EDITORA UFSC O poeta e o ornitorrinco, entre o drama e a folia

22/12/2011 04:21

De folias e melodramas, de festa e de luto. Disso é feito a arte e a vida. A nossa vida e a dos poetas, que fazem da tragédia e da celebração a matéria-prima da epifania poética, como Rodrigo de Haro, que lançou na terça-feira à noite, na Fundação Cultural Badesc, dois livros de poemas em uma única edição pela Editora UFSC. Juntas, as duas obras, Folias do Ornitorrinco e Espelho dos Melodramas, costuram a unidade antagônica representada pela imagem dessa espécie meio ovípara, meio mamífera que o autor homenageia no título e no poema “Ornitorrinco”.

Dando vazão à nova obra poética do multiartista ou pan-artista Rodrigo de Haro, a Editora UFSC brindou seus leitores com uma concorrida noite de vinho, poesia e virtude integrada as comemorações do aniversário de 51 anos da universidade. Depois de ouvir a secretária de Cultura e Arte, Maria de Lourdes Borges e o diretor da Editora Sérgio Medeiros discursarem sobre a importância de sua obra, o poeta falou ele próprio do seu ímpeto criativo. Em seguida, vestido de terno branco, com um cravo na lapela e o indefectível chapéu panamá, retribuiu a acolhida dos leitores realizando um sarau na varanda do prédio histórico do Badesc. Em meio a uma grande roda de amigos e admiradores, na maior parte artistas e intelectuais como ele, leu, com um fundo sussurrante de guitarras, versos escolhidos, entre Folias e Melodramas, o primeiro, composto de poemas mais reflexivos e o segundo, mais narrativos.

A imagem do ornitorrinco bem representa esse poeta-pintor, filho do artista plástico Martinho de Haro e de Maria Palma, uma dona de casa de notória sensibilidade. “Elaborado, como todos nós, de partes antagônicas para maior triunfo da unidade”, o ornitorrico é, como escreve o poeta, “animal sonhador que fecunda e brota de si mesmo”. Nascido em 1939 em Paris, por peripécias do destino, Rodrigo foi o fruto da lua de mel parisiense dos pais, que gozavam uma viagem de estudos recebida como prêmio pelo famoso pintor modernista.

Resgatado às pressas da maternidade quando os nazistas invadiram a França, o recém-nascido fugiu nos braços dos pais da capital mundial da arte, e retornou para a instância da São Joaquim no planalto catarinense, a quem dedica com grande afeto suas melhores elaborações surrealistas em conto e poesia. Sobre essa história, diz ainda o poema: “Celebremos as núpcias do ornitorrinco/ gentil e pertinaz. Brindemos/ a natura folgazã, que – /por incansável amor/ao paradoxo – cheia de/ recursos, concebeu/este jardim de todas as delícias/ com a torre inclinada e/o tarot de Marselha./– Mas sobretudo/criou o ornitorrinco solidário”.

Na transgressão da dualidade entre o universal e o local, o sagrado e o profano, o clássico e o maldito, o político e o surreal se constrói o universo imagético desse delicado e erudito artista que deixou a escola ainda adolescente para construir um caminho próprio de formação. O paradoxo Rodrigo de Haro tem 14 livros publicados e pelo menos outros seis manuscritos (de contos, poemas, novelas) esperando edição. Sua marca como artista plástico – o único catarinense que consta nos catálogos internacionais como pintor e poeta surrealista – está em vários cantos de Florianópolis, onde se criou entre artistas e intelectuais e se confunde com a própria paisagem da Ilha. A mais notória cobre as paredes externas do prédio da Reitoria da UFSC, onde construiu o maior mosaico em extensão do país, com 430 metros quadrados.

SHAKESPEARE E A DITADURA

Dos tempos da Ditadura Militar guarda uma história incrível. Ele a conta em tom baixo e com reserva – não quando lhe pedem, mas quando quer demonstrar o quanto a arte e a erudição, ao contrário do que prega o senso comum, podem elevar o espírito, não importa a classe social. Anos 60, integrante do grupo dos poetas surrealistas brasileiros (Cláudio Willer, Roberto Piva), foi preso perambulando à noite pelas ruas de São Paulo. Jogado em uma cadeia paulista com presos comuns, teve que se apresentar.

Quando os líderes da população carcerária souberam que o novo companheiro era um poeta, exigiram-lhe uma prova: que recitasse seus versos. Emparedado, Rodrigo só se lembrou de Hamlet, de Shakespeare, do qual sabia algumas falas de cor. Começou a declamá-lo e ao chegar à célebre passagem “A vida não passa de uma história cheia de som e fúria contada por um louco significando nada”, todos estavam a sua volta, aplaudindo-o, alguns mudos, outros em pranto. Os 20 dias de prisão passaram depressa para o novo líder-poeta, que comandou longas noites de sarau e leituras compartilhadas. Dessa história, quase uma epifania, ficou a certeza de que a literatura não precisa – nem deve – ser facilitada para se tornar acessível, pois como o ornitorrinco, a arte é feita de uma matéria que brota dentro das mentes e corações.

