Gênero é tema da 11ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos

05/05/2017 15:49

Foto: divulgação

Começa na próxima segunda-feira, dia 8 de maio, em Campo Grande (MS), a décima primeira edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos, uma realização do Ministério de Direitos Humanos, com produção nacional do Instituto Cultura em Movimento (ICEM). A Mostra, que acontece em todas as capitais do país e Distrito Federal, chega a Florianópolis em 22 de maio e segue até 28, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC). O evento conta com debates, três sessões de terça a sexta-feira (9h, 14h e 19h30), e quatro no fim de semana (14h, 16h, 18h e 20h). A abertura com coquetel será na segunda-feira (22), às 19h30. Toda a atividade é gratuita.
Nesta edição, o circuito principal conta com 29 filmes entre curtas, médias e longas-metragens, divididos em três mostras: Panorama, Temática – que abordará questões de gênero, e Homenagem – com foco na obra da cineasta Laís Bodansky. Uma novidade este ano é a Mostrinha, voltada para o público infanto-juvenil e que exibirá outros oito curtas-metragens.
Em cada capital, a Mostra ficará em cartaz de cinco a seis dias e a expectativa é receber um público de mais de 30 mil pessoas em todo o país. No site da Mostra – http://mostracinemaedireitoshumanos.sdh.gov.br é possível acompanhar quais sessões serão seguidas de debate e quais terão audiodescrição.

Confira a programação do evento aqui.

Mostras
A Mostra Panorama apresenta filmes selecionados a partir da convocatória pública aberta no site do projeto e filmes que foram prospectados pela equipe de curadoria. São 17 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens, que abordam direitos das pessoas com deficiência, população LGBT/enfrentamento da homofobia, memória e verdade, crianças, adolescentes e juventude, pessoas idosas, população negra, população em situação de rua, mulheres, direitos humanos e segurança pública, proteção aos defensores de direitos humanos, direito à participação política, combate à tortura, situação prisional, democracia e Direitos Humanos, saúde mental, cultura e educação em Direitos Humanos.
A Mostra Temática apresentará a questão de gênero. Para esta categoria, foram selecionados sete títulos que trazem temas relacionados às mulheres, orientação sexual e identidade de gênero, como, por exemplo, empoderamento feminino, violência contra a mulher, estereótipos de gênero, LGBTfobias, conquistas sociais, políticas e econômicas, direito à igualdade e à não descriminação, dentre outros.
A Mostra Homenagem tem como tradição homenagear cineastas cuja filmografia explora a temática Direitos Humanos, trazendo-a para o foco dos debates. Cinco filmes de Laís Bodansky, cineasta homenageada, estão na programação. Sua obra apresenta relevância para o debate sobre um mundo onde todos possam se reconhecer e viver a igualdade e direitos de oportunidades.

Programação local

Em Florianópolis, o evento é organizado pela Lume Produções, com coordenadoria de Ana Lucia Fernandez. “A ideia é discutir, informar e transformar a semana da Mostra numa oportunidade de aliar ao já grande poder da imagem, a chance de reunir para diálogo o público do cinema e os protagonistas locais na área dos direitos humanos, ajudando a promover novos entendimentos e realinhamentos sobre o tema”, explica Ana Lucia.
Com a proposta de expandir os espaços da mostra, a produção local promoveu parcerias para exibição de filmes. Pelo menos seis escolas vão receber sessões, entre elas o Instituto Federal de Educação (IFSC) e o Instituto Estadual de Educação (IEE). Escolas da Grande Florianópolis podem agendar a participação nas sessões do CIC através do e-mail analuciafz@gmail.com.
“A Mostra acontece em um momento de extrema importância para a discussão de todos os temas. Nosso país passa por um período onde as diferenças não estão sendo vistas como partes importantes de um mundo em transição. Para uma verdadeira transformação é preciso entender e aceitar as diferenças. É preciso compreender que uma sociedade saudável é justamente aquela que carrega um conceito amplo das possibilidades de convivência e respeito”, afirma a coordenadora de produção.