Cena 11 apresenta a miragem da perfeição na abertura da 5ª Semana de Dança da UFSC
Colônia, a ação performática apresentada pelo Cena 11 na abertura da 5ª Semana de Dança da UFSC, brinca de apocalipse e lida em pouco mais de uma hora, sem palavra alguma ser dita, com noções de toda a existência humana e da civilização, perfeição enquanto miragem, relações e jogos incompreendidos e o ciclo de aperfeiçoamento, queda e desaparecimento. É denso, muitas vezes inquietante, e é bastante coisa em tão pouco tempo. Mas também é apresentado com ternura e empatia.
Os bailarinos entram no palco aos poucos, cada um por um ponto diferente, vindos da plateia, sem distinção visual entre os integrantes do grupo e os participantes convidados entre alunos da Universidade. Posicionam-se pelo palco com os corpos pendendo, como se ali a gravidade estivesse mais forte. Ao mesmo tempo, a posição é de vigília e atenção, acentuada pelo som de zumbido repetitivo, como um alarme. Várias cadeiras diferentes alinhadas dos dois lados do palco e ao fundo compõem o espaço cênico junto com o telão.
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