 

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: 37218729 e 99110524

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LANÇAMENTO: A urgência poética de Rodrigo de Haro

22/12/2011 04:13

Esqueça-se a Teia.

Observe-se a aranha,

suas pernas concêntricas

de estrela. A vetustez

enorme da surda

aranha na parede.

Esqueça-se a vã

literatura que a per-

segue com patas

ligeiras. Traz muita

fortuna a filha

de Saturno.

(Rodrigo de Haro, “Inseto”, de Folias do Ornitorrinco)

 

Aos 72 anos, Rodrigo Antônio de Haro trabalha com paixão e afinco entre a palavra e a imagem. Empoleirado desde cedo em um andaime de alumínio no atelier de sua casa na Lagoa da Conceição, o multiartista executa uma grande tela de q

uatro metros quadrados para o altar-mor de uma Igreja em Curitiba depois de ter entrado a madrugada revisando os originais de seus dois novos livros de poesia. E assim o artista sai do cavalete e volta para a escrivaninha, criando, criando… “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano”, bem fala o próprio Rodrigo no poema Invenção do olfato”. O verso integra os dois volumes inéditos de poemas que o artista lança pela Editora UFSC no dia 20 de dezembro, às 19h30min, na Fundação Cultural Badesc, na rua Visconde de Ouro Preto, em uma noite de festa para a arte e a literatura.

Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco integram uma única e primorosa edição, embalados como um presente para o público desta fase de jorro criativo de Rodrigo -, que tem mais cinco livros na gaveta. São obras manuscritas em folhas de papel amarelo onde o autor desenha e lapida poemas, contos, novelas, ensaios, que vão compor cadernos ilustrados com desenhos, envoltos na beleza e raridade de um pergaminho. Além da compreensão cada vez mais plural e aberta da vida e da arte, o peso dos anos só deu mais urgência a esse monge da arte, consagrado além das fronteiras do estado e do país pela palavra, pela pintura e pela erudição. Com o “álbum duplo” de poesia, a Editora UFSC encerra um ano de grandes lançamentos e comemora o aniversário de 51 anos da universidade.

O menino artista de São Joaquim deixou a escola aos 16 anos para formar-se por conta própria aproveitando os estímulos dos pais, sempre mergulhados no mundo da sensibilidade e do conhecimento. Difícil encontrar uma expressão artística que ele não tenha experimentado: roteiro para cinema, novela, conto, poesia, aquarela, mosaico, pintura — até adaptações de literatura para rádio-novela ele fez. Integrante transgressor do grupo Litoral que atuou em Santa Catarina no final dos anos 50 e do grupo de poetas (Roberto Piva, Cláudio Viller, Antônio Fernandes Franceschi) que consolidou o surrealismo no Brasil a partir dos anos 60 e se confrontou com a Ditadura Militar. Como uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira, na avaliação do Editor Sérgio Medeiros, seus poemas guardam uma musicalidade poética serena e trágica ao mesmo tempo: “Primeiro amar os dados,/tutores das moradas. Sempre/com malícia atirá-los/sobre a mesa sem ocupar-se/de outras faces – Onde vais?/ Agito o copo,/atiro as pedras./Tantos tactos sono- /rosos trato – dados por/vertigem lado a lado./Furtar sem felonia,/abrir última porta.” (Folias do Ornitorrinco)

Retornando eternamente ao lar e ao mistério sagrado da vida, o filho do pintor Martinho de Haro e de Maria Palma, produz sua arte de uma concepção sempre transversal sobre os seres e as coisas. O maldito e o sublime, o sagrado e o profano compõem uma única dimensão do presente, que busca sua força ontológica na tradição. Nesse tempo anacrônico do poeta, a ousadia estética se alicerça no legado clássico. “Sim, abre as janelas, as janelas cegas./Deixa cair a chuva misturada ao vinho/sabático da Beladona. Espia. Ouve/os fatigados rios do mundo e saúda/Dona Urraca, a intrépida, girando/a chave do abismo”. (Espelhos do Melodrama).

Conforme rezam as escrituras sobre a cena bíblica, onde o apóstolo S. Pedro recebe de Cristo as chaves da Igreja, a mesma cena que inspirou artistas célebres como Velásquez: “…com estas chaves aquilo que ligares na Terra, será ligado nos céus; aquilo que desligares na Terra será desligado nos céus…”. Enquanto dá ao ramo de oliveira a última pincelada, Rodrigo fala sobre sua obra poética:

  1. 1.       Que motivações éticas e estéticas têm movido a sua poesia?

