que começou a ser gravado em 2004, explora a trajetória do escritor, a partir da sua saída do Líbano, seus enfrentamentos estéticos e políticos, o processo de criação do Grupo Sul, premiações e a sua vida pessoal.
>> Sobre o diretor
Zeca Pires é um cineasta, pesquisador catarinense cuja obra se destaca por valorizar a cultura, os mitos e as tradições de Florianópolis e do estado de Santa Catarina. Com uma carreira que transita entre o documentário e a ficção, ele é conhecido por filmes como A Antropóloga, Procuradas e Farra do Boi – O Documentário, que exploram temas como identidade, religiosidade popular e o imaginário ilhéu. Além de sua atuação no cinema, Zeca contribuiu para a formação cultural da região como gestor público, consolidando-se como uma das vozes mais importantes da produção audiovisual no sul do Brasil.
O Ciclo de Cinema Alemão (Deutsches Kino) realiza a primeira das quatro sessões do segundo semestre de 2025 na sexta-feira, 5 de setembro, a partir das 19h, com a exibição de Em pedaços (Aus dem nichts). A obra de 2017 é dirigida por Fatih Akin e trata de questões como xenofobia, preconceito e a ascenção do movimento neonazista na Europa.
A atividade gratuita é organizada pelo Curso de Letras-Alemão. A exibição dos filmes ocorre na sala de projeções do Laboratório de Estudos de Cinema (LEC), no 1º andar do Bloco D do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Os filmes são exibidos no idioma original, com legendas em português.
Em pedaços (Aus dem nichts)
>> Sinopse:
A história do mundo mostra que tempos de instabilidade tendem a impulsionar o fascismo. Em seu filme, o premiado diretor de origem turca Fatih Akın aborda o crescimento da xenofobia, como também a alarmante nova ascensão do nazismo em seu país, a Alemanha. O filme, inspirado em casos atuais, é veículo desse tema, expondo com amargor o boom da extrema direita no Velho Continente e as formas que o Nacional-Socialismo encontra de se camuflar como uma manifestação de democracia. O filme também critica a limitação da Justiça em lidar com esse tipo de situações. O suspense Em Pedaços é “feito para perturbar”, confessa o diretor Fatih Akin.
>> Ficha Técnica:
Direção: Fatih Akin
Roteiro: Fatih Akin, Hark Bohm
Gênero: Drama, Suspense
Duração: 1h46
Ano: 2017
Classificação: 16 anos
Elenco: Diane Kruger, Denis Moschitto, Numan Acar.
Assista ao trailer aqui. Para mais informações, acesse o Instagram do curso de Letras – Alemão e o Instagram dos alunos do Curso.
>> Serviço
O quê: Ciclo de Cinema Alemão – Em pedaços (Aus dem nichts)
Quando: 05/09/2025 | 19h
Onde: Sala de projeção – Laboratório de Estudos de Cinema (LEC) – 1º andar – Bloco D – Centro de Comunicação e Expressão (CCE)
Quanto: Evento gratuito com entrada franca
Informações: Instagram do Curso de Letras – Alemão | Instagram dos alunos do Curso
Com o apoio da Embaixada da Espanha no Brasil, o Cine Buñuel, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exibe nos dias 11 e 12 de setembro quatro filmes espanhóis contemporâneos. Serão exibidos dois filmes por dia. As sessões ocorrerão às 14h e às 18h no Auditório Elke Hering, da Biblioteca Central, e serão seguidas de debates com professores convidados. Os filmes serão exibidos em espanhol, com legendas em português.
>> Programação:
As Vantagens de Viajar de Trem (Ventajas de viajar en tren)
>> Sinopse:
Diversão, insanidade e perversão – uma viagem normal de trem. Quando o psiquiatra Ángel Sanagustín cruza o caminho de Helga Pato, as histórias sórdidas dos seus pacientes transformam um simples trajeto numa absoluta, mas fascinante, loucura. O círculo bizarro que surge a partir desse encontro casual é só uma das vantagens de viajar de trem.
>> Ficha Técnica:
Direção: Aritz Moreno
Roteiro: Javier Gullón
Gênero: Comédia/Drama
Duração: 1h43
Ano: 2019
Classificação: 14 anos
Elenco: Luis Tosar, Pilar Castro, Ernesto Alterio, Quim Gutiérrez, Belén Cuesta, Macarena García, Javier Godino, Ramon Barea.
Porquinha (Cerdita)
>> Sinopse:
Para Sara, o Verão significa apenas ter de aturar as constantes provocações das outras raparigas da sua pequena povoação, mas tudo muda quando um estranho chega à cidade e rapta quem a atormenta.
>> Ficha Técnica:
Direção: Carlota Martínez-Pereda
Roteiro: Carlota Martínez-Pereda
Gênero: Drama/Terror
Duração: 1h39
Ano: 2022
Classificação: 16 anos
Elenco: Laura Galán, Richard Holmes, Carmen Machi, Irene Ferreiro, Camille Aguilar, Claudia Salas, José Pastor.
A Estrela Azul (La estrella azul)
>> Sinopse:
Durante os anos 90, Mauricio Aznar, um famoso roqueiro espanhol, percorre a América Latina buscando reencontrar sua vocação. Lá conhece Don Carlos, um velho músico em declínio que, apesar de ser autor de algumas das canções mais famosas do folclore de seu país, mal consegue pagar suas contas. Carlos acolhe generosamente o estranho visitante, atuando como um mestre Miyagi musical. De seu encontro nasce um dueto quixotesco extravagante, com todos os sinais de ser um fracasso comercial absoluto.
>> Ficha Técnica:
Direção: Javier Macipe
Roteiro: Javier Macipe
Gênero: Drama
Duração: 1h96
Ano: 2023
Classificação: 14 anos
Elenco: Pepe Lorente, Cuti Carabajal, Bruna Cusí, Marc Rodriguez, Mariela Carabajal.
Nas Margens (En los márgenes)
>> Sinopse:
A contagem regressiva de três personagens, com histórias entrelaçadas, que tentam se manter à tona e sobreviver a 24 horas cruciais que podem mudar o curso de suas vidas. O filme explora o efeito que uma situação de estresse econômico tem sobre as relações pessoais, e como o afeto e a solidariedade podem ser um motor para seguir em frente.
>> Ficha Técnica:
Direção: Juan Diego Botto
Roteiro: Juan Diego Botto e Olga Rodriguez
Gênero: Suspense
Duração: 1h45
Ano: 2022
Classificação: 14 anos
Elenco: Penélope Cruz, Luis Tosar, María Isabel Díaz, Christian Checa, Aixa Villagrán, Adelfa Calvo, Font García.
Para mais informações, acesse o Instagram do Cine Buñuel.
>> Serviço:
O quê: Cine Nuñuel apresenta Mostra de Cinema Espanhol
Quando: 11/09/2025 (quinta-feira) e 12/09/2025 (sexta-feira) | às 14h a às 18h
Onde: Auditório Elke Hering | Biblioteca Central | UFSC – Florianópolis
Quanto: Evento gratuito com entrada franca
Informações: Instagram
Programação sujeita a alterações.
Programação sujeita a alterações.