 

Rodrigo de Haro: Todo poeta almeja cativar a matéria, dominar, fazer cantar a energia adormecida nas coisas. Precipitar a metamorfose das coisas é missão do poeta, conferir asas ao inanimado. A poesia, disse Balthazar Gracian, consiste em preservar o espanto: – o caderno alado que voa…

 

  1. 2.       Como um multiartista, você desafia a manifestação mais recorrente entre os criadores, que é dominar bem apenas uma ou no máximo duas modalidades literárias e mesmo artística. E você transita pela poesia, conto, ensaio, novela e também por várias expressões das artes plásticas. Como é esse trânsito da literatura para as artes plásticas?

 

Rodrigo de Haro: Não acho que desafie. Acontece simplesmente que o mundo é um laboratório mágico, uma gruta de ressonâncias e apelos, onde se entremostram tentações e miragens. Nada é impossível para esta arte combinatória – a poesia – capaz de acordar (sim…) os mortos. Literatura, conto, ensaio e novela? É tudo poesia, se for de – fato coisa real.

Sim, sou também pintor – logo desenhista. Apenas pintor e desenhista.  Às vezes me aventuro no conto, é verdade. Tenho mesmo participado de algumas antologias até fora do País. O som, a palavra, começa na alma. Pois só a poesia é familiar do sagrado.

 

  1. 3.       Que autores têm mais inspirado sua obra poética?

 

Rodrigo de Haro:  Acima das divergências (só aparentes) está a unidade da inspiração e da busca. Na verdade ouso me aproximar de uma ilustre família, aquela de Michelangelo, Blake que se manifestaram no desenho e na pintura e na escrita e na pintura e tantos outros. A criação desconhece fidelidade partidária. O preconceito difuso (que de fato existe) contra a multiplicidade é uma inovação recente, desconhecida na China e no Japão, por exemplo. Utamaro sentia-se tanto poeta quanto aquarelista. E gostaria de reconhecer minha dívida com Rilke e o poeta expressionista alemão Georg Trackl e o grande G. Sarcer de la Cruz.

 

  1. 4.       O sagrado sempre esteve presente na sua pintura e na sua obra literária, mas você também é normalmente discutido em relação aos poetas malditos. Como você vê essa relação entre o sagrado e o profano – ou maldito – no seu trabalho poético?

 

Rodrigo de Haro:  Malditos? Quem são? Maldito é título de nobreza, é ser politicamente incorreto? É possível. No mundo midiático, mecânico, em que vivemos é uma grande honra: Dante, Villon, os místicos, foram malditos também em seus dias, não é verdade?

 

  1. 5.       O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… De uma certa forma esses elementos são sempre recorrentes na sua poesia… Você acredita que eles ainda ajudam a compreender o mundo hoje?

 

Rodrigo de Haro:  A verdadeira poesia aproxima-se demais do ominoso para não provocar arrepios em alguns momentos. “Aqueles que levantam o véu….”. O sagrado, que nos ultrapassa está na essência da ordenação poética. Meu trabalho é aquilo que é. Sou apenas o servidor de uma força maior que, de um modo ou de outro, com esforço e trabalho tento dominar, ordenar, logo que sou tomado por esta visitação dos espaços exteriores ao pragmatismo. A pulsação do sangue, a respiração e a dança são parte integrante das forças ativas da memória e da nostalgia operante. A poesia solicita liturgia, algo que o surrealismo intuiu (e também explorou) com bastante inteligência. Breton-Hudini, por exemplo, foi um agente muito perspicaz…

 

  1. 6.       E sua obra poética e pictórica é também sempre classificada ao lado do grupo de poetas surrealistas, com quem de fato você escreveu uma trajetória. Você se identifica com esse rótulo?

 

Rodrigo de Haro: Sou irredutível a grupos, exceto socialmente. As escolas são sempre provisórias e o surrealismo me parece como estética ter perdido a inocência: Frida Kahlo, por exemplo, riu-se do movimento quando em Paris. Sua realidade, o seu entorno, o México coberto de caveiras de Jaguar em obsidiana, colocou o surrealismo. Dentro de medidas bastante discretas. O fantástico de Buñuel é sempre maior quando ele se afasta do surrealismo. Viridiana, Nazarin, Los olvidados. Mas… naturalmente agrada-me o discurso surrealista.

 

  1. 7.       O mito, o sagrado, o inumano, a tradição, a memória… Esses elementos estão sempre gerando sua poesia e sendo gerados por ela… Você acredita que essas dimensões clássicas ainda ajudam a compreender a vida no mundo em que vivemos?

 

Rodrigo de Haro: Sim, uma certa tradição hermética me fecunda. Acredito que os valores do sagrado e só eles poderão salvar o mundo. Este mundo em que vivemos.  É preciso reencantar o mundo através do apelo ao silêncio e também a outros ritmos compatíveis com a expansão do ser. O ético e o social devem expandir-se sem coerção, sem decretos, mas segundo o desabrochar da consciência de cada homem: pois todos sabemos de nossos deveres, todos podemos comunicar da mesma alegria. Basta abrir a porta.

 

  1. 8.       Vejo que sua obra é povoada por esposas vegetais, animais contemporâneos ou míticos, seres heterogêneos. Nos originais do livro Folias do Ornitorrinco que estão no prelo da Editora da UFSC, vi alguns versos que evocam o caráter trans-humano da arte, como em “Invenção do olfato: “Dizem que nunca o artista é inteiramente humano/ seu rosto modelado por visível piedade/ Fala também com os répteis do lobo e sonha”. O filósofo francês François Lyotard cita em O inumano uma frase de Apollinaire segundo a qual “a Arte mantém-se fiel aos homens unicamente por sua inumanidade para com eles”. O que você pensa dessa relação entre a arte e o não humano?

 

Rodrigo de Haro: Devemos acreditar na comunhão dos seres, das coisas. O olhar da criança é um olhar cúmplice dos anjos, logo fala com as coisas e os bichos. “O olho da flor da arnica amarela à minha porta, piscou-me esta manhã. Toda poesia de verdade será trans-humana por definição, pois cabe a ela restabelecer uma corrente rompida na queda, o antigo elo solidário entre as coisas e as criaturas.

 

  1. 9.       Espelho dos Melodramas e Folias do ornitorrinco: como se pode falar dessas obras que você lançar pela Editora da UFSC?

 

Rodrigo de Haro: E esses dois volumes de poesia acompanham Voz, Idílios vagabundos e Lanterna mágica, outros inéditos que produzi nos últimos tempos, neste voluntário recolhimento do Morro do Assopro. O primeiro deles representa minha adesão ao campo lírico, ao drama – pois trata (por vezes) do excesso, dos movimentos violentos ou dolorosos do espírito, mas com humor. Já Folias do Ornitorrinco obedece a um caráter sintético. São dois livros diferentes, mas compostos pelo mesmo homem. Estão próximos.

 

  1. 10.   Quais são os grandes autores da literatura brasileira e qual a melhor contribuição que deram, no seu ponto de vista, à renovação literária?

 

Rodrigo de Haro: Guimarães Rosa, Lúcio Cardoso.

 

  1. 11.   Na convivência com o multiartista Rodrigo de Haro, percebe-se que estamos diante de um homem de 72 anos com uma rotina de trabalho diria até rigorosa, obstinada. Como é essa rotina e o que o move dessa forma ao trabalho artístico? Você se sente tomado por um sentimento de urgência de criação?

Rodrigo de Haro: Trabalho artístico ou simplesmente trabalho… Com o tempo, estabelecida a rotina, torna-se impossível fugir a ela. O trabalho de um atelier-escritório é riquíssimo. É tudo a fazer o tempo todo. Os quadros te arrastam para o cavalete, os cadernos sussurram nos ouvidos. Impossível aproximar-se do material sem ser de novo absorvido pelo visgo da invenção, do retoque, de alguma nova sugestão.

 

  1. 12.   Que outros projetos ainda estão saindo do atelier multiartístico de Rodrigo de Haro? A propósito, qual a importância do ambiente de trabalho no seu processo de criação?

Rodrigo de Haro: Sempre são muitos os projetos, pois o hábito contínuo da reflexão se resolve em sonhos de realização urgentíssimos. Nada é mais importante do que sonhar para materializar.

Texto e entrevista a Raquel Wandelli

 

Lançamento: Livro-embalagem “Poemas”

(Folias do Ornitorrinco e Espelho dos Melodramas)

Autor: Rodrigo de Haro

Editora UFSC

Quando: 20 de dezembro, às 19h30min

Onde: Fundação Cultural Badesc

Entrada aberta ao público

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

Fones: 37218729 e 99110524

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Lançamentos da Editora UFSC com desconto até sexta na 26ª Feira do Livro

21/12/2011 18:40


Estudantes, pesquisadores e amantes da leitura têm até sexta, 23, para aproveitar os descontos da Editora UFSC na 26ª Feira do Livro de Florianópolis. Autores catarinenses, como Cruz e Souza e Rodrigo de Haro, ao lado dos lançamentos de autores internacionais deste final de ano, como Pierre Bourdieu e Mário Perniola, são os mais procurados até agora. A editora levou para o seu estande na feira um total de duzentos títulos, com promoções que chegam a 50% de desconto.

O livro Homo Academicus, recém-lançado pela editora, reflete sobre a violência do poder simbólico do “universo universitário” na visão do sociólogo francês Pierre Bourdieu. Reconhecida pela densidade e coerência de seu pensamento, a obra Homo Academicus é leitura obrigatória para compreender os mecanismos pelos quais as instituições culturais e políticas operam.

Alckmar Luiz dos Santos, na obra Ao que minha vida veio…, relata a busca do narrador por sua própria identidade, a reconstituição da sua trajetória e a descoberta de quem são seus pais. Uma característica marcante é a linguagem utilizada na obra, que evoca a oralidade dos contadores de causos do interior.

O livro-embalagem “Poemas”, dividido em duas partes: Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco, ambos inéditos, escritos pelo poeta e artista plástico catarinense Rodrigo de Haro é, na avaliação do editor Sérgio Medeiros, uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira.

Foi com Últimos sonetos, volume publicado postumamente em 1905, que João da Cruz e Souza se consolidou em meio à comunidade letrada como um dos fundadores da moderna poesia brasileira. Este é um dos títulos que a Editora UFSC traz, com 50% de desconto, para a 26ª Feira de Livros.

A Editora UFSC realizará uma nova grande feira no campus universitário, na volta às aulas.

 

 

Matheus Moreira Moraes

Estagiário de Jornalismo na SeCArte

matheus.moreira.moraes@gmail.com

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Raquel Wandelli

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Edufsc apresenta lançamentos na 26ª Feira do Livro de Florianópolis

14/12/2011 18:06

  

A editora da UFSC está presente na 26ª Feira do Livro de Florianópolis no Largo da Alfândega, com promoções que chegam a 50% de desconto. Além dos lançamentos de final de ano, como Ao que minha vida veio, de Alckmar dos Santos, e Homo Academicus, de Pierre Bourdieu, quase duzentos títulos estão à venda no estande da EdUFSC.

O livro Homo Academicus é um dos títulos disponíveis no estande. Recém lançado, com projeto gráfico novo, desenvolvido na universidade, reflete sobre a violência do poder simbólico do “universo universitário”. O sociólogo Pierre Bourdieu é reconhecido pela densidade e coerência de seu pensamento, e Homo Academicus é leitura obrigatória para compreender os mecanismos pelos quais as instituições culturais e políticas operam.

A obra Ao que minha vida veio…, de Alckmar Luiz dos Santos, relata a busca do narrador para reconstituir sua trajetória, descobrir quem são seus pais e definir sua própria identidade. Uma característica marcante é a linguagem utilizada na obra, que evoca a oralidade dos contadores de causos do interior, com passagens repletas de detalhes.

O livro-embalagem “Poemas”, dividido em duas partes: Espelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco, ambos inéditos, escritos pelo poeta e artista plástico catarinense Rodrigo de Haro é, na avaliação do editor Sérgio Medeiros, uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira.

 

Matheus Moreira Moraes

Estagiário de Jornalismo na SeCArte

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Museu Universitário recebe recursos para modernização

14/12/2011 17:43


O projeto “Modernização dos Espaços Museais”, elaborado pelo Museu Universitário, foi aprovado no Edital de Modernização do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) deste final de ano. A partir do primeiro semestre de 2012, de aproximadamente R$ 183.000,00 serão investidos na modernização e ampliação das reservas técnicas do acervo do museu. Uma equipe formada por três profissionais, sendo uma museóloga, uma restauradora, uma arquivista e cinco bolsistas ficará responsável pela organização dos objetos.

Chamados de “reservas técnicas”, os três espaços de guarda de acervo do Museu Universitário têm acesso restrito e controlado. Neles, os objetos do acervo são, depois de submetidos a uma série de procedimentos, finalmente armazenados em locais específicos. Com os recursos do projeto, uma sala será anexada para ampliar os espaços das reservas técnicas I e II.

“Os objetos de maneira geral têm uma sobrevida limitada, o que fazemos em um museu é garantir a longevidade dos objetos, com medidas que tratam de subtrair os fatores de deterioração”, explica Cristina Castellano, diretora da Divisão de Museologia do museu. As medidas vão desde temperatura e umidade constante, dedetização e desinfecção dos objetos com manipulação adequada, higienização dos espaços e dos objetos e documentação adequada até a colocação de portas corta-fogo nas reservas técnicas, fechamento de janelas e melhorias nos sistemas de segurança.

 

Matheus Moreira Moraes

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Em livro inédito no Brasil, Bourdieu desnuda “racismo da inteligência”

07/12/2011 16:17

Considerado um teórico pessimista das instituições sociais, o sociólogo Pierre Bourdieu nem por isso é menos essencial. Reconhecido também pela densidade e coerência de seu pensamento, oferece uma leitura obrigatória para compreender os mecanismos pelos quais as instituições culturais e políticas operam a exclusão dos não eleitos, sobretudo a instituição da qual faz parte como crítico ferrenho e lúcido: a academia. Homo academicus, que a Editora UFSC acaba de lançar com tradução para língua portuguesa pela primeira vez, está sendo aguardado como a obra que mais exerce a reflexão sobre a violência do poder simbólico do “universo universitário”.

Traduzido do francês pelos professores do Centro de Ciências da Educação da UFSC Ione Ribeiro Valle e Nilton Valle, pela primeira vez em língua portuguesa, Homo academicus é considerado por esses especialistas a obra-prima de Bourdieu. Nela, o sociólogo e filósofo francês questiona profundamente o poder classificatório e autorregulador dos intelectuais, expresso no título do capítulo: “O hit parade dos intelectuais franceses ou quem julgará a legitimidade dos examinadores?”. Crítico consistente das estruturas capitalistas de poder, Bourdieu faleceu em 2002, deixando uma vasta obra com pelo menos 25 livros publicados no Brasil.

A maior parte desses livros é leitura obrigatória na área de humanas. Entre eles foram traduzidos para o português os famosos O poder simbólico (1992) e O que falar quer dizer: a economia das trocas simbólicas (1998), que tratam sobre como o uso da linguagem e da retórica sustenta fronteiras hierárquicas e estratificações sociais. O teórico também abordou a questão do poder entre os gêneros na aclamada obra A dominação masculina (1999). Em Sobre a Televisão (1997),muito citado nos cursos de comunicação e ciência política, o teórico analisa a autocensura e a simplificação do conhecimento pela sua própria classe de intelectuais, que pactuam com os veículos de massa para que possa acontecer a divulgação do saber científico de um modo controlado e banalizado.

Mas é desnudando a opressão dos sistemas de ensino e sua face mais perversa na eliminação das classes desfavorecidas que Bourdieu alcança ampla e imediata repercussão no Brasil. Lançado na França em 1984, Homo academicus integra uma série de quatro livros em que o sociólogo elabora sua complexa teoria sobre os mecanismos escolares de exclusão dos desfavorecidos e eleição dos que ele chama de “herdeiros da academia”, impondo uma “aristocracia de méritos” dissimulada. Processo que Homo academicus demonstra não apenas com argumentos teóricos, mas com amplas pesquisas estatísticas e quadros baseados no cruzamento de indicadores como

capital de notoriedade intelectual, de prestígio científico e de poder universitário com indicadores de poder político, social e econômico herdado ou adquirido.

A obra compõe uma importante tetralogia sobre a dominação escolar ao lado de Les héritiers (Os herdeiros, publicado na França em 1964); A reprodução (1974), escrita em parceria com Jean-Claude Passeron e única da série com tradução no Brasil antes de Homo academicus, e La noblesse d´Êtat (A nobreza do Estado, 1989). Nesse edifício teórico que disseca o pensamento científico como um campo de poder, a educação aparece como instauradora de uma cultura escolar que inculca nos indivíduos um pensamento discriminatório com fortes implicações nas sociedades contemporâneas. Melhor se compreende a radicalidade do pensamento de Bourdieu inserindo-a no calor das tensões que resultaram nos grandes movimentos estudantis contra o autoritarismo das universidades francesas dos anos 60, contexto no qual e contra o qual a obra se insurge.

Bourdieu põe a nu os mecanismos pedagógicos pelos quais a escola efetua um verdadeiro regime de exceção onde o pertencimento a instituições universitárias de grande prestígio social instaura uma superioridade metafísica do indivíduo acadêmico que ele chama de “milagre da eficácia simbólica”. Mostra ainda que a escola é o lugar por excelência da transmissão de uma “lógica secreta”, marcada pela violência simbólica que disfarça seu fundamento “profano” e sua finalidade real de reprodução da sociedade de classes, como esclarece a pedagoga e tradutora Ione Valle, no alentado prefácio a Homo academicus.

– Assim como a “nobreza militar”, a “nobreza escolar” aparece como um conjunto de indivíduos de essência superior, pois, ao selecionar aqueles que a escola designa como mais bem dotados, estabelece-se uma hierarquia no interior das classes juridicamente instituída pelo veredicto escolar, que legitima uma espécie de “racismo da inteligência”, explica a prefaciadora.

Texto: Raquel Wandelli, Jornalista na SeCArte/UFSC

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Editora UFSC encerra 2011com três grandes lançamentos

07/12/2011 16:12

A Editora UFSC chega a dezembro com três grandes lançamentos encerrando o ano. Um deles é o aguardado livro Homo Academicus, de Pierre Bourdieu, um dos maiores intelectuais do século XX, que se notabilizou ao se debruçar sobre as estruturas do pensamento do próprio campo intelectual. O segundo livro é o ensaio “Linha direta: estética e política”, de Mario Perniola, um dos filósofos italianos mais referenciados na atualidade, também traduzido pela primeira vez em língua portuguesa. Ao lado desses dois grandes pensadores de repercussão internacional, a Editora lança, no dia 20, o livro-embalagem “Poemas”, com dois volumes de poesias do multiartista catarinense Rodrigo de Haro.

Primando pela expressividade autoral e pela qualidade gráfica, as três edições consolidamo novo projeto editorial da EdUFSC, iniciado em 2010, e cumprem dois objetivos, segundo o editor Sérgio Medeiros. Um deles é o de ampliar seu catálogo, incluindo grandes nomes internacionais cujas obras sejam essenciais para a formação dos alunos desta universidade. O outro é o de pesquisar e experimentar novas texturas, cores, formatos de capa, de papel e de livros, a fim de oferecer aos leitores livros com altíssimo acabamento, comparável aos melhores publicados pelas grandes editoras universitárias do país.

Essa trajetória de inovação do livro culmina no dia 20 de dezembro, às 19h30min, na Fundação Cultural Badesc,

na rua Vitor Konder, com uma festa de lançamento da nova obra poética de Rodrigo de Haro. A caixa-presente “Poemas” trazEspelho dos Melodramas e Folias do Ornitorrinco,dois livros inéditos do poeta e artista plástico catarinense que é, na avaliação de Medeiros, uma das maiores expressões contemporâneas da arte brasileira. Aos 73 anos, Rodrigo está em sua fase mais produtiva, alternando-se no talhe da palavra e da pintura.

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Presépio com figuras em tamanho natural abre o Natal na UFSC

07/12/2011 15:59

Começa a ser montado nesta quinta-feira na Praça da Cidadania da Universidade Federal de Santa Catarina, em frente ao prédio da reitoria, o presépio Paz na Terra, com figuras em tamanho natural confeccionadas pela família Villalva, que trabalha com cerâmica e mantém um atelier no bairro José Mendes, em Florianópolis. A inauguração do presépio será na sexta-feira, dia 9, às 17h30, com apresentação de uma cantoria de terno de reis a cargo do grupo Filhos da Terra, de Palhoça. A realização é do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA), vinculado à Secretaria de Cultura e Arte da UFSC, e a visitação do público vai até 6 de janeiro de 2012.

A obra é uma criação conjunta dos artistas Osmarina, Paulo e Paulo Andrés Villalva (os dois primeiros, artistas plásticos, e o último, acadêmico de Artes Plásticas), que utilizam materiais e elementos que fazem referência à herança cultural açoriana em Santa Catarina. No presépio estarão presentes a tecelagem, a cerâmica, a renda e, em especial, a marca da religiosidade, que é um dos principais legados dos casais açorianos que colonizaram a região, a partir de meados do século XVIII. As figuras do menino, de seus pais e dos demais personagens, além dos animais da representação do nascimento de Jesus, são confeccionadas sobre estruturas de madeira, aramados e espumas.

Além dessas figuras, a família Villalba também cria conjuntos inspirados em temas como a procissão do Senhor dos Passos, o pão-por-deus, o boi de mamão e outras manifestações culturais da Ilha de Santa Catarina.

Na inauguração, sexta-feira, o terno de reis Filhos da Terra, da comunidade de Barra do Aririú, fará uma apresentação especial. Todos os anos, uma família de cantores, coordenada pelo mestre cantador Luzair, circula pelas ruas de Palhoça, se apresentando nas casas e mantendo uma tradição que vem de seus avós.

De acordo com o diretor do Núcleo de Estudos Açorianos, Joi Clétison Alves, com esta montagem a UFSC retoma uma tradição cultivada desde os tempos em que o artista e pesquisador Franklin Cascaes preparava o presépio em frente ao Museu Universitário, usando folhas de piteira e outros materiais naturais. O museólogo Gelcy Coelho, o Peninha, manteve a prática por um bom período, até se afastar da Universidade. “Há mais de cinco anos o presépio não é montado na Universidade”, informa Joi Alves.

 

Mais informações com o NEA/UFSC, pelo telefone (48) 3721-8605; com a família Villalva, pelo fone (48) 3225-7445; e com o grupo Filhos da Terra, pelo (48) 9906-6638.

 

Shakespeare no Bosque faz público sonhar acordado

05/12/2011 18:57

Nesse final de semana de quase verão, o público teve a oportunidade de participar da encenação deSonho de uma noite de verão, de Shakespeare, encenado no Bosque do Planetário da Universidade Federal de Santa Catarina pelo Grupo do Sonho, do Curso de Artes Cênicas. Foi um acontecimento teatral inesquecível e inusitado, que transportou a plateia pelo meio da floresta para três noites de sonho, amor, riso e magia.

O espetáculo apresenta uma diversidade de cenários, uma produção sonora, uma riqueza de personagens e figurinos que faz mergulhar no universo onírico de Shakespeare suspendendo as convenções sobre o que separa a imaginação da realidade. A iluminação e o colorido na floresta criam um clima de mistério e fantasia que faz o público reviver esse sonho shakespeariano como se também estivesse sonhando acordado.

As apresentações, que iniciaram na sexta-feira (2/12), tiveram um público surpreendente: integrados à narrativa, adultos, adolescentes e crianças caminham por todo o bosque atrás dos personagens que durante a peça se  deslocam para diferentes cenários e palcos ao ar livre. Fadas, elfos, animais, seres encantados se misturam aos seres e sons do ambiente natural, como as borboletas, cigarras, pirilampos. Ao final de duas horas de narrativa, a plateia, ovacionou os atores de pé, dirigindo-lhe palavras de apoio e entusiasmo.

Realizado por cinco formandos da primeira turma de Artes Cênicas da UFSC com envolvimento de 32 estudantes e atores do curso e apoio da Secretaria de Cultura e Arte, Sonho de uma Noite de Verão é uma forma poética e engraçada de celebrar a chegada do verão. Sob a direção de Márcio Cabral, o Grupo do Sonho cria uma experiência artística marcante para crianças e adolescentes sobre a força do sonho e do imaginário.

 

Raquel Wandelli, jornalista (SeCArte/UFSC)

 

 

Montagem de Sonho de uma noite de verão comemora chegada da estação do amor

01/12/2011 09:49

 

“Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. O que interessa mesmo não é a noite em si; são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado”.

Assim, celebrando o sonho e a imaginação, William Shakespeare inicia Sonho de uma noite de verão. Para os formandos do Curso de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Catarina, a possibilidade de estrear ao ar livre, a peça do dramaturgo inglês mais assistida e apreciada de todos os tempos é também a realização de um grande sonho pessoal e profissional. Nos dias 2, 3 e 4 de dezembro, sempre às 19h30min, 33  alunos e profissionais de teatro levarão ao Bosque do Planetário da UFSC, a montagem dessa comédia onírica de elfos, fadas, artesãos e nobres como uma celebração ao amor e à arte e à chegada do verão.

Com entrada franca e aberta a todo público da UFSC e da comunidade externa, a peça aposta em uma montagem pouco comum para teatro de rua itinerante, privilegiando o público infantil e adolescente, explica Vera Lucia Ferreira, que faz o divertido elfo Puck. Fruto da iniciativa de cinco formados que fizeram dessa montagem o objeto de seu trabalho de conclusão de curso, Sonho de uma noite de verão é a segunda grande produção da primeira turma do Curso de Artes Cênicas. (A primeira, estreada em meados deste ano, foi Setembro, que aborda as consequências do ataque às Torres Gêmeas na instauração de uma nova ordem biopolítica de opressão). Por isso, assume o peso de um ritual de formatura, diz o integrante Rodrigo Carrazoni (que faz os personagens Píramo e Novelo)

No elenco, atuam 25 atores, a maioria deles alunos de Artes Cênicas, alguns atores profissionais convidados e um coral de oito crianças alunas do Curso de Violão de Itaguaçu, da professora Patrícia Rodovalho. Essa montagem ao ar livre recebeu apoio da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC e da Eletrosul. Quem entrar no Planetário pelo acesso da Elase, no Pantanal, poderá avistar o palco sobre o Bosque e sob o céu estrelado, bem ao modo de Shakespeare no século XVII.

Os alunos estão convidando o público calorosamente, com folhetos imaginativos e sedutores. Além de Carrazoni (responsável pela preparação dos personagens humanos). e Vera Lúcia (responsável pela adaptação do texto), integram o grupo de diretores os formandos (adaptação), Janine Fritzen (maquiagem), Maria Luiza Iuaquim Leite (direção de arte e produção); Elise Schmitausen Schmiegelow (preparação dos personagens fantásticos). Durante mais de um ano eles trabalharam na montagem, dirigida por Márcio Cabral também aluno de Artes Cênicas, mas já com experiência profissional.

Sonhos, brincadeiras, intrigas, atrapalhação, poções mágicas que apaixonam o coração errado, e finalmente, entendimentos amorosos. Sonho de uma Noite de Verão é uma comédia de amor que conta a história de quatro casais enamorados e a deliciosa confusão de sentimentos e conflitos gerados na busca do amor que faz parte da vida.

Na abordagem estética, o Grupo do Sonho, que se formou em torno da montagem, valorizou a reflexão shakespeariana sobre o universo do imaginário, mostrando como os seres mágicos participam na realização de sonhos, e como o sonhador burla os obstáculos que lhe são impostos. O belo e o fantástico; o sonho e a realidade são os inspiradores, enfatiza Carrazoni. Como disse Shakespeare: “… nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso…”

TELEFONES PARA CONTATO:

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(48) 99132924 / 33047940 – Falar com Maria Luiza

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Raquel Wandelli,

Jornalista na SeCArte/UFSC

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